O Pecador

Um conto erótico de Gabriel
Categoria: Homossexual
Contém 2629 palavras
Data: 02/10/2015 10:49:27

Olá, me chamo Gabriel, tenho 16 anos, sou branco com o cabelo castanho e liso caindo nos olhos. meus olhos tambem são castanhos, só que em um tom mais claro. Tenho 1,75 de altura, corpo normal. Nem magro, nem gordo, nem definido, dentro do peso. Tenho dois irmãos mais velhos, o Gustavo, que todos chamamos de Gus que tem 18 anos e faz faculdade de direito, está no primeiro periodo. Fato que meus pais amam jogar na minha cara, porque caso eu não passe no vestibular quando for a minha vez, eu vou estar bem ferrado. Eu sou uma cópia quase fiel dele, a diferença é que ele usa um topete ao inves de cabelo caido e é bem mais alto, tem 1,90 de altura e bem mais forte, por conta dos esportes q faz, o futebol e a natação que faz desde criança, esportes esses que nunca fui chegado, diga-se de passagem. aliás, nunca gostei de esporte algum. Mas fora isso, nossos traços são bem parecidos, as vezes eu fico espantado com tamanha semelhança. Tem tambem o meu irmão Maxwell, que todos chamamos de Max. Ele tem 17 anos, uns 1,83 de altura corpo definido só que sem exageros e sem músculos muito evidentes. Ele é o que mais se diferencia de nós, pois tem cabelos e olhos pretos. tambem é branco e joga futebol no time da escola. Eu faço o 2º ano e ele o 3º ano.

Nossos pais se chamam Júlia e Miguel e tem 37 e 38 anos respectivamente. Tiveram que se casar cedo por conta da imposição da igreja. Ela é enfermeira na Santa casa da nossa Cidade e Ele é arquiteto. Ela tem olhos pretos e cabelos castanho, esbelta, tem uns 1,60 de altura com a pele bem branquinha. Meu pai ja é mais bronzeado, e tem um porte físico de dar inveja a muito garoto de 25 anos por aí. Malha todos os dias e aparenta ser bem mais jovem que sua idade real. Tem cabelo preto e liso e olhos castanhos, tenho que admitir que meu pai é um cara muito bonito. Ele faz o tipo macho alfa, onde tudo e todos tem que obedecer o que ele diz e onde ele sente a necessidade de proteger e cuidar de tudo. Dessa parte de nos proteger eu até gosto, é sempre bom contar com meu pai em horas difíceis... até porque essas horas dificeis são geralmente dentro da nossa própria casa.

Bom, nós somos uma família de classe média alta, principalmente pela profissão do meu pai. vivemos bem e nunca nos faltou nada, graças a Deus. por falar em Deus, a minha família é evangelica e desde que me entendo por gente, frequentamos uma igreja aqui perto. Vamos todo domingo a noite e hoje é uma das vezes que estamos indo. Eu estou dividindo o banco de tras do carro do meu pai com meus irmãos, que aliás são bem espaçosos. Confesso que não gosto muito de frequentar a igreja, mas vou para agradar meus pais. chegamos lá e logo o Gus foi falar com a sua namorada, a Patricia, Ela é uma garota legal, só não sei se meu irmão a merece... conheço muito bem o irmão que tenho. enfim, entramos e nao demorou muito para que eles entrassem tambem. O culto ja iria começar:

- Ô pivete, chega pra la! não ta vendo que eu to querendo sentar com a Paty?- falou meio impaciente, como sempre. Ele só falava comigo nesse tom.

- Não precisa, Gabe. Aqui tem lugar pra todo mundo, não liga pra má educação do seu irmão- Ela disse com um sorriso amarelo enquanto ele revirava os olhos.

- Tudo bem, ja estou acostumado- ela olhou pra ele com cara de "depois a gente conversa". Ela gosta muito de mim e eu dela.

A celebração transcorreu na maior tranquilidade e no final o pastor falou pra nos confraternizar-mos como ja era de costume, o que pra mim era a pior parte, porque eu não tinha com quem falar e meus pais meio que me obrigravam a me enturmar. Eles disseram pra eu ir chamar o Max para podermos ir embora. Fui ao seu encontro, onde conversava com alguns garotos. chegando la:

- E ai Gabriel, tudo bom? A gente tava aqui combinando com o Max de ir jogar bola amanhã a tarde no campinho, topa?- Perguntou Pedro, um cara que tocava teclado. Deve ter uns 19 anos ja.

- E ai, tudo bom sim. Sobre o jogo, valeu cara, mas eu dispenso. Não curto essas coisas.- eles começaram a se entreolhar e a meio que segurar um sorrisinho malicioso. Percebendo isso, concluí- Max nossos pais estão chamando para irmos embora.

- Tá, tá bom. Diz que ja tô indo- falou meio impaciente.

Virei, fui saindo e deixei ele lá se despedindo. chegando a uma certa distância onde eles provavelmente pensaram que eu não podia os ouvir, começaram a falar:

- Cara esse teu irmão é muito estranho. Não gosta de nada de homem, não pega ninguem, não joga esporte nenhum... não sei não cara- Falou outro garoto que não lembro o nome e todos começaram a sorrir. eu comecei a andar bem devagar para conseguir ouvir o resto da conversa.

- Deixa esse idiotinha pra la hahaha, ele é muito tapado, só fica na dele. Não sei o que le tem- respondeu meu irmão e aquilo doeu em mim. Corri pro carro pra que ele não percebesse que eu ouvi tudo. Um nó se formou na minha garganta.

Então, acho que agora deu pra entender quando eu digo que os momentos difíceis que eu passo e geralmente sou protegido pelo meu pai, acontecem dentro de casa. Meus irmãos não conseguem entender o fato de eu ter uma personalidade quase que oposta a deles. Para eles eu tinha que ser um jogador de futebol e pegador igual a eles. Só que eu não consigo. Eu não consigo ser o centro das atenções, não consigo ser um "macho alfa" como eles e o meu pai. Por que será que pra eles é tão dificíl aceitar o meu jeito de ser? Qual o problema em não sair por ai pegando qualquer uma?

Chegando em casa, entrei no quarto e deitei de bruços na cama com roupa e tudo. Eu dividia o quarto com o Max, o gus dormia em um sozinho. Ele entrou, tirou a roupa ficando so de cueca. Ele é um cara bonito, o Gus também. Mas o que tinham de bonitos, tinham de chatos. Ele deitou de bruços na cama dele também, eu virei minha cabeça pra olhar pra ele e aquela cena dele me chamando de idiota e tapado não saia da minha cabeça. Eu mergulhei nos meus pensamentos enquanto o olhava... será que algum dia eu vou me dar bem com eles? Será que vai ser sempre assim? eles me tratando dessa maneira só por não ser igual a eles? Eu só queria ter alguém pra conversar em casa sabe? alguém que me desse carinho, brincasse comigo, me protegesse dos meus medos, me ensinasse coisas sobre a vida... um irmão que realmente me amasse e não alguém que a cada dia que passa eu sinta mais repudio. Fiquei tão perdido em pensamentos que quando fui perceber ja tinham caído lagrimas dos meus olhos e ele estava olhando pra mim. Fiquei o encarando por alguns segundos, passei as mãos no rosto para limpá-lo e virei o rosto pra parede quando escuto:

- Ô moleque, o que tu tem?

- Nada, me deixa em paz!- respondo de forma ríspida.

- Fala logo fedelho, não tenho a noite toda, e também não quero ficar escutando choro de ninguem não.- ele disse meio sem paciência também.

- Eu ouvi, ta legal? Ouvi você falando que eu era um idiotinha tapado pros seus amigos la da igreja!- Falei virando meu rosto para encará-lo novamente.

- Ah então foi isso- ele diz agora com um sorriso sarcastico em seu rosto.- E por acaso eu estava mentindo? Você é mesmo isso e pior ainda, é um fresco isso sim! Que ridículo chorar por uma coisa dessas. Seja homem moleque. para de viadagem.

Eu me levantei, e comecei a falar:

- Cara qual o problema de vocês comigo? eu nunca fiz nada de mal pra vocês, mas vocês sempre me tratam como se eu fosse um nada. Quem você pensa que é pra achar que eu vou deixar você falar comigo assim?- Minha pele ja devia estar vermelha nessa altura do campeonato e minhas mãos estavam tremendo.

- haha e o que você vai fazer pra que eu pare de te tratar assim, em?- ele se levanta tambem e vem me encarar. Seu corpo fica bem colado ao meu um de frente para o outro. Tinha ódio nos seus olhos, provavelmente por estar sendo desafiado por mim, alguém que ele julga ser inferior- TÔ ESPERANDO PIVETE, VAI FAZER O QUÊ?

Nessa hora meu sangue ferveu e eu ja não aguentava mais ouvir aquilo! eu o empurro com toda a minha força, que infelizmente não é muita e ele vai um pouco pra tras, voltando com o punho fechado e acertando bem em cheio o meu nariz, o que me faz cair no chão com muito sangue no nariz. A dor era muito forte. Mas que ideia a minha de enfrentar alguém mais forte que eu. Como eu fui burro, claro que só podia dar nisso.

- Isso é pra você aprender a não se meter comigo seu viadinho.

De repente ouço meu pai entrar no quarto como um furacão, provavelmente tinha ouvido os gritos do meu irmão que falava alto e com raiva comigo.

-O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?- Ele esbraveja e olha pro meu irmão que está estático como se tivesse caído na real. Por maiores que fossem as implicâncias e discussões, nós nunca chegamos a nos agredir fisicamente, aquela foi a primeira vez e o resultado foi um nariz quebrado.- FALA MOLEQUE, O QUE VOCÊ FEZ COM SEU IRMÃO?- Ele estava possesso, nunca tinha visto meu pai assim.

- P-pai... e-eu-eu não queria...- ele ficou nervoso e não conseguia se explicar. Eu o interrompi porque estava doendo muito e eu não conseguia me mexer de tanta dor. Meu choro era tão forte que eu ja estava ficando sem ar.

- PAAAI ME AJUDA AQUI, POR FAVOR...- comecei a falar alto pra ver se ele caia na real e dava prioridade pro meu machucado. ele se ajoelhou e me colocou em seu colo.

- Filho ta tudo bem, eu vou te levar pro hospital, aguenta firme.. jaja isso passa, não deve ter sido nada de tão grave...

- pai, ta doendo muito, por favor me ajuda, eu.. eu.. eu não tô aguentando, é muita dor- só deu tempo de ver minha mãe e o gus entrando no quarto e apaguei...

Miguel narrando

A Julia e o Gustavo entraram no quarto assim que ele desmaiou.

- Gustavo ajuda a sua mãe a levar o seu irmão pro carro, eu ja estou indo.

- Mas o que foi que aconteceu? Como o meu menino foi ficar assim?- Julia ja chorava enquanto perguntava e Gustavo carregava seu irmão para o carro.

- Isso não interessa agora, vai ajudar o Gustavo com o Gabe. daqui a pouco eu vou- ela saiu.

Eu virei para o Max e o encarei. Ele estava apavorado, tremendo e me olhava fixamente esperando o que viria pela frente. Eu nunca bati nos meus filhos. Não acho que essa seja a forma certa de educar. e assim como não quero que batam nos outros, eu dou o exemplo e não bato em ninguém. Mas hoje pra mim foi a gota d'água. o que ele fez com o irmão seria dificil de perdoar. Ele sabe que o garoto é mais frágio que ele e não é acostumado com a dor, pelo fato de não experimentá-la com frequência. Eu estava possesso de raiva, chegava tremer. Fui me aproximando dele e ele recuando ate que ele encontrou a parede atras de si.

- O QUE VOCÊ FEZ COM SEU IRMÃO GAROTO?- perguntei gritando

- P-pai por p-por favor... d-d-desculpa- ele começou a chorar

- DESCULPA? VOCÊ QUEBROU O NARIZ DO SEU IRMÃO GAROTO, COM UM SOCO. VOCÊ FICOU MALUCO OU O QUÊ?- Falei batendo na parede atras dele ao lado da sua cabeça, fazendo ele sentir o vento e o tremor do impacto e fechando os olhos com medo.

- Pai a gente começou a discutir e os ânimos foram se exaltando, eu não consegui me controlar e ele tambem me empurrou, pai tenta me entender, por favor, pai eu juro eu...- ele começou a falar rapido e a se enrolar. foi nessa hora que a minha paciência acabou. Odeio gente que tenta inventar desculpa e não assume seus erros. Sem aguentar mais ouvir a voz daquele garoto, eu dei um tapa em seu rosto que fez um som bem alto que ecoou pelo quarto.

- AAAAAAAAHHH...- Ele gritou e começou a chorar com força e foi escorregando até se encolher no chão.

-SE ALGUM DIA, DAQUI PRA FRENTE, EU AO MENOS SONHAR QUE VOCÊ TRISCOU EM UM FIO DE CABELO DO SEU IRMÃO... HAHA GAROTO- eu comecei a rir de raiva... eu estava descontrolado, nem eu me reconhecia- O TAPA QUE VOCÊ LEVOU HOJE, NEM SE COMPARA COM A SURRA QUE EU VOU TE DAR.. TA ME ENTENDENDO?- ele fez que sim com a cabeça. ele abaraçava as proprias pernas sentado no chão. eu o peguei pelos dois braços e o ergui no ar, sem que seus pés encostassem no chão, fazendo com que seus olhos ficassem na altura do meu. Ele arregalou os olhos com o susto da minha atitude e respirou com força.-EU TE FIZ UMA PERGUNTA E QUERO OUVIR UMA RESPOSTA!

- Si-si-sim... p-pai eu entendi.- ele tremia de medo. Joguei ele na cama.

- E ESSA AMEAÇA TAMBÉM SERVE PRA CASO EU OUÇA VOCÊ TRATANDO SEU IRMÃO COM NOMES COMO VIADINHO, IDIOTINHA, TAPADO, PIVETE E FRESCO TA ME OUVINDO?- comecei a falar mais baixo, mas com tom de raiva na voz- o garoto é seu irmão, e eu não admito essa falta de respeito dentro da minha casa. Pensa que não ouvi a conversa de vocês antes de entrar? acho que até os vizinhos ouviram de tão alto que você gritou. É inaceitável você tratar pessoas da rua super bem, enquanto dentro da sua própria casa você trata alguém que é sangue do teu sangue, que te conhece desde que nasceu, alguem que dorme no mesmo quarto que você como se ele fosse um lixo. Eu não aceito. você ta indo pra igreja e não ta aprendendo nada garoto? Sinceramente, eu jamais esperava uma coisa dessas vindo de você... eu estou extremamente decepcionado com você... isso que você fez, humilhar verbalmente com esse tipo de palavra que você usou e depois humilhar ele fisicamente, isso não se faz... ah e não se preocupe com o meu perdão, porque ele pode até demorar, mas vai acontecer. Agora você tem que se preocupar em conseguir o perdão do seu irmão, porque esse sim, não vai querer olhar pra você nem pintado de ouro. E mais uma coisa, não pense que defendi ele por gostar mais dele. Faria o mesmo se o Gus te batesse. Agora vai dormir e pensar no que você fez com o coitado do Gabriel... e nem pense que você vai escapar de um castigo muito bem elaborado. Ah e se prepara porque se você ficou com medo de mim, espera só o que sua mãe vai fazer com você pelo que você fez com ele. Você sabe que eles são super apegados.- Desliguei a luz, fechei a porta e deixei ele la chorandoe ai, gostaram? Continuo?

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Comentários

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Estava procurando esse conto. adoro ler muito bom e sempre me faz chorar muito.

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Otimo enredo e muito bem escrito, vou seguir

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Porque todo mundo não tem um pai como esse, porque?

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Com o peedão da palvra. . . Mano caralho teu conto ta foda vc tem que continuar por favor. . . Espero que volte logo!

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Caralho de conto foda... Pfvr continua numbdeixa nós sem esse conto...

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Gostei bastante. Continua e não abandona. kkk

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