O Garoto dos Cabelos de Ouro Cap.11

Um conto erótico de Saki e Suzuki
Categoria: Homossexual
Contém 1107 palavras
Data: 05/07/2015 03:13:28

Cap.11

- Porquê você fica lembrando dele ein ?

- Porquê não vou ficar com alguém que não gosta de mim.

- Quem disse que eu não gosto de você ?

- Diz na minha cara que se o Suzuki se declarasse a você agora, você ficaria aqui ! - ele ficou calado, olhando para minha camisa.

- Eu não sei o que está acontecendo, tá bom ? Eu... De repente me deu uma vontade enorme de ficar com você. De te beijar - fiquei olhando atentamente seus gestos. Ele parecia estar falando a verdade.

- Não faça isso comigo Ken. Eu não quero me iludir.

- Não estou te iludindo. Estou falando a verdade - falou, acariciando meu rosto - deixa eu dormir aqui hoje ? Vai comigo amanhã ?- algo me dizia que ele me via apenas como uma distração. Sabia que isso era errado, e dentro de mim havia uma buzina enorme dizendo "Tenha cuidado !" . Quem disse que meu coração escutou ?

- OK Ken, mas... - ele não esperou nem eu terminar a frase e voltou a me beijar, só que dessa vez parecia mais voraz. Meu corpo amoleceu com esse beijo. Lentamente ele tirou meu moletom - o quê você quer ein ?

- Me deitar aqui - falou, deitando sobre o meu peito.

- Ken... - nem parecia ele

- Estou tão carente Saki. Você sabe o que é perder alguém querido da família - mais uma vez ele voltou a chorar.

- Não

- É muito ruim e doloroso. Te deixa sem chão, sem direção. Espero que isso não aconteça com você - ele deslizava os dedos pelo meu corpo descoberto, parecia que o descobrindo - seu coração está batendo forte.

- Sério ?

- Sim - de repente ele subiu em cima de mim.

- Saki ?

- O que ?

- Você gosta de mim ? - arregalei os olhos e imediatamente fiquei nervoso.

- Eu... - de repente ele aproximou seu rosto, bem próximo ao meu. Cada gesto dele e eu ficava ainda mais nervoso.

- Não minta pra mim ! - meu coração ficava submisso aquela voz e aquele corpo.

- Gosto ! - ele sorriu.

- Gosta quando eu faço isso ? - perguntou, beijando meu rosto.

- Para com isso, você vai me...

- Excitar ? - ele sorriu - porquê você me deixa assim ein ?

- Assim como ?

- Estranho. Carente. Louco pra te ter. O que é que você tem, filho de Takeshi - eu não acreditava em uma palavra que ele dizia. Logo ele saiu de cima de mim, e deitou novamente sobre o meu peito.

- Você deixa ?

- O que ?

- Eu dormir abraçado a você ?

- Deixo - novamente ele se deitou sobre mim, e me abraçou.

- Saki ?

- O quê ?

- Você me dá uma paz tão grande. Não se afaste de mim. Por favor ! - falou, entrelaçando nossas mãos.

NARRADO POR SUZUKI

Aos poucos fomos nos separando daquele abraço gostoso e carinhoso. Ele limpou os olhos novamente e ameaçou sorrir, mas estava muito triste.

- Você quer sorvete ?

- Sorvete ?

- É. Ao menos serviria para você se alegrar um pouco.

- Tem razão - deixei ele ir andando, na frente. Assim que ele passou, levantei as mãos pro céu e em pensamento agradeci a Deus pela grande ajuda e aproximação que estava acontecendo entre nós.

TEMPO DEPOIS

- Qual você gosta ? - perguntei, enquanto via as freezers de sorvete que existiam na cozinha. Sim, era gratuito para os alunos.

- Chocolate, Morango, geralmente faço uma mistura enorme - via o quanto ele estava triste. Estava com raiva de mim mesmo, pois não sabia como animá-lo.

- Ei, comecei a ler aquele livro que você me deu.

- Sério ?

- Sim. Sinistro os alienígenas invadindo o mundo.

- Não é ? Aquele livro sempre me fascina quando o leio - meu palpite de como alegra-lo foi perfeito. Colocamos duas bolas de sorvete e logo fechamos a freezer - sabia que já teve um filme americano que foi inspirado nele.

- Sim, eu até vi no cinema. Só não lembro o nome... - fui apenas o seguindo. Para onde ele fosse, eu ia junto.

- Só acho que não foram tão fieis ao livro assim, mas foi bem legal - saímos para o jardim. Estava bem gelado, mas dava pra aguentar. A Lua estava linda, bem cheia e brilhante. Sentamos no Jardim. Não tinha ninguém por perto - ei ?

- O quê ?

- Você já se apaixonou por alguém ? - eu estou apaixonado por você bobão.

- Já.

- Porque será que quando a gente se apaixona, criamos tanta expectativa ? - e você vem perguntar pra mim ?

- Não sei. Deve ser o coração querendo que você se apaixone ainda mais. Deve ser o combustível do coração, a paixão - ele sorriu. Que bom ! Consegui faze-lo sorrir.

- O meu está despedaçado - falou, deslizando seu dedo pelo gramado.

- Own, porque ? - ele suspirou e olhou pro céu.

- Uma pessoa que eu considero demais me decepcionou. Não posso culpa-la, não posso obrigar ninguém a gostar de mim - então ele estava realmente apaixonado por outra pessoa. Aquilo me entristeceu. Aquela vontade de ficar sozinho novamente me fez levantar - ei, porque se levantou ?

- Me lembrei que tenho uma coisa pra fazer.

- Não, não vá embora - ele se levantou com tanta rapidez que seu sorvete caiu no chão. De repente ele segurou minha mão - por favor, não me deixe sozinho agora. Não hoje ! - sua voz doce e dolorosa me fez voltar. Minha mão gelada esquentou com o seu toque - porquê você sempre foge quando eu falo algo envolvendo amor ? - fiquei de cabeca baixa, não conseguia responder - você é muito estranho sabia - só então notei que nossas mãos continuavam dadas - mas sua estranheza é fofa - agora ele me fez sorrir. Larguei sua mão, e acredito que meu rosto deva ter corado naquele momento.

- Quer um pouco do meu sorvete ? - perguntei, voltando para o local aonde estava sentado - o seu caiu no chão.

- Arigatou ! - falou, pegando o copo da minha mão e deslizando seus dedos na minha mão de novo. Eu estava extremamente nervoso, envergonhado e feliz por dentro. Milhões de coisas passavam pela minha cabeça. Eu sentia algo entre nos. Era estranho, mas eu sentia - Gosta da Lua Suzuki-San ?

- Acho ela linda - falei, pegando novamente o sorvete das suas mãos.

- Dizem que a Lua pode mudar tudo aqui na Terra.

- Será verdade ? - fiquei olhando para o céu, quando lentamente desviei meu olhar para ele. Percebi que o canto de sua boca estava sujo. Involuntariamente meu dedo se aproximou de seu rosto e eu limpei o canto. Ele se assustou.

- O que houve ?

- Está sujo - falei, passando meu dedo na manga da minha camisa.

- Ai que vergonha - ele ficou ligeiramente vermelho. Mesmo envergonhado ele continuava lindo !

- Não se preocupe, isso acontece - ficamos nos olhando por alguns segundos, sem falar nada.

- Você é um garoto lindo Suzuki.

- Você também.

- E fica fofo envergonhado - ele me deixou ainda mais envergonhado - adoraria ser seu melhor amigo - só isso ?

- Tudo bem - juro a vocês que foi sem querer. Ele veio beijar meu rosto e sem querer eu virei.

Continua

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Comentários

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Sem querer querendo ! A cada capitulo esse conto fica melhor ! Muito bom

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Incrível, cada dia mais eu gosto dese conto.

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