Eu Não Vou Desistir de Você | 16º Capítulo | Penúltima Parte

Um conto erótico de Ralph
Categoria: Homossexual
Contém 971 palavras
Data: 18/08/2015 19:20:05
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

- Não perdi a esperança desde que você foi embora. - Olhou em meus olhos, se sentou em minha frente e perguntou: - Ralph Sullivan Castro, você aceita se casar comigo?

Meus olhos marejaram e não tive outra resposta:

- É tudo que eu mais quero.

Pedro colocou a aliança em minha mão, subiu em cima de mim e me encheu de carinho.

Não podia acreditar nos rumos que minha vida estava tomando. Estava feliz, realizado. Desde o começo, até mesmo antes do Jorge, eu quis um relacionamento que apenas Pedro me deu ao longo desses 21 anos. Queria passar o resto da minha vida com ele, mas era hora de encarar o fato de que não havia mais papai e mamãe, era hora de cuidar de problemas, assumir os negócios, hora de deixar de ser o Ralph que tinha tudo que queria para ser o Ralph que tinha que administrar tudo o que tinha.

Na manhã do 5º dia que fiquei no apartamento de Pedro, decidi que começaria meu trabalho a frente da Manfred & Cia Engenharia. Havia concluído meu curso de administração no ano anterior, lá nos Estados Unidos.

Era bem cedo, então levantei da cama e me dirigi à cozinha para preparar café da manhã para mim e para Pedro. Fritava ovos quando senti aqueles lábios macios em minha nuca.

- Bom dia, meu príncipe - disse sussurrando em meu ouvido.

Dei-lhe um beijo rápido para não queimar os ovos e respondi:

- Bom dia amor.

Pedro começou a fazer café e então falei:

- Amor.

- Oi vida - me responde Pedro.

- Hoje eu vou ter que ir na empresa.

- Com que roupa? Seu 'suit and tie' está sujo.

- Ah é... Esqueci que não lavamos a roupa.

- Não fizemos nada além de sexo, meu amor. - Demos uma risada de nosso estado de 5 dias de hibernação

- Vamos no shopping, então?

- Vamos sim. Quer roupa emprestada pra ir?

- Palhaço. Claro. Deixei tudo nos Estados Unidos.

Fomos ao shopping e acabamos ficando lá até a hora do almoço. Comemos e decidi que era a hora de ir. Fomos pra casa, tomei um banho e vesti meu terno e gravata e fui até o escritório.

Cheguei na empresa e me dirigi á Cilene. Recepcionista dali desde que eu me entendo por gente.

- Boa tarde, Cilene.

- Seu Ralph. Que prazer recebê-lo. Veio tomar seu lugar? Muito se especulou sobre sua possível vinda.

- Exatamente. Quem assumiu a presidência enquanto eu não vinha?

- Jorge Morgado Ferreira.

Ao ouvir esse nome, meu coração encolheu no peito. Se tratava do pai de Jorge, que sabe-se lá como era amigo de longa data do meu pai e vice-presidente da Manfred & Cia.

- Tudo bem, srº Ralph? - pergunta Cilene.

- Sim, sim. A sala é...

- Ocupa todo o último andar do prédio.

- Ah é... Essa cabeça minha...

Estava um tanto quanto perturbado. Peguei o elevador e apertei o botão de número 21. O topo da grande Manfred & Cia Engenharia.

- Boa Tarde. - Digo a secretária da presidência.

- Boa Tarde. - Sem nem olhar na minha cara, ela segue mexendo em seu computador. - Tem hora marcada?

Estendo minha mão e digo:

- Prazer, Ralph Sullivan Castro, acionista majoritário da Manfred & Cia Engenharia.

A secretária ajeitou os óculos e me fitou dos pés a cabeça. Se levantou e se dirigiu a sala da presidência.

- Um momento.

Após alguns segundos dentro da sala, a secretária pediu para que eu entrasse.

- O senhor Jorge o espera.

- Obrigado.

Entrei na sala e vi Jorge em pé, frente a janela.

- Finalmente, nos conhecemos, Ralph... Sullivan... Castro

Jorge virou-se e estendeu a mão com uma cara amarga, de poucos amigos.

- O prazer é meu, srº Jorge.

Retribui sua expressão facial com um sorriso... Já vi que ia ser "ótimo" meu ambiente de trabalho.

Jorge seguiu me encarando com olhos semicerrados, sem dizer uma só palavra. 2 minutos depois e sem entender porcaria nenhuma daquilo, falei logo:

- Muito obrigado por tomar conta da empresa na minha ausência.

- Cuidar da Manfred & Cia é mais que um favor, é uma honra e meu destino.

Me arrepiava a forma ríspida e grossa como aquele homem usava as palavras.

- Deseja algo?

- Não, caro Jorge. Pode ir para sua sala, qualquer coisa, peço a...

- Suzane.

- Isso, Suzane para te chamar.

- Com licença.

Jorge bateu a porta da sala e me deixou lá. Fiquei pensando na frieza daquele homem...

Terminado o expediente Pedro me ligou para saber que horas deveria me buscar. Falei que ele podia ficar tranquilo porque tinha pendências mas o chamei para jantar num restaurante perto da mansão onde morava alguns anos atrás. Pedro concordou e disse que me encontraria lá.

Saí da empresa e fui na firma de um amigo meu e passei algumas instruções. Na hora marcada, estava no restaurante com Pedro, jantando.

- Amor, tava pensando em a gente ver um filminho e depois ir para um motel.

- Você que manda, príncipe. - me respondeu.

Era madrugada, quando pedi para Pedro passar na mansão porque tinha que pegar algumas coisas.

Entreguei a chave e um papel na mão de Pedro.

- O que é isso?

- Sua chave e seu novo endereço. Bem vindo a nossa casa.

Pedro não acreditou até eu mostrar que tudo de seu apartamento já estava lá, além de alguns móveis novos e outros que já estavam na casa.

- Quando você...

- Enquanto nos divertíamos essa noite.

***1 Ano Depois***

A Manfred & Cia comemorava 1 ano sob minha jurisdição e organizamos um coquetel. A empresa cresceu como nunca. Até mesmo Alyne e seu novo marido (um diplomata americano) foi convidada. Que saudades da minha doce Marie Claire.

O clima era totalmente leve e descontraído. Exceto por Jorge... Este estava inquieto e frio, como de praxe. Nos encaramos diversas vezes e quando fui ao banheiro, fui surpreendido por uma porrada do pai de meu ex. A consciência se foi e a pergunta se ecoou na minha cabeça "o que houve e porque?"

Continua...

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Comentários

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Nossa... Me deu medo agora... Ele não pode morrer, e nem se ferir, muito menos o Pedro! Amando a história! Esse Jorge pai tem q morrer! E eu concordo com o prireis822, ainda mais depois do que ele falou na sala da presidência, esse lance de é meu destino... E nada me tira da cabeça que tem dedo do Jorge filho nisso...

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Amei. Acho que foi o Jorge que matou os pais dele. :)

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