Depois deste dia, eu passei a visitar o quarto de Lu pelo menos três vezes por semana, e sempre voltava para o meu quarto de madrugada para que Ricardo não desconfiasse de nada. O sexo era maravilhoso e a gente sempre se dava muito bem. Longe do Ricardo, dentro de casa, a gente sempre ensaiava uns beijinhos e umas passadas de mão, como se fossemos dois namorados. A gente sempre se tratava por “amor” como a gente fazia antigamente, mas tudo discretamente, afinal, nem a gente sabia o que era aquele nosso relacionamento.
Certo dia, me perguntei se ela ainda estaria saindo com Max, se estivesse com certeza seria na parte da tarde. Como na épica eu estava trabalhando com banco de horas, passei a chegar mais cedo ao trabalho e algumas vezes nem fazia horário de almoço,assim eu passei a ter sempre um tempo disponível pra usar quando quisesse.
Era uma quinta feira, quando eu cheguei em casa por volta das 5 da tarde e Lu estava se preparando pra sair. Ela me beijou e disse que ira sair com o grupo de visitas. Eu disse que iria a academia e que a visitaria a noite em seu quarto. Ela se despediu com aquele sorriso tímido.
Por volta das 9 da noite, estávamos eu, a Lu e o Ricardo assistindo uma série na TV quando fui a cozinha beber água. Em cima da mesa um celular tocou avisando de nova mensagem. Era o celular de Lu, um desses celulares bem simples, usados apenas para fazer ligação, a curiosidade e talvez o ciúme me fez olhar que mensagem seria. Aoconferir a mensagem percebi que não havia nome, apenas um numero de telefone, e a mensagem perguntava porque ela não estava saindo com o grupo de vistas as quintas feiras.
Aquilo me acendeu novamente, afinal, naquela quinta Lu saiu me dizendo que iria com o grupo da igreja em algum lugar. Evidentemente não era verdade, mas decidi que descobririao que estava acontecendo.
A noite com Lu foi fantástica, como sempre ela tem muita disposição para o sexo, e fazia de tudo na cama. No dia seguinte liguei para o numero da mensagem que eu havia anotado e uma voz grave me atendeu dizendo alô, nem precisei perguntar quem era, pois sabia que era Max falando. Se ela não foi ver o Max, quem teria sido?
A resposta viria uma semana depois, neste dia eu resolvi sair mais cedo e fiquei de longe esperando a Lu que sair de casa. Ela como sempre usava roupas comuns sem chamar a atenção: sapato baixinho, blusa e calça jeans. Lu andou por cerca de 20 minutos até chegar a uma rua onde havia pouco movimento, era uma rua meio residencial, com alguns poucos comércios. Logo no inicio da rua havia um açougue e uma padaria. Ao lado da padaria tinha uma pequena vila sem saída, no final dela havia algumas casas. Logo no inicio tinha uma lateral grande que na verdade era a lateral da padaria, e do outro lado a lateral de um restaurante. No final desta lateral do restaurante, tinha uma placa apontando para um escritório de contabilidade. De longe pude perceber que foi ali que Lu tinha entrado.
Fui me aproximando devagar e notei a porta quase que completamente abaixada. Eu não poderia levanta-la pois com o barulho perceberiam minha presença, então eu me abaixei a ponto de deitar no chão para conseguir ver algo.
Não vi nada demais, apenas uma entrada com um sofá velho e uma mesa sem ninguém, logo atrás havia uma divisória com uma porta. Apesar de não ver nada pude ouvir atentamente os gemidos que vinham abafados do fundo, e aqueles gemidos eu conhecia muito bem, eram gemidos de tesão da Lu.
Me levantei e dei uma volta pela rua sempre vigiando a entrada da pequena vila, porque ela teria que sair por ali. Fiz um lanche na padaria e continuei por perto, mas somente depois de mais de uma hora Lu saiu de dentro do escritório. Um rapaz veio até o meio da vila e pude vê-lo muito bem, era um homem alto, moreno, meio gordo, devia ter no máximo uns 30 anos. Ele falou alguma coisa com ela, riram e ela lhe deu um selinho.
Após essa cena fui embora antes de ser visto. Eu estava ao mesmo tempo puto por ser traído e excitado com a situação. Pensei em lhe dizer poucas e boas, afinal, se ela transava com esse homem, deveria continuar transando também com o Max, isso sem contar que transava comigo. Muito vadia essa mulher.
Porém, no meio do caminho me dei conta de que eu não tinha absolutamente nada com Lu, nenhum tipo de relacionamento,. Nossa transa era tão casual quanto era com os outros, e eu não tinha o direito de lhe cobrar nada.
Isso me deixou mais aliviado, mas ainda muito curioso. Sempre que chegava em casa, Lu tomava um banho demorado. Então assim que ela chegou e entrou no banheiro, eu corri até seu quarto procurando por mensagens em seu celular. Consegui ler algumas enviadas pelo Max, ele a chamava de cadelinha gostosa em algumas ou marcava encontro em outras, era fácil perceber quais mensagens eram dele.
Havia também algumas outras marcando encontro que deveriam ser este contador. Eu li algumas e em seguida voltei pra sala. Naquela noite não transamos, e no dia seguinte resolvi conferir de perto quem era o outro homem com quem Lu saía.
Fui até a porta do escritório de contabilidade, lá estava escrito que eles tambémmexiam com seguro DPVAT, o que seria perfeito para uma melhor investigação. Entrei na salinha e uma secretária magrela e bem feia me atendeu com um sorriso dizendo:
-Posso ajudar?
-Sim – eu disse-Me indicaram um contador muito bom que faz seguro DPVAT, mas eu esqueci o nome dele, é um alto, meio gordo...
-Marcelo? – Perguntou ela.
-Sim isso mesmo,posso falar com ele?
-Um minuto.
-Pouco tempo depois fui recebido por um homem alto e meio gordo, exatamente quem havia beijado Lu na noite anterior. Inventei uma história de um tio querendo receber o seguro DPVAT e ele me tratou muito bem,me fornecendo uma lista de documentos necessários para q ele pudesse dar entrada no seguro. Antes de sair, eu apertei sua mão e joguei a isca:
-Eu estive aqui ontem no fim da tarde, a porta estava meio abaixada, eu chamei,mas ninguém atendeu.
-Desculpe rapaz, mas ontem dispensei minha secretaria mais cedo, eu acabei recebendo a visita de uma grande amiga, se é que vc me entende – Disse ele sorrindo.
-Entendo sim, e pelo jeito ela deve ser muito gostosa pra fazer vc fechar mais cedo.
-Olha gostosa ela não é tanto, masé um furacão no sexo, faz de tudo na cama, é uma putinha completa.
-Aquelas palavras foram me deixando com ciúmes, masao mesmo tempo me excitando muito, Lu tinha virado uma verdadeira vagabunda, saindo com 3 homens ao mesmo tempo. Me despedi e fui direto pra casa querendo corrigir um erro.
Cheguei em casa e Lu estava na cozinha lanchando eu me sentei e fui logo falando:
-Lu desde que eu passei a vir ficar aqui com vcs muitas coisas aconteceram, a gente acabou transando e ficamos neste lance de sempre se encontrar as escondidas no seu quarto no meio da noite. Na verdade ficou só nisso, nós não falamos mais nada nem conversamos sobra a gente, mas eu quero muito que você volte a namorar comigo. Você aceita?
-Ela me olhou por uns segundos e disse:
-Claro que sim amor, eu só estava esperando vc me chamar. Não tinha ideia se vc queria isso mesmo, pois passou tanto tempo e vc está mudado, poderia querer mesmo só alguma recordação dos velhos tempos. Mas eu nunca achei uma pessoa que me completasse como vc, tanto que nunca me casei.
-Nos levantamos e nos beijamos, um beijo delicioso regado a passadas de mão, um beijo quente que marcaria nossa volta. Mas foi terminado de maneira brusca quando ouvimos uma voz dizendo:
-Que bom que vcs resolveram voltar de uma vez, sempre achei que vcs merecem ficar juntos. E pelo menos agora vc não precisa mais ir pro quarto da minha irmã no meio da noite.
-Era Ricardo quem dizia essas palavras. Olhamos para ele espantados por ele já ter percebido algo quando ele mesmo nos disse:
-Que foi? Pensam que eu sou idiota?
-Rimos bastante daquela situação e ficamos ali conversando os 3 enquanto eu e Lu trocávamos carinhos. Era ótimo tê-la de volta na minha vida de maneira completa. Porém algumas questões ainda me preocupavam: Ela continuaria a se encontrar com Max e Marcelo? Ela teria mais alguém além deles? Como eu poderia contar a ela que sabia de tudo? Isso realmente me incomodava.
Continua na quarta e ultima parte...
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