Um amor de infância - capitulo 24

Um conto erótico de LuisMagalhães
Categoria: Homossexual
Contém 2027 palavras
Data: 15/06/2015 19:17:18

...- está bem claro: ele está me dizendo para seguir em frente e é isso que vou fazer...

- Calma Dan. Isso deve ser um engano... – Alicia tentava me acalmar.

- Você realmente acha que isso é um engano? Olha pra foto: ele tá agarrando ela como um desesperado que não come há dias fica quando vê comida a sua frente.

- Você está exagerando...

- Pode até ser, mas eu já tinha decidido a me livrar dele e vou aproveitar a chance.

A conversa de Alicia foi inútil. O dia passou rápido. Não demorou muito e já era Segunda de manhã. Fazia quase quatro dias que as férias haviam começado e eu resolvi passear como tinha feito no dia anterior. Apesar de todos os acontecimentos do dia anterior, eu me sentia melhor. Talvez minha recuperação estivesse quase completa. Quando me lembrei do acidente, foi inevitável: a realidade era que a mãe de Tomás estava morrendo e talvez eu fosse à pessoa que pudesse ajuda-la. Desci as escadas e encontrei Ali na bancada. Ela me deu um bom dia e eu logo perguntei:

- Ali, por um acaso, você saberia me dizer qual é o tipo sanguíneo dos nossos pais?

- Por que essa pergunta?

- Assunto pessoal.

- Na verdade, eu sei sim. Papai é AB+ e mamãe também. Não é incrível? E você ainda nasceu com o mesmo tipo de sangue. Só eu que nasci com A- - ela fez bico.

- Você tem certeza disso? – eu não estava acreditando.

- Absoluta. (AB+) + (AB+) = (AB+) e (A-). Essa é nossa linha sanguínea.

- Valeu – eu disse me dirigindo a porta.

- Aonde você vai?

- Vou dar uma volta por aí...

- Toma cuidado viu...

- Tá bem – eu gritei do lado de fora.

Andei um pouco mais rápido que o normal. Sentia meu corpo incrivelmente bem. Nem parecia que eu estava de recuperação. Resolvi passear pela mesma rua que eu tinha passado no dia anterior. Se eu encontrasse Bruno esclareceria logo nossa relação, para que ele não alimentasse falsas esperanças. Encontrei-o recostado em uma arvore igual da ultima vez que tinha visto-o, só que agora estava de pé. Cheguei perto dele e ele me olhou de um jeito que mexeu comigo.

- Oi... – eu disse.

- Bom ver você de novo.

Eu sorri e olhei para o chão. Gostei dele, não como gostava de Tomás, não chegava nem aos pés disso, mas eu queria esquecer o Tomás. Queria não, precisava. E um garoto como Bruno, apesar de ser um completo estranho, poderia me ajudar a fazê-lo. Não podia tratar Bruno como um desconhecido completo: ele me ajudou ontem e isso já é alguma coisa. Ele ficou me olhando com as pálpebras cerradas e olhar fixo, me observava.

- Olha é melhor você parar com isso. Você está se iludindo.

- Não estou me iludindo. Estou me apegando. E isso é bem diferente.

Ele disse rápido. Bela rebatida, pensei. Senti enrubescer e desviei o olhar para as folhas secas e quebradiças caídas no chão. Olhar pro chão sempre é uma boa distração. Senti que ele sorria e me olhava dos pés à cabeça, coisa que só um psicopata louco por sexo faria. Talvez fosse impressão minha, mas paralisei imperceptivelmente. Ele fechou mais ainda os olhos e virou a cabeça sensualmente, o que desfez minha paralisação.

- Você é uma graça – ele disse me observando.

- Do que você está falando?

Ele se soltou da arvore e passou as mãos pela minha cintura.

- Você tem certeza que não sabe do que eu estou falando?

Ele me imobilizou, mas eu ainda tinha livre comando sobre meu corpo. Senti seu hálito quente no meu rosto e ele começava a limitar a nossa intimidade a minha boca e a dele. Aquilo foi estranho e me fez lembrar incrivelmente de Tomás e seus braços fortes me segurando. Tentei bloquear esse pensamento, mas era muito, muito difícil.

- Eu nem te conheço, seu pervertido – tentei me livrar dele, mas seus braços eram muito fortes. Ele tentou passar seu rosto no meu pescoço, mas eu consegui impedir que ele se aproximasse mais – Não faz isso... – não falei com tanta convicção assim.

- Você quer isso, eu posso sentir – ele disse. Apesar de parecer entrosado, ele dizia com um carinho cativante.

- Você é um estranho pra mim. Me solta.

- Tudo bem... – ele me soltou – Sai comigo hoje à noite?

- Você é muito safado...

- É que você me capturou desde quando te vi ontem. E preciso passar mais tempo com você – ele disse sorrindo sacanamente.

- Deixa eu ir... – disse me afastando dele e andando em outra direção.

- Apenas diga que sim... – ele gritou a mim.

Saí andando o mais rápido que pude e não dei resposta alguma. Ele estava indo rápido demais e isso me assustava. Estava claro que ele era gay, mas eu não conseguia apagar o fogo que Tomás incendiava em mim, pelo menos não tão rápido quanto precisava. Andei muito e olhava de tempos em tempos para trás para ver se ele não vinha atrás de mim a pé ou com a moto e ele não estava. Quando senti que estava a uma distância relativamente boa dele, me sentei no meio fio e, com os cotovelos nos joelhos, passai as mãos pelo cabelo. Minha vida estava muito complicada.

Decidi olhar o celular e ver se não tinha mensagens para mim. Quando conectei o banco de dados, chegaram algumas mensagens e eu fui lendo uma por uma. As últimas a serem vistas foram as que vieram depois da foto de Tomás agarrando Chris. Aquilo me encheu de raiva, mesmo sabendo que 1) Tomás não era gay e 2) podia namorar quem ele quisesse e quando quisesse, 3) sabia que a briga de ontem era minha culpa e 4) tinha que me desculpar com ele, mas 5) eu era orgulhoso demais e não conseguia fazer aquilo.

Logo que as imagens carregaram, eu vi as cenas seguintes: algumas peças de roupas jogadas por cima de um sofá e pelo chão próximo a ele. A camisa amarela era obviamente a de Tom, o que me dizia que as roupas femininas perto das dele eram de Chris. Se eu estava com raiva, virei um descontrolado ciumento. Minha vontade era de quebrar o celular, mas tinha acabado de ganha-lo e não podia fazer aquilo com um presente dos meus pais.

Alguns comentários diziam que Tom era um safado tarado e louco por sexo, outros que a Chris estava sofrendo com a força de um cavalo e mais embaixo um único comentário de Chris dizendo: “Vocês falam isso, mas nem sabem o quanto um cavalo perderia feio pra ele kkkkkkk”. Meu Deus! Que vaca! Depois uma de suas amiguinhas comentou que sempre soube que ele era super dotado e tals. Isso me deixou ainda pior: não com mais raiva, mas triste. Desde que eu me lembre Tom era virgem e saber que ele tinha perdido a virgindade com Chris me arrasava tanto quanto um tiro no coração.

Fiquei encarando a tela do celular por alguns momentos até decidir desligar o visor. Olhei para a frente, pensativo, e apoiei o celular nos meus lábios fechados. Foi então que percebi que aquela era a casa de Tomás e sua casa era a primeira à esquerda. Seu carro estava estacionado próximo ao meio fio. Pensei em passar lá e me desculpar. Mas desistir e me levantei, limpei a poeira na minha bunda e andei em direção à esquerda, porque a direita estava Bruno e também não queria me encontrar com ele. Quando passava na frente da casa de Tom não resisti e decidi me desculpar com ele.

Subi as escadas para chegar a porta da frente: estava na frente da enorme casa dos Mercer. Isso era assustador, era realmente grande e ele morava só lá. Apertei a campainha e esperei por um tempo. Resolvi me virar e ficar de costas para quando ele abrisse a porta. Ensaiei umas caras felizes para que ele pudesse me perdoar mais fácil, quando escuto a porta se abrir. Me viro e mostro o meu melhor sorriso que consegui pensar no momento. Mas na porta estava presente uma vaca gorda.

Chris. Só com uma camisa de abotoar e mangas longas de Tomas vestida no corpo. A camisa estava aberta e mostrava o centro do seu sutiã vermelho. Suas pernas estavam de fora e estava descalça. Segurava um pote de sorvete Tablito nas mãos, já pela metade e isso mexeu comigo. Meu sorriso se desfez aos poucos. Ela tirou a colher da boca e me olhou com nojo.

- Dan? – ela disse meu nome com aquela voz tão enjoada que ela tinha.

Não consegui reagir. Aquilo era arrasador. Então era verdade: ele havia perdido a virgindade com ela. Ela fez uma careta como se não suportasse o fato de eu deixa-la esperando uma resposta.

- A bixona aí não vai responder não?! – ela disse impaciente.

- Desculpa eu não queria ter interrompido seu momento de prazer com Tomás... – disse, meio que era verdade.

Ela revirou os olhos.

- Mas que cafona você ein? Não suporto ver como você trata os outros, um cara “respeitador” ... um viado louco pra dar pro Tom, mas não consegue porque ele é apaixonado por mim...

- Olha aqui, você não tem o direito de falar assim de mim... – disse enquanto apontava um dedo pra ela, mas ela foi mais rápida.

Largou a colher no chão e me deu um tapa que mais parecia um soco. Virei o rosto pro chão na mesma hora e minha bochecha pinicou de dor. Quando me recuperei, lancei um tapa de punho fechado no rosto dela que teve a mesma reação que a minha. Ela me olhou com raiva e pulou encima de mim, me jogando no chão de costas. Ela sentou no meu peito, o que doeu muito, parecia que uma faca rasgava meu peito e me dei conta de que era a pele ainda fraca se rasgando novamente. O sangue fez uma mancha na minha camiseta. Ela me socou no olho quando eu estava distraído com o sangue e doeu muito. Então quando me preparei para revidar, ela disse:

- Oh... Vai ficar roxo, é melhor botar um gelo encima – disse sarcasticamente.

- A galinha aqui é você, porque não põe um pra mim?

Ela ficou séria, era óbvio que estava com raiva.

- Mas com muito prazer...

Ela virou o pote de sorvete na minha cara e derramou tudo em mim. A área do soco se suavizou, mas logo sentiu frio. Limpei o excesso do meu rosto e ela saiu de cima de mim. Tentei me sentar e o ferimento doeu muito. Dei um gemido. Percebi quando Tomás apareceu no corredor sem camisa e me olhou naquele estado: no chão, tentando me levantar e sujo de sangue. Ele estava claramente preocupado até que algo desviou sua atenção.

- Aqui amor, me ajude – a voz fingida de Chris chamando ele.

Ele olhou para ela e andou até seu encontro. Ele preferiu salvar aquela cachorra? Tudo bem. Me levantei e aproveitei que ele estava ocupado de mais com ela e saí cambaleando pela rua. Andei muito e estava muito cansado, com o ferimento doendo, mas não sangrando mais. Não muito longe avistei a moto de Bruno e o próprio recostado sobre uma arvore. Assim que ele me viu, percebeu que estava ferido e pegou a moto e veio em minha direção. Ouvi os passos de Tomás soando pela rua da esquina enquanto ele gritava meu nome. Bruno parou a moto preta próximo a mim.

- Preciso ir pra casa, agora. Você poderia...

- Claro, você consegue subir? – ele perguntou enquanto me entregava um capacete.

- Sim.

Subi na moto e segurei o capacete com as duas mãos. Quando ia pô-lo na cabeça, Tomás aparece ofegante na esquina e me observa na garupa da moto. Eu lanço um olhar sério pra ele, do tipo: você não podia ter feito isso comigo. Antes de colocar o capacete eu faço movimentos com a boca para que ele entenda sem que eu fale nada: “desculpe por ontem”. Ponho o capacete e, com uma mão seguro o ferro da moto e a outra o meu peito. Enquanto a moto andava em alta velocidade, percebi que Tomás me olhava, parado na rua sem se movimentar. Até que ele vai pra casa e eu o perco de vista.

Continua...

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Comentários

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Ainda nao sei por que o Tomas mudou tanto,ate parece que sofreu lavagem celebral

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Que raiva Tomás não devia ter feito isso com o dam Slc e ainda não ajuda prefere a vaca Ja era desisti do Tomás 😢 :(

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Deveria ter chutado a cara dela. O tomas é caso perdido!

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Amei. O tomas so apronta. A cris é uma vaca. bjos :)

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Cachorra sem dente, vadia rodada é assim mesmo... Bruno é dos meus, mlk de atitude... Já sobre tomas, que decepção em vida, repulsa por esse garoto, dam devia criar vergonha na cara e colocar as cartas na mesa ou seguir em frente.

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Porra foi tão triste esse :/ Tomás não merece messssmo, fica logo com o Bruno e sobre a mãe dele, certeza que é Mentira, ódio do Tomás na boa decepcionou, sobre a vaca melhor nem comentar!

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N te amo mais... continua eu te amo <3 , kkkk o tomas ta tão mal quanto ele , posta um hoje *-*

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Odeio esse Tomas, cara se muda, vai viver com o Bruno, se o tomas preferiu ajudar a namorada e perdeu a propria virgindade por birra é muito idiota, odeio muito, continua...

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Mais um hoje te imploro haha... Seu conto é ótimo... Esse Tomás já está me irritando...

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Bom demais.larga esse merda de mão e vai tentar viver sua vida.

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