Prisão sem grade - Capítulo 5 (Segunda Temporada)

Um conto erótico de Allana Prado
Categoria: Homossexual
Contém 1457 palavras
Data: 09/05/2015 12:17:33
Última revisão: 15/08/2017 12:49:47

(Bernardo)

Confesso que não estava com a menor vontade de sair, mas tinha prometido ao Lucas que iria com ele na abertura de mais uma casa noturna que seu pai estava promovendo. E como promessa é divida, lá estava eu dentro de um taxi a caminho da tal festa de inauguração. Ele me garantiu que ali seria o lugar perfeito pra eu me animar e quem sabe conseguir algo a mais. Eu apenas concordei, mas duvidava que isso realmente fosse acontecer. O taxi me deixou na porta do local e eu desci, quando já estava sumindo no aglomerado de pessoas esperando sua vez na fila pra entrar, o Lucas apareceu:

- Opa, meu convidado não pega fila e fica na área vip. Vem comigo, Bêh.

O segui sob os protestos do pessoal que já deveria estar a horas naquela maldita fila esperando e entrei. Surpreendentemente o local por dentro não estava tão cheio assim. O ambiente era lindo, todo rústico, mas com um toque elegante e sofisticado. Ia fazer a alegria do pessoal lá fora, até eu tinha gostado. Sentei de frente pra bancada do bar que aquele local possuía e logo pedi a primeira rodada de cervejas. Lucas cumprimentava uns conhecidos, era o trabalho dele por isso não poupava sorrisos. De certa forma, pra quem gosta, deveria ser incrível ganhar seu dinheiro indo somente pra balada.

-Estou muito feliz de te ver aqui. Fazia tempo que você não saia. – Ele falou sorrindo pra mim.

-É legal, mas estou me sentindo meio deslocado, sabe? Passei muito tempo da minha vida sem fazer isso, sair, beber, não estava mais no meu vocabulário.

-Esquece isso, seu único objetivo hoje é se divertir... Preciso ir ali ver uns empresários, vai ficar aí sem fazer nada?

Levantei o copo recém entregue pelo garçom pra ele, mostrando que não estava exatamente fazendo nada. Ele levantou as sobrancelhas como se eu tivesse falado algo que ele não acreditasse, acho que ficar só bebendo numa balada, para ele, era algo absurdo.

-Eu não gosto de te ver assim.

-Mas eu estou bem. – Tentei convencer

-Tá bom. Eu sei... Prometo não te deixar muito tempo sozinho aqui, tá? Vou voltar pra curtir junto com você.

-Você é demais, sabia. Que pena que não é gay. – Falei brincando

-Posso virar por você, anjo. – Ele devolveu piscando pra mim e saindo.

Fiquei ali vendo o pessoal entrar, em poucos minutos o local já estava cheio e eu levemente alterado, efeitos de ficar muito tempo sem beber, ainda bem que estava de taxi. Me senti deslocado em meio a tanta gente ali, um verdadeiro peixe fora d’água. Muitos só queriam diversão e no final da noite conseguir uma foda fácil, em sua maioria filhos de pai rico que não sabia o verdadeiro valor do dinheiro que gastava. Tinha que confessar que por algum tempo eu fui assim, mas isso era passado e eu tinha que reconhecer que mudei muito ao decorrer dos anos. Estava mais maduro.

-Posso me sentar aqui? – Uma voz me tirou dos pensamentos.

A bancada onde estava sentado tinha lotado, só permanecia um lugar ao meu lado vago. Me virei pra ver de onde vinha aquela voz e tive uma surpresa. Aquela pergunta veio de um homem que aparentava ter uns trinta anos, bem vestido, cabelos curtos e barba por fazer. Ele de alguma forma combinava com a casa noturna, seu visual rústico constatava com os olhos castanhos bonitos que ele tinha. Somente confirmei com a cabeça, ele se sentou ao meu lado e logo pediu o mesmo que eu estava bebendo pro garçom.

-Nathan. Meu nome é Nathan.

Eu já tinha me distraído com a música que começara a tocar alto e levei alguns segundos pra perceber que ele falava comigo. Não estava a fim de iniciar uma conversa com ninguém, muito menos com um estranho que me fez reparar demais nele.

-Bernardo.

-Prazer Bernardo. Que lindo seu nome.

Talvez pelo efeito do álcool, minha resposta foi abaixar a cabeça e sorrir feito um idiota. Ruim. Muito ruim.

-Quase tão lindo quanto o dono. – Ele continuou.

Aquilo me pegou tão desprevenido que eu olhei pra cara dele e comecei a dar risada. Não estava acreditando no que estava acontecendo. Aquela era a primeira vez que isso acontecia, talvez por isso eu não consegui reagir. Eu era novo nessa de receber elogios de outro homem que não fosse, bom, deixa pra lá.

-O que foi, Bernardo? – Ele pronunciava meu nome como se lhe desse muito prazer ao fazer isso.

-Nada. É que faz tanto tempo que eu não levo uma cantada que isso me pareceu até surreal.

-Você acha que isso parece uma cantada?

-Definitivamente é uma cantada – Afirmei

-É, você está certo. Infelizmente eu não sei ser sutil quando quero algo. E quando tive a certeza que você curte as mesmas coisas que eu, não resisti.

-Bom – Comecei a falar olhando no relógio – Tá cedo ainda, dá pra você mirar em outro “objetivo” e ir atrás. Comigo não vai rolar.

-Sua voz também é linda, poderia passar a noite toda só te ouvindo.

Deus, eu não podia acreditar naquilo que estava me acontecendo. Cadê o Lucas que disse que voltaria logo? Estava começando a ficar apavorado, e por alguma razão eu não conseguia pensar direito no que fazer pra dispensá-lo. Bebida talvez.

-Inacreditável. Você me ouviu? – Perguntei olhando pra ele

- Ouvi sim, alias, é o que eu quero fazer o resto dessa noite. Te ouvir falar.

Oh Deus!

- Que tal a gente pedir mais uma rodada desse drink aqui, enquanto você me faz o homem mais feliz desse estabelecimento conversando comigo? – Ele não dava tempo pra eu pensar numa resposta, sempre emendava uma coisa na outra.

-Você realmente vai perder seu tempo com alguém que já te avisou que não vai te oferecer um bom sexo no final da noite? – Perguntei pra ele

-Eu vou atrás do que me dá prazer, e essa noite não imagino nada nesse mundo que me ofereça mais prazer do que ouvir sua voz, Bernardo.

Não consegui não dar risada. Risada era minha resposta pra tudo naquele momento. Ele me deixava sem jeito. Que cara louco. Maluco. Pirado. Era por essas e por outras razões que eu preferia ficar em casa, evitava encontrar esses seres.

Como não teve como escapar, ou talvez eu apenas não quisesse escapar, fiquei ali e tentei tirar algo bom daquela aparição. Durantes as horas seguintes ele me fez um verdadeiro questionário, passando até pelo fato de eu estar sem companhia alguma num sábado á noite. Não gostei muito daquele assunto, o que gerou uma serie de outras perguntas da parte dele, já que ele queria me ouvir, contei a ele toda a história dos meus últimos meses. Relatei tudo o máximo que pude até exagerando pra ver se ele largava do meu pé, o que não aconteceu, pelo contrário, me deu força pra continuar com o relato. Ver a paciência e o interesse em seus olhos me fez ver que ele era um cara legal, e que talvez só estivesse a fim de conversar também, embora não tenha falando quase nada. Bebíamos e mal dava tempo de largar o copo que ele já estava seguindo com seu questionário. Ao final da noite já estávamos bêbados, risonhos e também tínhamos virado melhores amigos. Ah! Doce ilusão da bebida.

-Tá de carro, Bernardo?

-Não, não

-Que tal nós dividimos um taxi? – Ele propôs.

-Mas eu vou pra sua casa e você pra minha... Não. Eu vou pra minha casa e você pra sua. – Já estava ficando confuso.

-Sem problema.

Saímos do local, não me lembro de ter pagado a conta, felizes e comunicativos. Ainda tentei procurar o Lucas e avisar que eu estava indo embora, alias, pra onde ele tinha ido? Mas não o encontrei por lugar nenhum. A última coisa que me lembro foi dele segurando em minha cintura, se aproximando de mim e sussurrando em meu ouvido:

-Que tal a gente ir pra minha casa tomar mais alguma coisa?

-Ok.

Mesmo tendo falado justamente o contrário á minutos atrás, eu concordei com aquele estranho de ir pra casa dele. Sem tirar as mãos do meu corpo, fui auxiliado a entrar no taxi por ele e partimos sob suas instruções. Só uma bebida, a idéia nem é tão absurda assim, pensei.

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Comentários

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Eu ja tava esperando essa temporada ha um tempao, nunca desisti, mas q bom q vc voltou a postar logo na semana q eu voltei a ler....espero o proximo, bjs :**

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Já disse que amo seu conto né.... esse drama todo hauhauhau o menino ainda gosta do outro pseudohetero e espero que eles voltem a ficar juntos e como casal de conto de fadas tenham um final feliz *.*

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Nathan? Nem reparei ando meio longe esses dias kkk

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Não sei o que pensar! Só diria, mergulha de cabeça manow! O cara parece ser gostoso só que Victor é O cara né? Deixa o Bêh curti 'W'

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