O SANTO E AS PUNHETEIRAS

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 2454 palavras
Data: 15/05/2015 07:44:22
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

AS AVENTURAS DO SANTO - PARTE QUATRO

Por volta das três da tarde, o celular tocou. Era a madre superiora dizendo que ele teria que passar por uma clínica urológica. Não achava que estivesse com alguma doença sexualmente transmissível. Mas acostumara-se a aceitar as determinações da madre sem reclamar. Ela sempre se mostrava com razão, mesmo quando tomava as decisões mais absurdas. Santo tomou um banho demorado e, como sugeriu a superiora, não colocou nenhum perfume. Chamou seu motorista para levá-lo à clínica. Sabia que a madre já devia ter-lhe passado o endereço. E tinha razão...

Chegou à clínica de tratamento urológico em menos de vinte minutos. Ficava num condomínio empresarial muito requintado, e era muito ampla e bem decorada. Tudo indicava modernidade. Aparelhos de última geração, móveis de design ultramoderno, quadros de pintores famosos decorando a parede. Pareciam autênticos, mas Santo não entendia muito de arte. Apenas gostava de apreciá-las com muito interesse. Cruzou um amplo hall em direção à recepcionista acomodada numa pequena mesa, de design futurista. A atendente era linda, mas Santo era proibido de envolver-se em flertes estando a serviço. No entanto, a pergunta que ela fez lhe pegou de surpresa: qual seu nome e sobrenome...

Santo gaguejou, sem saber o que dizer. Jamais tivera um sobrenome. Sempre atendeu simplesmente por Santo, e nunca se cadastrara em lugar nenhum. Mas saiu-se bem, retrucando que a Ordem das Irmãs de Maria Madalena devia já ter-lhe feito o cadastro naquela manhã. Ao ouvi-lo citar o nome da Ordem, a atendente deu um sorriso encantador. Tratou-o pelo nome, pediu desculpas pela gafe e levou-o pessoalmente a uma sala ampla, com uma cadeira parecendo uma daquelas encontradas em motéis de luxo. São chamadas de cadeiras eróticas, e servem para casais fazerem sexo, bem acomodados a ela. Estava localizada no centro do amplo recinto. Ao redor dela, havia um semicírculo formado por doze poltronas, mas apenas quatro estavam ocupadas naquele momento. Eram quatro mulheres bem vestidas e beirando os trinta anos. Ao lado da cadeira, uma senhora aparentando uns quarenta esterilizava uns instrumentos. Vestia um jaleco branco, sugerindo ser médica. Santo sentou-se em uma das poltronas vazias. Todos os olhares se fixaram nele. Havia um sorriso malicioso em cada uma daquelas madames...

De repente, mais uma mulher irrompeu a sala, esbaforida. Tinha um tíquete na mão, e pediu desculpas pelo atraso. A que manipulava os instrumentos recriminou-a, mas pediu que ela se acomodasse. Ela sentou-se, olhou sorrindo para Santo e mandou-lhe um beijo na ponta dos dedos. Santo sorriu-lhe gentilmente e as outras fecharam a cara, olhando todas zangadas em direção à retardatária. Santo aproveitou para passear as vistas pelo amplo salão. Era muito chique e cheirava a limpeza. Numa parede, havia um diploma emoldurado, parecendo bastante antigo. Apurou a visão e leu a data de concessão daquele diploma: início dos anos cinquenta. Havia sido concedido a uma mulher, decerto a fundadora daquela clínica. Santo memorizou o nome dela, de modo a pesquisar sobre a sua história, quando estivesse navegando na Internet...

Aí, para a sua surpresa, a senhora que estava esterilizando os instrumentos parou o que fazia e caminhou até onde ele estava. Apesar de seu rosto aparentar uns quarenta anos, ela se movia devagar e um pouco curvada, como se sofresse da coluna. Pegou-o pela mão e fez com que ficasse de pé. Apresentou-se como Maria Bauer, o mesmo nome que constava no diploma. Mas o nome não causou espanto a Santo. Podia tratar-se de uma filha homônima da fundadora da clínica. Ela pediu que ele se desfizesse de todas as roupas e sentasse naquela cadeira erótica. Ele fez o breve strip-tease sob os olhares atentos e gulosos das mulheres que estavam sentadas ao seu lado. Uma delas ainda pegou no seu cacete, mas foi imediatamente repreendida pelas outras. Santos, finalmente, acomodou-se na cadeira erótica...

Então a tal Sra. Bauer pegou cada braço e cada perna sua e prendeu ao móvel com umas correias de couro bem resistentes. Depois separou um grande chumaço de algodão e mergulhou num líquido com um cheiro ativo, parecendo éter, e passou por todo o corpo dele. Depois pegou outro volume menor da fibra e esterilizou por diversas vezes a região do seu púbis, virilha, ao redor do ânus e demorou-se mais em seu pênis. Santo teve um estremecimento repentino. Aquele líquido em contato com seu membro provocou uma intensa sensação de resfriamento. Seu sexo encolheu imediatamente, quase se escondendo entre suas bolas de tão pequeno. As mulheres levaram a mão à boca, rindo divertidas.

Só então Santo notou que por trás das poltronas onde estavam sentadas havia um painel digital com números de um a doze, dispostos em três fileiras horizontais. Enquanto Bauer esterilizava suas partes íntimas, Santo observou suas mãos. Não eram enrugadas. Até aparentavam ser mãos de uma pessoa bem mais jovem. O rosto era bonito e também não tinha uma única ruga. Santo não viu qualquer esticamento, tão comum em cirurgias plásticas faciais. Mas os movimentos dela não eram característicos de uma pessoa aparentemente tão jovem. Decerto sofria de alguma doença degenerativa...

A Sra. Bauer começou a falar em alemão, talvez achando que Santo não entendia o idioma. Dizia às outras mulheres que iria distribuir pequenos tubos de ensaio entre elas e daria início à sessão de tortura. Um arrepio gelou a espinha de Santo, mas as mulheres gargalhavam de forma tão inocente que ele achou que ela dissera uma piada. Mas não. Depois que cada uma pegou seu pequeno tubo de ensaio e voltou ao seu lugar, a Sra. Bauer preparou uma seringa contendo um líquido esverdeado, desconhecido para Santo. Era uma seringa grande, com uma agulha enorme, e ele sentiu mais um arrepio. Dessa vez, de medo. Uma parte da sua coxa foi esterilizada com álcool e a médica enfiou-lhe a longa agulha ali. Santo gritou de dor enquanto o líquido penetrava-lhe a carne da coxa direita. As veias da perna começaram a queimar, como se ele estivesse pegando fogo por dentro. Depois o queimor foi subindo em direção ao seu sexo, às suas virilhas, seu púbis e inclusive toda a área abaixo do seu peito. O estômago ardia intensamente, como se estivesse se dissolvendo por dentro. Então, de repente, a dor parou...

A insuportável dor deu lugar a uma estranha euforia. O pênis ficou ereto de repente, a glande tornou-se rubra e inchada, e as veias quase que saltavam do seu membro de tão salientes. Santo adquiriu uma intensa sensibilidade na região genital. Mas ficara zonzo, sem poder concatenar bem os movimentos. Mas ouviu bem longe a voz da Sra. Bauer pedir para ele escolher um dos doze números. Ele desistiu de forçar as amarras que o prendiam e escolheu o cinco. Todas as mulheres conferiram imediatamente seu tíquete, e uma delas deu um pulo de contentamento. A médica girou a plaqueta luminosa correspondente ao numeral e descobriu um nome que estava por trás: Maçaneta...

A madame que fora contemplada levantou-se de um salto e correu até Santo. Colocou lubrificante na palma da sua mão e logo abarcou o pênis ereto dele. Rodou a palma da sua mão na ponta do pênis como se estivesse a abrir uma maçaneta de uma porta, depois rodou no sentido contrário, alternando os movimentos rotativos. A médica olhava atentamente um cronômetro, enquanto as outras mulheres não tiravam os olhos daquela cena. Santo sentia aquela carícia como se a injeção tivesse multiplicado sua sensibilidade em várias vezes. E logo jogou a cabeça para trás, sentindo a aproximação do gozo. A mulher que o masturbava pressentiu que ele iria gozar e colocou a glande na borda do pequeno tubo de ensaio, colhendo todo o jato de esperma que esguichara do seu cacete. Depois recolheu tudo que era resíduo de sêmen com uma palheta e colocou no vidro. Só então a Sra. Bauer parou o cronômetro, dizendo em voz alta o tempo decorrido até o gozo. A mulher deu um urro de alegria por causa da quantidade de esperma que conseguira colher...

Nem bem Santo se recuperou, foi logo inquirido sobre um novo número. Escolheu o onze e outra mulher, com bem mais característica de dondoca, exultou de felicidade por ter sido a nova escolhida. Giraram a placa e o nome que apareceu foi “toque-toque”. Ela fez um ar de frustração, mas correu até Santo, ajoelhou-se entre as pernas dele como fizera a outra e masturbou-o normalmente sem tocar na cabeça do seu pênis. Quando a cabeça estava bem dura e vermelha, estimulou-a suavemente com a ponta dos seus dedos até conseguir a ejaculação. Levou um pouco mais de tempo que a primeira. Mas comemorou mesmo assim, pois a quantidade de esperma recolhido foi um pouco maior...

A terceira recebeu a incumbência de fazer a masturbação chamada de Anéis. Colocou lubrificante em ambas as mãos, juntou os dedos de uma mão (polegar e indicador) e formou um anel. Colocou este anel no talo do pênis de Santo e deslizou-o para cima até à glande. Nesse momento, formou outro anel igual com os dedos na outra mão e fez a mesma coisa. Prosseguiu os movimentos com um anel de cada vez até que santo atingiu o clímax. As duas que tentaram antes ficaram decepcionadas, pois esta conseguiu colher uma quantidade de esperma maior que elas...

Todas essas masturbações quase não tiveram intervalo de uma para a outra, e Santo achava que estaria exausto. Mais uma vez se enganou, pois sentia um grande calor no sexo e o seu sangue era bombeado com tal força que ele sentia toda a circulação da área circunvizinha ao seu cacete. Ele continuava duro e pulsante, como se não tivesse gozado nenhuma vez. Mas desta feita, não precisou mais escolher um número. Uma das últimas madames foi ao painel e virou um dos números. Continha a palavra “Fogueira”. Ela colocou as suas mãos esticadas e viradas uma para a outra, com o seu pênis no meio das duas. Começou a rodar o seu pênis como se fosse um pau de madeira ao qual deseja atear fogo. Continuou suavemente até que Santo teve seu quarto orgasmo. Mas esse perdeu em quantidade de sêmen para todos...

A última teria de escolher entre o painel faltando cinco placas a serem descobertas e uma caixa em forma de cubo, medindo uns vinte centímetros cada lado. Passou alguns segundos em dúvida, mas optou pelas placas. Descobriu a palavra “Mão querida” e exultou satisfeita. Lubrificou a mão, encostou-a com a palma virada de maneira que os seus dedos ficassem virados para a barriga de Santo. Colocou o pênis contra a barriga dele e cobriu-o com a mão; em vez de movimentar a sua mão, deixou-a estática, pedindo para Santo movimentar a pélvis para que o seu pênis entrasse e saísse na sua mão. Era uma maneira parecida com o penetrar de uma vagina. E Santo teve o maior orgasmo das cinco punhetas batidas nele...

Aí a Sra. Bauer, com um sorriso de triunfo, disse para as demais que agora seria a sua vez. Todas passaram a comparar suas quantidades de espermas coletados, umas com as outras. A quinta madame ganhava visivelmente a contenda. Então, sob os olhares atentos das mulheres, a Sra. Bauer despiu-se totalmente. Santo, ainda sentindo espasmos do quinto gozo, olhou para aquele corpo desnudo. Era todo cheio de estrias, como se a médica tivesse uns noventa anos. O rosto e as mão aparentavam bem menos, mas seus seios, sua barriga, coxas e braços eram os de uma anciã. As mulheres cochicharam uma com as outras, rindo divertidas daquela figura decadente. Então ela abriu a caixa e mostrou o que tinha dentro: um par de luvas plásticas. Todo mundo gargalhou gostosamente, só Santo permaneceu sério, sem entender nada do que se passava. Parecia um concurso de punheteiras. E ele pensando que iria meter a vara em cada uma delas...

A anciã calçou as luvas e mostrou as palmas das mãos. Havia um acolchoado cheio de pequenas saliências na palma da luva, e esses esporos pareciam um monte de pontas de pregos dispostos uns pertinho dos outros. Como uma cama usada por faquir, só que em miniatura e com pinos proporcionalmente menores. E as pontas eram bem flexíveis. A anciã lubrificou bem o pênis de Santo e começou a masturbá-lo com aquela estranha luva, atiçando a curiosidade de cada uma das dondocas. Aos poucos Santo foi sentindo o sêmen partir de alguma lugar de dentro da sua barriga, percorrer através do canal seminal e finalmente desembocar com uma pressão incrível através do buraquinho da glande rubra, como se fosse ter uma hemorragia. A anciã, com uma destreza admirável para alguém que aparentasse tanta idade, colheu todo o esperma com o recipiente de vidro, pedindo licença às demais para dar uma chupadinha no cacete de Santo. Ele sentia um torpor em todo o corpo, de tanto gozar, mas a boca quente e a perícia dos movimentos da Sra. Bauer fez com que ele ainda ejaculasse uma última vez, mas bem menos do que todas as outras. A anciã fez inveja às demais, deixando o líquido esbranquiçado lhe escorrer pelos lábios, sem recolhê-lo para seu tubo já quase cheio...

Comparou o que colhera com as outras, que ficaram emburradas. Porém, todas admitiram que ela colheu muito mais, e em tempo recorde, apesar de ter sido a última a punhetar o rapaz. Santo estava quase perdendo os sentidos, mas ainda viu todas derramando e espalhando seus tubos de esperma por todo o corpo da anciã, concentrando-se nas suas mãos e rosto. A Sra. Bauer sorria satisfeita. Avisava que logo teriam sua revanche, mas todas saíram bastante frustradas. Santo perdeu os sentidos sem saber o porquê de tudo que passara...

Acordou já em sua própria cama, o corpo todo dolorido. Tocou uma campainha que havia no quarto e seu motorista veio atender. Contou a sua aventura e Antônio, seu motorista sessentão, sorriu divertido. Explicou que ao menos uma vez por mês aquelas mulheres, que pertencem à alta sociedade, se reúnem em uma competição de punhetas naquela clínica. O objetivo é coletar esperma para usar como cosmético. Descobriram que o esperma, aliado com uma fórmula criada pela médica, rejuvenescia a pele. E ela, de mais de oitenta anos, era um exemplo claro disso. Quem coletasse em uma punheta a maior quantidade de sêmen, ganhava os tubos de todas as outras. Mas, segundo Antônio, a médica sempre ganhava. Por isso, quase cada vez era um grupo de mulheres diferente.

Santo tomou o copo contendo uma mistura de sucos com bastante leite que o motorista lhe dava e caiu de novo na cama, ainda sem estar totalmente recuperado das suas energias. Dormiria por quase dois dias seguidos, de tão exausto. É que passara o efeito da solução esverdeada que a médica lhe aplicara...

FIM DA QUARTA PARTE

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