Louco amor - metido a machão pegador 8

Um conto erótico de Lipe
Categoria: Homossexual
Contém 2096 palavras
Data: 03/08/2015 21:03:18

LOUCO AMOR - metido a machão pegador 8

- Que notícia é essa em? Espero que seja muito boa.

- É ótima – falou ela – estão preparados?

- Vai fala – dessa vez foi o Caio.

- Eu... estou gravidaaaa

Falou ela pulando em minha direção e me abraçando, eu fiquei totalmente paralisado com aquilo, nem nos meus piores sonhos eu me imaginaria numa situação daquelas, podia jurar que ao fundo tocava aquela música “Meu mundo caiu”. Ok, se aquilo era um pesadelo, já estava na hora de eu acordar.

- Brincadeira né – irrompeu Caio o ataque de euforia de Teresa.

- Claro que não – falou me largando e se sentou no colo dele lhe dando um beijo.

Um pequeno silencio se seguiu na sala, eu deveria está parecendo uma estátua ali parado hora olhando Teresa que havia parado um pouco para nos observar e hora olhando o Caio que sustentava uma aparência tão perplexa quanto a minha no momento.

- Ah gente – falou Teresa se levantando – eu disse que estava gravida não que o mundo iria acabar.

Reage Lucas – pensava eu.

- É que você pegou a gente de surpresa Teresa, é serio isso?

Suspirou fundo – claro Lucas.

- Quanto tempo faz isso? – perguntou Caio ainda sentado.

- Só tive certeza, 7 dias atrás, já estou com um mês – meu olhar seguiu sua mão que repousou em sua barriga fazendo movimentos circulares como se a criança pudesse sentir o seu carinho, senti meus olhos arderem, eu sabia que uma criança era algo muito importante entre duas pessoas, eu não podia me intrometer desse jeito. Eu segui em seu encontro e lhe dei um braço apertado na qual prontamente ela retribuiu, deixei as lagrimas rolarem enquanto olhava o Caio por sobre o ombro.

- Parabéns minha amiga – falei com a voz embargada.

- Não sabia que você era tão sentimental assim Lucas, para, se não eu vou chorar também.

- Uma criança é sempre motivo de alegria não é – falei lhe soltando.

- Claro – falou limpando minhas lagrimas com o polegar.

- Vou deixar vocês curtindo o momento, depois a gente faz algo pra comemorar – falei

- Ok – falou ela me dando um beijo na testa.

Olhei uma última vez para o Caio que no mesmo estante olhou pra mim, parecia estar com um olhar perdido, desorientado e talvez com medo, aquilo havia me deixado em frangalhos, eu precisava ficar sozinho.

- Juízo em – falei saindo.

- É o meu segundo nome – falou ela.

- E “sem” é o primeiro – falei forçando uma risadinha.

Não aguentei esperar o elevador então desci as escadas – estava no 5ª andar – eu queria estar o mais longe possível daquela loucura que tinha se transformado minha vida. Quando passei pela portaria senti as lágrimas voltando a cair pelo meu rosto, sentia culpa e dor. Em pensar que até ontem “tudo estava se saindo tão bem”. Boa parte de mim tinha certeza que eu merecia aquilo.

- LUCAS – gritou alguém meu nome.

Instintivamente olhei para o lado, de onde veio o som, levei um baque de consciência porque não pensei que estava tão perto de casa, já estava na frente da casa do Fagner. Limpei minhas lágrimas rapidamente enquanto ele vinha em minha direção e tentei me recompor.

- O que foi? Aconteceu algo? – perguntou ele todo apreensível assim que passou pelo portão de sua casa.

Só aí me dei conta de como estava exposto emocionalmente, só aquela pergunta foi capaz de me fazer voltar a chorar, me encostei sobre o muro e deixei as lágrimas cair.

- Está tudo dando errado Fagner e a culpa é minha – lamentei.

Ele me fitou por alguns segundos e então levou sua mão por trás de minha cabeça e me trouxe junto ao seu corpo num abraço apertado, o abracei, o abracei forte enquanto molhava sua blusa.

- Vamos lá pra dentro? – falou ele com a voz serena.

- Mas e seus pais?

- Eles não estão em casa, vem!

Ele segurou minha mão e me guiou para dentro, passamos em meio a um jardim lindo, sua casa por dentro, era tão bonita como por fora, subimos as escadas e fomos até seu quarto, bem espaçoso, era todo desenhado, tinha várias prateleiras repletas de livros, uma tv grande e um banheiro, sua cama ficava próxima a janela e era de casal. Eu não sei o que estava acontecendo comigo pois eu não conseguia parar de chorar mesmo estando em sua frente.

- Não precisa, segurar o choro, pode deixar rolar, não tenha vergonha de mim – falou percebendo meu esforço em vão em controlar as lágrimas – Quer um pouco d´água?

Apenas balancei a cabeça negando.

- Então deita aqui um pouco – Falou passando por mim e tirando algumas coisas em cima da cama.

Não contestei e me deitei um pouco de barriga pra cima só que fiquei com a cabeça reclinada e fechei os olhos ainda tentando me controlar e controlar aquela dor que só fazia crescer em meu peito. Senti ele se deitando ao meu lado ficando na mesma posição que eu estava, abri os olhos e olhei para o lado e encontrei seus olhos azuis me observando atentamente, e nos minutos seguintes me perdi ali.

Narrado por Fagner:

Eu não sei de certeza o que havia acontecido para ele ficar daquele jeito mas já odiava a pessoa que fez isso, velo chorar foi a pior coisa que já me aconteceu desde que cheguei naquela cidade. Ali deitado o vendo com os olhos vermelhos e marejados escorrendo lágrimas e provavelmente sofrendo, eu não consegui resisti, levei as costas da minha mão a seu rosto tentando lhe fazer carinho e quando já dei por mim, meu rosto já estava muito próximo ao seu, sentia sua respiração descompassada, a minha não deveria estar muito diferente, minha mão desceu até sua cintura, me aproximei mais um pouco mas sempre com os olhos grudados no seu e então senti meus lábios tocarem o seu, ele fechou os olhos e em seguida eu, não sei se aquilo estava sendo propriamente um beijo mas estava muito bom, poderia ficar minha vida toda ali que infelizmente não era muito longa.

Narrado por Caio:

- Entende Teresa, eu não estou preparado para ser pai, eu tenho toda uma vida pela frente – falei em tom crescente.

- Um filho não é e nunca vai ser um estovo na vida de ninguém Caio – praticamente gritava comigo, a verdade era aquela, eu ainda era muito imaturo, quero curti a vida, não quero ser pai agora e a lendo mais tinha o Lucas, era difícil admitir mas era com ele que eu queria uma família. Estava cansado de discutir então voltei a me sentar. Ela andava de um lado a outro, nervosa.

- Eu sei Teresa – falei com a voz calma – eu não me sinto pronto ainda pra criar um filho, é só isso.

- E então o que me sugere? Eu estou gravida, não dá pra voltar atrás e consertar tudo, não temos máquina do tempo – falou ainda nervosa.

- Mas dá para impedir – falei baixo.

- O QUE? – gritou ela – deixa ver se eu entendi, você quer matar o nosso filho? É isso mesmo Caio?

Eu pensei que ela não ouviria mas agora o estrago estava feito, ela me olhava seria e eu não conseguia abrir minha boca pra me defender até ver ela se virando e indo em direção a porta batendo com tudo assim que saiu, não tive outra opção a não ser ir atrás dela.

- Não foi o que eu quis dizer – falei segurando em seus braços próximo ao elevador a impedindo de ir embora.

- Eu sei muito bem o que você quis dizer – e então.... começou a chorar, se desfez totalmente aquela armadura dura dela de alguns minutos atrás.

- Me desculpa, eu nunca que deixaria você abortar uma criança, eu sei que aquilo foi um comentário infeliz da minha parte, dito da boca pra fora, eu juro.

- Eu ainda não contei para os meus pais Caio – falou ainda chorando – não sei como vão reagir, meu pai é muito conservador e minha mãe evangélica assídua, eu preciso de você.

Se desvencilhou das minhas mãos que ainda a segurava e então me abraçou forte ainda chorando, também a abracei decidido a ajuda-la.

Narrado por Lucas:

Por fração de segundo me senti tão bem, seus lábios eram tão macios e estavam um pouco gelados ao contrário dos meus.

- Caio – sussurrei de olhos fechados ao fim daquele quase beijo.

- Caio?

Abri meus olhos em um sobressalto e vi o Fagner me olhando meio confuso.

- Desculpa, desculpa... – repeti várias vezes colocando a mão em meu rosto morrendo de vergonha.

- Ei para com isso – falou tirando a mão do meu rosto para poder me olhar – não precisa pedi desculpas.

- Tenho que ir – falei me sentando na cama.

- Não quer me contar o que aconteceu? – falou se sentando ao meu lado.

- Você não vai entender.

- Eu acabei de te beijar, é claro que vou entender, mas se não quiser tudo bem, é sério.

Decidi por bem lhe contar tudo sem tirar e nem por.

- Você ama esse Caio?

- Amo – falei baixo.

- E ele te ama?

- Não sei.

- Hum.

- porque me beijou? – indaguei

- Não sei – foi sua resposta.

- Você é gay?

- Bi, na verdade – falou sorrindo um pouco e acho que também sorri.

- É assim que gosto de te ver – falou com certeza me fazendo corar.

- Minha mãe vai me matar – comentei.

- Só vai ser um castigo infinito – falou rindo me fazendo ri mais ainda.

- Então vou lá – falei me levantando já indo em direção a porta.

- Espera – falou me alcançando e segurando em minha mão.

- Fala.

Ao invés de falar me deu outro beijo só que dessa vez entre minha bochecha e boca.

- Vai ficar tudo bem – finalizou.

- Tá – falei meio desorientado com aquele segundo beijo.

Quando cheguei em casa nem preciso dizer que ouvi e muito da minha mãe, até discutimos um pouco mas estava muito cansado para prolongar aquilo então entrei em meu quarto e tranquei a porta.

Teresa gravida, minha situação totalmente indefinida com o Caio e agora aquele beijo do Fagner, eu precisava organizar tudo em minha cabeça, eu precisava saber qual seria o meu próximo passo se não enlouqueceria. Me sentei no chão encostado a porta e ao contrário de minutos atrás eu não conseguia mais chorar, meus olhos já estavam secos mas a dor ainda fazia presente em meu peito me oprimindo.

Vasculhei meu guarda roupa e quando já estava desistindo, eis que encontro meu diário, é gente, eu sei que era até um pouco patético mas foi bom relembrar as besteiras que eu escrevia nele e as vezes até me pegava sorrindo, quando cheguei no final, vi umas 3 páginas em branco e me senti tentado a escrever o que estava acontecendo comigo.

“Em parte sei que a culpa é minha de tudo que está acontecendo, amo mais do que tudo aquele moreno, se não fosse o fato dele ser namorado de minha melhor amiga, a situação seria maravilhosa, não sei ao certo como foi que virei um amigo tão fura olho, sei que Teresa não merece essa traição mas a verdade é que sinto como se eu perdesse totalmente a consciência quando estava perto dele, era capaz de aceitar tudo que propusesse, capaz de fazer tudo que me mandasse fazer. Eu tinha que me afastar dele, mas se eu não sou capaz nem de escrever sem hesitar isso como é que vou ser capaz de agir? Ele iria ser pai de um filho da minha melhor amiga, eu tinha que conseguir. E por último mas não menos importante, tinha o Fagner, ele era tão fofo, não me arriscaria em escrever que ele gostava de mim mas do que amigo mas não me surpreenderia mais se ele se declarasse pra mim, coisa que eu tenho medo que acontecesse, ele merece alguém melhor que eu, e tinha aqueles quase dois beijos que me deu. Só tenho duas palavras que resumiria “muito bom””

CONTINUA...

Fala gente, de volta aqui com mais um capítulo dessa história maluca, como hoje foi meu ultimo dia de férias vai ficar cada vez mais difícil de escrever e publicar pois estudo o dia todo mas vou fazer de tudo pra deixar pelo menos 2 por semana, acho que a próxima só na sexta ou sábado a noite.

Martines: Caio é muito indeciso com as coisas, ele tem que mudar antes que venha alguém e tome o Lucas dele não é mesmo ;) Abraços!!!

LuisMagalhães: concordo, o Fagner é muito fofo ^^. Casal lugner? Gostei rsrs Abraços!!!

LipM: acompanha que você vai saber, Abraços!!!

Kevina: Tenso né. Abraços!!!

JamesBrack: não propriamente do recife James ;) Abraços conterrâneo!!!

Samhut: Coração tem disso né rsrs Abraços!!!

Ru/Ruanito: o amor é capaz de fazer loucuras com uma pessoa, Abraços!!!

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Comentários

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Se a história seguir a lógica que o título propõe, é óbvio que Caio tende a ficar com Lucas ao final da trama.

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Oi lindo eu voltei viu... Desculpa por não comentar logo os outros Cap. é que estava muitoooo ocupado com a escola e só agora em plena madrugada tive tempo de ler... sobre o Cap. 8 muitooooo triste mas fiquei feliz pelos dois "beijos" do Lucas e do Fagner, queroooo muitooooo que eles fiquem juntos e que o Fagner se cure...

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Nossa que coisa triste, o Caio nem se incubiu de ir atras do Caio, esse esta disperdiçando a chance que tem com o Lucas, vai acabar perdendo-o e o Fagner é tão fofo...

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