Amor de Oficina - Parte XXIII

Um conto erótico de Nando
Categoria: Homossexual
Contém 1241 palavras
Data: 07/05/2015 14:00:07

- Nando, vai tomar banho, a gente tem que ir para a festa, lembra?

- Puts, verdade! Licença Carlos! – Pedi educadamente e subi para o quarto do Nick. Ele veio junto.

Tomei banho, coloquei uma roupa bonitinha, demos um beijo. Encontramos com Dona Sônia e seu Carlos na sala.

- Vocês estão lindos, crianças – A mãe dele falou.

- São seus olhos, Dona Sônia – Falei brincando. Todos riram.

- Vamos?

- Juizo! – A mãe dele disse enquanto a gente saia.

Chegamos na festa e logo começamos a beber. No padrão Itajubá (pra quem não sabe, a Federal de Itajubá é a segunda universidade do Brasil que mais consome alcool per-capita). Bebemo pacarai.

Dançamos. Nick me apresentava como namorado para todos os seus amigos presentes. Alguns deles iam embora, alguns zoavam, alguns achavam até legal. Teve um cara que até arriscou dizer:

- Se eu soubesse que você fosse gay, teria investido mais em! – Ele falou em um tom brincalhão.

- Porra Edu, se tu tivesse chegado mais forte, quem sabe? – Todos nós rimos. Depois que Edu foi embora, ele me falou:

- Edu me contou que era gay. Ele perguntou se eu queria ficar com ele, pois ele me achava bonito. Eu na época até pensei na possibildade, mas fiquei com medo... Ai não fiquei.

- Ele parece ser uma boa pessoa.

- Ele é sim! Muito engraçado. Se você conversa meia hora com ele e não sai com a barriga doendo de tanto rir, algo tá errado nessa história...

- Eu ri.

A festa foi excelente. Bebemos, dançamos, musica animada, pessoas bonitas, tudo junto me proporcionou um momento impar na minha vida. Nunca tinha ido numa festa tão solto e aproveitado tanto assim.

- Vamos?

- Para sua casa?

- Não, quero te mostrar algo!

Saímos de carro e o céu já estava clareando. Começamos a subir uma rua estreita, numa montanha ingrime. Subimos, até que me dei conta de onde iriamos: no Cristo de Poços de Caldas.

Nessa região montanhosa, a vista lá em cima é muito, muito, muito bonita. Havia mais uns dois carros lá. Um deles pulava. Eu e Nick olhamos aquilo e rimos. Falei no ouvido dele:

- Quer fazer o carro pular também?

- Aqui não. Vem, eu quero te mostrar outro lugar - Depois de passar pelo Cristo, continuamos numa estrada de terra. Chegamos na paisagem mais bonita e inspiradora que eu já vi. É a pista de decolagem de paraglaider de Poços. Não tinha ninguém.

Descemos e ficamos vendo o nascer do sol. Foi... magnifico. Lindo. Inspirador.

- Aqui não tem o carro pra fazer ele tremer – ele me falou, me beijando.

- Mas tem todo o mundo abaixo de nós. – Sentei no colo dele e comecei a beijar ele. No colo dele, abri o ziper da calça dele e tirei a pica dura para fora. Abaixei minha calça e calvalguei no seco, enquanto eu beijava ele.

Ele gozou dentro de mim. Fiquei ali ainda, só aproveitando o momento.

- Esse, definitavamente é o lugar mais bonito que eu fiz sexo – Ele me falou. Sai da vara dele e ainda fiz um boquetinho.

- Vamo para casa?

- Vamo!

Coloquei a calça e fomos embora. Em casa dormimos juntinhos, agarradinhos, só de cueca.

Acordamos no outro dia e fomos almoçar em uma churrascaria. Adoro churrasco. Almoçamos gostosamente e depois eu e Nick fomos tomar sorvete.

O final de semana inteiro foi assim. Eu e Nick visitamos algumas cachoeiras, pontos turisticos da cidade, sempre juntos, unidos. Foi lindo. Foi perfeito. Foi tudo que eu sempre sonhei para mim.

No Domingo fomos embora logo após o almoço. Nick já havia comunicado que sairia da sua rep e já tinha arrumado um ap, perto da UNIFEI. Ele mudaria no domingo mesmo, pois tinha poucas coisas.

Ele também não quis minha ajuda na hora de mudar.

Depois dessa semana tudo virou um mar de rosas. Eu e ele trabalhavamos na oficina diariamente no carro. Ele me ajudava em algumas materias, em alguns trabalhos. Mas o mais importante, ele me ajudava na vida.

Eu não falei mais com minha mãe depois desse dia. Mas depois de dois meses que eu briguei com ela, meu pai apareceu de surpresa na minha casa. Eu e Nick estavamos repassando um relatório para um patrocinador.

- Pai?

- Oi filho. Você está ocupado? – Ele perguntou, assim que viu Nick.

- Não, aconteceu algo?

- Sim. Podemos conversar em particular?

- Claro. Nick... – Ele me olhou e falou:

- Eu vou deixar minhas coisas aqui. Depois a gente se fala – me deu um selinho e saiu.

- O que foi pai?

- Eu e sua mae nos separamos...

- O QUE? – Perguntei assustados.

- É... Ela... Disse que era para eu escolher entre você ou ela... E... Bem... – Dei um abraço no meu pai. Ele chorava.

- Calma pai. Tudo vai ficar bem! – Eu chorava também. Minha mãe, sempre amorosa, agora... uma megera.

- Vai sim filho. Posso passar um tempo aqui com você?

- Claro pai! Mas... E seu trabalho?

- Depois eu resolvo. Só quero ficar com meu filho!

Meu pai ficou uma semana comigo. Eu arrumei uma cama para mim no chão ele dormia na minha cama. Eu e Nick não fizemos sexo na minha casa nessa semana, mas eu fugia para a casa dele sempre que dava.

Depois dessa semana, meu pai voltou para Varginha, para sua nova vida de solteiro. Essa semana foi legal. Levei meu pai em algumas festas e tudo mais. Ele se divertiu com meus colegas.

A vida seguiu normalmente até quase na metade do segundo semestre. Ocorreria a competição nacional do baja em outubro. A oficina estava a mil. Eu, Nick e o resto do time ficavamos horas a fio trabalhando, soldando, montando, martelando, construindo.

O pessoal sabia que nós eramos gays e namoravamos. Mas na oficina agiamos como profissionais. Nada de apelidinhos, beijinhos, caricias. Era Nando e Nick. Sem “meu amor”, “meu fofo”, “lindo”, “vida”...

Claro, as pessoas brincavam. Mas como bons amigos, eu e Nick brincavamos o dobro. Sempre que alguem dava uma rata (entenda por soltar a franga), a galera zuava:

- Cuidado que se não o Nick te pega – E eu gritava, brincando:

- Ohh! Nem vem! Quem vai pegar sou eu! – Todos riam.

O que é certo é que o carro ficou pronto. Apelidamos ele de Fury. Ele era como uma pessoa. A nossa suspensão, nos testes foi melhor que o projetado. Eu e Nick tivemos que fazer um estudo pós teste para descobrir por que...

Tudo deu muito certo. Mas algo aconteceu que me abalou.

Era setembro. Um ex colega me ligou falando que faria uma festa de 20 anos top e que eu deveria ir. Eu fui. Nick não poderia ir, por causa do carro, ele ia ficar mexendo em algumas cosias.

Antes de sair, resolvi passar na oficina para falar tchau e ver se tava tudo certo. Mas assim que eu cheguei na oficina, antes de entrar, escutei a voz do Nick, conversando com uma menina:

- Eu não sei o que eu faço. Eu... Não sei se isso ta dando certo. Eu to me cansando já, ta enchendo o meu saco. Porra, eu juro que eu to tentando mas não vejo resultado... Ta foda...

- Calma Nick.. Conversa com ele. Fala tudo isso que você me falou! Quando ele voltar de viagem. Ele ta tendo problemas em casa, não está?

- Sim mas...Ele não ta aqui por que tem uma festa para ir! Porra, isso é foda viu! Isso me deixa puto!

Na hora que eu escutei isso, saí correndo. Entrei no carro e dei partida. Minha vida estava quebrada.

Nick estava se enjoando de mim...

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Comentários

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Eita gente... O Nick também é fofo, mas parece que ele enjoa do nada... :'( Tomara que o amor supere essa situação.

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Humm suspeito hein? será que ele estava falando do Fer mesmo?

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Pelo fragmento de conversa não é possível saber que se refere ao Nando. Pode ser referente a outra pessoa. Cabeça quante não resolve coisa algluma. Um abraço carinhoso,

Plutão

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Talvez o problema seja bem outro, mas vai dar merda pq o nando é cabeça quente e faz coisas sem pensar e o Nick tinha que conversar com ele e não com uma amiguinha. Ansiedade...

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Pow! Sera q era isso mesmo? Espero q não!

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