Dangerously In Love, II.

Um conto erótico de Maiki
Categoria: Homossexual
Contém 2389 palavras
Data: 04/02/2016 00:01:11

Durante o café eu sempre fico o olhando, procuram os seus pensamentos, tentando, sem sucesso ler seus pensamentos e parecia que ele fazia o mesmo, ele me olha e eu já sabia muito bem o porque, ele me acha feio e meio estranho, pelo menos e o que eu acho, também com essa droga de cabelo, e essa droga de óculos, as únicas coisas que eu acho bonitas em mim são meus olhos, e um sinal que eu tenho na nádega direita, parece uma rosa (na verdade e uma rosa), eu tentei ao máximo evitar de olhar pra ele, mais pra mim e mais difícil do que parece, ele sempre foi tão lindo, tudo nele fica lindo, ate a droga dos meus óculos. Lembro de uma vez que eu disse que ele ficaria parecendo uma bunda de óculos se ele usasse, engano meu, ele ficou ainda mais bonito, e eu disse isso e fiquei com uma raiva de mim e dele que comecei a chorar e ele riu e em abraçou, fico pensando nesse momento e começo a rir, as coisas eram mais fácies naquele tempo, eu ainda tinha onze anos:

Matt- ta rindo de que Darren? – quando ele falou meu nome, senti como se uma faca tivesse perfurado meu coração.

Eu- nada, eu só lembrei quando disse que você iria parecer uma bunda de óculos – falei e ele começou a rir, mas eu já não via mais graça, ele me chamou de Darren, a um mês atrás ele ainda me chamava de amor e agora...

Matt- mas você lembra que disse que eu fiquei mais bonito, e você acabou chorando – ele riu mais um pouco – sinto falta daquela época.

Eu- eu sinto muito mais que você, amo... Matt – falei meio triste, com um pesar na voz.

Matt- mudando de assunto, ontem eu e a Ashley, cara, nos transamos pra caramba, ela ficava pulando e...

Naquele momento foi a gota d’água, me levantei e fui pro nosso quarto, procurei no meu guarda roupas, botei uma calça rapidinho e uma camisa de manga longa do Metallica e fui saindo pela porta, mas antes que eu conseguisse sair encontrei com ele no corredor:

Matt- hei, o que foi? Pra onde vai?

Eu- vou sair, não ta vendo?!

Matt- por que? E pra onde? E por que ta tão bravo?

Eu- primeiro, não te interessa, segundo, não te interessa, terceiro, vê se acho outro imbecil pra ouvir historias de como você come aquela vaca de quatro, ta legal?

Matt- por que ta assim? Ta com ciúmes?

Eu- VAI SE FERRA, IDIOTA.

Falei quase passando por cima dele, andei pra porta e bati com toda força que eu tinha, já tava cansado, queria ser diferente, igual ao Matt, odeio isso, essa droga de “beleza delicada”, todos me acham frágil, e a droga desses óculos, essa droga de cabelo. Sai pela minha rua chutando tudo que eu via pela frente, chutei latas, latas de lixo, pedras, montes de folhas, quase que eu dou um chute num gato, mas não dei, ele não tem culpa, fui pro único lugar que me deixa calmo. Havia um parque, não muito distante da minha casa, lá avia um campo, um pouco escondido, repleto de flores, e de grama bem verdinha, aquele local me trazia um paz imensa, eu o Matt costumávamos vir aqui todo fim de semana, ficávamos a tarde todo brincando, ou deitados na grama descansando em baixo da sombra de uma macieira, esse era nosso lugar especial, mais a parte que eu achava mais linda era uma roseira que tinha no centro do lugar, tinham lindas rosas vermelhas como sangue em cima da neve. Me aproximei da roseira e fiquei surpreso, entre muitas das rosas vermelhas, um botão de uma rosa branca, lutando pra ganhar seu especo no meio e tantas outras rosas iguais, essa rosa... sou eu, a única rosa diferente no meio de tantas iguais, fiquei hipnotizado com ela, mas ela ainda não tinha desabrochado, e provavelmente, eu também não tinha:

- ela e diferente, mas mesmo assim bela, tão bela quanto as outras, todas iguais – falou uma voz inteiramente nova.

Me virei e dei de cara com um garoto, fiquei em choque, como ele e lindo, tinha olhos castanhos, era um pouco mais alto que eu, seu corpo, ao que parece era definido, ele com certeza e lindo

Eu- tem razão, ela e única, pode parecer fraca e delicada, mas tem seus espinho que a torna forte, força essa que as vezes ignoramos, a beleza ate nisso, desde suas pétalas mais brilhantes ate o ultimo espinho, a beleza em tudo que se pode imaginar, pena que temos uma mente tão pequena a ponto de ver apenas o que esta por fora.

- você tem razão, mas, não sei ao certo se esta falando da rosa, ou, se esta falando de você.

Eu dei um sorriso de canto:

Eu- acho que somos iguais, temos nossa aparência frágil, mas também temos nossos espinhos pra nos proteger.

- meu nome e Ian.

Eu- sou Darren, e um prazer – falei estendendo a mão.

Ian- o prazer e meu – falou pegando minha mão e beijando, senti um choque invadir meu corpo – seu nome e lindo.

Eu- eu acho meio incomum, vai ver e por isso que sou diferente.

Ian- não, você e diferente porque você nasceu pra ser único, você e diferente porque nasceu especial, você e diferente porque não existe ninguém igual, por mais que queiram imitar uma pessoa jamais vai conseguir se modificar completamente, sempre vai haver uma coisa que o diferencie dos outros, todos somos diferentes, mas sempre vai haver algum que se destaque no meio da multidão, a única rosa branca no meio de um mar de rosas vermelhas.

Naquele momento lembrei do Matt, fiquei meio triste:

Ian- você não parece bem, conheço esse olhar – continue com o mesmo olhar, mas olhei nos olhos do Ian, e ele olhou pra mim, parecia que estava lendo minha mente, entrando fundo na minha alma, tão fundo que nem mesmo eu me atrevia a ir ate lá – você o ama de verdade?

Por um momento arregalei meus olhos, olhei pra ele tanta, e posso jura que consegui, ler sua mente, cara eu tenho que para da fazer isso, ate parece que vai rola de acontecer, logo depois voltei a ser o mesmo, me sentei calmamente na grama e ele me acompanhou:

Eu- sim, amo mas... não deveria.

Ian- não se manda no coração, por mais controle de si mesmo se tenha, nele ninguém manda.

Eu- pode ser, mas eu não devia ama-lo, e errado.

Ian- você não parece estar preocupado com o fato de ser gay, então o motivo e outro, que me dizer qual.

Eu- não posso – falei olhando pra roseira, lembrando do rosto do Matt – não posso falar porque não te conheço, e nem se conhecesse acho que falaria – olhei pra ele de novo – as pessoas não acha isso natural, já seria bem difícil ser aceito gay, mas o outro motivo, seria como se pedisse pra sentirem nojo de mim.

Ian- talvez, você tem irmãos?

Bem aquela pergunta me pareceu meio fora que hora, tipo, com o assunto anterior não tinha nada haver:

Eu- tenho um irmão, Matheow – quando falei o nome dele fiquei ao mesmo tempo feliz e triste, mas foi o bastante pra me fazer abri um pequeno e rápido sorriso.

Ian- não tem problema, como já disse, não se manda no coração, mas, você o ama? Ama de verdade seu irmão?

Aquilo me fez ficar realmente assustado:

Eu- como...

Ian- e só olha pro seu rosto, só de falar o nome dele você ficou feliz, e triste.

Eu- você parece me conhecer tão bem.

Ian- e um dom, ou talvez uma maldição, depende de como se vê.

Eu- eu o amo, mas... ele não, as vezes queria ter um coração de pedra, só para não amar ninguém, o amor dói de mais.

Ian- e, o amor dói, mas também e belo, se não existisse amor não haveria porque viver, todos os outro sentimentos vem apenas de um, que e o amor, o amor e a origem de tudo.

Eu comecei a chorar, a anos venho segurando essas lagrimas, e agora deixei elas saírem na frente de um completo estranho, que me entendia como ninguém jamais entenderia, senti seus braços envolvendo meu corpo, me encolhi pra ficar mais confortável. Ficamos abraçados por mais ou menos dez minutos, eu me separei dele, já estava me sentido renovado, como se tivesse força pra lutar de novo:

Ian- ficamos mais fortes depois de chorar um pouco – ele parecia ler minha mente.

Eu- e, verdade – olhei ao redor já era tarde, devia ser quase meio dia – já tenho que ir.

Ian- te acompanho.

Eu- olha, não precisa.

Ian- pelo contrario, e mais do que preciso.

Eu- tudo bem, então vamos.

Fomos conversando pelo caminho, ele não era do Brasil, na verdade ele nasceu no Brasil mas passou a infância e a adolescência em Londres, apesar disso falar o português muito bem, ele me disse que ainda não conseguia entender as gírias, não posso culpa-lo, as vezes nem eu entendo, assim chegamos na minha casa:

Eu- onde você mora?

Ian- eu me mudei pra casa ao lado a uma semana.

Eu- você e meu vizinho? – falei meio chocado.

Ian- sim, só que nunca tinha te visto sair.

Eu- não sou muito de sair, prefiro ficar em casa assistir um filme, ler um livro, isso faz mais meu estilo.

Ian- o meu também.

Eu- bem, eu vou entra, ate mais tarde – estendi minha mão e ele novamente a beijou.

Ian- ate logo.

Eu entrei e fiquei olhando ele ir embora pela janela, assim ele sumiu da minha vista, quando me virei dei de cara com o Matt:

Eu- AI, caralho que susto, você não pode chegar assim por trás seu louco.

Matt- quem e aquele idiota.

Eu- que idiota? – falei erguendo a sobrancelha.

Matt- aquele que beijou sua mão.

Eu- dobre sua língua pra fala assim do Ian.

Matt- que esse? Nunca te vi com ele antes.

Eu- porque o interesse? Ta com ciúme?

Matt- não seja idiota florzinha, e você pode para com essa viadage ta me ouvindo?

Não acredito que ele falou aquilo, meus olhos se encheram de lagrimas, e dei as costas pra ele e fui andando pro quarto, me joguei na cama com raiva, e com uma dor no coração:

Matt- Darren me desculpa – ele disse se aproximando.

Eu- quem e você?! – perguntei em meio as lagrimas.

Matt- como assim?

Eu- você mudou, e não foi pra melhor, eu já nem te reconheço mais.

Matt- sou o mesmo de antes.

Eu- não e não, você nunca faria nada pra me magoar, não faria, não antes.

Dei as costas pra ele, não posso olhar na sua cara, não agora:

Matt- por favor amor, me desculpa.

Era a primeira vez em uma semana que ele me chamava de amor, eu virei pra ele, olhei no fundo dos seus olhos e ele entendeu, eu o abracei como a muito tempo não fazia, eu já não aguentava mais tanta coisa na minha mente, e nem no meu coração, eu estava com a cabeça no ombro dele, ele estava tão perto, não iria conseguir aguentar mais,fui me esticando bem devagar, com dei por mim já tinha beijado ele, primeiro ele se entregou mas logo depois parecia que a lucidez tinha acertado em cheio sua cabeça e ele se afastou:

Matt- que droga foi essa.

Eu- nada – eu não tinha resposta, eu mesmo não acreditava no que tinha feito.

Matt- fala, que droga foi essa.

Eu- não foi nada, me desculpa, foi o momento, fiquei meio carente – não existe desculpa mais esfarrapada que essa.

Matt- tudo bem, vem, as garotas já devem estar vindo – ele falou saindo do quarto, mesmo assim pude ver claramente ele limpando a boca.

Tinha esquecido que iríamos ao cinema, eu, ele, a Ashley 3:( e a Janine :/ (Janine e minha futura ex namorada), fique deitado na cama pensado.

Já No Cinema.

Estávamos vendo um filme meio chato, mas tinha algumas cenas meio quentes, e nessas cenas, normalmente as garotas querem beijos, Ashley se agarrava com o Matt com se ele fosse um osso (já que eu acho ela uma cadela), Janine ate tentava mas eu não queria, uma hora depois o filme acabou e Ashley e aquele babaca ainda estavam se agarrando, Janine tentou me beijar de novo e eu virei o rosto:

Janine- o que foi?

Eu- Janine, não sei como disser isso de forma delicada.

Janine- o que?

Eu- não ta dando certo, acho melhor a gente termina.

Ela começou a chorar, eu realmente queria que isso não tivesse que acontecer:

Janine- porque? O que eu fiz de errado?

Eu- não e você, sou eu, Janine, não torne as coisas piores.

Ela me deu um tapa, forte o bastante pra Ashley e o babaca pararem de se agarra, ela saiu com os olhos cheios de lagrimas, não queria que aquilo acontecesse, Janine e uma garota incrível, mas infelizmente eu não a amo. Matt e Ashley vieram correndo ver o que tinha acontecido:

Matt- o que foi aquilo?

Eu- a gente terminou.

Ashley- porque?

Eu- eu não a amo, ela tem que achar alguém que sinta isso de verdade e presa a mim ela nunca iria tentar.

Ashley- quer dizer que e assim, você transou tanto com ela que já se cansou, você mesmo um idiota.

O Matt não falava nada, parecia que a apoiava, e ela como sempre ficava com aquele nariz empinado tendo plena certeza que estava certa, era típico dessa cadela:

Eu- eu não sou do tipo que usa e joga fora, nunca iria permitir que ela se entregasse sem ter certeza do que senti.

Matt- como assim?

Eu- quer dizer que eu e a Janine nunca transamos, eu nunca a permiti fazer isso, pensei que poderia aprender a ama-la mas não deu certo, mas ao menos por esse lado minha consciência esta tranquila, agente nunca transou Ashley, nunca.

Falei deixando aqueles dois idiotas sozinhos:

Eu- mas vocês dois parecem que foram feitos um para o outro, vocês realmente se merecem – falei olhando pros dois, Ashley acho que era um elogio, mas o Matt pode ver claramente minha cara de decepção.

Fui andando ate em casa, pensando um pouco na minha vida.

Continua

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Comentários

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Gostei, muito mesmo, da história. A Conheci hoje e já me envolvi. Achei muito linda e tem um estilo que sempre apreciei. Meus parabéns, e estarei aguardando ansioso pelo próximo capítulo

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