As aparências enganam #02

Um conto erótico de Edu
Categoria: Homossexual
Contém 4480 palavras
Data: 05/12/2015 23:14:46

Olá amigos leitores da Casa de Contos! Fiquei feliz por ter voltado a escrever pra vocês!

No segundo dia após a postagem eu tive uma quantidade impressionante de leituras: 249 em 17/11!

Muito obrigado a vocês pelas leituras.

Como não poderia me esquecer, vou responder aos comentários de vocês.

Valeu, Beauteful, S2DrickaS2, Hello, BDSP por curtirem o meu conto. Martines, o Beto parece lhe intrigar porque ele tem "desejos secretos" pelo protagonista. Acompanhe a história e veja como ela se desenvolverá. Ricardo, pra mim, será um "aprendizado" na vida do Edu...

CDC✈LCS também está na torcida pelo Ricardo. Hum... Por que você acha que o Beto não gosta do Edu como homem?

E respondendo ao questionamento recente de BDSP, eu não desisti do conto. Como você vai perceber, cada capítulo é extenso, o que demanda tempo para escrever. Esse conto terá apenas cinco capítulos. Espero que goste. Aceito sugestões.

No dia seguinte eu fui contar à Eliana o que aconteceu na minha volta pra casa.

ELIANA: Amigo! Agora eu tenho certeza: Ricardo está apaixonado de verdade por você.

EU: Mas eu não quero isso! Ele me humilha, me maltrata todos os dias aqui na escola; agora ele me tratou ontem na volta pra casa como um homem e não como um moleque.

ELIANA: Da forma que você falou agora, Edu, eu acho que você está apaixonado pelo Ricardo.

EU: Deus é mais! Bate na madeira três vezes!!! Eu não posso me apaixonar por ele, apesar de sentir algo por ele.

ELIANA: É migo, você está em um dilema.

EU: Eu sei...

Eu estava tão atento conversando com a Eliana que não percebi alguém se aproximar da gente.

ALBERTO: O que é que vocês estão conversando?

EU: Ai Beto! Que susto! Você chega assim de fininho e fala bem perto de mim.

Alberto só ria. Mas como ele é quase um irmão pra mim, não tem como eu ficar chateado com ele.

ALBERTO: E o que é que vocês estão conversando?

EU: Sobre sentimentos. Coisa de que as pessoas não gostam de conversar.

ALBERTO: Mas eu gosto de falar sobre sentimentos.

EU: Então tá...

ELIANA: Se é assim, eu quero saber: Beto, o que você faria se você se apaixonasse pelo seu pior inimigo? Você deixava pra trás as mágoas e viveria esse amor? Ou sufocara esse sentimento por causa de todo mal que essa pessoa já te fez?

Alberto pensou, pensou e disse:

ALBERTO: Depende do quanto eu amo essa pessoa. Se o meu amor for tão grande, mas tão grande pelo meu inimigo, eu iria me entregar a esse amor. Mas aí eu teria que saber se esse amor é reciproco. Não vale a pena amar alguém e não ser correspondido.

Fiquei impressionado com a resposta do Alberto. Eu não imaginava esse tipo de resposta ter vindo da boca dele, que ele tivesse essa cabeça feita.

Ao mesmo tempo fiquei meditando na resposta do meu amigo. Será que esse sentimento que senti pelo Ricardo pode ser amor? Se for amor, será que será tão forte a ponto de perdoar todas as humilhações que ele me faz passar?

ALBERTO: Mas por que você me fez essa pergunta, Eliana?

ELIANA: Por nada, só uma curiosidade minha. - Eu sei que minha amiga não daria com a língua entre os dentes.

ALBERTO: Mudando de assunto: Vocês sabem que amanhã é o aniversario de Lucas, né?!

Claro que eu sei! O Lucas é um de nossos colegas de classe. Ele é bem comunicativo e colegas de todo mundo. Acho que ele puxou o pai, que é assessor de um vereador da minha cidade.

EU: Eu sei. O que é que tem?

ALBERTO: Ele convidou a sala inteira para o seu aniversario. A festa será na casa dele. Vamos juntos?

ELIANA: Vamos, migo?! Amo festas e essa parece que vai bombar!

Ficaram aqueles dois me olhando igualzinho ao gato de botas do Shrek. Malditos! Não tem como eu resistir a esses olhares!

EU: Tá bem! Eu vou pra essa festa.

ALBERTO E ELIANA: HUHUUU!

Eles são uma figura, mas são meus melhores amigos. O Alberto e a minha Eliana são como irmãos, sabe?! Eles me prometeram estar ao meu lado em quaisquer momentos, e eu prometi fazer o mesmo por eles. Já vivemos muitas aventuras, aprontamos muito na vizinhança. Eu nunca seria o mesmo se me afastasse deles.

Estava indo pra sala quando alguém segura pelo braço. Ao me virar eu vejo o Ricardo. Ele parecia muito serio e eu achei que ele iria me dar uma surra.

RICARDO: Eu preciso falar com você! - ele falava com um tom de voz sério, como se estivesse para me contar uma bomba.

EU: Pode falar... - falei com muito medo e curiosidade pelo que ele tinha para me falar.

RICARDO: Vamos para um lugar mais sossegado.

Ele me levou para a quadra da escola. Como ainda era cedo, ninguém entrava naquele local.

EU: Diga, Ricardo! O que você quer de mim?

RICARDO: Preciso que você me ajude! Eu nunca pensei que teria essa conversa contigo...

Ricardo se sentou num assento da arquibancada, enquanto eu me posicionei de frente pra ele, em pé.

RICARDO: Preciso te confessar uma coisa. Desde o ano passado eu passei a sentir algo anormal dentro de mim. Sabe, eu te tenho feito muito mal te perturbando, te maltratando, te humilhando... - a voz dele começou a ficar abafada - eu queria te pedir perdão por tudo que eu te fiz!

EU: Mas o quê??? - fiquei impressionado com tal pedido, pois deve ser muito difícil pra ele confessar que errou comigo - Você tem consciência de tudo que você me fez passar? O quanto que eu chorei, sofri por tua causa?

RICARDO: Eu sei... Te peço perdão por tudo de ruim que eu te fiz. Por favor, me perdoa?

EU: Me dá um tempo para pensar! Eu te dou a resposta na festa do Lucas.

RICARDO: Estarei esperando uma resposta sua. Obrigado por me ouvir.

EU: Por nada. Espero não me arrepender de te dar um voto de confiança.

E eu saí da quadra enquanto Ricardo ficou lá. Minha cabeça me dizia "Isso é uma cilada!" enquanto meu coração me dizia "Viva esse sentimento!". Eu estava dividido e eu precisava de conselho. Então fui até a pessoa mais sábia que eu conheço para me ajudar.

EU:(...) Então é isso! Eu não sei o que fazer. E agora, mãe? O que eu devo fazer?

MÃE: Oh meu filho! Você está realmente em um dilema - Eliana me disse a mesma coisa - Você realmente gosta dele? Quero dizer, apesar de todas as coisas que ele fez contra você, você estaria disposto a perdoá-lo e dar uma chance de talvez se apaixonar por ele?

EU: Eu seria capaz, mãe! Se ele demonstrar que realmente me ama, eu sou capaz de esquecer todo o mal que ele me fez.

MÃE: Então, meu filho, vai fundo! Se entrega ao seu amor. Torço para que você seja feliz ao lado dele. Ser der errado, saiba que pelo menos você tentou. Se der certo, parabéns e felicidades aos dois.

EU: Obrigado mãe! Você é a melhor!

MÃE: Ah meu filho! Você sabe que eu estou aqui por você. Eu sou sua mãe! Abaixo de Deus, sou a pessoa que você deve confiar.

Eu a abracei feliz por saber que sempre posso contar com a ajuda e o apoio dela. Sou sortudo e sei disso!

Iria pra festa amanhã com a certeza de qual decisão teria. Decidi conversar com a Eliana sobre isso.

ELIANA: Uau! Sua mãe é demais, Edu! Quem me dera ser minha mãe disse igual a sua...

EU: Eu reconheço que sou um cara de sorte, Eliana. Mas voltando ao assunto: Apesar de tudo que ele de comigo, eu quero dar uma chance ao Ricardo.

ELIANA: Mas tome cuidado! Ele te pediu perdão, não em namoro. Eu tenho certeza que você vai declarar seu amor pra ele e vai ser rejeitado.

Eu: Eu sei disso! Vamos ver aonde isso vai dar.

Então chegou o dia da festa do Lucas. Na verdade chegou a noite. Meus amigos já estavam na minha sala, me esperando. Eu estava no quarto, passando a minha camisa.

TOC TOC!

ELIANA: Bora, migo! Tem mais de meia hora que estamos esperando você! Até eu, que sou mulher e costumo demorar já estou pronta.

EU: Calma! Já estou saindo.

Eu realmente demorei, mas sai dali pronto pra arrasar corações. Claro que meu objetivo principal era chamar atenção de uma pessoa em especial.

ELIANA: É para o Ricardo, né?!

EU: O pior é que é mesmo! - disse com um sorriso de vergonha - Eu quero que ele veja o quanto eu estou bonito.

ELIANA: Ah isso não tenha dúvidas! Olha como teu amigo está te olhando.

Eu olhei e vi o Alberto parado como um bocó de boca aberta, me olhando. Parecia me admirar. Quando ele percebeu que eu o observava, ele virou o rosto para a televisão.

ELIANA: Sabe, migo, eu acho que você tem o cara dos seus sonhos aqui do teu lado. Não troque o certo pelo duvidoso.

EU: Sei não. Beto é hétero - carta fora do baralho - e eu acho que devo dar uma chance para o Ricardo.

ELIANA: Tá certo...

Saímos rumo á festa do Lucas. O Beto dirigia o veículo, já que possuía carteira de habilitação temporária. Eliana e eu conversávamos e cantávamos. Pela cara feia que Beto fazia quando soltávamos nossas vozes, tinha certeza que nunca seríamos "Shining Stars".

Chegamos na casa, vulgo mansão, do Lucas. E o pessoal da escola estava em peso dela. Eu estranhei a melodia, pois não era a batida eletrônica que Lucas sempre colocava nas suas festas. Dessa vez a turma curtia música latina. O povo dançava com Volvi a Nascer, de Carlos Vives.

Mal passei os olhos pela multidão e encontrei o Ricardo. Ele me olhava como se quisesse me hipnotizar, e eu estava caidinho para dançar com ele.

Continuei a olhar ao meu redor e eu encontrei o Beto sentado no bar com a Eliana. Ele parecia aborrecido com algo que ela disse. Depois eu iria lá falar com ele.

Eu ouvi uma das minhas músicas favoritas, "Humanos a Marte", de Chayenne. Mas tocava a versão cumbia com Urband.

Ainda estava na introdução quando eu escuto.

RICARDO: Ei! Quer dançar comigo essa música?

Meu sorriso nasceu e cresceu no meu rosto com esse convite.

EU: Eu aceito.

Fomos dançando na batida da música, que mais parecia aquilo que queria dizer pra ele, desse sentimento.

https://www.youtube.com/watch?v=hw8v1FLArHM - O link da música

Quando eu percebi que a música acabou, eu estava com o a testa encostada na testa do Ricardo. Meu coração batia acelerado e minha mão tremia de nervosismo. Eu só vida os seus olhos que pareciam me analisar: Eles se movimentavam para olhar meus olhos, meu rosto e meus lábios. Meu Deus! Estou entregue a ele sem ter me dado conta!

RICARDO: Eduardo, acho que nos precisamos conversar. Pode ser?

EU: Tudo bem.

Nos afastamos da festa e fomos ao jardim da mansão. Durante o trajeto estivemos de mãos dadas o tempo todo.

RICARDO: Então, o que significa aquilo que aconteceu lá na festa? Parecia que você estava sendo carinhoso demais comigo.

EU: Na verdade eu tenho algo pra te falar.

RICARDO: Fale!

EU: Eu não sei explicar como isso aconteceu, mas... Eu sinto algo por ti. Algo que me faz perdoar todas as maldades que você aprontou comigo. Algo que me faz querer ter você por perto, querer te ver sorrir. Por mais que minha mente diga que desejar você é errado, meu coração quer você!

O Ricardo me ouvia atentamente mas não demonstrava nenhuma reação. Então eu concluí:

EU: Ricardo, eu estou apaixonado por você!

Quando eu falei isso pro Ricardo parecia que havia tirado um enorme peso das minhas costas. Eu me sentia mais leve e ao mesmo tempo apreensivo pela reação que ele poderia ter.

Após alguns longos segundos de silêncio, ele se aproxima de mim, olha nos meus olhos e diz:

RICARDO: Edu! Eu estou surpreso pelo que você acabou de me contar. Tudo aconteceu tão rápido, que eu preciso de um tempo pra pensar. Daqui a uma semana eu dou o meu veredicto.

EU: Certo. Eu saberei esperar.

E assim ele se foi, tranquilo, enquanto eu me acalmava decidi voltar à festa.

ELIANA: Você se declarou pro Ricardo?

EU: Sim, miga. Eu fiquei muito nervoso, mas consegui falar o que eu sinto.

ELIANA: E??? - ela estava ansiosa pela minha resposta.

Eu: Ele me pediu um tempo pra pensar. Ai, miga! Eu espero que ele sinta o mesmo que eu sinto por ele e aceite ter um relacionamento comigo.

ELIANA: Assim espero...

Eu olhei em volta e vi o Ricardo indo embora com a sua trupe. Espero que ele aceite o meu sentimento por ele.

A resposta veio no sábado seguinte à festa. Estava em uma praça com um belo mirante, onde é possível ver toda a parte baixa da cidade. Enquanto admirava a vista, não percebi que alguém se aproximou de mim.

RICARDO: É uma bela vista, não é?

EU: Credo Ricardo, que susto! Você quer me matar do coração!

Ricardo só ria da minha reação.

EU: Você por aqui? Não sabia que curtia esse lugar.

RICARDO: Pois saiba que gosto muito desse lugar! Essa vista perfeita da cidade mais esse clima de cidade de interior me faz meditar. Quando eu quero pensar, desestressar e acalmar os meus ânimos, é aqui que eu venho.

EU: Hum... E o que você veio fazer nesse lugar hoje?

RICARDO: Hoje eu nem viria aqui, mas eu estava caminhando quando vi você e resolvi falar contigo. Aliás, acho que esse lugar é apropriado para te dar uma posição sobre o lance do seu sentimento por mim.

Eita! É agora!

EU: E aí? O que decidiu?

Ricardo: Olha, eu nunca imaginei que seria queixado (confessar sentimentos) por um homem antes. Mas também sinto algo por você que não é só vontade de te irritar. Eu não sei o que isso significa. Quero descobrir isso com você. Por isso eu aceito ficar contigo.

Eu automaticamente sorri. Me senti o jovem mais feliz da minha cidade. Eu teria uma chance com o Ricardo. Meu Deus! O Ricardo...

Eu me aproximei para beijá-lo, mas ele me parou com a mão no meu peitoral.

RICARDO: Olha, não estou pronto para beijar um cara, viu?! Você pode me dar um tempo para digerir tudo isso?

EU: Claro! Te darei todo o tempo do mundo.

E em seguida aproximou minha mão da mão dele. Ele ficou calado, olhando para a minha mão. Então eu segurei a mão dele e ele entrelaçou seus dedos com os meus. E ficamos assim, olhando a paisagem com nossas mais unidas.

#######################

ELIANA: Ai que lindo! Eu já sabia que isso iria acontecer!

Disse minha amiga no dia seguinte ao fato, no pátio da escola. O Alberto também estava com a gente, mas parecia estar chateado com algo.

ELIANA: Espero tudo de bom pra vocês. Quem sabe um dia vocês viverão juntos como casados.

Eu sorri imaginando a ideia de compartilhar minha vida com o Ricardo até o fim da minha vida.

ALBERTO: ISSO É UMA LOUCURA! - esbravejou o meu amigo logo depois - Meu Deus, vocês não percebem?

EU: Perceber o quê, Beto?

ELIANA: É! O quê, hein Beto?

ALBERTO: Vocês não estão vendo que isso não vai dar certo? Edu, você por acaso se esqueceu das humilhações que o Ricardo e sua trupe te fizeram passar? Se esqueceu de quantas vezes você foi chamado de "viadinho" pelo Ricardo? Eu acho que aí tem coisa e acho que você vai ser dar mal!

EU : Meu Deus... Beto, você está com ciúmes de mim?

RICARDO: EU??? Não, eu mesmo não! - ele falou isso gaguejando - Eu sou teu amigo e me preocupo com você. Eu ainda acho que o Ricardo está aprontando alguma pra você...

ELIANA: Tem certeza que é por causa disso, Beto? - ela o fitou - Bom, já que você deu a sua opinião, agora eu irei falar! Quantas vezes eu te peguei olhando pro Eduardo do mesmo jeito que um cara apaixonado olha para sua amada?

Alberto: Eu? Eu não... - parecia envergonhado - Eu o olho como um amigo.

ELIANA: Sei... - cara de deboche - Eu vejo o quão amigo você considera o Edu! Você vive secando ele e faz de tudo pra agradá-lo. E foi eu mesmo que vi, não foi ninguém que me disse não! Ta na cara que você é caidinho por ele e está chateado porque o Ricardo se declarou dele antes de você. Ele mostrou coragem para enfrentar a homofobia incubada para ver o que sente pelo meu amigo aqui, e se o Edu está feliz e aceitou isso, não vou deixar que você, nem ninguém agoure esse relacionamento!

Nossa! A Eliana foi dura com o Alberto. Apesar que tem coisas que concordo com ela, eu acho que não falaria isso tudo pra ele.

O Alberto nada disse, só ficou de cabeça baixa o tempo todo, e isso me deixou triste. Quando ele levantou os olhos eu vi que lágrimas desciam pelo seu rosto.

Alberto: Eu vou provar... - afirmou com a voz embargada - eu vou provar que você está errada, Eliana, e que você, Edu, está caindo numa grande armadilha...

Alberto saiu do refeitório pisando fundo em direção ao desconhecido. Ele ficou realmente magoado.

EU: Miga, eu acho que você pegou pesado com ele, viu?!

Eliana: Eu sei, mas ele precisava ouvir isso. Ele tá apaixonado por você e eu acho que ele não curtiu nada nada a ideia de você e o Ricardo juntos. Depois eu peço desculpas a ele.

E seguimos as aulas normalmente, com algumas alterações. Cada dia mais o Ricardo e eu ficamos mais próximos. Nem ele, nem a sua trupe me perturbaram, ao contrário, fiquei amigos deles; agora éramos da Turma do Erre.

A parte ruim disso foi que perdi a amizade do Alberto. Isso me doeu muito! Ele ficou chateado com a gente pelo que a Eliana disse pra ele. Quando ele passa pela gente, eu percebo seu olhar triste ao olhar pra gente. Ele se afastou completamente da gente, e acreditem vocês que eu tentei falar com ele, mas ele era monossilábico e parecia que tinha algo na cabeça.

O Ricardo mudou muito nesse tempo, e nosso relacionamento foi ficando mais sólido. E os sinais disso estavam evidentes.

Eu: Oi hermoso!

RICARDO: Oi meu lindo!

EU: Preparado para a prova de amanhã?

RICARDO: Acho que sim, Edu. Estou mais confiante por tua causa, já que passamos a noite inteira de ontem estudando.

EU: Verdade, mas acredito muito em você, e sei que você vai brocar (se dar bem) na prova.

RICARDO: É por isso que eu gosto de você cada dia mais. Você me completa com a sua inteligência...

EU: E você me completa com a sua personalidade.

Estávamos bem juntos, olhando nos olhos, eu sentia algo me controlando sem poder resistir. Eu só via o rosto de Ricardo sorrindo pra mim, riso esse que foi desaparecendo do rosto dele, dando lugar a um rosto sem expressão, mas com um olhar analisador.

Automaticamente nossos corpos se aproximaram ficando rosto colado com rosto, nariz com nariz. Sua respiração esquentava o meu rosto. Meu coração parecia com a bateria de escola de Samba do Rio de Janeiro, batia rápido e ritmado com minha vontade de beijar o Ricardo.

Ele passa a mão pelo meu rosto, e estava quente. Eu estava em transe, totalmente submisso ao meu desejo. Percebo que ele inclina o rosto e eu fecho os olhos e...

Sinto aqueles lábios tocarem os meus. Uma sensação indescritível... Eu abro um pouco a boca e Ricardo começa a chupar meus lábios durante o beijo. Aqueles chupões me anestesiavam. Ele empurrava levemente minha cabeça contra a dele, para que nosso beijo fosse mais intenso, faminto, profundo. Beijo que ficou feroz, com pegada.

Logo ele foi diminuindo a intensidade do beijo até voltar aos selinhos. Em nenhum momento nossas línguas entraram na boca um do outro. Talvez fosse algum vergonha inconsciente, não sei. Eu só sei que esse beijo foi...

Eu: Incrível.. (dizia eu para o Ricardo)

Ricardo: Eu também achei - disse sorrindo pra mim.

Ricardo: Sabe Edu, eu nunca pensei que eu beijaria um homem na vida, e que eu iria gostar tanto de um beijo quanto eu gostei do seu.

Eu: Você também tem um beijo que vicia.

Ricardo: Vou querer te beijar sempre!

E esse bem bom durou durante dois meses. Ele a cada dia mostrava ser um homem bom, diferente daquele perturbado de antes. Ele sempre demonstrava interesse no meu corpo, mas sempre fui muito tímido. Mas depois desses dois meses só de namoros, pegação e promessas de amor, eu decidi que estava na hora de me entregar. E seria hoje!

Era de noite, eu estava em casa esperando pelo Ricardo. Ele sempre vinha em casa pela noite, para ficarmos juntos. Meus pais já sabiam do nosso namoro, mas eu pedi para agissem como se não soubessem, para não pressionar o meu namorado. Quero que ele tome a iniciativa e assuma nosso relacionamento na frente dos nossos pais.

DING-DONG! - Ele chegou!

Abri a porta, e eu vi o meu homem mais lindo que existe! Camisa lisa branca, a jaqueta preta aberta e a calça jeans bem colada ao corpo.

EU: Amor... Você tá gostoso vestido de motoqueiro... - dei um sorriso sacana.

RICARDO: Obrigado! Sabe que sou gotoso só pra você! Você também está muito bonito.

EU: Obrigado amor! - ele entrou em casa e se sentou no sofá.

EU: EI! Pare de me olhar assim! Estou me sentindo uma presa que logo será atacada pelo seu predador!

RICARDO: Mas é isso que vai acontecer hoje! Mas você vai gostar do meu ataque...

EU: Seu safado! Você sabe que hoje serei todo seu! Já estou com um tesão em você...

Eu fui pro sofá, me debrucei sobre ele e comecei a beijá-lo. Parecia mais que eu tentava engoli-lo. Minha língua invadia a boca dele, desvendando um território exclusivo das mulheres. Não demorou muito, e foi a vez da língua dele me invadir. Aquele carne quente, vasculhando a minha boca aumentou sua mais o meu tesão.

Meu pau estava duríssimo, já estava doentio até. A todo momento eu sentia o pau dele me empurrando. Minha vontade era meter minha mão dentro da calça dele e libertar aquele cacete duro.

E assim o fiz: Eu abri o zíper da calça jeans e a puxei com força, retirando-a do corpo dele. Eu vi aquela cueca branca boxer, com o pau dele marcado, com aquela marca do pré gozo. A visão me atiçou! Meti a mão dentro da cueca e peguei aquele pedaço de carne: Estava duro e quente. Tratei logo de tirar a cueca dele.

Logo senti o Ricardo beijando o meu pescoço e isso arrepiou todos os pelos do meu corpo. Suas mãos deslizaram pelo meu corpo e foram para a minha bunda. Minha bunda... Eu nunca a dei para nenhum cara antes. Eu meio que fiquei nervoso e ele percebeu.

RICARDO: Por que o nervosismo? Você é virgem?

Eu acenei. E o Ricardo ficou sem reação.

EU: O que foi, Ricardo? Você tá assim só porque te disse que sou virgem?

RICARDO: É. Quando a pessoa já transou antes, fica mais fácil o sexo. Mas quando a pessoa é virgem eu fico meio que com medo de estragar a primeira vez, a sua primeira vez.

EU: Pois fique tranquilo, eu sei muito bem o que me espera perder a virgindade. E eu quero que seja contigo.

RICARDO: Obrigado amor! Você não vai se arrepender!

Eu respondo com um sorriso.

RICARDO: Deixa eu colocar o meu celular na mesa.

EU: Tudo bem.

E o Ricardo coloca o celular na mesa, ele demora tempo demais colocando o aparelho na mesa, mas isso nem me importava. A minha mente estava na minha primeira vez.... Eu vou perder o meu cabaço!

Sou trazido de volta à realidade com um beijo do Ricardo. Logo estamos de pé - em todos os sentidos - e ele me encaixa nele, pele com pele, pau com pau.

RICARDO: Seu gostoso... Hummmm... Tô doido para meter minha casseta em você...

EU: Vai Ricardo, mete sua casseta em mim! Me arromba, vai! Não aguento mais esperar!

RICARDO: Calma, a gente tem muito tempo pra aproveitar...

E Ricardo me beija com gula e me aperta cada vez mais perto dele. O pau dele latejando nas minha barriga. Suas mãos se fartavam com minhas nádegas.

Logo eu me abaixei e abocanhei o seu pau. Tinha um gosto levemente salgado, mas depois de uma duas chupadas ficaram muitos bons para chupar.

RICARDO: Hummm.. Isso... Chupa esse pau.... Assim...

Ricardo só gemia e eu curtia todo o ato. Meu pau estava duraço, mas não por causa do boquete, mas o que aquilo representava: Eu vou dar o meu cú para um cara que eu amo, e que tem o pau grande.

Ele pega uma camisinha e coloca no pau. Eu já estava de quatro, com a bunda empinada, esperando ele entrar em mim. Logo senti ele enfiando a casseta dele em meu viu virgem.

Eu senti uma dor forte. Meu cuzinho estava sendo arregaçado pelo Ricardo. Eu sentía que ele estava sendo carinhoso comigo e por isso aguentei o máximo que pude o incômodo da invasão.

RICARDO: Aguenta firme! Já entrou tudo, agora relaxe e curta...

Realmente, o pau dele estava me fazendo sentir como se correntes elétricas leves passassem pelo meu corpo. Fiquei todo arrepiado. Logo Ricardo começou o vai e vem.

Eu gemia e ele começava a me fuder com força, com brutalidade. Eu estava extasiado pelo prazer e só pedia mais intensidade.

EU: Vai meu gostoso! Mete mais... Mete...

E o Ricardo metia em mim bem gostoso. Entrava e saía de mim com pegada, com força. Ele ficava com aquela cara de safado, macho alfa. Ele metia e eu curtia.

Eu estava no ápice do tesão e o Ricardo também, até que ele anuncia:

RICARDO: Vou gozar! Hum...

Então eu aceitei acelerei a minha punheta e logo senti o líquido quente dentro de mim - ainda bem que ele estava usando uma camisinha. Em seguida eu também gozei. Aliás, gozei muito, como nunca tinha gozado antes.

Exaustos fomos deitar. Eu estava completamente satisfeito e acredito que ele também, devido ao sorriso no rosto dele. Foram muitos de muito prazer pra mim.

EU: Amei o que a gente fez hoje.

RICARDO: Eu também... Você foi incrível - concluiu quase num sussurro.

Eu fui abraçado pelo Ricardo e me senti tranquilo e protegido. Quem já dormiu de conchinha com a pessoa que você gosta, sabe bem do que estou falando.

Eu dormi tranquilo, pois a noite foi ótima. Por isso não percebi o meu celular tocar. Era o Beto me ligando. Não sabia eu que a manhã seguinte seria a pior da minha vida.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive R.S. a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Não to acreditando que o ricardo fez isso, arrasado aqui!

0 0
Foto de perfil genérica

Tô achando que tu se lascou... Não confio nem um pouquinho nesse Ricardo, acho q ele vai aprontar... Senti foi dó do Beto! e acho que o Beto descobriu o que é...

0 0
Foto de perfil genérica

Respondendo sua pergunta, eu senti na amizade do Edu com o Beto um clima de cumplicidade, preocupação entre os dois e não senti uma amor não correspondido. Mas depois desse capítulo retiro o que disse no comentário anterior, o Ricardo não pode fazer o que eu e todos estamos pensando, se ele realmente gravou o sexo para depois espalhar a mídia, ele merece morrer sozinho! Continua logo cara, tá perfeito! 👌👌👏👏

0 0
Foto de perfil genérica

Ja até imagino o que o Ricardo fez, coitado do outro. O Beto avisou, mas ninguém quis ouvir

0 0
Foto de perfil genérica

Entendi o motivo da demora, mas é que eu fiquei muito ansioso. Não to acreditando que o ricardo fez isso, arrasado aqui!

0 0