Amor sem preconceitos

Um conto erótico de Alec W.
Categoria: Heterossexual
Contém 3324 palavras
Data: 20/01/2016 12:13:20

-Rsrsrs, calma, mãe! Calma, que tá tudo bem! Pra que tanto barulho?

-Ficou doido, Alec? Pra que dormir fora de casa? Quer ir ao motel, tá, vai, mas volta! O que te impede de transar o quanto der na telha, deixar a Sofia em casa e vir embora?

-A minha vontade, mãe. Quem é que tem vontade de levantar da cama, depois de uma noite de amor? Seja sincera!

-Ninguém. Mas... quantas vezes eu te falei para fazer a enterocistoplastia, filho?

-Pode esquecer, mãe. Não vou viver fazendo cateterismo, me enchendo de infecções urinárias e muito menos vou tirar pedaço do intestino, só por causa do período do sono. Seria um exagero. Deixe como está.

-POR QUE VOCÊ NUNCA ME ESCUTA, MENINO?

-Que gritaria é essa, Andréa? Despertei e vim correndo.

-É o Alec, amor! Vai pro motel com a Sofia e disse que vai dormir lá!

-Ora, desligue esse celular e deixe o menino ser feliz! Com certeza, ele sabe o que está fazendo e se não souber, todo colchão de motel é encapado. Desencana, amor. Vou voltar pra cama.

-Se não quer ajudar, já vai tarde! Tá ouvindo, filho? Seu pai também é doido de pedra. Bota a cabeça no lugar, menino! Você não consegue se controlar direito, enquanto está dormindo!

-Sem crise, mãe. Tomo um Retemic, agora e assunto resolvido, rsrsrsrsrs.

-NÃO FAÇA ISSO! Quando você aprontou, tomando o remédio duas vezes ao dia, ficou péssimo, com o rosto vermelho, com náuseas, dor de cabeça e taquicardia!

-Alooooouuu, mãe, estou zoando, rsrsrs. Nunca mais, rs. Pra alguma coisa tem que servir a bagagem que vivo carregando. Tenho outras roupas e absorventes que dão pra dormir fora por uns três dias.

-Virgem Santíssima, você não está no seu juízo normal, Alec! Mal começou a namorar e vai usar absorvente pra dormir com a Sofia? Ao menos, deixe a moça se acostumar com a ideia, aos poucos. Quer perdê-la?

-Ué, vou fazer o que? Contar com a sorte? E se eu não acordar? E mesmo que acorde, vou esconder os fatos até quando? Até casar, rsrsrsrs? Estou tentando entender qual é o problema. Se não tiver liberdade para dizer à Sofia que tenho uma incontinência leve, também não podemos ir pra cama. A propósito, ela já está ciente de tudo o que foi dito, porque está do meu lado e estou no viva voz, rsrsrsrs.

-NÃO BRINQUE COM ISSO, ALEC!

-Não estou brincando, rsrsrsrs. Dá um oi para a minha mãe, Sofia, rs.

-Boa noite, dona Andréa. Eu entendo a senhora, mas o Alec não vai me perder. Tenho muito orgulho dele ser o guerreiro que é. Não fique preocupada, eu amo o seu filho incondicionalmente e prometo cuidar bem dele.

-Oh, Sofia, me perdoe! Desde o acidente, meu maior medo é ver o Alec arrasado, por causa de qualquer coisa relacionada à sua deficiência. Sei que ele é muito mais bem resolvido que eu e isso é positivo, mas é coisa de mãe. Tentei proteger meu filho, mantendo-o em casa, mas ele se libertou. Vai à faculdade, some, volta a altas horas. Só nunca tinha dormido fora, até hoje. Perdão. Na primeira vez em que ele ficou pelas baladas, também fiz um rebuliço, rs. Aproveitem. Um beijo e venha nos visitar sempre que quiser.

-Muito obrigada pelo convite. Irei, sim. Beijos! Vou passar para o Alec.

-Tá vendo, mãe? Da próxima vez, não levante a voz, melhore seus argumentos, rsrsrs.

-Ah, vá tomar no rabo, Alec, rsrs.

-Credo, qual a necessidade disso, rsrsrs? Não sabe brincar, não desce pro play, rs. E então, mãe, a senhora vai ou não vai assinar meu alvará, rsrsrsrs?

-Vou, né, menino impossível, rs. Juízo, não fique bebendo água, não se esqueça de ir ao banheiro, antes de dormir, nem de tomar seus remédios, nem de calçar as meias e de não deixar ventilador ligado no seu rosto. Boa noite, meu filho. Beijo na testa.

-Boa noite, mãe. Obrigado por entender que é importante, para mim. Beijo e se o pai ainda estiver acordado, diga que também lhe mandei um beijo. Tchau.

-Tchau, meu filho querido!

-Ah, meu amor... chorando? Venha, vou te abraçar. O que houve? Você não quer dormir no motel? Perdão, que insensível eu fui! Falei por mim e nem te perguntei.

-Não é isso, Alec. É... é o amor, o cuidado e o carinho que a sua mãe tem com você. Deu uma saudade imensa de ter mãe!

-Não seja por isso, eu compartilho a minha mãe com você e você compartilha seus irmãos, comigo, porque ser filho único é um cu, rs. Minha mãe vai adorar te encher de mimos, ela vai te amar. Precisamos nos unir em tudo, Sofia, se quisermos ser um só.

-Tem razão! Por isso que você é o meu amor. Não existe outro igual.

-Nem existe outra Sofia, minha linda! Você não me julga, você me vê. E então, podemos ir? Quer passar na sua casa, para pegar suas coisas?

-Não. Vou vestir uma das suas camisas. Posso, rs?

-Deve! Com certeza, vai ficar muito sensual, rs.

-Rsrsrs... pare de fazer essa cara, Alec, rsrsrsrsrs...

-Hummmmmm... deixe eu ver... rsrsrsrs... não, rsrsrs. Não consigo parar de imaginar, rs.

-Então, não visto mais a sua camisa, rsrs!

-Pronto, parei, rsrsrsrs. Já avisou ao seu pai?

-Não. Meu pai não está em casa, hoje. Está viajando, a trabalho. Provavelmente, chega amanhã. Mas avisei ao Sávio. Podemos ir, tranquilos.

-Seus irmãos não são ciumentos?

-Rs, só o Heitor. O Sávio é tão zen, que não tem ciúme nem da namorada dele. E você, rs?

-Acho que vou te deixar descobrir, amor, rs.

-Ciumento, rsrsrsrsrs...

-Nem sou, rsrsrsrsrs...

-Está escrito na sua testa, Alec, rsrsrsrsrs...

E foi assim, brincando com o meu ciúme (sim, eu sou ciumento, porém controlado) e dando altas gargalhadas, que partimos para o motel. Felizes, descontraídos e estourando de tesão.

Em razão dos seios fartos, Sofia não gostava de sutiã com bojo e a minha taradice agradecia. Que delícia poder ver seus mamilos intumescidos e saber que tudo aquilo era para mim, puta que me pariu! Até esquecia de me concentrar no trânsito, para me perder nas curvas voluptuosas dos seios de Sofia.

-Rsrs, preste atenção no que está fazendo, Alec! Prefere seios grandes, é?

-Prefiro os seus. São perfeitos, deliciosos e me deixam desse jeito - falei, pegando no pau, tão duro, que chegava a doer.

Senti que imediatamente, Sofia colocou sua mãozinha suave sobre a minha, dominando a situação, com carícias na parte interna das minhas coxas, alternando com uma massagem alucinante, no meu pau, que latejava. Eu já gemia e respirava depressa, quando ela abriu o meu jeans e libertou o meu pau, caindo de boca. Cheguei a pensar que não daria tempo de chegar ao motel e teríamos que entrar na primeira rua menos iluminada e menos frequentada que aparecesse, para saciarmos os nossos desejos. Minha vontade era parar o carro e foder a boca da Sofia ali mesmo. Foder do jeito que sabia que ela iria gostar: com pressão, segurando em seus cabelos, dando-lhe uns tapas no rosto e uma surra de pica na garganta, culminando com uma gozada em seu rosto de santinha.

O motel se aproximava, pelo que nos esforçamos para nos recompor. Não adiantou muita coisa. Qualquer um que nos visse, saberia o que estivéramos fazendo. Na portaria do motel, pedi uma suíte térrea, perguntei se havia algum quarto adaptado e esclareci que usava muletas. Eu sabia que não havia quarto adaptado, mas perguntei assim mesmo, na esperança de que o funcionário reportasse o fato a seu patrão e que esse patrão abrisse os olhos para o fato de que o mundo está cheio de deficientes loucos para foderem até o chão estremecer.

Pegamos nossas chaves, seguimos em direção ao quarto e, devido a uma avalanche de emoção e tesão, meu coração batia tão forte, que a camisa se mexia. Enfim, chegamos. Descemos do carro, peguei a mochila com as minhas coisas, joguei no ombro e entreguei as chaves à Sofia, que abriu a porta já mordendo o lábio.

Nem olhamos o quarto ou fomos tomar banho. Foda-se, era impossível. A necessidade de nos apossarmos um do outro era urgentíssima, nossos corpos clamavam e as roupas voavam para o chão, na velocidade da nossa pressa.

Tão possuídos estávamos pelos deuses do sexo que, naquele momento, não houve espaço para beijos, declarações de amor, tampouco preliminares românticas: começamos por um 69 e, rapidamente, o cheiro de sexo desenfreado tomava conta do quarto. Eu tinha a visão mais linda do mundo: a buceta e o cu da minha namorada, sobre o meu rosto. Abri sua bunda tesuda, empinada e caí de boca e língua, chupando seu cu, o qual eu não ia deixar passar sem cravar a rola, de jeito nenhum, enquanto a Sofia retribuía, me testando: ia lambendo e babando, do meu saco até o períneo, sempre se atrevendo a ir mais longe. Embora nunca tivesse deixado nenhuma mulher chegar até lá, relaxei e deixei acontecer, afinal, eu já não me pertencia e não havia área alguma no meu corpo, a qual fosse restrita à minha amada. Arrepios de prazer percorriam o meu corpo, deixando-me insano: mordi a deliciosa e polpuda bunda da Sofia, dei-lhe uns tapas firmes e minha boca ia mordiscando por onde passasse, o que a deixou louca, com a buceta e o cu piscando. Introduzi-lhe a ponta de dois dedos no cu, mordisquei-lhe os grandes lábios, penetrei-lhe a buceta babada com o máximo que consegui enfiar, da língua, ela atolou meu pau, garganta adentro, começou a gozar, apertou o meu saco e me vi em apuros, quanto a impedir o êxtase. Eu não queria e muito menos podia gozar naquele momento, porque apesar de ter uma ereção firme, se ejaculasse, teria um tempo de pausa um pouco maior que o normal. (Não me perguntem como consegui não gozar, não faço ideia.) Depois de me dar um delicioso banho do seu mel, a Sofia se posicionou ao meu lado direito. A safada, quanto mais gozava, mais queria gozar e já pedia pica, de ladinho.

Como tenho movimentos no quadril e nas pernas (o que não tenho é força para manter-me de pé e caminhar), a posição de lado não me trazia dificuldade alguma, em sua execução. Corpos colados, Sofia e eu nos provocávamos: com o pau entre suas coxas, eu pincelava sua buceta, acariciava seu seio, beijava e mordiscava a sua nuca e ela gemia escandalosamente, como se todos os seus cios estivessem reunidos num só. Seus sons guturais, de fera e de mulher, ensandeciam-me. Meu pau babava profusamente e minha fêmea havia se tornado uma loba devoradora, que gritava, exigindo ser penetrada. E foi o que fiz. Era pau que a puta queria? Pois foi o que lhe dei! Toquei o foda-se. Se gozasse, daria o meu jeito. E dá-lhe paulada. A buceta da Sofia estava apetitosamente inchada e molhadíssima. Nossos líquidos se confundiam, assim como nossos corpos. Eu só fazia meter com praticamente todas as minhas forças e respirar fundo. Minha puta queria-me dentro de si e eu não iria deixá-la na mão, custasse o que custasse, então, recorri a um dos meus truques: contabilizar as socadas, ato que desvia o foco da gozada. Mandei a meta para a cabeça de cima fazer a de baixo cumprir com exação: '-CEM socadas, Alec! CEM, OUVIU?' Ouvi, lógico, sou obediente, rs. E enquanto a Sofia gritava, me mandando arregaçá-la e fazer-lhe minha cadela, eu ia contando, mentalmente: 'uma socada, duas socadas, três socadas, quatro...', e, sem perceber, aumentei ritmo e intensidade. Não cheguei às cem socadas, minha fêmea explodiu antes, num orgasmo tão intenso que seu corpo tremia e ela não tinha mais voz para gritar. Deixei que as pulsações de seu corpo forçassem a saída do meu pau, que tão logo saiu, precisou levar uma bela apertada na base. Eu estava no meu limite, porém, naquela noite, iria descobrir o que é estar no limite do limite.

Abracei-me à Sofia e a acariciei. Ela ainda tremia e tinha o sorriso mais lindo que eu já vira. Pensei que ia ficar toda relaxada e me dar um tempo. Ledo engano:

-Deite-se de costas, Alec. Vou cavalgar e quicar no seu pau. Com o cuzinho. Quero sentir o seu pau bem no fundo do meu cu, me arrombando.

Meu Deus, que furacão! Minha namorada tão delicada e tão discreta era uma furiosa máquina de foder. Sorri como um garoto recém iniciado, ao pensar que no dia seguinte, estaria felicíssimo, com o pau todo esfolado, rs.

Atendendo ao pedido da minha safada, deitei-me de costas, dando-me conta do estrago que fizemos, melando o lençol. Pois bem, melado, melado e meio. Eu sabia que a Sofia iria me dar um banho de gozo, pois a putinha descia no meu pau, sentindo centímetro por centímetro a varar seu cu, com a expressão mais vadia, o que me deliciava, pois meu objetivo maior era o seu prazer.

Mulheres há que tenham medo de dar o rabo ou o façam com toda a cautela. Mas, com certeza, Sofia não era uma delas. Dava o cu como uma puta que se especializou na arte do anal. Sentava até o talo, acariciava o clitóris, lambia os dedos melados e com eles, acariciava os mamilos e rebolava e quicava e sentava lentamente e acelerava. Uma puta mulher, deliciosa. O vulcão ideal para trazer à tona toda a minha lava.

Erguendo-se, Sofia virou-se de costas para mim, abriu a bunda, me mostrou seu cu arregaçado e passou a me cavalgar no modo invertido. A tarada sentia prazer em me torturar e estava fazendo um sobe e desce mínimo, a fim de envolver apenas a cabeça do meu pau. Porra, caralho, e agora? O que eu iria fazer, para resistir? Nada, não havia mais nada a fazer. A verdade é que já estava no lucro. Mais uma vez, toquei o foda-se, para a dor, por ainda não ter gozado e me dando sinal verde para gozar, ao primeiro sinal de ingresso na fase sem retorno. O prazer que sentia era tão extremo, que gritei:

-Pare com essa porra ou eu vou gozar, caralho!

Rsrsrs... pela primeira vez enxerguei perfeitamente, como as mulheres dizem não, quando querem dizer sim. O pedido que me saiu agressivo, nada mais foi que uma súplica fervorosa. O que mais queria era gozar. Sofia, mulher e, portanto, perita em tal linguagem, continuou a fazer o sobe e desce na cabeça do meu pau, só que piscando o olho do cu. Não deu outra: gritei 'vou gozar, caralho!', ela tornou a descer até o talo e quando meu pau jorrou a porra toda no fundo do seu cu, ela gozou como uma cavala. Como eu queria. Como ela queria. Maravilhoso.

Após o nosso louco amor, ela veio toda manhosa, se aninhar no meu peitoral. E assim permanecemos abraçados, por algum tempo. Levantamo-nos, para tomar banho e a Sofia pôs as mãos na cabeça:

-E agora, Alec? Estamos sem a cadeira.

-Rsrsrs... relaxa, minha linda. É mais simples do que parece. Você vai me dar banho, rs.

-Será um prazer, meu amor!

Realmente, um prazer indescritível, ser banhado, acariciado, cuidado e olhado com amor, pelos olhos de mel mais belos do mundo. Sofia escolheu uma das minhas camisas e, conforme imaginei, ficou linda em seu corpo. Fodi-me, ao permitir que ela ouvisse a conversa ao celular, pois tive que atender a cada uma das cobranças da minha mãe (inclusive calçar as meias, rs), desta vez, cobradas pela boca mais doce que já beijei. Ajudei-a a arrumar as roupas que jogamos pelo chão. Sentamo-nos na cama, acariciei o rosto da minha linda e, tomando-o entre as minhas mãos, olhos nos olhos, lhe disse, com o coração a transbordar felicidade: -Obrigado por me amar! E este foi o momento em que nos beijamos com a terna delícia dos apaixonados. Adormecemos no nosso infinito particular.

Por três vezes a Sofia me acordou, para ir ao banheiro. Não me lembro de nada. Fui no piloto automático. Berenice e Bernadete devem ter me levado, pois estavam acordadas e eu, não, rsrs.

No dia seguinte, acordei com a melhor sensação do universo: boquete matinal. Sofia mamava meu pau e me lambia, passando a língua ágil e quente pelo freio. Delirei. Cinco segundos depois, o cérebro deu um alerta máximo.

-Amor, não faça isso! Eu apaguei! Dormi a noite inteira, devo estar todo molhado.

-Relaxe, amor, não está, rs. Depois eu te explico. Feche os olhos e aproveite, porque está na hora do meu tratamento de beleza. Preocupe-se apenas em sentir todo o prazer que puder, para gozar gostoso no meu rosto.

E assim foi. Gozei deliciosamente e me diverti, vendo a Sofia espalhar a minha porra pelo rosto, como se fora o seu melhor cosmético. Beijamo-nos, tomamos banho, paguei a conta e fomos tomar nosso café da manhã, numa padaria próxima. Comemos como Shrek e sua Fiona, rsrsrs. Eram horas de devolver a princesa ao seu castelo.

No trajeto, veio a pergunta:

-Alec... o que é entero... aquilo que a sua mãe disse?

-Enterocistoplastia? É uma cirurgia para ampliação da bexiga, que passa a armazenar um volume de líquido muito maior, promovendo a continência. Essa é a parte positiva. A parte negativa é que o tecido para essa ampliação provém do intestino, é uma cirurgia invasiva e, a partir dela, é necessário fazer o cateterismo intermitente.

-Não me parece mau.

-E, certamente, não é. Muitas pessoas tiveram um salto na qualidade de vida, ao optarem por fazer a ampliação vesical. Mas essas pessoas tinham refluxo da urina para o rim, correndo o risco de perderem um rim ou os dois... ou eram tetraplégicas... ou tinham uma incontinência severa... ou nem tinham, mas as outras alternativas as constrangiam, atrapalhando-as a manterem uma vida social satisfatória. O fato é que a minha deficiência é algo permanente, então, qualquer decisão tem que ser muito bem pensada. Não conheço ninguém que fez a enterocistoplastia que não tenha enfrentado diversas infecções urinárias, embora um dos objetivos seja evitá-las. Preferi treinar a bexiga, afinal de contas, eu precisava aprender a gerenciar a minha condição, não a escondê-la. Não foi nenhum bicho de sete cabeças, porque meu problema é dos mais leves. Por três horas, eu me viro bem e além disso, tomo um remédio, para me ajudar a ter melhor controle. Só que o efeito do remédio cessa em 12 horas, portanto, à hora em que durmo, já era, mas tenho sorte, porque qualquer absorvente geriátrico segura o que vazar. Bem, menos se eu beber. Aí, é preciso usar um coletor. Não é uma coisa que me faça feliz, mas também não me faz infeliz. Certo estava Mahatma Gandhi: é preciso viver como se fosse morrer amanhã e aprender como se fosse viver para sempre.

-Você é maduro para a sua idade, amor.

-Olha quem está falando, rs. Você também, minha linda!

-Só mais uma pergunta, Alec...

-Quantas quiseres.

-Se você não tivesse sensibilidade no pênis... ia querer que eu te fizesse sexo oral?

-Rs, e como ia querer! Homem é visual, amor. Com certeza, contribui muito para a excitação e para o prazer. E tem uma coisa sobre mim, que você já deve saber: se ejacular, meu tempo de pausa é maior. A ereção vem, mas demora um pouco.

-E eu, rasgando a buceta pra ver se te fazia gozar, rsrsrsrsrsrsrs? Por que não disse antes, rsrs?

-Porque, como você mesma disse, estava rasgando a buceta e eu... estava adorando, rsrsrs. Amor... acho que é o seu celular.

-É, sim, vou ver. Rsrsrs... é um sms do Sávio, dizendo para acabarmos com a fodelança, porque o papai ligou e não demora a chegar, rsrsrs.

-Você vai falar com ele, hoje, amor?

-Vou.

-Espero que ele possa ver em mim as qualidades necessárias para ser digno da preciosidade que você é.

-Há de ver, meu amor.

-Como tens tanta certeza?

-Porque ele vai te ver através dos meus olhos.

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Comentários

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Obrigado, obrigado e obrigado, Alison. Você leu três contos meus. É uma honra. Sabe, Alison, a questão nem é de coragem. É a minha vida. Por que enfeitar a verdade? Se tantos deficientes parassem de escolher o que convém ser detalhado e o que convém ser olvidado, a sociedade saberia lidar melhor conosco. Para que esperar mais? Vamos abrir o jogo! A ideia é essa. Abração!

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Moço, como você é corajoso! Obrigada, viu? Foi uma aula e você é ótimo professor da vida. Só tenho algo a colocar: volte a escrever, Alec W.! Não é justo todo esse dom ficar parado. Beijos para você e sua família linda.

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Boa tarde, Mallu! Novamente aqui estou, pois Sofia, que está usando a minha conta para comentar, hoje, leu a resposta que dei, neste e me alertou para um fato muito verdadeiro: MINHAS DIFICULDADES NÃO SÃO AS MAIORES. Diversos deficientes não tem ereção, mas dão o jeito deles, usando bomba peniana, anel peniano, injeção ou vasodilatador. Vários deficientes só tem ejaculação retrógrada (quando o esperma retorna para dentro da bexiga, pois o colo vesical não fecha). Seria ótimo se tivéssemos um tetraplégico escrevendo, pois aprenderíamos muito mais que comigo. Tenho ereção normal, psicogênica. Tenho ejaculação. Costumo esvaziar a bexiga antes de manter relação sexual, mas é hábito e não necessidade, porque consegui resolver a encrenca com a minha incontinência, rs. É só tomar cloridrato de tansulosina, que consigo controlar normalmente, como qualquer pessoa. Minha deficiência é uma paresia (paralisia incompleta), como já comentei noutro conto. Mas se até agora, só eu me dispus a falar de tudo aquilo que geralmente calam, vamos em frente! À época dos fatos expendidos neste conto, minha mãe tocava o terror, dizendo: "-Alec, sabe o que vai acontecer, se você não fizer a cirurgia para ampliar a bexiga? Você vai ser pai, seu filho vai parar de usar fraldas e você NÃO VAI. E aí? Como vai explicar isso para ele ou ela?" Um dia, enchi de escutar a mesma coisa e respondi: "-E qual é o problema? Simplesmente vou mostrar a ele ou ela qual é a diferença entre uma fralda de adulto e uma infantil! Se nenhum adulto precisasse, simplesmente não existiria! Isso não muda quem eu sou, mãe!" A princípio, minha mãe estava em pânico, porque não nasci deficiente. Mas hoje, ela já entendeu, aceitou e já sou outra pessoa, noutro nível de autonomia. E ainda que não fosse, seria feliz dependendo de todos. Porque eu nasci para ser feliz e creio nisso com todas as minhas forças. Minha felicidade não está restrita às circunstâncias, porque é um processo interior. Beijão especial!

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Olá, Linda Mallu! Receber a tua visita muito me alegra! Cada vez que surge um comentário de apreciação a este conto, minha mãe fica surpresa, rs. "Isso é doideira de hospício, Alec!" - disse-me ela, quando lhe mostrei o conto publicado. Respondi que era pior que isso, pois nenhum hospício me aceita, ahahahahah. Zoação à parte, o fato é que o escrevi para mostrar a realidade. "Ain, tenho incontinência urinária, ninguém vai gostar de mim!" ...."Ain, uso muletas, ninguém vai me querer." ... "Ain, sou deficiente, nenhuma pessoa vai me olhar com tesão." VAI, SIM, COM CERTEZA! Não somos nossos problemas. Somos PESSOAS, que sentem, desejam e amam. Amar é entregar a chave do próprio labirinto infinito particular nas mãos do outro, ciente de que o outro vai saber entrar, conhece as saídas e não vai sair por escolha. Pessoas permanecem juntas quando se escolhem. E eu escolho a Sofia, todos os dias. Beijão carinhoso, Mallu! Ainda hoje, retribuirei à visita. Obrigado pela participação!

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Amigão Jota, meu caro, a minha felicidade por amar e ser amado pela Sofia é inexprimível. Nunca lamentei meu acidente e depois de conhecer a Sofia, aí é que não lamento, mesmo, só agradeço, pois descobri de forma inequívoca que O AMOR EXISTE e é sublime. Eu não saberia explicar a isto, mas é como se Sofia e eu tivéssemos histórias e mais histórias juntos, através dos milênios, sendo carne, sangue e osso um do outro. É até difícil falar em amor à primeira vista, pois sinto que sempre a vi, que ela sempre esteve lá, dentro de mim, intensamente. Três meses de gravidez e o mesmo ocorre. Sentimos como se o Abner já soubesse o que é ser nosso filho, pois ele interage conosco o tempo todo, por meio do seu desassossego, rsrs, e também quando conversamos. É simplesmente incrível como ele me obedece. Peço-lhe para ficar quietinho, a fim de que a Sofia possa dormir e ele se aquieta NA HORA. É tanta coisa boa, na vida, que não podemos nos permitir estar presos às lutas. Lutas existem para que as guerreemos. Sempre ganhamos, mesmo quando o resultado não pesa em nosso favor. Ganhamos experiência, estratégia, sabedoria e resiliência, o que já é uma vitória excelente. Muito obrigado pela participação, a qual emocionou a Sofia. Ela adorou e te envia milhares de beijos. Grande abraço!

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Continuo fazendo isso até hoje, caro Coroa Casado! Se todos os portadores de deficiências abrissem a boca para falar do que precisam, o mundo seria diferente. Se nenhum cadeirante ou muletante pedir quarto adaptado, quando os donos de motéis vão se conscientizar de que a necessidade existe e a demanda é real? Uso as muletas, na maior parte do tempo, mas quando estou muito cansado ou sentindo dores, não hesito em usar a cadeira de rodas. Tenho bastante prática com as duas coisas, já me acostumei, pois é a minha realidade. Não nego que, às vezes, é osso, é punk, rsrsrs. Mas quem quiser viver, tem que aprender a romper obstáculos, tendo deficiências ou não. E vamos em frente, pois há muito a viver! Abração.

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Ah, Amora... a cumplicidade é um dos frutos do amor e amor não se explica, vive-se. Muito obrigado pelas orações. Estive muito aflito, pois quem disse que a Sofia vinha para casa? Primeiro trimestre de gravidez e ela lá, no hospital, cuidando de mim. Não era virose. Tive dengue. Ainda bem que isso já é passado, rs. Não posso deixar de dizer que meus pais, meu sogro e cunhados, todos são teus fãs incondicionais. Beijos e cheiros!

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Falando assim, fico muito emocionado, Amora! Saiba que a reciprocidade flui, perfeita. Foi a Sofia que me mostrou o teu conto "De mão em mão - a homenagem." Ainda estava hospitalizado, quando o li e comentei. Ainda não me considero um escritor e se ouso escrever o conto retributivo, é porque confio totalmente na inspiração: você, Linda Amora. Beijos intensos!

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Rsrsrsrs... vá por mim, caríssimo colega: funciona, sim, kkkkkkk. Estou comemorando a sua presença, aqui! Muito obrigado! Abração!

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Cara, vi que você postou hoje mais dois contos. Acho que quando eu estiver lendo o décimo, você vai estar no centésimo, desfrutando as delícias da Sofia que é bem completa na cama. Gostei da sugestão de contar as bombadas para retardar a ejaculação. Vou experimentar para ver se funciona. Rsrs. Espero que seja bem sucedido na entrevista com o sogrão.

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Rsrsrs... deixe-me compartilhar um segredo, Adélia: eu também não deixaria meu filho dormir fora, naquele contexto, rs. Quando vier a ser pai, sei que serei dos mais babões e protetores, rs. Mas eu sempre fui o que a minha mãe diz, um 'menino impossível', rs. Pra que me trancar em casa por causa duma sequela com a qual vou conviver a vida inteira? Não posso resolver meu problema, mas posso ser bem resolvido, em relação a ele. Até hoje não fiz a enterocistoplastia. Nem vou fazer. Mexer lá embaixo, onde está funcionando muito bem? Nem, rsrsrs. Deixa quieto, rs. Alegra-me que este conto tenha sido do seu agrado, pois quase apanhei da coronela Andréa, por tê-lo escrito, rsrs. Beijos e mais beijos!

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Querida Vanessa, todas as rampas que faltam no Brasil e no mundo, podem ser construídas por terceiros. Há acessos cuja construção cabe ao próprio deficiente. Considero-me muito abençoado por ter entendido isso bem cedo. No hospital, tanta gente me viu pelado e me ajudou com coisas íntimas que eu não tinha como fazer, que, ao receber alta, já tinha perdido a vergonha, rs. De que me adiantaria ficar cheio de pudores, se, dentro da minha realidade, eles representam a ausência duma rampa importantíssima? Tenho amigos deficientes (de ambos os sexos) que iniciaram namoros e terminaram quando chegou o momento de abrirem o jogo sobre suas limitações íntimas. Muitos agem desta forma e é triste, pois não é uma coisa tão pequena que vai separar um casal unido por sentimentos verdadeiros. Minha mãe quase me bateu, por ter escrito este capítulo e disse que abusei, que passei dos limites. Passei? Fazer o que, se este sou eu, rs? Beijo carinhoso!

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