Do jeito que ele é!- Cap 3

Um conto erótico de LuCley
Categoria: Homossexual
Contém 2943 palavras
Data: 15/01/2016 02:57:59

Boa noite neus queridos... desculpe vim tão tarde, mas um certo homossexual não me deixou digitar antes. Enfim, espero que vocês gostem. Obrigado pelos comentários e por lerem...bjs...;)

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Minha vida estava uma correria. Trabalhos infinitos da faculdade e ainda tinha o estágio no escritório do meu pai. Meu velho não me dava folga e se não bastasse, tinha esquecido meu livro em casa. Cheguei e fui direto pra biblioteca ver se encontrava outro livro igual. Quando cheguei, ele estava lá. Aqueles cachos iam pra lá e pra cá. Era uma graça olhar pra ele.

— bom dia. — disse e ele tirou os fones de ouvidos.

— bom dia, madrugou hoje...

— e mesmo assim consegui esquecer meu livro.

— aquele de Direito Previdenciário?

— esse mesmo. Será que não tem outro por aí?

— ah se não sou eu heim? Vai lá e me trás um café. Tem outro livro lá dentro, vou procurar enquanto isso, mas devolve final da aula.

— cara, você é um amor. Vou lá pegar

seu café.

— valeu.

Levei o café pra ele e ele já estava com o livro em mãos. Fui pegar o livro e ele não soltava. Fiquei olhando pra ele e tentando entender, até que me toquei. Me inclinei e me abaixei entre suas pernas. Fiquei da altura dele e o beijei. Foi um beijo rápido, mas com muito carinho. Ele me entregou o livro e me despedi, indo pra sala.

Quando cheguei, o Marcelo já estava na lá. Se milagres acontecem, aquele certamente foi um. Foi encostando a carteira na minha e perguntou por onde eu andei no fim de semana.

— quer saber se eu estou com alguém? — ele ria.

— não foi bem essa a pergunta, mas você não saiu comigo, então...

— ah ta, sou exclusivo seu agora?

— claro, você é meu gay exclusivo. Pare, fala aí. Você ta com cara que está ficando com algum carinha.

— vai mudar em quê a sua vida se eu estiver?

— não posso ficar feliz por você?

— hahaha, ei, relaxa...tudo tem seu tempo. Quando for a hora certa, eu te falo.

— que saco. Vou ali falar com aquela gata.

— vai lá.

Quando a aula acabou, falei rápido com o Léo e disse que pegaria ele depois da aula. Perguntou se a gente ia sair e disse que íamos só fazer um lanche, nada de mais.

— tem uma lanchonete aqui perto, se importa se formos lá?

— não. Vamos onde você quiser.

— tudo bem então, te espero.

Dei um beijo rápido nele e fui pro escritório do meu pai. Ainda bem que estava tudo tranquilo por la e pude sair um pouco mais cedo.

Tinha acabado de tomar banho quando meu pai chegou e entrou pra falar comigo no quarto. Perguntou se eu iria sair e com quem.

— vou pegar o Léo bá faculdade daqui a pouco e levar ele pra lanchar.

— entendi. Se importa se eu estiver pensando que vocês estão ficando?

— não, não me importo.

— e como está sendo? Digo, por causa da condição dele.

— pai, eu sei que você gosta de saber das coisas e se preocupa comigo, mas a gente só está ficando.

— desculpa, é que eu gosto quando você divide as coisas comigo. É importante pra mim, quando você confia no seu velho pai. — poxa, pai. Eu sei que posso confiar no senhor e agradeço, mas as vezes eu prefiro não dividir certas coisas.

— tudo bem...eu te entendo. Bom, se cuidem e não volte muito tarde.

— pode deixar.

Meu pai sempre foi uma pessoa muito próxima a mim, muito mais que minha mãe. Engraçado, mas diferente de muitos pais que eu conhecia, o meu, sempre se precupava em saber com quem eu ficava, onde eu ia e se eu estava realmente gostando daquele garoto. Acho que isso foi seu jeito de demostrar que não se importava com minha sexualidade. Um pouco também, um modo de aceitar o jeito que sou e me fazer ver que ele estava aqui, sempre disposto a me ouvir. Por mais que gostasse de conversar com ele e sempre que ficava com alguém fazia logo questão de conversar e dividir o que eu estava passando, dessa vez era diferente. Eu não sabia muito bem o porquê, mas eu não queria dividir o Léo com ninguém. Queria só pra mim os momentos que estávamos passando juntos e ninguém além da gente precisava saber, não por enquanto. O Léo era meu.

Minha mãe chegou, me deu um abraço e levou meu pai com ela pro quarto. Eu adorava ver os dois juntos. Adorava ver a intimidade deles e era tão engraçado como o meu pai caia aos pés dela quando ela chegava. Eu tinha orgulho do amor dos dois e da paciência que um tinha em saber esperar o outro. Os dois viviam na correria e quando se encontravam em casa, era como acender o paviu de uma dinamite. Era uma explosão de amor e carinho entre os dois. Isso me fazia muito feliz. Se meu pai aprontava escondido, ele fazia muito bem feito, pois minha mãe sempre dizia que nunca ouviu nenhum comentário sobre ele.

Terminei de me arrumar e o Léo me mandou uma mensagem dizendo que a aula estava acabando. Fui pra facul esperar por ele e meu coração parecia arder de tanta ansiedade. Saber que eu ira ver aqueles olhos de mel me fazia muito feliz.

Ele não estava lá fora, entrei e ele me esperava na frente da biblioteca. Estava conversando com um amigo e nos apresentou. Fabiano, uma rapaz simpático e parecia ser bem íntimo do Léo.

" bom passeio pra vocês, arrasou com o boy, heim Léo?"

Ele disse e se despediu da gente. Eu ri e o Léo balançou a cabeça.

— esse Fabiano é uma figura mesmo.

— hahaha, gostei dele.

— espera ele virar a rua. Se ele ouvir você falando isso é bem capaz de ir junto.

— haha, sério, eu achei ele bem legal.

— você está bem? — ele disse segurando minha mão.

— estou sim. Você que parece meio cansado.

— eu fiz fisioterapia hoje. Acha que fácil mater essas pernas grossas? — ele realmente tinha as pernas torneadas pra quem ficava numa cadeira.

— não que eu esteja admirando suas pernas, mas elas são bem grossinhas.

— hahaha, olha só você... pois é. Eu posso não sentir as pernas, mas sinto cansaço no resto do corpo. Porque me obrigo a malhar os braços também. Meu personal-fiso acaba comigo. — ele disse sorrindo.

— é bom pra você...

— sim, mas eu me cobro. Não quero ficar com as pernas finas por não usar; e me deixa mais sexy.

— hahaha, mereço? Vamos, antes que eu me derreto todo aqui.

— hahaha, vamos! Ah, empurra, por favor.

— aí, ta abusado heim?

Ele ria enquanto eu o empurrava até o carro. Peguei ele no colo e o sentei no banco. Ele foi se ajeitando, guardei a cadeira e dei partida. Ele tinha falado da lanchonete, mas mudei os planos. Passei deireto pela lanchonete e ele estranhou.

— ei, aonde vamos?

— por ai. Ta muito cheio lá.

— hum, ta com vergonha de te verem comigo? — ele disse.

— fala isso de novo e te deixo aqui no meio da rua. Aí vai ter que votar empurrando naquela subida.

— nossa, me maldade.

— vai brincando...

— UI, que perigo.

Olhei pra ele e começamos a rir. Ele era lindo demais, engraçado demais e sabia me deixar caidinho por ele. Enquanto eu dirigia, ele me contava como tinha sido seu dia. Adorava ouvir ele falando e tudo nele era tão sincero que não conseguia deixar de prestar atenção nele.

Parei o carro e ele franziu a testa.

— aqui também tem muita gente. Não estou entendendo. — ele disse.

— mas aqui ninguém conhece a gente.

— sério, eu to confuso. Se você não tem vergonha de que nos vejam juntos, porque não ficamos perto da facul?

— querido, eu quero ficar sozinho contigo, só isso. Quero conversar contigo sem nossos amigos em cima da gente dizendo o quanto somos fofos junto, isso e aquilo.

Quero te conhecer melhor. Não da pra fazer isso com nossos amigos perto. Cara, eu quero você só pra mim.

— hahaha, que egoísta.

— eu sou. Vamos descer?

— vamos.

Pedi uma pizza e enquanto esperávamos, ele quis saber o motivo de eu nunca ter perguntado sobre seu acidente. Fiquei na duvida em dizer que já sabia, mas falei a verdade. Falei que o Marcelo tinha contado e só não tinha tocado no assunto porque pensei que poderia deixar ele triste. Ele me olhou de um jeito, parecia que estava triste mas acabou desabafando.

— eu não aceitava, sabe. Ainda mais porque foi de um modo tão bobo. Mas parei de me torturar e aqui estou eu.

— aí está você...bonito, inteligente, coxas grossas e com uma cadeira veloz...

— hahaha... com você, bonito pacas, super bem humorado, abusado...

— epa! Abusado? Hahaha, ainda não viu nada. — ele parou de rir e segurou minha mão. Ele apertava forte e parecia procurar palavras pra me dizer alguma coisa.

— a gente precisa conversar.

— olha, eu não tenho pressa com a gente. Sério. Só quero que se acostume comigo sempre por perto. Quero te levar pra sair, quero que a gente se divirta e que tenhamos liberdade um com o outro pra falar qualquer coisa. — ele ficou pensativo.

— minha mãe ia te por no colo se te ouvisse falando assim.

— hahaha. Queria que você me pegasse n colo. — ele fez uma cara de safado e disfarçou quando a pizza chegou.

Lembrei que ele tinha dito que morava sozinho e perguntei se ele e mãe se davam bem. Ele explicou que eles sempre foram muito unidos, ainda mais depois da morte do pai dele. Ele tinha quinze anos quando o pai faleceu e a mãe se cobrava demais. Tinha medo de não corresponder as necessidades do filho e se tornou muito proterora. Depois do acidente, as coisas pioraram. Ela queria fazer tudo por ele, achando que o pouparia, mas ele não aceitava.

— eu posso até entender o lado dela, mas também entendo o seu em não querer ser tratado como se não pudesse fazer mais nada.

— Dih, ela me sufocava. Eu não conseguia sair de casa, atrasei minha faculdade e não aguentava mais aquilo. Temos uma casa de aluguel nos fundos e estava vazia. Um dia ela chegou do trabalho e eu já tinha levado todas as minhas coisas pra lá. Pedi ajuda do meu vizinho e me mudei.

— você foi bem radical. Mas foi melhor. Se tivesse falado antes, ela não iria concordar.

— não ia de jeito nenhum. Foi a melhor coisa que eu fiz. Conversei com o reitor e ele me ajudou. Eu tinha trancado a fácul e voltei a estudar. Ele comentou que a Luana ia deixar o serviço na biblioteca e perguntou se eu não queria assumir. Minha vida não é ruim, meu pai tinha a cabeça boa e conseguiu erguer um bom património. Minha mãe agora está pra aposentar e não quero que ela fica presa em mim. Sabe Dih, eu me sinto livre agora. Saio quando eu quiser e faço minhas coisas quando eu quero. Eu quero ser independente, quero lecionar, ter uma família, um dia, quem sabe.

— o que posso te dizer? Que te admiro por tudo isso. Você é o cara.

— eu sou o teu cara, agora!

— hahaha, meu cara.

A pizza chegou e tava uma delicia. Fiquei pensando em tudo que ele disse e caramba, ele me encantava cada vez mais. Difícil não se apaixonar por ele, não querer estar perto dele e eu queria tudo isso.

Quando terminamos, perguntei se ele já queria ir pra casa.

— quero sim. Amanhã trabalho cedo e to meio cansado.

— então vamos.

Fui direto pra casa dele e antes de parar o carro, ele tirou o controle do portão do bolso e apertou. O portão começou a abrir.

— entra direto. — ele disse sem olhar pra mim.

— você disse que estava cansado.

— e estou, mas não disse que você teria que ir pra casa.

— hummm, entendi.

Entrei com o carro como ele pediu e o ajudei a se sentar na cadeira. Estávamos na varanda e ele procurava as chaves da casa dentro da mochila. Ouvi passos e quando olhei pra trás, levei um susto. Era a mãe do Léo. Ela parecia preocupada e quando viu o Léo, suspirou aliviada.

— que susto, mãe.

— vocês que me assustaram. Nunca entra carro aqui aí de repente o portão abriu e vocês entraram.

— me desculpa, o Léo disse que podia entrar...

— tudo bem querido, não se preocupe. Você é o Dih?

— sim senhora. Muito prazer.

Ela veio até mim e me estendeu a mão.

— igualmente. Já ouvi falarem de você.

— coisas boas, espero.

— ótimas. Dih, fique a vontade. Vou dormir.

— obrigado, boa noite.

— boa noite, mãe.

Assim que ela saiu, ele perguntou se ela já tinha ido. Fui até o começo da rampa e ela acabara de sair no portão. Fiz sinal que sim e ele apertou o controle pra fechar. Ele abriu a porta e colocou a mochila sobre uma cadeira de balanço que tinha ao lado da porta.

— senta aqui. — ele disse.

— sentar onde?

— no meu colo.

— ta zuando, né?

— não! Senta de lado e segura meu pescoço.

Fiz como ele pediu e ainda bem a porta ser larga, ou não passaríamos. Estava tudo escuro, ele passou a mão na parede e acendeu a luz. Não sei de onde ele tirou forças, mas empurrou nós dois até o sofá.

— fique a vontade. Vou me trocar e já volto.

— ta bom.

Ele voltou uns dez minutos depois. Estava de shots e uma camisa regata branca. Os cabelos cacheados balançavam conforme ele empurrava a cadeira e seu riso tímido o deixava ainda mais lindo. Me levantei e fui a seu encontro. Ele parou a cadeira e me sentei em seu colo. Passei meus dedos por ele seu cabelo e brincava com seus cachos. Ele me abraçou e nos beijamos.

— abre aquele sofá pra gente?

— é sofá cama? — perguntei e ele riu.

— claro, sou um cara previnido. Geralmente eu durmo assistindo filme, então, que seja com conforto.

— ta certo. Vamos assistir o que?

— pode escolher.

Abri o sofá e fui escolher um filme. Tinha muitos e acabei pegando um filme pornô no meio daquele tanto de CDs. Não podia deixar barato e mostrei pra ele.

— vai esse. — disse rindo.

— hahaha, nem pensar. Guarda isso ai.

— mas tem um caras tão lindos.

— pior que são mesmo, mas vai por isso não. Que vergonha, me da isso ai!

— você me mata de rir.

— é né...escolhe outro aí.

Escolhi Anjos e Demónios. Eu adorava os livros do Dan Brown e ainda não tinha visto o filme. Coloquei no DVd e ele inventou que iria fazer pipoca. Disse que o ajudava e recebi muito educadamente um "não precisa, Dih" como resposta. Me sentei e fiquei olhando como ele fazia tudo rápido e notei que tido era adaptado pra que ele pudesse fazer tudo sem se machucar. O fagão era um cok top, era fixado num mármore perto da pia. A distância da pia e do fogão, era boa o suficiente pra caso ele derramasse água, não molhar a chama.

Enquanto a pipoca estourava, ele pegou refrigerante na geladeira e colocou sobre a mesa. Alcançou os copos e colocou junto ao refri. Veio até mim e abri minhas pernas pra que ele encostasse a cadeira.

— me leva pro sofá?

— claro. — dei um beijo nele antes e o peguei no colo.

Coloquei ele sentado e fui ajeitando um travesseiro em suas costas. Desliguei a pipoqueira e coloquei em um balde que ele disse estar dentro do armário. Lavei até uma mesinha o refrigerante, os copos e me aentei com ele. O filme estava começando e ele segurava a pipoca.

— senta direito, Dih. Coloca as pernas no sofá.

— ta bom.

Tirei o sapato e me sentei com as pernas esticadas. Ele chegou mais perto e colocou o balde no meu colo. Colocou a perna direita sobre a minha e se ajeitou no meu ombro. Tirei meu celular do bolso e liguei. Meu pai atendeu e eu disse que iria demorar.

— fala que você vai dormir aqui. — o Léo disse baixinho.

— quê? Tem certeza?

— uhum.

Meu pai me chamava e disse que iria dormir fora. Perguntou onde eu estava e falei que estava na casa do Léo. Ele disse que tudo bem e que era pra eu me comportar. Acabei rindo e o Léo queria saber o motivo..Disse e ele não parava de rir.

A pipoca tinha acabado e levei todas as coisas pra pia. Voltei e me sentei com ele.

Ele se aninhou no meu corpo e o abracei. Sentir seu cheiro era tão bom que a única coisa que eu queria, era sentir seu corpo no meu.

— vai no meu armário e pega uma manta pra gente. Tem short na gaveta. Tira essa roupa.

Voltei pra sala só de short e sem camisa. Ele me olhou de baixo até em cima.

— me senti pelado com você me olhando assim.

— eu gostei do que vi.

— eu não posso dizer o mesmo né?

— então me ajuda aqui.

Fiquei de joelhos no sofá e tirei sua regata. Ele era lindo demais.

— se eu tirar esse short, você tira o seu? — disse e ele deu risada.

— olha ai, vai começar o abuso.

— ah sim, olha o santo falando.

— bobo.

Ele ficou só de boxer e eu também. Nos cobrimos e ele ligou o ar. Confesso que não invadir a zona de conforto dele, estava me deixando doido, mas prometi não avançar o sinal. Ele apoiou a cabeça no meu peito e quando dei por mim, ele dormia. Ele respirava calmo e ajeitei ele melhor. Deitei também e o abracei. Ele se mexeu.

— Dih?

— fala.. to aqui.

— ah, que bom. Boa noite.

— durma bem, querido.

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Continua ...

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Comentários

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Amoo seu conto,Leo e Dih são muito lindos e fofos!!

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Eu juro q eu chorei lendo esse capítulo! My God... Como eles conseguem ser tão fofos...

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Que casal perfeito cara. Parabéns pelos capítulos e mais ainda pelo conto maravilhoso. Tô ansioso para ver a continuação!!! 👌👏👌👏👌👏👌👏👌👏👌👏

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