A VIDA DE DIEGO 2 (2° TEMPORADA)

Um conto erótico de Gatinho02
Categoria: Homossexual
Contém 2315 palavras
Data: 31/12/2015 01:00:15
Assuntos: Gay, Homossexual

No capítulo anterior...

Meu deus, será que ele irá fazer isso mesmo o que eu estou pensando, será que ele vai me beijar ali no meio da rua, na frente de todo mundo, isso começou a me deixar nervoso e creio que eu já estava vermelho de vergonha enquanto ele me olhava atentamente nos olhos e cada vez mais aproximava seu rosto do meu, quando de repenteA: esse seu cabelo é ruivo mesmo, ou é pintado? – Arthur nos atrapalhou com aquela pergunta idiota.

Pela cara que Eri fez, percebi que ele não gostou de ser atrapalhado, nós nos soltamos e percebi que algumas pessoas na rua, próxima de nós, nos olhavam, não dei atenção e continuamos andando...

E: é sim, meu pai era ruivo, puxei a ele.

A: legal, acho os ruivos bonitos.

E: obrigado – respondeu ele com simpatia.

T: aff Eri, mais um dando encima de você – falou Thais indignada – e eu aqui sozinha – lamentou.

A: não, não é isso, eu só acho bonito, eu tenho namorado e o amo, então não o deixo por nada nesse mundo.

Eu: você é sortudo, o Caio é uma ótima pessoa.

A: eu sei amigo, ele é perfeito!

...

Caminhamos por uns 15 minutos e logo chegamos na frente de um prédio e entramos, o apartamento deles não era muito grande não, mas era o suficiente para o Eri e a Thais viverem em paz enquanto estivessem na faculdade. Dois quartos, sendo um suíte, uma sala, cozinha e uma varanda que dava pra ver o campus da Federal, enfim, um apê bem aconchegante.

Thais deu uma toalha limpa e um sabonete para Arthur e o deixou usando o banheiro coletivo enquanto Erivaldo foi para o banheiro no quarto de Thais e eu fiquei na varanda esperando o Arthur terminar seu banho, enquanto eu estava lá sentado numa cadeira e olhando para o céu limpo, Thais se aproximou e sentou ao meu lado...

T: É impressão minha ou rolou um clima entre você e Eri?

Eu: não sei, acho que rolou algo sim, mas não sei.

T: olha, toma cuidado, eu vi o jeito que ele te olhou e na rua quando ele te segurou, eu não quero ver meu amigo machucado...

Eu: não se preocupe, eu não quero nada, a gente se conheceu agora, não é assim que a banda toca, eu gostei dele, gostei mesmo, mas para acontecer algo agora, não vai acontecer, pelo menos no que depender de mim, não acontece nada, deixa o tempo falar.

T: Só não quero ver meu melhor amigo sofrendo esta bem? Ele já sofreu demais na vida e não quero ver ele triste não.

Eu: E você acha que eu nunca sofri? Todos nós temos nossos demônios, eu não tenho a intenção de fazer ninguém sofrer, até porque eu já sofri muito por amor e não quero sofrer mais.

T: você parece ser uma pessoa legal sabia? E eu não quis te ausentar de sofrimento, como você disse, todos nós temos nossos demônios – falou ela suspirando e olhando para o céu – só não quero ver o Eri sofrendo, a gente se conhece desde crianças, morávamos na mesma rua, sabe, ele é o tipo de pessoa que desde cedo aprendeu a se virar sozinho, seu pai abandonou ele e sua mãe quando ele ainda era criança, a mãe dele trabalha como costureira, ele tem uma irmã e a vida sempre foi difícil para eles, são pessoas muito pobres, eu lembro quando a gente saía da escola, Eri ia para casa e pegava uns sacos de doces e ia para a rua vender doces no sinal, eu como uma boa amiga ia ajudar ele, nunca precisei disso, minha família tem uma condição favorável, mas eu sempre ajudava ele a ganhar uns trocadinhos e foi assim que ele foi crescendo, arrumando bicos por ai, se virando, ajudando em casa. Você tem cara de que cresceu em berço de ouro né?

Eu: eu sempre tive muita mordomia em minha vida, nunca tive que trabalhar, eu sinto muito por ele.

T: deixa eu ver suas mãos?

Deixei ela ver minhas mãos, ela passou suas mãos sob as minhas e demonstrou um pequeno sorriso de canto de boca...

T: suas mãos são mais macias que as minhas, você teve uma vida boa...

E: estão falando sobre o que? – Eri chegou tomado banho e cheiroso.

Ele estava sem camisa, mostrando aquele corpinho lindo e sem pelos que ele tinha.

T: estamos falando um pouco sobre a vida, sabia que Diego nunca trabalhou?

E: nunca? – perguntou olhando para mim.

Eu: não, meus pais sempre me deram tudo – falei um pouco envergonhado.

E: não sabe o que esta perdendo, trabalhar é muito bom, enaltece o espírito, eu trabalho desde sempre, atualmente estou trabalhando no shopping Rio Mar, na loja **********.

Eu: Legal, minha mãe as vezes compra roupas lá, eles tem umas peças bem legais.

T: bom, agora vou tomar meu banho, Diego, quando você for tomar banho, pode pegar um sabonete aqui no armário.

Eu: não precisa, eu uso o sabonete que Arthur usou, sem problema.

T: esta bem – falou entrando no quarto.

E: então onde você mora?

Eu: Em Boa Viagem.

E: nossa, um riquinho de Boa Viagem.

Eu: nem tanto, minha mãe é médica.

E: e seu pai?

Eu: mora no Rio de Janeiro, eles são separados, ele já esta casado com outra mulher e tem um filho recém nascido, pelo menos eu tenho uma ótima relação com eles lá.

E: sabe Diego, eu gostei bastante de você – ele falou isso sentando de frente para mim e colocando a mão sob a minha.

Eu: Eri, vamos com calma, a gente se conheceu agora, não é assim que as coisas devem acontecer...

Eu nem terminei de falar e ele se aproximou rápido e me tascou um beijo que me fez perder a noção da realidade, literalmente eu viajei no espaço, gente! Que beijo foi aquele, quando a língua dele entrou em minha boca eu fiquei hipnotizado pelo gosto de sua boca e pela maciez de seus lábios, eu acordei do meu transe quando ele colocou a mão direita no meu rosto e acariciou meu rosto sujo com a tinta seca, nesse momento eu separei nossos lábios, ele olhou para mim tipo “desculpa ter feito isso, mas eu precisei fazer.”

Eu: você não deveria ter feito isso, falei me levantando.

E: Diego, desculpa, mas parece que você gostou, estou errado?

Eu: não, eu gostei pra caramba, primeiro beijo que eu dou em mais de um ano e foi muito bom, mas você não deveria ter feito isso, não assim dessa maneira.

E: desculpa, vamos devagar então?

Eu: temos que ir devagar, eu...

A: Ai, meu cabelo esta destruído, esfreguei mais que tudo e ainda não saiu todo o trigo, em casa eu dou um jeito – falou Arthur chegando perto de nós.

Eu: vou tomar meu banho, deixou o sabonete no banheiro?

A: sim, está lá, toma aqui a toalha.

Eu: obrigado.

Fui para o banheiro e deixei o Arthur e o Erivaldo a sós conversando, entrei no banheiro e rapidamente tirei minha roupa e liguei o chuveiro, fiquei pensando naquele beijo e no que esse garoto viu em mim para ter gostado de mim, sou magrelo, branco demais, sem graça, não sei o que ele viu em mim, e sem falar que não dei nenhum motivo para ele gostar de mim, mas não sei o que aconteceu que ele despertou algo em mim, o seu olhar, o jeito como ele olhou para mim me despertou de um sono profundo, algo dentro de mim acordou quando eu vi seus olhos pela primeira vez. Meus Deus, eu não posso estar apaixonado.

Tomei meu banho e sai rapidamente do banheiro, como não tínhamos roupas limpas, tivemos que usar nossas roupas sujas mesmo, o Arthur ainda passou uma água na sua camisa no banheiro pra poder tirar um pouco do ovo fedido, estava toda úmida e amassada, assim como a minha.

Quando sai do banheiro estavam todos na sala conversando, chamei o Arthur e fui em direção da porta, Erivaldo percebeu que eu estava um pouco chateado porque eu quase não falei com ele, só dei um abraço nele e na Thais que se mostrou uma ótima pessoa, esperei o Arthur se despedir e fomos saindo...

E: espera, eu acompanho vocês até lá embaixo.

A: esta bem.

Eu fiquei calado enquanto Eri entrava no elevador conosco, quando chegamos no térreo ele segurou na minha mão esquerda e pediu para conversar comigo, pedi para o Arthur nos deixar um pouco a sós e ele disse que iria esperar na entrada do prédio...

E: desculpa, eu fui um idiota contigo – ele falou isso passando massageando minha mão com a sua, o que fez com que ele passasse sem querer o dedo na minha cicatriz no pulso – o que é isso?

Eu: marca de uma idiotice que eu tentei fazer ano passado.

E: essa marca tem nome?

Eu: tem – falei sentindo uma tristeza dentro de mim.

E: Ele deve ter sido um idiota, pra te fazer passar por essa dor...

Nem esperei ele terminar de falar, dei um tapa em seu rosto que o fez virar o rosto...

Eu: nunca mais fale assim dele – falei com os olhos cheios de lágrimas – ele foi uma das pessoas mais especiais que eu conheci nesse mundo, ele morreu de câncer ano passado, quando ele morreu eu estava num momento bem frágil, acabou que eu surtei.

E: desculpa, eu não deveria ter falado sem saber. Desculpa.

Ele se aproximou de mim e me deu um abraço, quando senti seu corpo abraçado com o meu eu relaxei em seus braços e deixei algumas lagrimas caírem em seu ombro...

E: vai ficar tudo bem, sempre que você precisar eu estarei aqui, eu sempre estarei aqui pra você.

Eu: obrigado e desculpe pelo tapa que te dei, foi automático, fiz sem pensar.

E: não tem problema, eu mereci.

Eu: desculpa mesmo, agora tenho que ir – falei já me virando.

E: espera.

Quando me virei ele veio rapidamente e me deu um selinho, dessa vez eu não fiz nada, apenas deixei, ele limpou uma lagrima que descia pelo meu rosto e beijou minha bochecha...

E: foi um prazer te conhecer Diego.

Eu: digo o mesmo, então, até amanhã?

E: Até amanhã – falou isso se virando e voltando para o prédio.

Quando cheguei perto do Arthur, logo começaram os interrogatórios, perguntando sobre tudo o que ele havia visto, desde o tapa na cara até o abraço e os beijos, segundo ele “estou de queixo caído, como você conseguiu pegar o ruivo gostoso?” enquanto fomos para o ponto de ônibus, fui explicando tudo para ele que cada vez mais ficava de boca aberta, convidei o Arthur para almoçar em minha casa, pegamos o ônibus e seguimos para Boa Viagem, no caminho pensei no Nathan e no que ele estava fazendo nesse exato momento, mas logo minha cabeça foi ocupada pelo ruivinho gatinho que de uma hora para outra revirou minha cabeça de tal maneira que nem eu mesmo consigo explicar, passei todo o percurso pensando no Erivaldo e em como o nosso curto contato me fez bem, quando pensei no nosso beijo, um sorriso bobo brotou da minha boca chamando a atenção de Arthur que se pôs a me infernizar dizendo que eu estava apaixonado.

Quando chegamos em minha casa, minha mãe nos questionou por termos chegado muito cedo em casa e riu pra caramba das nossas roupas podres e úmidas, embora eu tivesse pedido para o Arthur não falar nada do que aconteceu com o Erivaldo para a minha mãe, foi em vão, aquele linguarudo deu com a língua nos dentes e começou a seção CSI da minha mãe, ela tipo, surtou querendo saber tudo sobre o Erivaldo, depois do ultimo ano podemos dizer que ela meio que ficou paranoica comigo, tudo o que eu fazia ela queria saber, eu até entendo, ela só queria me proteger.

L: esta decidido, quero conhecer esse tal de Erivaldo, traga ele aqui no domingo para um almoço esta bem?

Eu: eu tenho escolha?

L: não.

...

Depois de um tempo eu e o Arthur fomos pegar o Guilherme na escola e na volta pra casa ele recebeu uma ligação do Caio querendo saber onde estávamos e ele explicou que tínhamos fugido da faculdade com medo dos jogos do trote, que arrancou altas gargalhadas do Caio, então ficou decidido que depois do almoço o Arthur iria embora para se encontrar com seu namorado e assim o fez, logo após o almoço ele se foi e eu peguei o Guilherme para ir para a praia e passamos o resto da tarde a beira mar. Agora eu só estava pensando na Doutora Liliana conhecendo o Eri no domingo, estou até com medo de convidar ele, mas se eu não o fizer, é capaz de ela bater na faculdade só para conhecer ele, então é esperar para ver os resultados desse encontro...

<3 BOA NOITE AMADOS LEITORES, AI ESTA MAIS UM CAPITULO DA SEGUNDA TEMPORADE DE “A VIDA DE DIEGO”, ESPERO QUE VOCÊS GOSTEM, REVOLVI POSTAR ESSE SEGUNDO CAPITULO AGORA COMO DESPEDIDA DE 2015, AGORA SÓ ANO QUE VEM E SE DEUS QUISER E ELE VAI PERMITIR, EM 2016 ESTAREMOS TODOS AQUI DE VOLTA! GOSTARIA DE AGRADESCER OS COMENTARIOS DO CAPITULO ANTERIOR, VOCÊS SÃO DEMAIS! AMO TODOS VOCÊS, OS QUE COMENTAM E OS QUE NÃO COEMNTAM MAS SEMPRE ESTÃO AQUI RESERVANDO UM TEMPINHO PARA LER MEU CONTO, MUTO OBRIGADO! DESEJO UM FELIZ ANO NOVO PARA TODOS VOCÊS E QUE 2016 SEJA REPLETO DE FELICIDADES PARA TODOS NÓS, ESTAMOS PRECISANDO, EU, VOCÊ, NOSSOS AMIGOS, O MUNDO PRECISA DE FELICIDADE, 2015 FOI UM ANO QUE FEZ MUITAS MARCAS RUINS E ESPERO QUE 2016 CICATRIZE ESSAS MARCAS E NOS DÊ MOTIVOS DE SORRIR DE VERDADE. É ISSO PESSOAL, ATÉ O ANO QUE VEM ENTÃO” BJS, MILHÕES DE BEIJOS PARA TODOS VOCÊS! <3

Gatinhoo2gatinho02@hotmail.com

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Comentários

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Amando o desenrolar da nova temporada lindo. Já prevendo que o Eri irá aos poucos "isso se for aos poucos mesmo kkkkk" conquistar o Diego. Volta logo pois sua história é muito boa.

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Li o comentário que fez no último capítulo do conto que me disponibilizei em escrever! Gostei muito de suas palavras, não sei se voltarei a escrever, mas tenho vontade de reescrever o meu primeiro conto. Enquanto aos votos para 2016, penso em muita coisa para fazer, tenho que arranjar um emprego, faculdade e to muito afim de entra numa academia, mas tenho vergonha! So quero deixar de ser magro. E sobre a CDC, talvez ano que vem eu a deixe periodicamente... O conto está perfeito, tudo está andando nos trilhos, vejo um grande potencial em você, abraços!!

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Beijos e Feliz Ano Novo, estou amando o conto, e espero que o Diego não volte a se machucar! E também espero que o Eri tenha um futuro melhor!

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