Noite agitada com o namorado de uma amiga

Um conto erótico de Caio_jus
Categoria: Homossexual
Contém 2420 palavras
Data: 22/06/2015 19:10:44
Última revisão: 22/06/2015 19:53:13
Assuntos: Bissexual, Gay

A história que aqui será relatada aconteceu no ano de 2013. Com o objetivo de resguardar as identidades das pessoas que fizeram parte da história serão dados nomes fictícios aos personagens.

Como de praxe, devo, antes, me apresentar: bom, meu nome é Lucas, tenho 22 anos e sou bastante sociável, costumo sempre conversar e ser simpático com as pessoas que me cercam, às vezes, sou tão simpático que as pessoas acabam se confundindo com a hipótese de que eu esteja flertando ou algo do tipo, e isso é bastante chato, pois tento, de todas as maneiras possíveis, fazer com que as pessoas entendam que não é isso, e, quase sempre, as pessoas se afastam de mim, gerando uma situação extremamente desnecessária, sobretudo para mim.

A maioria dos meus amigos e até alguns colegas da Universidade costumam me apelidar de Kaká – o famigerado jogador de futebol brasileiro. Acredito, embora longe de ostentar a beleza de Kaká, que essa comparação é feita por dois motivos: o primeiro é porque dizem que tenho certos traços físicos parecido com tal jogador de futebol, principalmente no que diz respeito ao estilo do cabelo e o formato dos olhos; o segundo motivo é porque eu gosto de futebol e faço de tudo por uma pelada – futebol entre amigos. Não curto muito essa correlação, apesar de reconhecer que Kaká realmente é um cara bonito, que arranca olhares de quem quer que seja.

Não sou muito de me abrir ou contar coisas da minha vida, sou bastante fechado com relação a isso, mas lendo algumas histórias interessantes aqui na Casa dos Contos, resolvi, finalmente, deixar a preguiça de lado e contar algo que aconteceu há dois anos. Peço, antes de tudo, que relevem os possíveis erros gramaticais, pois não tenho tempo de revisar e meu dia é bastante corrido, principalmente porque o curso de Engenharia Civil requer muito tempo para interpretar aqueles cálculos terríveis, então já sabe né?

Vamos ao que interessa. Tudo aconteceu no aniversário de Caio – grande amigo meu, amizade construída ao longo de 10 anos. O Caio é bem parecido comigo, acho que pelo jeito simpático. O Caio estava completando 20 anos na época, aliás, ele tem a mesma idade que eu. Decidimos, como sempre, comemorar o aniversário de Caio e, dessa vez, buscamos comemorar em um local mais tranquilo, então fomos a uma pizzaria próximo ao apartamento dele.

O Caio, embora querido por vários amigos, só chamou alguns amigos próximos para celebrar o seu aniversário. Se não me falhe a memória, tinham, mais ou menos, umas 10 pessoas na pizzaria. Todos que estavam ali eram amigos próximos, com exceção do namorado de uma amiga nossa, a Camila. A Camila nos revelou na mesa, em meio a diversas conversas paralelas, namorar o Pedro há dois meses. Os dois pareciam estar muito apaixonados um pelo outro. E, como sempre, busquei tratar o namorado de Camila como um irmão, inclusive, ele até me elogiou, afirmando que, dentre as pessoas que estavam ali na mesa, o mais receptivo era eu e que isso poderia me ajudar na vida. Acredito que ele quis dizer que o meu jeito de ser colaborará no sentido de me ajudar a crescer no âmbito profissional. Em suma, eu o agradeci pelo elogio e retornei para o meu lugar.

A hora estava passando rapidamente e quando menos esperamos já era em torno de 23 horas e alguns que estavam ali tiveram que ir embora, pois estavam dependendo de carona de outros amigos. No final, quando todos foram embora, permaneceram na mesa apenas Eu, Pedro, Camila, Caio e mais dois amigos.

O Caio – mostrando-se feliz da vida e agradecido pelos amigos que o cercava – nos convidou para ir ao seu apartamento, já que era bem próximo dali. Eu, claro, aceitei o convite, assim como todos, pois não queríamos, de maneira nenhuma, frustrar uma data tão memorável e especial para o Caio. Seguimos, então, para o apartamento de Caio, que ficava a cerca de duas quadras da pizzaria, e, de sobra, no caminho, compramos três caixas de cervejas. Nada contra as bebidas quentes, mas se tem uma coisa que gosto é uma cerveja bem gelada, acompanhada de um bom papo.

Ao chegar ao apartamento, fomos, imediatamente, cumprimentar os pais de Caio, que, vale mencionar, são pessoas maravilhosas e super receptivas. Não é a toa que o Caio é uma pessoa tão querida, sem dúvidas, ele herdou tamanhas qualidades, que fazem todos amá-lo, dos pais. Mas enfim. Após cumprimentar os pais de Caio, decidimos, então, ir para a cobertura, pois já era tardio e não queríamos, de modo algum, perturbar. A cobertura ficava no 15ª do edifício e de lá se podia vislumbrar uma visão magnífica da cidade, além de que, naquela noite, o céu estava estrelado e a lua estava esplêndida. Como não queríamos perturbar as pessoas que ali moravam, optamos por não ligar às luzes, deixando por conta da lua e das estrelas à iluminação daquele local. Sem dúvidas, ficou um clima muito agradável, sobretudo para o único casal que ali estava; o Pedro e a Camila.

A cobertura é bastante agradável, sendo composta por duas piscinas e alguns utensílios de lazer, além de mesas circulares ao redor da piscina, com, mais ou menos, cinco cadeiras ao seu redor. Foi em uma dessas mesas que sentamos e buscamos nos aventurar madrugada à dentro.

Não demorou muito para que o Pedro abrisse a primeira cerveja e buscasse, embora de forma tímida, iniciar um assunto dentre tantos que estariam por vir. Eu, em seguida, também peguei uma cerveja, pois jamais abdicaria uma cerveja tão geladinha. Logo em seguida todos fizeram a mesma coisa. Assuntos não faltaram naquela noite, conversamos, praticamente, sobre tudo, sobre política, futebol, engenharia, amigos, família, corrupção, projeções para o futuro, sonhos e etc. Cada assunto era acompanhando de duas ou três cervejas. Naquela altura do campeonato, duas horas da manhã já, todos já estavam meio bêbado, inclusive eu, mas eu não estava nem aí, eu só queria curtir aquele ambiente super agradável.

A Camila, a única mulher dentre os homens daquele ambiente, foi a primeira a se render, solicitando ao Caio um quarto em seu apartamento para o seu descanso. O apartamento de Caio é um daqueles que é um por andar, muito grande, com cinco quartos, restando, tirando o seu, dos pais e de sua irmã, dois quartos, disponibilizados para hóspedes. O Caio, já meio tonto e perambulando, acompanhou Camila até o quarto de hóspede e decidiu se recolher também para o seu quarto, afirmando que já não estava em condições de beber mais. Deixou-nos à vontade para quando quisermos ir para o seu quarto ou para o outro quarto de hóspede.

Ficaram, então, na cobertura, apenas eu, Pedro e os meus dois colegas, que já demonstravam sinais de que iam recuar logo logo. Continuarmos a bebedeira e as diversas conversas tranquilamente, pois eu só queria sair dali quando esgotasse todas as cervejas, e o Pedro parecia também estar com o mesmo objetivo.

Pelas minhas contas ainda faltavam quinze cervejas, ou seja, bastantes cervejas para o decorrer da madrugada e eu nem estava preocupado com o horário em que iríamos findar todas elas. No entanto, os meus amigos, os dois que ficaram já não estavam, aparentemente, com condições de continuar a bebedeira, sendo assim, decidiram se recolher para o último quarto após secar, cada um, duas cervejas. Como prometido, recolheram-se, ficando apenas na cobertura eu e o Pedro.

Em meio a tantos assuntos discutidos e goladas de cervejas, decidi ir ao banheiro mijar, pois, como todos sabem, a tal de cerveja faz você mijar mais de 10 vezes a cada 20 minutos. Avisei ao Pedro que logo estaria de volta, pois iria ao banheiro, que fica a um metro de distância da piscina. Ele apenas consentiu e disse que tudo bem. No entanto, para a minha surpresa, quando menos esperei, o Pedro foi ao banheiro e se colocou do meu lado, pernas com pernas, forçando, a meu ver, uma situação. Fiquei meio sem entender o que ele estava tentando fazer, decidi então retornar imediatamente a mesa. Mil coisas passaram na minha cabeça naquele momento, menos a possibilidade de que o ocorrido pudesse acontecer. Com o objetivo de não julgá-lo e nem estragar a amizade que estaria por vir, decidi relegar os pensamentos que circundavam a minha mente e tomei dessa vez, duas cervejas, uma atrás da outra, de uma vez só.

O Pedro retornou do banheiro rindo, como se nada tivesse acontecido, então entrei na onda e fingi que nada realmente tivesse acontecido, aliás, ele só encostou a perna dele na minha e isso é normal, ainda mais quando se está bêbado. Continuamos a beber e a conversar, dessa vez o foco da conversa foi Camila e Bruna – uma ficante minha –. Ele elogiava muito a Camila e eu, claro, também elogiava, pois Camila era uma pessoa super bacana e também curtia o relacionamento deles, ainda mais porque eu estava o conhecendo e vendo o quanto ele era legal.

Várias conversas iam e voltavam, até que as cervejas, finalmente, findaram e eu, de certa forma, agradeci por ter acabado, pois eu já estava cansado e desejando uma cama para o meu deleite. No entanto, para o Pedro aquilo o fim das cervejas era um triste fim, sendo assim, ele me pediu para comprar mais, e eu, para não acabar com a sua animação, decidi concordar, mais que ele comprasse apenas quatro cervejas, não mais que isso e ele logo ficou feliz. Fomos, então, num bar que fica em frente ao edifício de Caio e logo retornamos para a cobertura.

Assim que retornamos do bar, dessa vez sem avisar, tentei ir ao banheiro, até que fui surpreendido com a indagação de Pedro perguntando para onde eu ia. Eu ri e disse que estava indo ao banheiro. Ele riu e ficou me olhando. Fiquei meio por fora com a situação, mas mesmo assim segui em direção ao banheiro. Até que escuto alguém entrando no banheiro e, claro, naquela madrugada, só poderia ser Pedro. Ele, novamente, se colocou do meu lado, dessa vez com mais atitude e ousadia, alisou meu pescoço – próximo na nuca e ficou do meu lado. Eu olhei para ele tentando buscar uma resposta em seus olhos, embora já soubesse do que se tratava, mas ele continuou em silêncio a me olhar. Eu, embora não acostumado a deixar as pessoas constrangidas, o afastei e disse que tudo aquilo era um mal entendido, ele apenas riu. Pegando carona na sua risada eu ri também, e, buscando tornar aquele clima tenso em uma brincadeira qualquer, disse a ele que ia avisar a Camila que o namorado dela estava apaixonado por mim. Ele simplesmente olhou em meus olhos e disse: e se eu estiver? Eu ri, claro, para não perder o sentido da brincadeira, mas logo me ausentei do banheiro, indo em direção a mesa.

Peguei uma cerveja, me coloquei deitado à beira da piscina e fiquei pensando no que ocorreu. Quando ao Pedro, ele ficava me olhando e rindo, como se esperasse algo de mim. Devo admitir que, ali, deitado à beira da piscina, um turbilhão de pensamentos passavam pela minha cabeça, nunca pensei em me sentir atraído por um homem, mas eu estava me sentindo e, cada vez que isso passava na minha cabeça, meu coração batia mais forte. E, vale mencionar, o Pedro era um cara muito bonito, alto, moreno e dono de um sorriso perfeito. Até meus pensamentos, naquele momento, mudaram com relação ao Pedro.

Tentando quebrar o gelo da situação que tinha se instalado, brinquei com ele, dizendo que ele era um bêbado safado, ele, imediatamente, disse que nunca fez isso antes, mas que comigo sentiu vontade e não pôde conter os seus desejos, eu retruquei rindo, dizendo que tudo bem.

Finalmente, pela segunda vez, as cervejas acabaram e quando acabou pulei na piscina, tentando fazer com que o banho pudesse me dar mais sobriedade. Logo em seguida o Pedro também pulou na piscina, ambos de cuecas, tanto eu quanto ele, mas agora estávamos em sentidos opostos, ele do lado esquerdo da piscina e eu no direito. Foi aí que o Pedro, vagarosamente, nadou até perto de mim, se colocando a meio palmo do meu corpo, olhando em meus olhos como se tivesse buscando um afago, fiquei na minha, sem atitude alguma. Ele, suavemente, encostou os seus lábios nos meus – nesse momento eu tentava conter o nervosismo – que logo foi contido com o seu seus braços me apertando fortemente, como se tivesse com medo de que eu retrucasse com ignorância.

Aquela situação pra mim era algo novo, fora da minha realidade, mas admito que Pedro despertou em mim uma sensação que nenhuma mulher outra – que passou na minha vida – conseguiu despertar. Novamente tentei me afastar de Pedro, dessa vez em direção ao banheiro, ele logo entendeu que se tratava de um chamado e me seguiu. Quando me encontrou no banheiro, buscou os meus lábios apressadamente, como se nunca mais fosse me der, como se aquilo nunca mais fosse acontecer. Cada parte do meu corpo ele beijava devoradamente, me fazendo sentir sensações antes jamais sentidas. O mínimo que eu podia fazer por ele, naquele momento, embora sem experiência alguma, era retribuir tudo aquilo que ele estava me proporcionando. Busquei conhecer cada parte do seu corpo, beijando e visitando os lugares mais prazerosos.

Embora aprofundados naquele momento de prazer singular, prestes a nos entregar de corpo e alma um para o outro, fomos interrompidos com o raiar do sol e não chegamos aos atos finais. Com receio de que os outros acordassem e não nos vissem, decidimos nos juntarmos aos outros, ele com Camila e eu com os meus amigos. Nunca ninguém despertou um desejo tão latente e sensações tão singulares como o Pedro despertou em mim, e isso é válido para as mulheres que também passaram na minha vida.

Quando já estávamos prestes a seguir para o apartamento de Caio, ele olhou nos meus olhos e disse que nunca viveu uma noite tão intensa e maravilhosa, como a noite que vivenciamos e que queria ter algo sério comigo, embora isso também fosse algo novo pra ele. A hipótese de algo sério realmente me assustou, sobretudo porque ele namorava uma das pessoas mais importantes da minha vida, a Camila.

Após tudo que aconteceu, ele ainda ligou para mim, me convidou para várias festas e para ir à sua casa, mas busquei, embora contra a minha vontade, manter uma posição firme, de que, nessa jogada, existia uma pessoa entre nós, que o amava. É isso.

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Comentários

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Não ficamos mais Rodriguese. Ele ainda é bem presente, sempre que saímos, ele e Camila vão, pois eles ainda estão namorando. Sim Irish, tentei sim, apesar de que, atualmente, eu namoro.

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Que pena que aproveitaran tao pouco. Ele se apaixonou coitado. Nao teve culpa. Mas e depois? Voce arriscou com outros homens o que nao fez com ele?

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Gostei, amizade sempre a frente e trai um amigo, é como trair sua propria sombra

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