Meu chefe, meu príncipe - Casos de familia Pt 1

Um conto erótico de LuCley
Categoria: Homossexual
Contém 1669 palavras
Data: 26/03/2016 01:33:43
Última revisão: 26/03/2016 01:48:06

Desculpem por não ter postado, mas eu não estava muito animado. Obrigado pelos comentários. Bjs... :)

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Depois que adotamos a Bruna, nossa rotina mudou completamente. Meu acordo com o Edu foi que eu deixaria a Construtora por um tempo para me dedicar à nossa filha. Não faria sentido adotarmos uma criança que visse os pais só depois das sete da noite. Então, me prontifiquei a ser o pai do lar. (rsrs)

Quando o Edu ficou internado, conversamoa sobre ele se afastar um alguns meses da Construtora, mas isso nunca aconteceu, pelo contrário, todos os dias ele chegava maia tarde em casa.

Nunca reclamei, e nem poderia, mas a menina sentia falta do papi e quando ia dormir sem o beijo de boa noite de Edu, ficava triste e muitas vezes chegou a perguntar se o papi não a amava mais. Isso me partia o coração. As vezes a menina pedia pra sair e o Edu adiava sempre para "amanhã".

Muitas reuniões poderia ter sido evitadas se ele confiasse mais nas pessoas. Um pouco foi por minha culpa eu ter me afastado, embora o Edu ter feito uma cara azeda. Eu era o "homem" de confiança do Edu, o braço direito e esquerdo para todas as questões fora da Construtora e depois que saí, ele ficou ocupado demais não delegando a mais ninguém o que eu fazia.

Numa sexta-feira a tarde, assim que cheguei com a Bruna do shopping, pedi a Maria que a arrumasse para que fôssemos até a Construtora ver o Edu.

Chegamos e ele estava quase saindo pra uma reunião.

— olha quem veio... — ele pegou a menina no colo e girou com ela.

— acabamos de chegar do shopping e ela queria te ver. — ele me deu um selinho.

— adorei ver vocês.

— será que demora, hoje? Não tem ninguém pra ficar no seu lugar?

Ele pediu que a secretária levasse a Bruna até sua sala e fornos para a sala de reunião.

— deixa eu te dar um beijo decente. — ele fechou a porta e me beijou.

— vamos pra casa?

— eu não posso. Você sabe como as coisas funcionam. Se eu pudesse...

— Edu, você pode! Você só não gosta que os outros fazem nada por você.

— isso não é verdade. Você era quem fazia tudo pra mim.

— e o único. Depois que saí você só tem chegado em casa tarde da noite. A Bruna sente a tua falta

— eu sei meu amor, mas alguém precisa trabalhar. — ele amarrou a cara.

— sim, claro. Me desculpe. Eu não vim aqui pra discutir contigo. Vim trazer nossa filha pra que você a veja ainda acordada.

Ele colocou as mãos na cintura e começou a caminhar pela sala de cabeça baixa e coração apertado, com certeza. Eu não queria ser duro e jogar na cara dele que ser pai não era apenas dar casa e comida, embora muitos pensem assim. Até porque, ele a amava desesperadamente.

— você está me cobrando...

— sim, estou; e não é por maldade. Eu sinto uma dor tão grande por ter que fazer esse tipo de coisa que você nem imagina. Sabe de uma coisa? O Toledo sempre falava que você não era do tipo que jogava em time. Você sempre jogou sozinho e depois que abandonei a empresa, voltou a jogar sozinho. Delegue mais. Confie mais nas pessoas e dê a elas reais chances de te provar que são boas. Eu tive essa chance, acredite que outra pessoa também possa exercer com perfeição meu papel. Você está com 55 anos... — ele parou e me encarou.

— acha o quê? Que quero sempre chegar tarde em casa? Que faço de propósito? Eu tenho tudo isso aqui nas minhas mãos, sabe o que significa tudo isso? — pela primeira vez na vida ele gritou comigo. Não alto a ponto de todos ouvirem, mas o suficiente a ponto de me deixar magoado.

— vou fingi que não ouvi esse seu ataque e vou pra nossa casa. Quer saber? Quando você disse que queria ter um filho, eu me senti tão grande em saber que você queria compartilhar dessa responsabilidade comigo. Nossa, como eu fiquei feliz. Porque eu me senti honrado em saber que você confiava em mim. Faça o mesmo com seus trocentos funcionários, confie neles. Essa empresa não é só sua cabeça meu amor, tem centenas de cabeças pensantes aqui dentro e você um dia vai ter que passar seu legado à alguem. Eu sei que é o Império que seu pai construiu, mas você tem uma vida fora dessas portas gigantes. Eu amo você, mesmo ter escutado você berrar no meu ouvido. Eu te amo e não quero que você acabe com a sua saúde por algo que você poderia ter evitado. Eu vou pra casa, te espero lá.

Saí sem dar chances dele falar qualquer coisa. Ele veio atrás, pegou a Bruna no colo e brincou um pouco com ela. Fiquei observando os dois. Eu adorava como ela se jogava nos braços dele. Os outros estavam chegando e pedi que a Bruna se despedisse do papi e fomos pra casa.

Eu não sentia raiva, nada. Eu sentia apenas pena por ele estar se afundando em trabalho e perdendo a infância da filha que ele sempre chamava de alma gêmea.

Assim que chegamos na cobertura, minha vizinha do andar de baixo nos fez uma visita. Perguntou se a Bruna poderia dormir em sua casa. Ela tinha uma menina da idade da minha e disse que sim. Seria bom para a Bruna se distrair. Ela foi até o quarto e colocou o pijama, pantufas e uma escova de dentes dentro de uma mochilinha. Dei um beijo nela e pedi que se comportasse.

Fui me deitar sem tomar banho. Eu sabia que o Edu chegaria cansado e queria tomar um banho com ele. Não importando a hora que ele chegasse, eu esperaria.

Mandei a Maria dormir ou ela ficaria limpando a casa até amanhecer. Mania que ela tinha de querer tirar todos os ácaros sempre a noite. Muito a contragosto ela foi e pude me deitar sem ter que ouvir o aspirador de pó.

Me deitei e não demorei a pegar no sono. Uma mão gelada tocou em mim e antes que eu gritasse, ele beijou minha boca.

— que susto! — ele se deitou ao meu lado.

— escuta uma coisa. Você sabe que eu odeio ser cobrado, pressionado e ser chamado atenção. Porque sou eu quem sempre faço isso, eu. Eu sou o chefe. Mas não sei de onde eu busco forças pra deixar você falar do modo que sempre fala comigo. Talvez seja por eu te amar tanto e sei o quanto você se preocupa comigo. Só que hoje eu gritei contigo. Não deveria. Fui um babaca. É meu dever te respeitar por querer minha presença na tua vida e na vida da nossa filha. Me perdoe. Nunca mais você vai me ouvir gritar e uma promessa não pode ser quebrada. Me dê um mês pra eu poder encontrar alguém à altura do homem que eu tanto amo e confio, ou que pelo menos chegue perto do seu dedão do pé em competência.Você pra mim, é insubstituível. Vou achar alguém pra me ajudar.

— que assim seja! Vou te dar um banho. A Bruna está na casa da Lívia, vai dormir lá. Vou preparar uma comidinha pra você, está com fome?

— estou. Tem mais alguma coisa que queria me dizer?

— você tem um mês. Não se esqueça. E por ter gritado: que não se repita mais, ou eu vou gritar mais alto e a gente vai acabar se magoando.

— me perdoe. Eu estou tão cansado em ter que cuidar das coisas sozinho.

— seu pai é um machista. Suas irmãs poderiam muito bem te ajudar, mas na cabeça dele, só os homens é que tem cabeça para os negócios. Que isso?! Aí você fica se matando. Eu amo seu pai, adoro ele, mas tudo tem limite. Assunto encerrado.

— me perdoa?

— te perdôo, mas não vou te dar.

— hahaha, sério?

— super sério.

— nossa, que maldade.

— maldade mesmo. Mas vou te fazer carinho.

— muito carinho? Hummm, posso ver uma coisa aqui embaixo do edredom? Espera aí... hummm...você está pelado...interessante...gostei.

— hahah, falei que eu não iria te dar, mas vou te comer.

— EPA, é castigo? Hahaha.

— castigo por ter gritado. Vai levar surra de piroca a noite pra deixar de ser bocudo.

— eu mereço...vem logo me dar um banho.

— vamos!

Dei um banho nele, transamos no banho e preparei algo pra ele comer. Ficamos namorando na sala um pouco. Ele me abraçava forte já era quase meia noite quando a campainha tocou. Fui abrir a porta e era o Vitinho com um rapaz bonitinho à tira colo. Pensei: só pode ter dado merda. Abri a porta e quando ele me viu, me abraçou, chorou e molhou todo meu pijama Armani, que droga. Mandei entrar e o Edu parecia um pavão, todo armado e perguntou o que tinha acontecido.

— a mãe me pegou beijando o Daniel. — eu sabia!

— como você vacila desse jeito? — perguntei meio irritado por ter atrapalhado meu namoro com o Edu.

— pensei que ela não estava em casa. Chamei umas quinhentas vezes e ela não respondia, mas ela estava na Cléo, aquela do AP de baixo. Ela entrou e pegou a gente na sala. A gente só estava se beijando, mas ela ficou doida e começou a gritar, posso dormir aqui? — eu suspirei e disse que sim, eu adorava aquele moleque.

— você sim, mas o seu namorado vai pra casa. — o Edu disse e chamou um taxi pro Daniel.

— se despeça do teu namorado, seu tio e eu vamos dormir.

Fomos pro nosso quarto e o Edu queria explodir. Ter que falar com a irmã dele seria uma tarefa de abalar qualquer estrutura. Família tem dessas coisas.

Combinamos de bem cedo ir falar com a minha cunhada e resolver de vez esse assunto. Mais uma batalha.

— dorme peladão. — ele me pediu

— durmo, mas não venha de graça.

— eita porra, não grito nunca mais contigo...

— hahaha, bom mesmo. Boa noite.

— boa noite, amor.

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Continua...

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Comentários

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Maravilhoso capítulo! Aguardo o próximo! Abraço!

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Eita meu querido que bom que vc nos mandou este capítulo adorável , continue com essa força e ânimo meu amigo . Kd o nosso loirinho e o Oliver? Abraços .

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Como sou louco por esse casal! Que vacilo do Vitinho, tinha nada que ter se agarrado na sala de casa, pq não foi para o quarto. Já prevejo que a conversa com a mãe dele será pesadíssima. Boy sou louco por essa história, não fico tanto tempo sem aparecer por aqui com ela. Parabens pela criatividade viu!

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