Uma cama para três *capitulo 4*

Um conto erótico de Jv
Categoria: Homossexual
Contém 1674 palavras
Data: 12/06/2015 00:13:11

Escutei três tiros e vários gritos de dor, fiquei com o zumbido do tiro no meu ouvido por alguns segundos, estava me sentindo meio tonto, quando recuperei um pouco a consciência, vi o Rômulo, a mãe dele e o pai dele caídos no chão.

Todos estavam sem reação, eu peguei meu celular, nem lembro se liguei para a polícia ou para o samu, só lembro que depois de uns 50 minutos a polícia chegou junto com o samu. A mãe e o pai do Rômulo haviam falecido na hora, e o Rômulo estava em estado grave. Eu, o Caio fomos para o hospital ficar com o Rômulo. Minha mãe foi com os policiais para prestar depoimento e cuidar da papelada do enterro dos pais do Rômulo, pois eles não tinham família.

A mãe do Caio deixou meu irmão e o Felipe em casa.

Já eram 11 horas da manhã e nenhuma notícia nova do Rômulo.

-Mor, eu sei que não é legal contar isso agora, mas o Rômulo estava apaixonado por mim... Eu to me sentindo muito mal por ele.. -Eu falei

-Você não precisa se sentir mal por ele, você não teve culpa pelo o que aconteceu... -Caio falou

-O que vai ser dele agora sem os pais?

-Ele deve ter algum parente para cuidar dele...

-Pior que não tem, ele só tinha o pai e a mãe...

Ficamos conversando por mais algum tempo, até que uma enfermeira veio nos dar notícias.

-Vocês são os parentes do Rômulo Ferraz? - A enfermeira falou

-Sim, somos! -Eu respondi

-Então, a bala não perfurou nenhum órgão vital dele, ele não corre risco de vida, no entanto ele vai ter que ficar internado por mais alguns dias, pois vamos fazer uma cirurgia para retirar a bala de dentro dele nos próximos minutos, só precisamos que alguém assine aqui nesse papel- A enfermeira falou

Assinei o papel, e a enfermeira falou que iam fazer a cirurgia, e que no máximo em 3 horas o Rômulo já estaria no quarto. Depois dessa notícia ficamos mais tranquilos. Fomos para casa tomar banho, trocar de roupa e almoçar.

Caio foi para a casa dele, e voltei para o Hospital junto com a minha mãe umas 2 horas depois e o Rômulo já tinha ido para o quarto.

-Mãe, a senhora vai dar a notícia dos pais dele para ele agora? -Eu falei

-Vou ver se ele já se recuperou da cirurgia, ai eu falo. Quanto antes melhor. -Minha mãe falou

-Ele não tem mesmo nenhum familiar?

-Tem um tio que mora na Irlanda, entrei em contato com ele, parece que ele vai querer pegar a guarda do Rômulo, mas nada certo ainda.

Entramos no quarto, e ele estava apático.

-Oi-Eu falei

-Oi- Rômulo falou

-Como que você está ?-Minha mãe perguntou

-To bem, e meus pais? -Rômulo falou

-Olha Romulo, não é fácil te dizer isso.. -Minha mãe falou

O Rômulo começou a chorar.

-Seus pais não estão mais entre nós, eles faleceram. -Minha mãe falou

-Me deixem sozinho por favor.-Romulo falou

Saímos do quarto e ficamos sentados do lado da porta.

-Eu nem imagino o quão duro deve ser receber uma notícia dessa.. -Eu falei

-Nem imagina mesmo não, pq sua mamãe aqui ainda vai viver muito para encher seu saco!-Minha mãe falou me abraçando

-Quando ele sair daqui, ele vai ir lá para casa? -Eu falei

-Acho que sim, tenho que ver primeiro com o Tio dele, caso contrário ele vai direto para o orfanato.

-Vou lá dentro falar com ele.

Entrei dentro do quarto, o Rômulo estava tremendo, sai correndo para chamar uma enfermeira, mas quando ela chegou foi tarde demais, o Rômulo havia falecido por overdose. A irresponsável da enfermeira deixou uma caixinha de um remédio de tarja preta dentro do quarto, o Rômulo foi e tomou todos.(a morte dele saiu até no g1, se eu achar o link eu coloco aqui)

Quatro dias se passaram depois do enterro do Rômulo. O Caio estava indo todo dia lá em casa, eu estava literalmente arrasado, não saia da cama para da.

-Mãe, eu não quero mais ir no Mochilão com o Caio, eu, eu... -Eu falei

-Você vai sim, precisa espairecer sua cabeça! -Minha mãe falou

-Mãe eu vi 1 pessoa sendo assassinada, e 2 pessoas se suicidando, a senhora acha que uma viagem seria capaz de apagar isso da minha mente?

-Não sei se seria capaz de apagar, mas que vai ajudar, vai! Então pode arrumar suas malas, você vai partir amanhã cedo.

Decidi ir no mochilão junto com o Caio, eu nem sabia por onde íamos passar.

Chamei o Caio para ir dormir lá em casa.

-Toda vez que eu fecho os olhos eu lembro de vc me abraçando naquela madrugada, mas também me lembro da face do Rômulo, eu não to mais aguentando isso.. -Eu falei

-Vem cá, vou te ajudar a esquecer -Caio falou

Caio me puxou para perto dele e começou a me beijar, me colocou de costas para ele e começou a apertar o pau dele contra a minha bunda.

-Você está pronto? -Caio perguntou sussurrando no meu ouvido

-Ainda não... Me desculpa..-Eu respondi

-Não precisa se desculpar, eu te amo meu pequeno, vou esperar o tempo que for! -Caio falou

Caio já tinha me colocado um apelido meloso de namorado, "pequeno" e para entrar no clima comecei a chamar ele de "grandão", mas pelo menos era condizente com a situação real, eu era uns 10cm mais baixo que ele.

Beijei a boca dele.

Começou a tocar uma outra música que eu amo, "Take me to Church" do Hozier.

-Eu quebrei aquela estátua que você me deu de aniversário ano passado enquanto essa música tocava, naquele dia que você me bateu.-Eu falei

-Você já gostava de mim quando eu te dei essa estatua? -Caio falou

-Sim, e você já gostava de mim?

-Eu andei no centro todo, fui em quase todos shopping da cidade atrás dessa estátua. Acho que isso responde a sua pergunta..-Caio falou rindo

-Eu nunca imaginei que ia ter um amor correspondido... Não assim, igual eu e vc, eu to me sentindo naqueles filmes em que um príncipe desce do cavalo para pedir a mão da princesa em namoro...

-Não imaginou, mas agora tem, mas vamos dormir agora, pq amanha temos que acordar cedo, vamos ter que tomar algumas vacinas.

-Aff, sério? Odeio injeção!

-Hmmm, bom saber! Kkkk mas é sério, temos que tomar contra algumas doenças existentes nos países que vamos passar.

-Qual vai ser nosso trajeto?

-Surpresa.

-Você adora me deixar curioso neh?

-Não adoro, A-M-O!

Ele deu mais um beijo em mim, e fomos dormir.

Acordamos no dia seguinte e minha mãe nos levou para o aeroporto.

Descobri que estávamos para Cuzco no Peru, então acho que o primeiro lugar que iríamos seria Machu Picchu

A viagem foi muito longa, mas sem nenhum problema.

Chegamos em Cuzco de noite, era uma mistura de gente muito louca, tinha gente falando inglês, espanhol, francês e línguas que eu nem sei o nome, todo mundo ao mesmo tempo tentando pegar algum táxi para ir para algum hotel.

Por sorte o Caio conseguiu pegar um para nós dois.

Ficamos num Hostel no centro de Cuzco, a cidade parecia ser bem acolhedora.

-Pode me contar para aonde vamos amanhã? -Eu falei

-Machu Picchu, e depois para o deserto de sal, vamos ficar só uma semana, ai vamos voltar para o Brasil! -Caio falou

-Hm sim.

-Você sabe que eu odeio esse Hms seu.

-Hmmmm, vamo descer lá para baixo para jantar, to com uma fome.. Te comeria aqui agora! -Eu falei

-Então come!

-Não nesse sentido babacão!

Rimos, e descemos para jantar, comemos um prato que é tipo uma Galinhada, mas lá tem outro nome. Estava uma delícia, mas faltava um pouco de tempero.

-Pequeno, quem diria, só eu e você numa viagem longa dessa? E pensar que uns 9 dias atrás eu tinha te batido, com medo de estar ao seu lado.. -Caio falou

-Para de lamentar, estamos juntos isso que importa... Gente que gatinho é aquele ali vindo em nossa direção? -Eu sussurrei

-Oi, meu nome é Heitor, a atendente falou que vocês eram os únicos brasileiros aqui no Hostel, ai eu queria falar com vocês, pq ta foda ficar sozinho no meio dessa gringaiada! -Heitor falou

-Ah, eu sou o João vitor, e esse é meu amigo Caio! -Eu falei

-Amigo? -Caio falou

Caio levantou da mesa, e saiu andando.

-Amor para. -Eu falei

-Amor? -Heitor falou

-Sim, somos namorados, algo contra? -Caio falou

-Não, nada contra, até pq eu sou bissexual.

-Vou ir no banheiro. -Caio falou

-Vou ir tbm, espera agnt aqui Heitor! -Eu falei

O banheiro era daqueles individuais, entrei junto com o Caio.

-Ciúmes? -Eu falei

-Você fala que somos amigos, eu estou com ciúmes?-Caio falou

-Não podemos sair falando que somos namorados para todo mundo! O mundo é perigoso para gays!

-Hm

-Você ta com ciúmes isso sim! Haha só pq falei que ele era gatinho! Relaxa grandão, quem eu amo está dentro desse banheiro!

Caio me beijou.

Saímos do banheiro e voltamos para a mesa.

-Então Heitor, tá indo para onde? -Caio falou

-Machu picchu e depois o deserto de sal, e vocês?- Heitor falou

-Nós também! Poderíamos ir juntos - Eu falei

-Por mim tudo bem. -Caio falou

-Por mim também! -Heitor falou

O Heitor, era branco como neve, tinha olhos pretos e cabelos pretos com um topete para cima, e tinha 17 anos.

-É bom ter mais gente brasileira por perto. -Caio falou

-Nas opções de pacote turístico para Machu Picchu e o Deserto de Sal, tem um que é uma cama de casal e uma de solteiro no quarto dos hotéis, podíamos pegar esse pq saí mais barato para os três! -Heitor falou

-Qual que é o nome desse pacote? -Eu perguntei

-Em tradução direta fica algo tipo Uma cama para três. -Heitor falou

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Galera, espero que vocês estejam gostando! Não esqueçam de comentar para eu saber se devo continuar ou não.

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Comentários

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Fique com pena do Rômulo! Essa história é verídica? Abraços!

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Que tragedia,.credo. E esse Heitor nao me parece confiavel... Continue.

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