Os Opostos se atraem... será ? O Recomeço Parte 24

Um conto erótico de Luchaha
Categoria: Homossexual
Contém 2051 palavras
Data: 23/01/2016 02:28:19

GENTE OLHA QUEM VOLTOU AQUI! VÁRIAS COISAS ACONTECERAM NESSE PERÍODO E EU TERMINEI DE ESCREVER TODA A HISTÓRIA A TEMPOS (FIQUEM TRANQUILOS) VOLTEI PARA FICAR E IREI ATÉ O FINAL, ESTAREI POSTANDO UMA (OU DUAS ) PARTES POR SEMANA (NÃO PROMETO DUAS, MAS PROMETO UMA) OBRIGADO A VOCÊS QUE ME INFERNIZARAM PEDINDO PARA QUE EU VOLTASSE E SERIA BEM INJUSTO SE EU NÃO CONTINUASSE BEIJOS DO AMADO LUCA DE VOCÊS VIU GENT <3

Assim que cheguei na escola o sinal tocou. Fui voando pra sala, literalmente, e me sentei onde havia sentado nos meus últimos dias de aula, ao lado daquele garoto que vivia com fones de ouvido e que eu sequer sabia o nome. Madie estava la também, não dirigiu nenhuma palavra a mim, obviamente que ela estava com raiva, pudera, mas ela jamais saberia o porquê, prometi a mim mesmo que enterraria isso comigo. Definitivamente, ja estava ruim o bastante para lembrar disso.

As aulas seguiram sem grandes expectativas, eu tentei prestar atenção o máximo possível, meus professores eram engraçados e criavam um clima muito mais descontraído e confortável do que na escola antiga. Ali não existiam passivas 1,99 igual no colégio antigo, não existia nada de armaçõezinhas, porém, os garotos eram um porre, alguns esnobes demais, metidos demais , ou Miguel. Uma mistura do capeta misturada com a aparência de um anjo divino. Afastei esses pensamentos e voltei a aula de trigonometria, 'metria' me lembrava a 'metia' e toda vez que eu estudava aquela matéria parecia que estavam metendo um pau de 27 cm no meu cu sem lubrificante. Aquela matéria era horrível. Horrível. Argh.

🚗

Logo o sinal bateu e eu peguei minha mochila rumo ao refeitório.

-Ei, como é seu nome? - perguntou o tal garoto dos fones ao meu lado.

-Ah. Oi. - eu sorri e o encarei surpreso, talvez eu estivesse mesmo precisando de um novo amigo. - Luca, e o seu?

-Trainor. - ele sorriu.

-Nossa, que nome ah... Digamos, exótico. - eu sorri novamente.

Ele estava com uma touca bem bonita, um moletom azul e a calça do colégio, que era levemente apertada em suas pernas. Seus olhos eram castanhos esverdeados, as vezes eu via verde, as vezes castanho.

-Vai passar intervalo onde Luca? - ele perguntou também puxando a mochila que estava jogada embaixo de sua carteira.

-Provavelmente sentado em algum lugar mexendo no celular. - eu disse.

Estávamos do lado de fora da sala, e caminhávamos pelo corredor lado a lado.

-Bom, podemos passar juntos, se quiser, a maioria dos meus amigos não são daqui. - ele disse rindo.

-Fechado. - eu sorri de volta.

Procuramos algum lugar para nos sentarmos e fomos para as arquibancadas do ginásio coberto. Tinha bastante gente la. Nos sentamos e Trainor parecia estar bem a vontade para conversar sobre diversos assuntos, e eu também estava. O que criou um clima descontraído e divertido entre a gente.

-Onde você mora? Por aqui perto?

-Mais ou menos. - respondi, dando de ombros.

Trainor olhou para o celular e recebeu uma notificação e encarou o celular aparentemente irritado.

-Garotas. - ele disse revirando os olhos. - Já teve aquela sensação que aquela garota é a certa para você, porém, ela não ajuda nas coisas? - ele balbuciou.

-Não. - eu ri. - Eu sou gay Trainor, quer dizer, ja senti o que você disse, mas por um garoto. - eu sorri meio sem graça. - Espero que não queira me matar e nem pense que eu vou querer te beijar nesse exato momento.

-Não. - Trainor pareceu incrivelmente surpreso e me encarou sério. - Imagina cara, não tenho preconceito nenhum, mas nunca tive um amigo... Ah, gay. - ele disse rindo. - Como funciona? É a mesma coisa que ter uma amiga garota feia?

-Retardado.- eu disse irritado, mas não pude deixar de rir da graça dele.

-Relaxa cara. - ele bateu nas minhas costas de leve e sorriu. - Bom, não sei se você poderia me ajudar, mas precisava de uma opinião que não fosse dos meus amigos idiotas. - ele estalou os dentes.

-Apesar de eu não gostar de mulheres, eu acho que entendo um pouco elas, talvez eu possa ajudar. - respondi em contrapartida.

-Bom, vou te contar, eu fico com uma garota, e ela fica toda maldita hora me pressionando para namorar ela e ir conhecer a família dela. - ele deu de ombros. - Mas eu não sei se é isso que eu quero.

-Você gosta dela?

-Eu acho que eu amo ela.

-Então garoto. - eu disse sorrindo. - Ela se sente insegura apenas 'ficando' com você, provavelmente ela deve sentir a mesma coisa. - eu respirei e o encarei com um olhar de dúvida. - Deixa eu adivinhar, você quer que ela transe contigo?

-É. - Trainor deu de ombros.

-Bom. Me desculpe a franqueza , mas você esta sendo um babaca. - eu fiquei vermelho. - Ela só quer que você dê uma prova que gosta dela de verdade. - eu respirei e me aproximei dele. - Quem vai sentir a dor vai ser ela, quem vai se lembrar disso pra sempre com você vai ser ela, então, eu acho que você deveria ver o lado dela, o coração dela, e não pensar nela como uma simples 'trepada'. - eu disse enfatizando as ultimas palavras com aspas.

-Você... Você tem razão. - ele disse ofegando olhando para baixo.

-Leve ela para lugares românticos, demonstre que goste dela , fale coisas bonitas, e quem sabe assim, ela não se sinta mais a vontade com você. - eu o encarei novamente. - Eu, por exemplo, apesar de não parecer, sou super tímido, preciso que me deixe a vontade. - eu suspirei. Ele me olhou com um meio sorriso nos lábios e um olhar divertido. - E não sou uma garota. Mas você entendeu. Idiota. - eu ri.

O sinal tocou e nos levantamos rumo a sala de aula, os corredores estavam lotados e isso me causava aflição. Logo chegamos na sala e nos sentamos. O papo fluía normal entre a gente, conversamos sobre diversas coisas, eu contei a ele mais sobre Eduardo, sobre Amanda, ele me disse um pouco de seus amigos. O professor chegou, interrompendo nossa conversa e fechando a porta, e paramos de conversar por hora.

🚑

🏮

12h30

Eu suspirei e encarei o sol forte que estava naquele exato momento. Eu ia ficar da cor da Amanda se fosse andando pra casa. Suspirei e me dirigi ao ponto de ônibus. Logo meu telefone tocou:

- Luca.

-Oi Manda.

-Tudo bem?

-Sim e você?

-Também.

-O que vai fazer hoje? - ela perguntou.

-Vou pra casa, comer alguma coisa,e das 15h até as 16h posso ver o Edu, depois disso não sei.

-Eu precisava ir no shopping, e queria muito ver um filme, hoje é um dos dias mais baratos, topa?

-Claro. Vou sim. A gente se encontra no shopping?

-Sim, vai ter que ser, vou ter que ir de ônibus, porque minha mãe esta super ocupada hoje, ela pode ir buscar a gente.

-Fechado então. Assim que sair do hospital te ligo. - disse sorrindo.

-Beijo. - Amanda disse desligando o telefone.

Meu ônibus chegou e eu entrei. Gente, nada contra ônibus, mas estava um calor do cão, e eu detesto sentir aqueles cosplay de lixão do meu lado, isso me irritava muito. Logo meu ponto chegou e eu desci.

'Ar puro, finalmente ' suspirei.

🛀

🍡

🕓

Me arrumei e pedi um taxi para ir pro Hospital, era meio longe, e tinha me empolgado demais no banho fazendo minhas performances pop. Não dava tempo de pensar em não ir de carro. Eu ia gastar uma nota, mas fazer o que, namorado é atraso de vida. Peguei minha carteira e logo escutei uma buzina na frente da minha casa. Desci e entrei no taxi, cada minuto era uma espera tremenda, ainda não tinha me dado conta que a cirurgia dele tinha dado certo, não pude deixar de dar um sorriso enorme, não tinha me dado conta disso, estava com saudades daquele garoto, daqueles olhos, daqueles beijos, daquela pegada... Daquele pênis. Ok, eu confesso. Andava meio Bruna S nos últimos dias. Eu suspirei e logo estava na frente do hospital, paguei com o meu c* o taxista (super caro, que gay não é bagunça) e desci do taxi.

Me dirigi até a recepção e a família de Eduardo ainda estava la, eu os olhei boquiaberto, como eles ainda não tinham ido embora? Estavam montando acampamento aqui? Logo avistei sua mãe sorridente e fui em sua direção. Ela logo me abraçou, era um amorzinho, não como o mito da Tia Fer, mas, fazer o que.

-Deu tudo certo? - perguntei sorrindo.

-Sim! - ela me abraçou super sorridente.

-Posso vê-lo? - perguntei a ela.

-Claro! Imagina! - ela retorceu os lábios e me encarou novamente. - Bom, tem duas tias la dentro falando com ele, e você vai entrar com uma delas. - ela suspirou. - Só podem dois a cada quinze minutos.

'Ah não' suspirei revirando os olhos.

Eu sorri e disse que estava tudo bem. O que obviamente não estava. Logo chegou a nossa vez de ir, eu e mais uma das tias que eu tinha verdadeiro horror(só de lembrar a minha pele coça(alergia)), revirando os olhos eu entrei no quarto.

A cena que ali se passou era totalmente diferente da qual eu imaginava, Eduardo não parecia nada bem, ele estava aparentemente careca e com um curativo que cobria grande parte de sua cabeça e de seus olhos. Seus olhos... Oh, parecia que ele havia envelhecido uns dez anos, seus olhos azuis estavam ainda mais radiantes, de um dia para o outro ele estava com olheiras roxas horripilantes debaixo dos olhos. Tentei conter minha surpresa e ele me encarou sorrindo de leve. Seus olhos passaram pelo quarto e ele encarou sua tia com cara de poucos amigos.

-Titia, podia nos deixar a sós? - perguntou ele. Minha nossa, sua voz também tinha mudado, estava mais grossa, mais grave, com um ar que, como se pra soletrar cada palavra ele estivesse fazendo um esforço enorme.

-Meu querido, eu vim te ver e... - ela disse se aproximando e dando um beijo nas mãos dele.

-Entendi titia. Você vem com as próximas visitas. Por favor. - ele disse em um tom que eu sabia que era de raiva.

Ela o encarou surpresa e irritada e saiu batendo a porta.

-Tranca. - disse Eduardo para mim. - Afinal. Não queremos nenhuma surpresa desagradável.

Eu tranquei e voltei correndo em sua direção.

-Meu amor.... - eu disse alisando seu rosto e suas mãos e lhe dando um beijo. Não foi exatamente um beijo, nossos lábios somente se sincronizaram por alguns instantes, Eduardo talvez não conseguisse avançar mais que isso, mas somente por sentir seus lábios tocando nos meus, já era uma grande dádiva. - Como você esta?

-Careca. - ele disse meio amargurado.

-Lindo do mesmo jeito. -eu o beijei no rosto. - O que você está sentindo ? Acho que deu tudo certo! - eu dei um enorme sorriso.

-Queria tanto tocar seu rosto, mas estou sem um pingo de força. - ele suspirou. - estou zonzo. Tonto. Ja vieram varias pessoas me ver aqui, mas o medico disse que eu deveria economizar palavras, não falei com ninguém quase até agora, guardei tudo pra falar com você. - ele disse, com a voz ainda mais grave, eu podia sentir que ele estava fazendo um enorme esforço para conseguir falar. Cada palavra me soava como algo minimamente pensado.

Peguei suas mãos devagar e passei pelo meu rosto, inclinando-o para baixo. Edu mexia os dedos ao redor da minha face.

-Prontinho. Problema resolvido. - respondi sorrindo para ele.

-Estou com vontade de fazer sexo. - ele disse fazendo bico. Eduardo estava de certa forma mudado, seus olhos me assustavam um pouco, de tão roxos que estavam. Eu dei um tapinha de leve nele. - Mas acho que meu pau sequer subiria. - ele sorriu. - Será que eu vou ficar broxa?

-Ai Eduardo, cala a boca. - eu respondi rindo alto.

Ficamos quietos por alguns minutos.

-Edu, quando você vai sair? - perguntei o encarando.

-Não sei exatamente. Uns dias talvez. - ele respondeu fechando os olhos.

-Bom. Acho que deu meu horário. - eu encarei o relógio.

'Minha nossa, quase 30 minutos já se passaram' pensei.

-Aaah. Fica. - ele disse fazendo beicinho.

-Edu, já disse que não da, eu roubei quase duas visitas.

-Quem disse que eu me importo... - resmungou ele.

Eu sorri e me levantei, indo até sua direção e lhe dando um beijo, sua boca estava seca. Eu revirei os olhos e dei sinal de tchau com as mãos.

-Te amo. - ele sussurrou para mim.

-Eu também. - disse fechando a porta do quarto.

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Comentários

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Já te procurei até no wattpad, mas nada de vc... Dá um sinal de vida cara😞😞😞😞

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Ó Luca cadê vc cara?

Uma história dessas não pode ser interrompida desse jeito

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Vc já deve ter uns 30 anos agora, mas vooooltaaaaaa

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Porra, volta antes que eu tenha uma câimbra de tanto digitar

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Minha vida perdeu o sentido depois que esse conto terminou sem final

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