[ GLUE ] 10

Um conto erótico de JR
Categoria: Homossexual
Contém 1564 palavras
Data: 01/01/2016 23:46:05
Assuntos: Gay, Homossexual

[GLUE 10]

Já era de manha, o barulho do relógio acima de minha cama indicava o quanto estava silencioso o ambiente. Quase não dormi pensando na situação que eu estava, levantei-me fui ate o banheiro tomei um banho frio, me troquei voltei ao relógio que batia seis da manha. Atravessei o corredor com a mochila nas costas, a cozinha estava limpa, nada de café ou chá e nem pães não me importava nem fome eu tinha. Sai de casa em direção à escola caminhava devagar o dia estava demasiado fresco às vezes o vento batia no meu cabelo era uma sensação tão boa. – Júlio; ouvi uma voz ao longe me chamando. Quando me virei era o Marcelo. Seu cabelo estava penteado de forma simétrica, sua regata marcava seu peito sua boca estava rosada em meios termos me perguntava por que não entrar de cabeça na vida desse cara, mas eu já tinha problemas demais. – E ai como vai o perguntou me acompanhando pela calçada. – Não sei ainda Marcelo, lembra que eu estava decidido mudar as coisas, ontem disse a minha mãe quem realmente sou e ela não gostou muito. Ele me olhava a todo instante, prestando atenção a cada coisa que eu dizia. – É assim mesmo foi dizendo ele, as pessoas não gostam do que não entendem, é tipo você e eu. – Eu e você; perguntei. – Sim o respondeu; você não gostava de mim antes, mas agora olha ai nos indo junto à escola. Eu dei um sorriso, e cai em consentimento que ele tinha razão. – Eu preciso falar com o Luan hoje fui eu dizendo enquanto esperávamos o sinal abrir. – Pode deixar comigo, eu resolvo isso para você. – Obrigado por tudo Marcelo respondi. Ele apenas acenou coma cabeça. Continuamos o resto do caminho conversando sobre a vida, eu falando mais da minha do que ele da dele ate chegarmos à escola. – Bom, foi ele dizendo; é aqui que nos se separa pode deixar que eu faço o Luan te encontrar, só tenho que ver onde e quando porque vocês vão precisar de um bom tempo. – Obrigado de novo Marcelo respondi. – Júlio posso te pedir uma coisa, não que eu esteja esperançoso, mas eu preciso. – Claro respondi; o que foi? – Se você e o Luan não se acertarem, pelas razoes que possam existir, será que eu terei uma chance com você. Eu fiquei calado por um momento, o seu rosto havia mudado, ele estava serio eu podia ver toda a verdade daquele pedido. – Vamos ver o que o futuro nos reserva Marcelo, fui dizendo. Ele sorriu e se foi. – O que foi isso; foi perguntando Ana chegando ao meu lado. – Nada, respondi não foi nada. As horas pareciam correr devagar, tudo estava como o casual, mas eu me sentia diferente, me sentia de peito apertado, tanto com a situação com a minha mãe ate a situação com o Luan.

No final do primeiro período, ouvi o bater da porta da sala de aula. A professora a abriu, a vi conversando com alguém ao lado de fora. – Luan, tem gente querendo falar com você foi dizendo ela voltando para dentro. Ele se levantou, parecia que a sala tinha ficado em estática, conseguia ouvir seus passos ele passou pro meu corredor e seguiu em direção à porta. A aula continuava e eu só ficava olhando em direção à porta, conseguia ver a silhueta de suas costas, e uma de suas mãos contra o fecho. Passado algum tempo ele voltou, mas estava diferente, estava serio.

O Sinal do intervalo soou saímos com pressa como de costume seguimos ao palco. Eu e Ana sempre juntos acho que ela é a única pessoa que gosta de mim independente do que eu faça ou pense. Passamos um bom tempo conversando sobre o ocorrido com minha mãe, ela sempre tentando achar a melhor forma de me consolar. Quase no fim do intervalo vi Marcelo vindo em minha direção, meu coração encheu de esperança. – Oi foi ele dizendo se sentando ao nosso lado. Eu continuava calado enquanto prestava atenção nos outros alunos que passavam em nossa frente. – Então; foi ele dizendo Hoje teremos treino de futsal, poderá falar com ele assim que as aulas acabarem, a Juliana não veio hoje então acho que não serão interrompidos. – Você tem certeza de que quer fazer isso Júlio? Foi dizendo Ana olhando para mim. – Não sei Ana, mas do jeito que as coisas estão indo ou resolvo essa situação toda ou acabo de ferrar com tudo. – Vai dar tudo certo Júlio, foi dizendo Marcelo; não se preocupe. Voltamos à sala momento depois, minha atenção era tirada a cada barulho do relógio, de momentos eu olhava para a Ana que acenava para mim num sinal de que tudo daria certo. Quase no final da aula a professora se virou a sala e nos lembrou do acampamento que ocorreria um dia depois de amanha, isso foi a ultima coisa que ela disse antes de o sinal soar e sairmos da sala.

Seguiu a quadra me sentei sobre a arquibancada, às ultimas coisas que passavam na minha cabeça era o fato de que a ultima coisa que ele me disse era que nunca mais queria me ver, para fazer de conta que ele não existisse. A quadra estava vazia, faltava algum tempo antes do jogo começar, só havia eu. Olhei para a entrada e lá estava ele, estava tão bonito com seu uniforme de futebol isso me trazia tantas lembranças boas, de quando começamos tudo, ele era uma pessoa tão diferente e eu também era. Seus passos eram fortes, ele subiu cada degrau evitando me olhar no rosto e assim ele sentou do meu lado. – O Marcelo falou que você queria falar comigo; o disse num tom seco. – Sim, tenho que te falar umas coisas que vem acontecendo. – Então fala; o disse. A todo o momento ele não me olhava ele apenas visava à quadra que estava abaixo de nos. – Eu disse a minha mãe sobre eu. A expressão dele era a mesma, estava serio o cara sorridente que conheci um dia não estava ali. – Mas não se preocupe eu não disse nada sobre nos, ou você. – Isso é bom o respondeu. Ficamos em silencio, por uns momentos nem eu o encarava. – Era só isso Júlio? O respondeu levantando. Eu fiquei em silencio. –Se for só isso então vou nessa; com isso ele se virou. – Não vai fui eu dizendo segurando uma de suas mãos, não vai por favor. – Não aguento mais Luan, essa situação toda, não aguento mais ficar longe de você eu quero mudar por você, eu quero que voltemos ao que éramos. Com isso meus olhos já marejavam. Ele só voltou a mim foi a primeira vez que ele me olhou nos olhos desde que ele tinha chegado. – Olha Júlio, já era para mim não da mais.

Aquilo foi como um soco bem no meio da cara, mas só que doía mais. Eu ainda segura sua mão. – Mas por quê? Fui eu perguntando; Eu estou tentando Luan, sei que demorei de mais para entender o quanto gosto de você e para falar a verdade o quanto esse gostar se tornou amar. Ele continuava serio, parecia que tudo que ei dizia não fazia efeito, que eu estava falando com alguém que não tinha sentimentos. – Escuta Júlio o disse; Como eu disse o que aconteceu entre nos foi um erro, um erro de muito tempo que eu pretendo não repetir mais, e outra coisa você já pensou como seria nosso futuro? O perguntou. Nesse momento minha mão soltou da dele, era como levar vários socos um seguido do outro. – Mais para frente Júlio, o continuo dizendo; eu ia me dar conta o quanto eu estava errado, com você não haveria futuro, na verdade eu só gostava de fuder você só isso. O que tinha ao redor foi tomado por sombras, meu chão havia sumido meu céu desabado. Ele começou a rir, - Você é bem estupido mesmo Júlio, eu fui estupido, mas agora me dei conta de que você não significou nada.

Eu me levantei, não conseguia enxergar nada, só queria sair daquele lugar, oque ele ia falando eu não mais escutava, parecia que tudo estava em mono. Tudo ao redor estava borrado, parecia que algo me tirava o ar comecei a andar mais rápido, fui passando pelo pessoal que estava chegando para o treino. Não os ouvia, os via como sombra na minha frente. Cheguei ao portão de saída, continuei na calçada mais rápido e rápido, tudo que ele falou viu batendo na minha cabeça, a dor era fora do comum continuei caminhando o choro era inevitável, parecia que tudo que havia guardado foi jogado para fora. Nesse momento já estava correndo pela calçada, só queria sumir daquele lugar. Eu a cada vez mais a escola ia ficando pequena ao fundo, meus passos eram rápidos, perecia que eu carregava o mundo as minhas costas. Dei-me conta que já havia chegado à praça principal, deixei minha mochila ao chão, caminhei alguns metros ate o banco cimentado. Parecia que o mundo estava me engolindo. Minhas mãos estavam sobre meu rosto as lagrimas as atravessavam, e se derramavam sobre meu short. Senti alguém sentando ao meu lado, seus braços me envolveram era o Marcelo. Coloquei minha cabeça sobre seu peito, era uma mistura de dor e tristeza, eu chorava tanto ele não dizia nada, mas percebi que ele também chorava.

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Comentários

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desculpa mão era esse comentário anterio que eu queria fazer bjs

adoro seu conto

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Que triste, o cara falou isso pra magoar o Júlio, mas não sabe que feriu algo bem mais profundo. O Júlio deveria dar uma chance ao Marcelo e esquecer definitivamente o Luan. Espero que isso passe logo. Continue rápido por favor...

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