Minha Vida - Capítulo 06

Um conto erótico de Gabriel Ferreira
Categoria: Homossexual
Contém 1518 palavras
Data: 05/01/2016 23:24:45

MINHA VIDA

CAPÍTULO 06

Após colocar Germano para fora da minha casa, pois o cara queria ficar a força lá, fui para trabalhar, ao adentrar o elevador da empresa, Joel entra e começar a sorrir para mim. Ele entra no elevador e fica ao meu lado. Eu já estava começando a ficar com medo daquele cara.

- Oi coisinha! - disse ele dando um tapa forte em minha bunda.

- Quem você pensa que é? - olhei para ele, que me encarava com um sorriso debochado.

- Joel, o cara que te pegou na festa e você nunca mais esqueceu - disse ele com um sorrisos de canto.

- Convencido!

- Não sou não, apenas estou dizendo o que é fato - disse ele apertando o botão para subir, ele também ia para a cobertura.

Joel estava bem sexy para quem ia apenas trabalhar, trajava um terno preto bem colado ao corpo, seu cabelo castanho estava penteado de uma forma que o deixava com cara de cafajeste, mais do que ele já era.

- O que você faz aqui? - perguntei.

- Trabalho aqui - disse ele curto e grosso.

- Mentira! Se trabalhasse, principalmente aqui em cima, eu já tinha te visto ou olhado em meus arquivos - disse.

- Realmente, meu pai é acionista daqui - disse ele.

- Seu pai?

- Sim, Jairo Pimentel - disse ele.

Seu Jairo era um velho de quase sessenta anos, tinha sido ele que tinha se envolvido com Mariana, ex-secretária de Patrick. Joel não se parecia em nada com pai.

- Conhece ele? - ele perguntou.

- Quem não conhece - disse olhando para ele.

- Seus olhos são lindos - ele elogiou.

- Eu sei - disse olhando para ele, se ele quisesse algo a mais comigo, iria ser do meu jeito e não do dele - Foi esse olhos, que fizeram entrar para o mundo da moda.

- Você já foi modelo? - ele perguntou espantado.

- Sim, durante seis anos de minha vida, mas porque o espanto.

- Sua altura - ele começou a gargalhar - Não condiz com a altura de um modelo.

- Ahh! - fiquei ofendido - Eu não sou tão baixinho assim, e eu fui modelo e dos bons - disse saindo de dentro do elevador que já tinha parado e entrando em minha sala.

Estava digitando uma série de textos para entregar ao RH da empresa, quando Patrick entra com tudo em minha sala, ele sempre fazia isso. Senta uma cadeira em frente a minha mesa e me olha com aqueles enormes olhos escuros, ele estava com um sorriso maroto em seu rosto.

- Patrick você está bem? - perguntei ao parar de digitar.

- Essa a primeira vez que você não coloca seu em frente ao meu nome - disse ele rindo.

- Desculpe-me senhor - disse.

- Não precisa se desculpar, nem me chamar de senhor. Você esta proibido - disse ele rindo.

- Sim, Patrick - disse.

- Olha! Ficou melhor, gosto que meus amigos me chamem pelo meu nome - disse ele.

- Amigo?

- Sim, te considero um amigo e para provar isso, hoje você vai almoçar comigo - disse ele.

Fiquei feliz por Patrick me considerar seu amigo, ele era legal, apesar de ser grosso, arrogante e bruto às vezes.

Fiquei fazendo meus trabalhos até que deu o horário do almoço, não demorou muito para Patrick entrar em minha sala com um sorriso que ia de orelha a orelha.

- Vamos? - ele convidou.

- Vamos - confirmei e levantei e segui ele até o elevador.

- O que você gosta de comer? - ele perguntou.

- Comidas leves, geralmente salada - disse para ele.

- Por isso você é tão magrinho - disse ele rindo.

Ele apertou o botão do elevador para descer, ele ficou calado até nós passarmos pela portaria.

- Vamos do meu carro - disse ele.

- Carro?

- Sim, vamos em um restaurante que fica mais a frente, descendo a rua - disse ele.

- É por isso que eu nunca vi você e Emily no restaurante aqui da frente - disse a ele.

- Ela sempre gostou de comidas refinadas, eu só acompanho ela - disse ele entrando no carro dele.

- Ahh - entrei no carro dele e sentei no banco do carona - Onde está Emily mesmo? Faz tempo que ela não vem na minha sala me encher de trabalhos para fazer - disse rindo.

- Está viajando com o marido para o Nordeste - disse ele rindo - Eu aposto que ela faz da sua vida um inferno aqui nessa empresa - disse ele dirigindo em direção ao restaurante.

- Quase isso, ela não chega a ser o Diabo, mas ela enche meu saco mesmo - disse rindo.

- Ela é assim mesmo, sempre foi, desde pequena - disse ele estacionando um carro em frente ao estabelecimento moderno, com vidraçarias em frente - Chegamos!

- Não sabia desse restaurante - disse ele.

- Ande comigo e você irá conhecer vários lugares novos - disse ele me encarando.

- Ahh - fiquei sem palavras, meio envergonhado - Obrigado.

- Entra! - disse ele abrindo a porta do estabelecimento para eu entrar.

- Obrigado - disse ao entrar.

Ele se sentou a uma mesa que ficava bem escondida das demais, eu sentei também. Não demorou muito para o garçom chegar, ele pediu bastante massa, eu pedi uma macarronada acompanhado com bastante salada.

- A comida daqui é ótima - disse ele tentando puxar assunto.

- Deve ser - afirmei - o lugar é bem aconchegante.

- Verdade, amo esse lugar, venho aqui sempre que preciso ficar sozinho ou quando quero a companhia de alguém especial - disse ele.

- Quando quero ficar só, eu vou para meu quarto ler - disse a ele.

- Boa maneira de passar o tempo - disse ele rindo.

- Amo livros, são minhas paixões - disse - Principalmente agora, já que deixei alguém que eu amava.

Ele me olhou, se endireitou na mesa e pegou minha mão e segurou com força.

- Se quiser contar, eu estou aqui - disse ele.

Fiquei nervoso, eu nunca tinha contado a ele ou alguém da empresa sobre minha orientação sexual.

- Sabe, eu sou gay! - disse.

- Eu já desconfiava - disse ele - Você rebola quando caminha, mas isso não tem problema.

MINHA NOSSA SENHORA! Se ele desconfiava que eu era gay, imagina o restante da empresa.

- Sim, até semana passada, nós morávamos juntos - disse começando a derramar lágrimas - Quando eu voltei daquela viagem da empresa, em Recife. Peguei ele com outro em minha cama, ai coloquei ele para fora de casa.

- Triste! Traição é horrível - disse ele - Eu nunca trai minha esposa, eu a amava. Se ele te traiu, com certeza ele não te amava.

- Eu sei disso - disse começando a chorar.

- Não chore por quem não te merece - disse ele passando sua mão em minha bochecha - Eu estou aqui sempre para te ajudar e te dar apoio sempre que você precisar.

- Obrigado! - disse enxugando as lágrimas.

Patrick era uma ótima pessoa, ele se mostrou isso nesse dia, se mostrou uma grande amigo, eu falei exatamente tudo o que eu sentia em relação a Paulo, ele me apoiou nas minhas escolhas e disse que quando eu precisasse, ele sempre estaria disponível para mim, a qualquer hora do dia.

Após sair do trabalho, já pelo final da tarde, fui para minha casa, ao abrir o portão da garagem, entrei com meu carro, quando eu sai do carro para fechar o portão, um carro preto entra com toda velocidade na minha garagem, se eu não tivesse pulado para o lado, o carro teria me matado.

Paulo saiu do carro todo sujo e fedendo a bebida, ele fechou o portão, veio em minha direção, deu um tapa em meu rosto, o tapa foi tão forte que me levou ao chão novamente.

- VOCÊ ESTÁ LOUCO, CANALHA - gritei com ele ao me levantar do chão.

Paulo estava verdadeiramente zangado, ele me pegou pelo braço usando de força, e me encurralou no carro dele. Ele estava me segurando pelos braços, eu já estava com medo, pois eu nunca o tinha visto assim.

- TÁ DANDO PRO SEU CHEFE É? SE CANSOU DE MIM SEU VAGABUNDO E FOI DAR PARA O CHEFÃO AGORA, FOI? - disse ele gritando e cuspindo em meu rosto.

- Você anda me seguindo? - disse com raiva.

- SIM ANDO! TENHO QUE CUIDAR DO QUE É MEU - disse ele me jogando no chão.

- Quem você pensa que é? - disse me levantando - Para ficar me cobrando, VOCÊ ME TRAIU.

Parti pra cima dele, mas como ele era mais forte, ele me pegou e me jogou contra o carro.

- TÁ TRANSANDO COM TEU CHEFE, SEU PUTO - ele gritou e me deixou com medo.

- Sai da minha casa! - mandei ele ir embora.

- RESPONDE PORRA! TEU CHEFE ESTA TE COMENDO! - ele gritou furioso novamente.

- SAI DA MINHA CASA, EU NÃO TE DEVO SATISFAÇÃO - gritei com ele.

- FILHO DA PUTA! ME RESPONDE, TU ESTA TRANSANDO COM AQUELE FILHO DA PUTA DO TEU CHEFE! - disse ele segurando com força o meu braço.

- ME SOLTA! - gritei, pois ele estava me machucando.

- NÃO E RESPONDE LOGO!

- NÃO É COM ELE QUE EU ESTOU TRANSANDO, É COM OUTRO - disse irritado, me referindo a Germano.

- FILHO DA MÃE - disse ele me dando outro tapa e me jogando contra o chão - EU VOU TE ENSINAR A RESPEITAR UM MACHO DE VERDADE!

ele começou a tirar o cinto e aquilo me deixou em pânico.

- O que você vai fazer, Paulo - disse rastejando pelo chão - Você não é louco de me tocar.

- CALA A BOCA!

Continua???

Está ai mais um capítulo para vocês. Hoje estou partindo para uma viagem ao Nordeste, por isso não sei como farei para postar aqui...

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Comentários

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Nossa. O Paulo passou de todos os limites. Seu conto é cheio de possibilidades e fica difícil prever as coisas. Detalhe: isso é muito bom! Espero que não demore. Uma história como essa não pode ser esquecida ou perdida. Parabéns. Até breve

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Vc esta convocado a voltar o mais rápido possível kk.Continua *-*

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Gentchy, estou intrigado: será agressão ou abuso?!? Por favor n demore pra postar o proximo!!!!!!!!

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Mds se vc demora pra postar o proximo vou ter um infarto

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Sinto muito pelo tamanho do capítulo, prometo que o próximo será maior. Gabriel.

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