[Repost] O Lutador de Jiu-Jitsu 6

Um conto erótico de Jhoen Jhol
Categoria: Homossexual
Contém 4745 palavras
Data: 28/02/2016 15:38:42
Última revisão: 07/03/2016 09:39:05

Olá, definidos e indefinidos! Bem, como odeio esperar os autores sumidos aparecerem, consegui este conto e, portanto, pretendo repostá-lo! Assim como aconteceu com a pessoa que estava postando o conto do “Coelhinho & Cachorrão” (O namorado da minha amiga), e se não conheça ou não sabe da continuação está na minha conta. Caso o autor que está/estava postando este conto voltar (o Adam), apago a continuação e se der problema ele disponibiliza as partes que postei e continua ou ele deixa um comentário para resolvermos. (Se eu pudesse, visitaria todos os autores sumidos e continuaria as histórias...)

Observação 1: Não vou ficar corrigindo todos os erros de português e nem alterar a história, então não reclame! Pode dizer se tiver alguma parte repetida, estranha, pulada, etc.

Observação 2: NÃO ESTOU INVENTADO A CONTINUAÇÃO DESTA HISTÓRIA, OU SEJA, NÃO É MINHA VISÃO!

Os capítulos 1 a 5 estão neste link: http://www.casadoscontos.com.br/perfil/217787

OU busque por: Triele

Vamos ao conto!

ooooooOOOooooooo

No projeto que fiz para a academia, procurei métodos e técnicas que se aplicassem as seguintes dimensões: a flexibilidade; a Resistência Muscular Localizada (RML); a Velocidade e Potência; O equilíbrio; e a força, onde as massagens seriam direcionadas para cada dimensão em dias diferentes. Tipo, eu iria trabalhar na segunda a flexibilidade e a força; na quarta a velocidade e potência; e na sexta a resistência muscular e o equilíbrio. Várias técnicas eu iria usar... as principais seriam o TUI-NÁ, que é uma técnica de massagem que significa "amassar e puxar"... e o Shiatsu, que consiste em tocar nesses pontos de fluxo interrompido de energia e liberá-los.

Naquele momento eu não pensava em nenhuma técnica... somente uma... a de rapidamente correr até a porta e fugir o mais apressadamente possível... será que eu conseguiria? Pensei... olhando aquele homem imenso deitado na cama de massagens... estava deitado de costas, quase não cabia... podia notar cada músculo seu retesado... ele estava com uma perna flexionada... e de onde eu estava via apenas a sua coxa forte tensionada... vou quando respirei fundo, e fui me trocar.

Gabriel> Vou me vestir.

Como estava trancado ali, fiquei de costas pra ele e comecei a me despir... tirei o boné rezando pra meu cabelo parecer normal... tirei a camiseta e um arrepio percorreu minha espinha... depois tirei o jeans... pensei... qual cueca eu estou? Espero que não esteja furada... rs... mas estava com uma boxer branca, o que deixava minha bunda maior que o normal... sem me atrevi a virar pra ele... peguei a calça de malhar adidas preta com listras brancas do lado, uma camiseta branca. Vesti a camiseta... (tenho mania de vestir a camiseta e por ultimo a calça) depois pus a calça e por fim o avental. Guardando a roupa no armário, peguei um óleo de amêndoas amargas e pensei: perfeito pra esse grosso... e virei-me. Ele estava olhando fixamente pra mim, com aqueles olhos profundamente negros. Fui me aproximando e ele me seguindo com os olhos... então, ele ainda com a perna flexionada cheguei perto dele. Fechei os olhos, respirei fundo e tentando me acalmar, contei até cinco... abri os olhos e peguei a toalhinha que estava ali ao lado... chegou a hora.

Gabriel> Se quiser pode por a toalha no rosto... muitos dormem e preferem por no rosto para relaxar mais e ajudar a dormir... (estendi a toalha)

Ele riu sarcasticamente e pegou a toalha jogando-a num banco ao canto.

Guilherme> Como irei te julgar dormindo?

Pois é, tentei... então vamos que vamos... não tem porque protelar...

Gabriel> Ok, vou trabalhar a sua flexibilidade e força usando uma técnica que consiste em tencionar o tecido de seus músculos das pernas e dos braços, pressionando e estendendo o tecido para depois alongá-los...

Guilherme> Cala essa maldita boca e começa... não quero entender, quero ver o resultado... (exasperado)

Comecei a ficar com raiva daquele grosso... ele não estava me testando? Queria mostrar a ele que sabia o que estava fazendo.

Sem dizer uma única palavra eu peguei a perna flexionada dele e a estendi na cama, junto da outra, mas separando-as um pouco. Olhei para aquele corpo na minha frente e roguei a Deus para que eu me concentrasse apenas na massagem, porque, embora ele fosse horrível e me fizesse por vezes odiá-lo, aquele corpo não era de se ignorar, por mais que odiasse o bicho que residia dentro... Nossa! Aquelas pernas estendidas ali, fortes, musculosas com panturrilhas perfeitas (grossas com o tornozelo também grosso), o joelho grande (ele tinha uma cicatriz no direito) e subindo mais vi que naquele short tinha um volume absurdo... Deus, era impressionante... sabia que ele não estava excitado, mas era muito volumoso, fazia até um morro contrastando com a barriga reta, cheia de gominhos e um peito amplo, longo... nossa, SE CONSENTRA GABI... SE CONCENTRA.

Posicione-me na cabeceira da cama, na cabeça dele, e pinguei gotas de óleo no lado do entre o ombro e o pescoço. Minhas mãos tocaram seu pescoço e fui descendo seguindo as fibras até os ombros... lentamente mas com tenacidade... fazia movimentos oblíquos... meus cabelos estavam caídos sobre meu rosto (que bom, assim não poderia ver meu semblante naquele momento) e senti a pele do Guilherme quente... muito quente... seus músculos distendendo-se e a veia do pescoço pulsando aceleradamente...

Aproximei os polegares pressionando-os moderadamente para cima e para fora... alongando o tecido do pescoço. Subi para seu rosto, e tentando ignorar aqueles olhos fulminantes comecei a massagear a região da têmpora apenas, movimentando com um mão a cabeça para o lado direito e depois para o lado esquerdo... o peito dele arfava um pouco (o que é natural nestas massagens), mas quando estendi meus braços para o peito tocando-lhe os músculos senti os pelinhos que ele tem no corpo ficarem ouriçados... era lindo olhar ele assim... aqueles pelinhos levantando a medida que meus dedos percorriam o caminho da direção da fibra do músculo... ouriçava, meus dedos passavam ali derrubando-os para depois ele voltarem a se levantar... parecia um balé onde a música era meu toque... e a coreografia se desenvolvia mediante ele... era lindo ver aqueles pelinhos ralos negros na pele branca levantarem ao meu toque... senti-me poderoso na hora...

Comecei a caminhar pela lateral da cama e levantei um braço dele... pus em meu peito e senti o calor me invadir... lentamente apliquei a técnica do Shiatsu, procurando fazer o sangue fluir em seus braços... mas o que eu sentia era o meu ferver em minhas veias, queimando onde o seu braço me tocava... era sensorial o que estava presenciando ali... eu que aplicava a massagem naquele braços enormes, mas somente ao segurá-los e usar o meu corpo para apoiar, sentia muito mais tocado... massageado... terminantemente invadido...

Olhei para seu rosto e ele estava olhando fixamente para o teto com os lábios levemente comprimidos, como se estivesse reprimindo alguma coisa...

No sentido anti-horário, continuei percorrendo seu corpo... pus seu braço estendido ao lado do corpo e dediquei-me a lateral do tronco e da cintura, fazendo os mesmos movimentos do pescoço, num sistema músculo articular... fui descendo até as pernas e lá senti novamente os pelos ficarem ouriçados, só que desta vez a pele estava tão arrepiada que dificultou ao extremo a massagem, gerando um atrito entre a pele, os pelos e a ponta de meus dedos... precisei usar um pouco mais de óleo que o habitual... nunca havia visto alguém sentir arrepios na pele... geralmente ocorria nas costas, principalmente na parte do cervical e região lombar... mas o Guilherme estava tendo uma tortura nas pernas... senti ele suar um pouco e um grunhido pensei ter ouvido... olhei, mas ele continuava a mirar o teto com os lábios agora visivelmente pressionado. Desci com as mãos espalmadas pelos músculos da perna fazendo movimentos circulares na panturrilha... cheguei aos pés e toquei alguns pontos que sabia serem bons para ajudar na flexibilidade e força do corpo. Repeti na esquerda o que havia feito na perna direita e vi as mesmas reações de arrepio se repetirem agora com maior intensidade... eu mesmo estava quase enlouquecendo com o toque daquela pele... e fui subindo novamente, tentando evitar a pélvis, pois, embora normalmente fizesse parte do programa massagear aquela região, tive medo dele interpretar erroneamente... então, ignorando aquela região, subi pela barriga até o peito e o braço esquerdo, que, pus sobre meu corpo para apoiar a massagem...

Quando terminei o seu segundo braço, pedi para ele virar e ficar de bruços... o que fez numa rapidez impressionante para quem deveria estar relaxado através da massagem... ao se virar ele respirou profundamente e soltou um longo suspiro. Seu rosto estava pra fora da cama e pude então trabalhar em suas costas... parte que eu amo massagear.

Diferentemente de toda a frete de seu corpo, as costas não possuíam nenhum pelo... lisinhas... todas marcadas por músculos que estavam muito tensos... massageei com força, estava com os braços doendo de tanta força que ali pus... e ele começou a reagir a terapia ficando mais leve... eu estava começando a ficar louco com aquilo tudo... e sem querer comecei a ter uma ereção, pois me sentia atraído, febril ao ter aquele homem grande todo indefeso ao meu toque... aquele homem que quando comecei a tocar-lhe o que essa parte superior das cotas, perto do pescoço e ombro, começou a gemer... gemer de verdade... como se estivesse entregue a um prazer sem limites, deliciosos que fazia gemer com respiração entrecortada... fiquei extremamente maravilhado quando ele passou a corresponder a massagem daquela forma... positiva, ativa e muito, mas muito sensual... imaginava que ele estava mordendo os lábios, ouvia os gemidos meio que abafados... as costas subindo e descendo rapidamente devido a respiração dificultada... o que fazia-me não acreditar que estávamos tendo uma troca plena de energia numa química que raramente se presencia entre dois seres... no que sentia minhas mãos tremerem ao tocar aquele corpo, ao sentir aquele calor enlouquecido pelo que apenas pude identificar dentro de mim... puro desejo

Não estava em condições de continuar, pois sentia meu corpo todo mole... minha pulsação acelerada e uma vontade louca de virar aquele homem e cair em seus braços, morder o ombro e pedir para fazer amor comigo... amor não, sexo, puro, venal, quente, violento. Foi com grande dificuldade, fechando os olhos e tentando controlar a respiração que estava muito exaltada que tentei voltar a sanidade e continuar a massagem no Guilherme... procurando ignorar aquelas costas subirem e descer rapidamente, procurando ignorar aqueles gemidos roucos entre os lábios e a nuca arrepiada... fechei os olhos e busquei força onde não existia, mas tinha que voltar a concentração... respirei fundo mais uma vez e fui tratar-lhe da coluna.

Novamente aproximando-se os polegares pressionando-os moderadamente para cima e para fora (pressão oblíqua) entre os espaços interespinais e nos paravertebrais, procurei alongar a coluna... nesse momento ele começou a grunhir... e quando puxava a respiração, fazia sons de pequenos roncos... como se estivesse babando e o som que saia da boca se distorcia... é muito deliciosos massagear a coluna e receber essa massagem mais ainda... eu iniciei no alto das costas e fui descendo lentamente pressionando de leve e desobstruindo os “nós” que ali encontrei... pressionava, pressionava, pressionava e a cada pressão ele correspondia mais alto com um Ahh abafado... até que cheguei no cóxis. Ele soltou um profundo gemido e todo o seu corpo tremeu... também acontecia comigo quando sou massageado ali, pois toda a pressão da coluna neste local se encontra... e é como se a liberasse de um peso enorme. Detive-me nesta região e senti que ele estava completamente perdido ao meu toque que emitia sons agora quase que suplicantes.

Olhei aquela bunda durinha, e não me atrevi em tocá-la, pois temia a sua reação... desci para as pernas onde pude perceber que ele simplesmente tinha maior sensibilidade. Coloquei minhas mãos em concha e fui tocando a parte interna de suas coxas... lá estava tão quente, os músculos tão tensionados que quando apertei eles ficaram vermelhos na hora, enquanto o Guilherme passou a esticar os pés, similar ao que fazemos quando espreguiçamos ao acordar... olhei-os e vi ele retesando-os... deveria esta sentindo uma corrente elétrica fora do comum, pois ele permaneceu bom tempo nesta posição... como que quisesse controlar uma explosão muscular... nossa era tão excitante ver ele daquela... respondendo a cada toque... a cada movimento... seu corpo trepidar, tencionar e depois relaxar como se tivesse passado por um orgasmo... sim um orgasmo... um espasmo violento para de pois relaxar... era isso via ele sentir... em cada parte de seu corpo.

Deus, estava sendo uma tortura... pra nos dois... eu não conseguia parar de desejá-lo, e olha que isso nunca havia acontecido comigo... já massageei vários homens, com corpos bonitos e nada... mas com ele estava sendo totalmente diferente... cada toque que eu dava, cada movimento que fazia me sentia se correspondido com prazer... não era um corpo inerte que ali estava, como um boneco, uma massa de modelar (que comumente sinto ser quando massageio)... era um homem viril, forte, desejável, tendo sensações prazerosas e que eu reagia fortemente a estas sensações... fui até a outra perna para concluir a massagem quando, ao fazer as mãos em concha e repetir o que havia feito na outra coxa ele soltou um gemido e gritou...

Guilherme> NÃO! CHEGA! (respirando profundamente, repetiu quase num sussurro) chega...

Assustado com a sua reação, protestei ainda...

Gabriel> Mas eu ainda não terminei... ainda falta...

Ele levantou um pouco o tronco e olhou para traz... seu rosto estava avermelhado, os lábios entreabertos e os olhos numa profundez impressionante...

Guilherme> Já deu... chega! (e voltando a ficar totalmente deitado falou) - Pode sair!

Gabriel> Tem certeza? Você não quer se levantar para eu te alongar... é sempre bom fazer alongamento.

Guilherme> Eu não vou me levantar enquanto você não sair daqui guri... saia... já provou ser um bom massagista... agora só me deixe sozinho.

Gabriel> Certo, se prefere assim (respondi desapontado) vou só me trocar.

Guilherme> Pegue sua maldita roupa e se troque na puta que o PARIU (gritou) SAIA A-GO-RA!

Tremendo, recolhi a roupa no armário, nem pus na bolsa e corri para a porta, com as mãos tremulas tentando abrir a maldita, mas sem sucesso até que, intermináveis segundos, consegui e sai dando uma última olhada para aquele monstro que voltou a vociferar.

Parei para respirar fora da sala de massagem, tentando compreender o que havia acontecido lá. Passei uns 10 minutos sentado sem reação, só tentando normalizar a batia do coração. Olhei do lado e percebi tudo escuro e vazio... resolvi trocar-me ali mesmo, por trás de uns aparelhos altos... estava muito assustado e tremia muito! Como estava todo suado, retirei toda a roupa, inclusive a cueca e procurei uma toalha na bolsa, pois precisava urgentemente de um banho... estava ainda nu, procurando uma toalha quando senti alguém por trás de mim... e de costas mesmo olhei para trás e quase desmaiei... era o Guilherme... que me observava no escuro.

Foi quando ele venceu nossa distância como que quase corresse, descontrolado... o que me deixou em total desespero, pois não sabia se ele queria me matar ou me estuprar... foi quando, agarrei a camisa, tentando me cobrir me encolhendo balbuciei:

Gabriel> Eu sou de menor!

Ele parou a poucos metros, confuso e me olhando fixamente, fechou os olhos, respirou fundo... parecia uma eternidade enquanto ele permanecia de olhos fechados... praguejou umas coisas inteligíveis e abriu-os... e me estendeu algo... foi quando olhei e vi... era a toalha.

Guilherme> Tome um banho (sua voz estava extremamente grave) daqui a pouco iremos abrir (como eu estava sem reação, ele pegou a toalha e cobriu-me o corpo, passando-a pela minha cintura)... quero apresentá-lo aos meus outros funcionários, os professores... (quando terminou, deu meia volta e saiu rumo ao escritório dele) apresse-se!

Simplesmente eu não conseguia entender aquele cara... ele, na maioria das vezes se mostrou um rude, extremamente mal e preconceituoso comigo, me humilhando ao extremo, sempre muito bruto e grosso comigo, mas em dois outros momentos ele foi magnífico, dedicado, quase que cuidando de mim, como quando limpou minha boca suja e agora, quando delicadamente me cobriu com a toalha, percebendo que eu estava totalmente indefeso. Pareciam dois homens num só! E eu estava ficando envolvido com aquela personalidade forte... não vou dizer me apaixonando... pois morria de medo, vergonha entre outras coisas, mas com certeza, estava muito atraído... e era só ele estar ali que sentia vontade de que ele me pusesse numa cama e fosse o primeiro homem de minha vida, bruto e doce, amo mesmo tempo...

Sem outra alternativa, dirigi-me ao vestiário e tomei um banho rápido... pois não queria mais confrontá-lo... vesti a farda mesmo da academia, que era uma calça tactel caqui e uma camiseta verde oliva, com o nome ATLANTIS gravado no peito e nas costas apenas o Your Song. Quando sai do vestiário estava já tudo iluminado, o Guilherme tinha trocado de roupa (pelos cabelos molhados ele havia tomado banho (no escritório dele tem um banheiro). Ele olhou-me e fez um sinal para que eu me aproximasse.

Guilherme> Gabriel é o seguinte... sua função é fazer massagens nos professores e nos competidores em momento de campeonato... (assenti balançando a cabeça positivamente) como eles também são atletas e estão ativamente em competições... por isso, precisam estar sem nenhuma distensão durante todo o processo, pois é muito bom estar ajudando os jovens a procurarem um novo esporte, mas temos que pensar que esses atletas não podem ter lesões que prejudiquem a vida esportiva deles, fora desta academia, por isso você é importante... (e olhou fixamente pra mim, para certificar-se de que entendi o que eu já sabia) olhe, você... embora seja quem é (falou um pouco com desdém) é um excelente massagista... realmente não conheci ainda um tão bom, como sua mãe havia me dito... então tenho uma proposta... normalmente nos fins de semana há viagens para estes atletas competirem, e esporadicamente eu vou.

Aonde ele queria chegar?

Guilherme> Quero que você me acompanhe com estes atletas... aliás, você só irá quando eu for.

Gabriel> Mas eu estudo.

Guilherme> Só será nos fins de semana e alguns... quando eu for... você receberá extra por este serviço.

Fiquei pesando se existia um pesadelo maior que aquele? Já não bastava ficar três dias na semana perto dele, imagina viajar.

Gabriel> Eu não sei, tenho que ver com minha mãe (já imaginava pedindo a mainha pra dar uma desculpa a ele, pra eu não ir).

Guilherme> Eu me entendo com sua mãe... ela vai aceitar... mas tem outra imposição minha, e essa é pra agora.

Fiquei desconfiado... o que será que ele ainda queria de mim?

Gabriel> O que seria, Guilherme? (perguntei desconfiado).

Guilherme> Você não precisa... como posso dizer (ele estava procurando palavras, coçando o queixo) não precisa se dedicar tanto na massagem como fez agora comigo... faça o básico.

Gabriel> Mas, como assim o básico... eu fiz apenas o que me propus... estava completando o programa.

Guilherme> Não me entenda mal... eu apenas quero que você faça o simples... além do mais, não terá tempo para se dedicar a cada um dos atletas, senão vai passar o dia todo.

Ele de certa forma tinha razão, mas eu estava achando estranho aquele pedido.

Gabriel> Mas pode prejudicar a reabilitação do músculo.

Ele pegou meu pulso e apertou fortemente... começou a doer imediatamente.

Guilherme> Você vai fazer o que eu estou mandando... (falou entre os dentes) é assim que eu quero e pronto!

Gabriel> Aaai, tá me machucando.

Ele aliviou a pressão nos punhos e olhou-me profundamente nos olhos e fez um pedido inesperado.

Guilherme> Prometa sempre fazer o que te peço (falou mais suavemente, como se tivesse dizendo a uma criança), promete?

Gabriel> Sim! (não consegui dizer outra coisa, realmente aquilo foi tão inesperado)

Ele sorriu, e foi a primeira vez que vi o seu sorriso. Ele tinha um sorriso bonito, mesmo naquela cara de mal... depois soltou meus pulsos e olhou-os... por um breve momento eu pensei que vi um olhar arrependido, mas foi muito rápido, ele volta a seu semblante característico.

Guilherme> Certo! Vou cobrar!

Naquele momento ouvimos vozes ao longe, e a porta da academia ser aberta para dois homens e uma mulher entrarem numa conversa muito animada... eram os professores.

Na academia teríamos cinco professores, o Guilherme (óbvio), a Flávia, o Samir, o Alysson e o Bruno. Naquele primeiro dia, o Alysson não iria trabalhar, pois somente haveria aulas de boxe nas quartas e quinta-feira. Portanto naquele dia eu apenas conheci os demais. O Samir era gente boa, ele tinha aparência de árabe, era moreno, tinha as sobrancelhas unidas parecendo um homem de Neandertal e era baixinho entruncado, e tinha atitude irrequieta, constantemente. A Flávia era uma mulher alta, tipo Laura Croft, rosto quadrado, lábios carnudos, mas sendo branquinha cheia de sardas... além de ser muito musculosa. Como o Alysson só conheci depois, falo dele mais tarde... o Bruno era o único que não tive, de início, nem afinidade nem repulsa, aliás, não consegui formular opinião, pois era o mais enigmático... era moreno (quase negro) alto e forte... um pouco mais baixo que o Guilherme, mas muito pouco. Tinha cabeça raspada um cavanhaque preto e os braços todos tatuados. Me incomodou um pouco a forma como ele me olhava. De todos, eu gostei de cara da Flavia e do Samir.

Samir> E aí bicudo? Beleza? (cumprimentou o Guilherme, bicudo? rs).

Guilherme apenas balançou a cabeça... a Flávia veio e deu um beijo no rosto do Guilherme que cumprimentou-a retribuindo o beijo... já o Bruno deu um abraço batendo forte nas costas do amigo... vi que eram bem amigos, pois o Guilherme que sempre é sério abriu um sorriso espontâneo.

Guilherme> Flávia este é o Gabriel... nosso massoterapeuta...

Flávia> Tão novinho assim? (e sorrindo deu-me um abraço que provavelmente quebrei duas costelas) como pode ser? Ah, desculpe... tudo bem?

Gabriel> Tudo bem sim... (estava um pouco ancioso) tenho 16 anos e faço 17 daqui a três meses... (fui interrompido)

Guilherme> Gabriel estes são o Bruno e o Samir...

Samir> Beleza mano... cara esse cabelo é natural mesmo... nunca vi um cara tão louro... rs (desatou a rir). Antes que eu falasse...

Guilherme> O Samir é professor de judô... embora seja um tampinha (o Samir olhou feio pra ele, dando um murrinho no braço do Guilherme que se esquivou divertido), mas ele derruba quem quiser no chão... o cara é um fera! (Samir tava visivelmente envergonhado)

Gabriel> Só não me derrube, hein?! (rimos)

Guilherme> A Flavia, vai dar aula de Muay Thai junto comigo, pois somos responsáveis pela luta livre da academia... aliás a Flávia é minha prima.

Flávia> Se quiser te ensino a dar uns chutes que vai desarmar muiiita gente... (falou piscando o olho pra mim).

Pensei em quem eu queria dar uns chutes e fiquei repentinamente feliz. O Guilherme olhou minha cara de felicidade e deve ter imaginado quem seria meu alvo.

Guilherme> O Bruno será professor de Jiu Jitsu... ele é nosso campeão aqui... vai competir no Brasileiro e vai precisar muito de sua ajuda... (olhou para mim apertando os lábios como que quisesse que não fosse verdade o que havia dito).

Bruno> Pode ter certeza... vou te dar um trabalhão, cara! Adoro massagem e preciso muito dela para evitar as lesões... portanto... quero que fique se vicie em me massagear, ok... cole em mim garoto.

Gabriel> Farei o possível (INTERROMPIDO!!!!!!)

Guilherme> Ok, já está todo mundo apresentado, vamos organizar pra abrir a academia, pois já são quase 1 da tarde e os alunos chegarão... vocês sabem o que fazer. Flávia, onde está a Amanda (menina que fica na recepção), ela está atrasada... ligue pra ela... Samir vá olhar os equipamentos para as aulas que teremos hoje... Bruno ligue para os dois instrutores de musculação, onde estão eles?

Todos começaram a entreolharem-se, como se dissesse: pronto, o verdadeiro Guilherme apareceu.

Guilherme> Vocês terão 30 minutos pra organizar isso tudo... eu sairei agora e voltarei neste tempo para abrir a academia... vamos... (vamos quem?)

Enquanto todos entreolharam-se e ele encaminhou-se para a saída. Depois parou, e exasperado retornou me pegou pelo braço e quase me arrastou para fora da academia... agora sei o para quem era o vamos.

Enquanto era arrastado pra fora da academia fiquei pensando no que teria pela frente... um árabe tipo tio legal... uma bonitona forte, decidida e pouco consciente de sua beleza... um enigmático lutador que me parecia ser muito vaidoso, mas não tinha como saber no momento e um homem das cavernas... totalmente imprevisível ora amigável, hora (99% do tempo) um filho de uma mãe ignorante, o meu patrão que no momento me arrastava feito um trapo pelo colégio até o estacionamento no que pega um chaveiro, aciona o destrave de um carro grande, estilo Jeep... era um Troller preto. Ele abriu a porta e me jogou lá dentro... digo jogou porque mal subi e cai pra frente no banco de passageiro... que ódio! Ele deu meia volta, entrou no carro, fechou a porta e disse já ligando o carro...

Guilherme> Põem o sinto!

Mal sentei no carro e ele arrancou em disparada, enquanto assustado tentava pôr o sinto de segurança. A direção do Guilherme era ofensiva... nas curvas eu tentava o tempo toda me ajeitar no banco... sempre era jogado era em cima da porta, ora no braço do Guilherme... ora pra frente, sendo segurado pelo sinto... nossa, parecia um rali... e eu era o co-piloto mais joão bobo do mundo.

Gabriel> Para onde estamos indo? (perguntei antes de esbarrar novamente no braço dele).

Guilherme> Fica quieto aí!

Passamos todos os sinais amarelos em alta velocidade.

Gabriel> Vai mais devagar...

Guilherme> Tá com medo, mocinha? (falou com desdém).

Depois daquela fiquei na minha, tentando permanecer o mais colado possível no banco do carro... contudo percebi que ele diminuiu um pouco o ritmo... passei a olhar pra janela imaginando mil coisas... fui sequestrado? Será que ele ia me jogar no rio Capibaribe? Ou me levar o mais longe possível da escola pra que eu não pudesse trabalhar... ou ainda... me jogar aos tubarões de boa viagem... Jesus, eu já estava delirando estilo Jú.

Mas antes que eu entrasse em paranoia completa, Guilherme diminuiu a velocidade do carro, e entrou em um estacionamento que só percebi onde era quando ele, já havia descido do carro, dando a volta e abria minha porta dizendo:

Guilherme> Desce!

Foi aí que eu vi onde estava... Porcão. Olhei interrogativo...

Guilherme> não almoçamos, embora você tenha comigo o estoque da cantina, foi umas 10 da manhã e eu estou morrendo de fome... acredito que você também... (afirmei balançando a cabeça timidamente)

E caminhando, continuou...

Guilherme> Como vi que você como feito um animal... o trouxe para o lugar onde pode se matar de comer (e apontando para o letreiro, completou) afinal, é sua raça escrita ali... (falou rindo cinicamente)

Não sei como consegui olhar para ele depois daquilo... era muita humilhação... eu não queria almoçar com aquele imbecil... estava com o estomago virado. Me deu uma raiva quando me chamou de porco... porco era o jeito que ele me pegava... me arrastando com ele... porca era a forma como ele dirigia o carro... porca eram as palavras que ele me dirigia naquele momento... porco era... meu Deus o que era aquilo... que mesa era aquela... quanto camarão... ai, ai ai... eu AMOOOOO MEUS PARENTES... RS

Meus olhos brilhavam muito... parecia um moleque numa cama de bolinhas de chocolate... sentamos e ante que eu dissesse alguma coisa, já que meu olhar estava direcionado a mesa enorme, o Guilherme me fitava divertido... ele resolveu que iríamos comer rodízio, pois é mais rápido e disse... fiz bico porque queria ir me servir na mesa de frios, mas ele sentenciou como seria e eu não iria discutir... aliás, não tinha nem coragem... contudo, 40 segundos depois chegou o primeiro espeto do rodízio com aquela carne suculenta ali o que me fez ficar imediatamente feliz... esqueci os frios, os camarões e cai de boca na carne... comia feito um mouro... era a única coisa da qual não tinha vergonha... sempre comi muito...

Guilherme> Não sei como consegue ter este corpo... deveria ser obeso...

De boca cheia, falei sem me importar, entretido com a comida...

Gabriel> Tenho metabolismo muito rápido e se não comer muito fico só o coro e o osso... sim aceito a maminha... dois pedaços por favor (o garçom riu e o Guilherme também, recusando a carne).

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Comentários

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Cara vc mandou muito bem em posta a continuacao ja que o outro guri sumio estou amando

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Olha , eu tenho realmente q te agradecer por isso , eu amei o conto de primeira e fiquei chateado pq o cara q postava sumiu , mas vc trouxe a luz hahahaha valeu e um grande abraço.

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Eu acho que nunca te agradeci por ter continuado a postar o conto "O namorado da minha amiga". Definitivamente foi uma das histórias mais legais que li. E recomendo a leitura àqueles que não conhecem.

É válido dizer que tanto "O Lutador de Jiu-Jitsu" quanto "O namorado da minha amiga" foram escritos em comunidades do Orkut. O que pode levar a algum tipo de estranhamento quanto a forma em que foram escritos, principalmente este último, que é narrado como que em um diário. As propostas também são diferentes. E ainda que ache "O Lutador de Jiu-Jitsu" um conto muito bom, tenho que alertar que ele é muuuuuuuuuuuuuuuito longo e que não tem fim, o autor abandonou a escrita creio que por questões da privacidade do casal. É meio frustrante saber disso, eu sei. Mas é melhor e o mais honesto eu compartilhar essa informação. Só espero que não seja um desestímulo, porque a narrativa é excelente. Abraço

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Vem aqui quero te dar um abraço e um bj por estar fazendo isso, já tinha perdido as esperanças desse conto. Abraços e bjs 😄 😘 PS: Se quiser enviar o conto pra mim eu aceito também kkkkk.

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Uluuuuuuuuuuuuuuuuuu pensei que só o Adam tivesse todos capítulos! Continua postando!

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Luk Bittencourt, não é minha visão e sim a continuação real! Não tenho tempo e nem criatividade para criar a continuação da história. kkkk

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