Descobrindo o Amor Cap.5

Um conto erótico de gustavinho
Categoria: Homossexual
Contém 898 palavras
Data: 07/10/2015 23:57:30

Cap.5

NARRADO POR MAURICE

Não nego, acho que os homossexuais são a escória da sociedade. Não me entra na cabeça como dois homens podem gostar de se pegar como um casal normal. Não é natural ! Deve ser algum demônio que os domina. Na França, eu sempre tive diversas namoradas, e nunca consegui entender como isso acontecia. Apesar de já ter namorado muitas vezes, meus namoros inexplicavelmente não davam certo. As meninas logo se separavam de mim depois de pouco tempo. Foi com essa experiência traumática que eu voltei ao Brasil. Me chamo Maurice, nasci em Toulouse, uma cidade bem próxima da fronteira da França com a Espanha. Tenho 17 anos. Morei durante 2 anos no Brasil, mais precisamente no Rio de Janeiro, pois minha mãe estava abrindo aqui uma filial das suas empresas. Retornei a França e terminei a graduação em Paris. Porém, assim que terminei estourou na europa a Grande Guerra. Estava prestes a me tornar maior de idade, de modo que minha mãe estava morta de medo que eu fosse convocado para a Guerra assim que me tornasse legalmente um adulto. Então me fez voltar ao Brasil e passar a morar com sua amiga, dona Cristina. Elas se conheceram numa reunião da minha mãe com o falecido deputado, marido dela. Se tornaram grandes amigas, assim sendo ela cedeu a sua casa para mim e eu passei a morar aqui. Estava até animado com a ideia de voltar ao Brasil, até saber que teria uma companhia não muito agradável. De início quando o conheci, não desconfiei de nada. Mas, passados alguns momentos, pude perceber que ele preenchia o requisito daqueles garotos que me observavam enquanto eu andava por algumas vielas de Paris. Certo dia, me observou no quarto com tanta gula que eu cheguei a me assustar. Não me arrependo de nada que disse a ele, nem de alguns xingamentos pesados. Ele é tarlouze, pessoas que seguem o mal caminho. Não iria contar a sua mãe, mas também não queria mais conversa com aquele garoto desviado. Isso tudo perdurou, até eu ter encontrado aquele papel jogado sobre a mesa de centro da sala.

" Mamãe, eu não sou digno da vida. Eu não sou normal, sinto atração por outros garotos, inclusive estou atraído por um neste momento. Me dizem que isso é errado, que sou uma aberração. Concluo portanto que não mereço viver. Mas não se preocupe, a senhora nem precisava ter vergonha de mim. Pois eu vou acabar com qualquer expectativa de vida hoje..."

Imediatamente fiquei aflito quando li aquelas palavras. Comecei a me sentir culpado. O que iria dizer a mãe dele se algo acontecesse com ele ? Ela já perdeu o marido, se perder o filho é capaz de enlouquecer. Naquele momento não me importei o que ele sente ou o que é. Eu tinha que encontra-lo e evitar que ele fizesse uma besteira. Comecei a correr pelo quintal em busca de encontra-lo.

- Aquele tolo. Ele não pode se matar - comecei a ficar ofegante, enquanto a culpa começava a me consumir por completo - meu Deus, não deixe que ele se mate - quando estava me aproximando do riacho, vi ele se jogar. Meu coração apertou quando vi ele fazer aquilo. Sai correndo em disparada para o riacho, e me joguei lá com roupa e tudo. Quando Achei o seu corpo, ele já havia desmaiado. Comecei a puxa-lo rapidamente para fora da água, e logo o tirei da margem. O coloquei no chão. Sua respiração estava fraca, e eu não sentia o coração bater. Comecei a tentar fazer uma massagem cardíaca. Nunca estive tão aflto e desesperado na vida como naquele momento. Eu só imaginava a mãe dele chorando, e o clima ruim pairando pela casa - não morre Antoine, pelo amor de Deus ! - tinha que fazer respiração boca a boca. Mesmo receoso e ligeiramente envergonhado, Tapei o seu nariz, colei nossos lábios e começei a assoprar. Uma descarga elétrica percorreu o meu corpo naquele momento. Meu coração acelerou muito, sem motivo algum. Ou será que tinha motivo ? Meu desespero só aumentava, enquanto eu tentava reanima-lo. Até que vejo uma enorme quantidade de água sair de sua boca, e os batimentos voltarem. Meu coração estava prestes a sair pela boca. Eu nunca me senti tão mal e estranho na minha vida. Uma sensação ruim tomava conta de mim. Dentro da minha cabeça apenas uma frase se formava. "Eu tenho que protege-lo"

NARRADO POR ANTÔNIO

Afundava pelo riacho como se não houvesse amanhã. Se ser o que sou é errado, então eu não tenho direito a vida. Meu corpo começava a lutar pela sobrevivência, e em pouco tempo eu apaguei, em busca da vida eterna. Depois de não sei quanto tempo uma luz penetrou os meus olhos. Imaginava que seria a luz do paraíso, ou inferno para o qual fui enviado depois de morrer. Senti uma mão bagunçando os meus cabelos, e quando minha visão foi ficando mais nítida, percebi que ainda estava vivo. Olhei para o lado, e vi Maurice, ofegante, com uma feição miscigenada de medo e preocupação.

- Porquê fizeste isso ? - perguntou, recuperando o fôlego.

- Porquê não morri ?

- Eu vi você pular. Você é louco ? Porquê pulou ?

- Eu não mereço a vida. Você disse que sou uma aberração. Minha mãe diz que é errado. Ser o que sou é errado. Eu não mereço viver !

Continua

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Comentários

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Cap sensacional Gu, por sorte o Maurice viu o bilhete e correu pra salvar o Antonio. Ansioso por mais logo.

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Cara eu quase chorei! Mas acho q o amor tocou Maurice! Continua urgente!

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Foi bem tocante a essa passagem admito que fiquei angustiado com o que Maurice estava sentindi, Mas mesmo assim ele continua sendo um idiota. . . esperando o proximo!

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Uffa..... Esse mau-france ai...... Kkkkkkkk vai agora vai explicar..... Que o amor nasceu assim como a vida,,,,

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:'( Quem tem que morrer é essa puta mãe e esse Maurice

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Nossa coitado dele ele não merecia isso, e o senhor me deixou com o coração na boca ahahahaha. :) Abraços

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