O Orfão.03

Um conto erótico de Berg.
Categoria: Homossexual
Contém 1998 palavras
Data: 31/01/2016 01:29:56
Última revisão: 31/01/2016 01:38:51

Felipe – oi Miguel?

Miguel – entra no carro.

Felipe – vai me levar pra onde?

Miguel – Hoje você vai dormir no meu apartamento, mas só hoje, amanha você ver um lugar pra ficar.

Meu sorriso foi tão grande que bateu no cú. Ainda não seria agora que eu iria dormir na rua.

Felipe – precisa nem falar duas vezes. (falei sorrindo)

Miguel – então vamos, que já esta tarde.

Felipe – vou só pegar minhas coisas e já volto. (corri ate o banco da praça, peguei a caixa juntamente com a mochila, coloquei tudo no banco de trás do carro e entrei na frente. Miguel deu partida no carro e não durou 40 minutos já estávamos no térreo do condomínio onde ele morava. Miguel estacionou o carro, tirei minhas coisas e subimos ao 6º andar.

xXX

Felipe – então é aqui que você mora, Miguel? (perguntei assim que entramos em seu apartamento).

Miguel – é aqui que eu durmo, Felipe. (respondeu Miguel, soltando um lindo sorriso). Eu moro na empresa, passo o dia lá, só venho aqui pra dormir.

Felipe – ah blza.

Miguel – quer tomar um banho? Comer alguma coisa?

Felipe – quero tudo.

Miguel – tudo? (perguntou Miguel rindo)

Felipe – desculpa cara, cheguei à tua casa e já estou me escalando.

Miguel – para com isso. Pode ficar a vontade, só não quero que você faça algo que me deixe arrependido de ter o trazido.

Felipe – Sou ladrão não, Miguel, pode ficar sossegado.

Miguel – é que mal te conheço, e já o coloquei aqui dentro. Você me entende neh!?

Felipe – entendo sim, mas pode ficar sossegado, a única coisa que quero assaltar é sua geladeira. Hehe!

Miguel – Fica a vontade, a casa é sua. (rs)

Felipe – vlw, Miguel.

Miguel me mostrou os cômodos da casa.

Miguel – Você se importa de dormir no sofá?

Felipe – me importo não.

Miguel – é que o quarto de hospedes não esta mobiliado. Eu não tenho o costume de receber hospedes aqui.

Felipe – tem problema não Miguel, eu durmo em qualquer lugar.

Miguel – beleza. Aqui nesse armário tem roupas de cama e toalha de banho. Você pode usar o banheiro do meu quarto. Depois que eu terminar de tomar banho você entra.

Felipe – fica frio Miguel. Enquanto isso eu posso comer alguma coisa lá na cozinha?

Miguel – claro que pode.

Miguel tirou a roupa na minha frente, ficando apenas de cueca. Pegou uma toalha branca e entrou no banheiro, meu pau rapidamente deu sinal de vida. Saí do quarto e procurei pela cozinha, fui ate a geladeira e peguei queijo, presunto e fiz um sanduíche pra mim.

Não conseguia comer sentado, queria conhecer todo o apartamento, nunca havia visto um apartamento tão grande. apenas nos filmes. Assim que terminei de comer, tomei meu banho no imenso banheiro do quarto do Miguel e depois pude me deitar, queria aproveitar aquela noite, como o próprio Miguel falara eu só poderia ficar ali aquela noite. Nesses pensamentos cai em um profundo sono.

xXX

Acordei assustado, já deveria ser de tarde e eu tinha perdido a manha toda de serviço, me levantei num pulo, fui ate o relógio que tinha na cozinha de Miguel, e lá marcava 06h10min. Fui ate o banheiro social, lavei meu rosto e escovei meus dentes. Depois tomei a liberdade de mexer na dispensa e encontrei o que procurava fácil: pó de café. fiz um café forte, tomei uma xícara com uma fatia de bolo que estava na geladeira, peguei minhas coisas, me despedi do apartamento de Miguel e dei no pé.

Em menos de 1 hora e 20 minutos eu já estava na praça de ‘’nossa senhora’’, ainda não tinha nem um engraxate e também não tinha clientes. Coloquei minhas coisas em baixo de um banco e me deitei, estava cansado, havia dormido pouco e tinha que procurar um trabalho que desse pra conciliar com os estudos.

Assim que a banca de revistas localizada na praça abriu, eu fui lá e comprei um exemplar de jornal, queria ver se na pagina de anúncios havia algo que eu me encaixava. Dei uma passada lentamente, mas não tinha nada, tudo exigia experiência, e eu não tinha experiência pra nada daquilo.

enquanto eu estava distraído lendo o jornal, o mesmo rapaz que no dia anterior veio cobrar o tal ''pedágio'' estava de volta.

- E ae leke.

Felipe – fala ae.

- e o pedágio?

Felipe – de novo?

- de novo mano, é durante um mês.

Felipe – porra, assim não vai dar não. Tenho que pagar metade do que eu ganho com o aluguel do caixote, e ainda tenho que pagar pedágio todo dia.

- problema é teu playboy, ta achando ruim, procura outro ponto.

Felipe – é isso que eu vou fazer. (recolhi meus pertences e já ia saindo), quando o tal cara me chamou.

- ei leke, me dar só cinco. Cinco ta levinho pra você.

Dei uma fungada, passei a mão no bolso e peguei duas notas de 2 e uma moeda de 1.

Felipe – tó. (falei estendendo a mão e entregando o dinheiro ao rapaz).

- vlw leke, amanhã eu volto.

Felipe – tenho que procurar um ponto mais tranquilo. (falei pra mim mesmo)

xXX

- você esta atendendo alguém, rapaz?(um cliente me perguntou, sem eu saber de onde ele havia saído)

Felipe – O senhor! (respondi simpático)

- Beleza. De um retoque no meu calçado, por favor.

Felipe- é pra já patrão. (falei indicando o assento ao cliente)

Para a minha tristeza o sapato do meu cliente era marrom.

Felipe – chefe, eu não estou tendo graxa nesta cor, mas se o senhor aguardar um pouco eu compro e já volto.

- da não, estou atrasado. (falou o meu cliente, já se levantando)

Felipe – mas é bem rápido senhor, dez minutos no máximo.

- muito tempo, já era pra eu estar na empresa.

Felipe - da essa moral pra mim amigo, é rápido, vou e volto logo.

O cliente pensou bastante, passou a mão pelo seu queixo como se estivesse massageando, e finalmente falou.

- façamos assim, você vai comprar a graxa e na volta me procura na ‘’Ravanello ltda’’

Felipe – aonde? (perguntei sem entender nada)

- ‘’Ravanello’’ – respondeu o cliente indicando com o dedo.

Felipe – ali? ( perguntei também apontando o dedo.

-isso. Agora tenho que ir. Vou ficar lhe esperando e não demore, senão irei procurar outro engraxate.

Felipe – serei rápido. Mas como é seu nome?

O cliente tirou um cartão do paletó e me entregou, saindo em seguida sem responder nada.

Olhei para o cartão e repeti seu nome mentalmente.

Felipe – Guilherme blater.

Nome esquisito.

Coloquei o cartão no bolso da bermuda, comprei duas graxas marrons, coloquei dentro do caixote e voltei correndo. Cheguei à empresa e na portaria avisei que queria falar com Guilherme. O porteiro me encarou com uma cara estranha e pediu que eu aguardasse um pouco.

Depois de uns 10 minutos ele autorizou minha subida.

Felipe – obrigado. (disse eu em seguida entrando no elevador. o porteiro me acompanhou ate a porta apertou os botões com o andar que provavelmente fosse o do Guilherme e em seguida se retirou).

Felipe – obrigado (disse eu mais uma vez)

O porteiro apenas acenou com a cabeça em forma de confirmação. Suponho que aquilo significasse um ‘’por nada’’.

Assim que o elevador começou a subir, me deu uma vontade enorme de vomitar. Demorou pouco e as portas daquele troço se abriram, quando eu ia saindo de dentro dele um homem: alto, moreno, forte, com a cabeça raspada, e um fone no ouvido parou em minha frente.

Felipe – bom dia. (disse eu)

O homem falava com outra pessoa que não era eu.

-Ok, já esta aqui. -Acompanhe-me, por favor.

Felipe – eu?

- exatamente.

O homem colocou a mão em meu ombro e me conduziu ate uma pequena sala, quando entramos ele foi logo falando.

- tire a mochila e esta caixa das costas e coloque sobre aquela mesa. (falou o homem, apontando a uma mesa redonda que estava atrás de mim)

Felipe – pra que tirar minhas coisas?

-faça o que estou mandando.

Felipe – eu tou aqui a pedido do... (havia esquecido o nome do meu cliente e tirei o cartão do bolso para ajudar a lembrar) do Guilherme blater. – falei, olhando para o cartão e para aquele enorme homem que me encarava serio.

- Onde conseguiu este cartão, moleque?

Felipe – Guilherme que me deu, e eu não sou moleque. (aumentei o tom de voz, já ficando nervoso).

Acho que o homem também ficou nervoso, partiu pra cima de mim, me imobilizando e tentando tirar minha mochila e minha caixa a força.

Felipe – solta, não pega na minha mochila. Larga, larga.

O homem derrubou minha caixa , fazendo cair meus equipamentos no chão.

- fica quieto trombadinha, e olha pra parede, pra parede pra mim não. (falou o homem praticamente gritando e soltando saliva em mim)

Felipe – tu ta me confundindo, eu não sou trombadinha, só quero falar com o Guilherme, foi ele que me mandou vir aqui.

- sei bem o que você quer. (falou o homem, tentando retirar a mochila das minhas costas).

O homem fez tanta força que rasgou o fundo, fazendo cair minhas roupas e produtos de higiene.

Felipe – olha o que você fez!? – falei com voz de choro.

Abaixei-me pra recolher minhas coisas e o homem me deu um chute, me fazendo ir ao chão.

Felipe – o que tu ta fazendo, cara? (falei, começando a lagrimejar)

O homem pegou um pequeno radinho que parecia um telefone antigo e ligou pra alguém.

- confirmado. Chama a policia. (do outro lado da linha alguém respondeu –ok)

Felipe – policia? Pra que policia se eu não fiz nada?

O homem me empurrou na parede, colocando minhas mãos para atrás e tentando amarra-las com alguma coisa.

Felipe – solta, solta, esta machucando, eu não fiz nada, me solta. (eu gritava desesperado).

Uma fita branca caiu das mãos do homem e quando ele abaixou para recolher eu o empurrei contra o chão, abri a porta e corri o mais rápido possível. Cheguei ao elevador, e apertei todos os botões possíveis, mas aquela maldita porta não abria. comecei a esmurrar a porta do elevador, impacientemente.

Quando dei por mim, o homem já havia me acompanhado, me acertou um murro certeiro fazendo meu supercilio sangrar muito. Eu estava vencido, o homem me jogou no chão com as costas pra cima e amarrou minhas mãos com uma fita. Eu não conseguia falar nada apenas chorar e pedir penitencia.

Felipe – por favor me solta cara, eu não fiz nada.

Finalmente o elevador se abriu, e do chão eu conseguia apenas avistar um par de sapatos negros ‘’ferracini’.

- O que esta acontecendo aqui? (a pessoa que acabara de sair do elevador perguntou ao homem que estava me imobilizando como se fosse um animal).

- esse moleque estava querendo assaltar o senhor Guilherme, mas já esta tudo bem. Já mandei chamar a policia, pode ficar despreocupado senhor, Miguel.

Senhor Miguel? Eu repeti na minha mente.

Fiz um esforço e mesmo com dor e o rosto ensanguentado, consegui levantar a cabeça e avistei Miguel nos encarando.

Felipe – Graças a Deus, Miguel. Pede pra ele me soltar, diz pra ele que eu não sou bandido.

Miguel – felipe? Porra, felipe, pedi tanto pra você não fazer nada que eu pudesse me arrepender e você tenta assaltar meu sócio. Por isso que voce saiu tao cedo sem nem ao menos eu acordar, já estava tudo planejado.

Felipe – que? Claro que não Miguel, eu... (Miguel nao deixou eu concluir)

Miguel – leva ele daqui. Entrega pra policia. (falou Miguel ao homem)

- Bora, vagabundo. levanta . (disse o homem me arrastando)

Felipe – Miguel, Miguel.

- cala a boca, porra, cala a boca. (gritou o homem, me jogando dentro do elevador).

Miguel não quis me ouvir. antes do elevador se fechar consegui ver ele cumprimentando alguém e em seguida entrando em uma porta.

Estava caído no elevador quando aquele homem que fizera um inferno do meu dia atendeu um chamado naquele radinho.

- ah, chegaram? Estou descendo com o elemento já. (falou o homem com uma voz de herói)

Ainda no elevador o homem ajeitava o palito e a gravata.

Felipe – e minhas coisas?

- na cadeia você não vai precisar daquelas porcarias.

Felipe – cadeiaaaa?

Continua.

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Comentários

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Vc fode com nossa cabeça. Adorei,porra tu é foda.

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Meu Deus, quanta ingustiça...

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kra que estupido, tadinho do felipe

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Mas que cara babaca meu, o miguel e esse segurança de merda, dois idiotas. To puto!

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Até imagino o restante do episódio: Guilherme falando a arespeito do engraxate e Miguel correndo esbaforido para a delegacia para desfazer o equívoco. Muito bom. Estou gostando de teu conto fictício tanto quanto gostei de teu relato. Um abraço carinhoso,

Plutão

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Porra meu que raiva do Miguel tadinho do Felipe tomara que tirem ele de lá.

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aff meu que doidera e o Miguel caiu assim na conversa do segurança Euhein próximos...

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Muito massa seu conto! Eu pensando que o Miguel era um cara maneiro ( talvez se torne, mas nesse momento tenho ódio dele) pelo visto o guilherme vai entrar na jogada, só não demora pra postar!!!!!!!!

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Surpreendente a atitude de Miguel. Volta hoje se possível 👏👌👌👌👌👌👏👌👌👌

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Amei! A partir de agr, Miguel perdeu a minha confiança e espero que se arrependa de ñ ter ouvido Felipe! Ansioso pra ler o próximo capítulo!

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Que ódio desse Miguel! Otário! Já foi julgando, sem saber!

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