Eu, puto! - Cap 4

Um conto erótico de LuCley
Categoria: Homossexual
Contém 2735 palavras
Data: 22/03/2016 14:36:26
Assuntos: Amizade, Amor, Gay, GP, Homossexual

Obrigado pelos comentários e pelo carinho de sempre. Obrigado à todos que lêem e fico feliz em saber que estão gostando. "Meu chefe, meu príncipe" — vou postar hoje a noite. Abraços a todos vocês e continuem comentando. :)

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Meu coração batia enlouquecido. O suor escorria pelo meu corpo, molhando o tapete Persa. Maurício, jazia ao meu lado, seu corpo liso e de músculos saltados, me apertavam contra a parede gélida. " Pode ficar mais essa noite?", ele se virou e me beijou na boca. " Não posso, fofo, amanhã tenho aula bem cedo". Mauricio fez uma cara de triste-bobão, eu adorava quando ele me chamava pro fim de semana. Eu tinha que mudar toda a minha agenda, mas valia a pena. Além do dinheiro, claro. Talvez seria muito estranho eu dizer que nutria um sentimento de irmandade com o Maurício. Tinhamos a mesma idade nessa época, 21 anos, e infinitas afinidades. Quando ele me ligava, eu apenas pegava no armário uma mala de mão que já deixava pronta. Pelo menos um final de semana por mês eu dedicava minha atenção, carinho, tesão, disposição e uma amizade sincera à ele. Nossa relação ia além do profissional; algumas de nossas fodas saiam do script e eu brincava dizendo: essa é por conta da casa, brother!

Três longos e intensos anos haviam se passado. Meu objetivo havia se concretizado. Comprei um AP bonitinho na Oliveira Mota, longe dos becos, claro. AP esse que eu havia alugado. Depois que o comprei, me senti vazio, totalmente. Em uma longa conversa com o Sandro e muita lágrima (de nós dois), resolvemos que eu continuaria morando na casa rosada. Nossa relação se tornou tão paternal que eu o reapeitava de uma forma incondicional. Cheguei a rejeitar clientes pelo simples fato dele dizer que não eram pessoas pra mim. Perdi muito dinheiro, mas mantive minha dignidade intacta.

Nessas aventuras sexuais, nem tudo que vivi foi só flores. Já fui humilhado verbalmente depois de horas de prazer com "homens" que tinham o dom de ser duas caras. Já fui agredido fisicamente por acharem exagero o valor que a Agência cobrava. Clientes assim era excluídos dos "negócios" e da minha vida.Infelizmente tive o desprazer de encontrar com certos estrupicios pelas estradas da vida.

Meus clientes era dos mais vários tipo, formas e sabores. Um que me deixava sempre com a sensação de quero mais, era o Paulo, um empresário, dono de metade da cidade e muito guloso. Quando me ligava, eu ficava pelo menos dois dias de molho, sem trepar com ninguém, nem mesmo punheta. Era meu dever guardar uma boa quantidade de porra para satisfazer sua fome. Eu chegava sempre as sete em ponto na matriz do Material de Construção. Ele me esperava sempre deitado em um sofá de couro branco e reto. Eu já sabia o quê fazer. Primeiro eu trancava a porta e tirava toda a roupa, em seguida, me deitava sobre seu seu corpo e levava uma surra de amasso de macho que me deixava sem ar. Por último, dava uma surra de pica na boca do meu mamador favorito. O cara havia superado todas as gargantas profundas até então. Eu me deliciava em vê-lo com a boca cheia do meu leite cremoso.

Outro cliente que a Agência fazia questão que eu atendesse, era o Sérgio. Embora eu não o considerasse tanto, mesmo pagando mais que o dobro exigido, o cara adorava ser arrombado. O problema era que ele sempre reclamava de outros colegas; desmerecendo.

De certa forma eu estava feliz e tranquilo. Tinha uma boa reserva em banco. Eu queria iniciar a Faculdade de Economia. Era outro sonho a ser concretizado.

Em uma tarde chuvosa, o Sandro e eu ficamos em casa "morcegando". Meu cliente me pegaria só depois das dez da noite. Aproveitei e mimei meu amigo querido um pouquinho. Sentei o Sandro de costas entre minhas pernas e lhe massageava os ombros robustos. Ele adorava. " Por isso que não me deixa ir embora, quem vai te massagear assim?", ele ria. " Ah meu lindinho, você trouxe vida pra essa casa, você só vai sair daqui quando casar. Antes disso, vou querer sua companhia, todos os dias. Não quero ficar sem deus diálogos nas noites de folga, adoro". Senti seus ombros relaxados e depositei meus lábios sobre suas costas, beijando e lhe fazendo carinho. Ele se virou e me olhou no fundo dos olhos. Uma pausa foi feita, estávamos cara a cara e não aguentando mais, começamos a rir, desesperadamente. " Deixa de ser malandro e me prepara um café antes de sair", ele disse me dando um selinho. Eu me levantei e fui pra cozinha. Não havia sentido algum mantermos um casinho. Sempre que pintava um clima, riamos de nossa realidade. Ele e eu, amigos inseparáveis e fieis a nossa amizade. Mas era engraçado nossas tentativas frustradas, pelo menos nos divertiamos.

Deixei o café pronto, tomei um banho demorado, me arrumei e estava lindo de morrer. Era um cliente novo, dono de uma Casa de Show recém inaugurada e de um restaurante francês pra lá de esnobe. Era viúvo há mais de dois anos, sem filhos e queria alguém com quem aliviar sua depressão. Fui o Puto premiado da vez.

Vestido o mais casual possível, pois ficaríamos em sua nada humilde residência. Ele era pontual. Me despedi do Sandro e assim que saí à rua, meus olhos se ofuscaram diante daquele homem de olhos azuis. Ele me olhou de baixo em cima e abriu os braços e sorriu ao mesmo tempo. Um sorriso maravilhoso e um abraço sincero. Correspondi aos dois e entrei no carro importado.

" Quase perdi a hora, acabei pegando no sono depois do almoço e só acordei agora pouco, não deu tempo nem de tomar um banho, me desculpe". Gracinha ele, pensei. " Nem percebi. Mas não se preocupe, assim que chegarmos, se você me permitir, lhe darei um banho. Vamos repor suas energias. Dispensa seus empregados, vou cozinhar pra você". Ele me olhou meio confuso, continuei. " Você precisa de um pouco de privacidade e alguém que te faça voltar ao mundo real. Respeito suas dores, mas quero lhe proporcionar alegrias que possam ser lembradas com carinho. Vou fazer você esquecer, nem que seja por esse fim de semana, pelo menos metade de duas tristezas...". Ele segurou minha mão por minutos gloriosos. Chegamos em seu apartamento e entramos pela porta principal. A empregada arrumava as almofadas de um lounge perto da lareira. Ele, muito educadamente, disse que ela poderia tirar um fim de semada de folga; o mesmo ele fez com a cozinheira. Depois de meia hora, não ouvi mais ninguém no luxuoso apartamento, a não ser sua voz vindo em minha direção.

" Pronto, estamos só você e eu. Bebe aguma coisa?". Disse que mais tarde. Fui até ele. Dei a volta por detrás dele e tirei delicadente seu blazer. Joguei sobre uma mesa de canto qualquer e o apertei em um rápido abraço. Continuei...tirei sua camisa e acariciei seu peito liso. Ele me pareceu ser amante de esportes..Seu corpo era bem cuidado. Acariciei suas costas largas e desci as mãos em suas nádegas fartas. " Sou ativo", ele disse entre um suspiro e outro. Confesso que fui pego de surpresa, mas o faria mudar de ideia, ao meu modo, sem pressão. " Desculpe, deve ter havido uma falha de comunicação. A agência conhece o regulamento, nunca aconteceu esse tipo de coisa. Se você quiser, pode ligar e informar o engano e irei embora".

Ele continuou de costas, alcançou minha mão e a colocou em seu peito. Seu coração estava agitado. " Fique! Não houve falha alguma. Desculpe a forma como falei, não quis ser grosseiro". Ficamos de frente e ainda segurando minha mão, o guiei até o sofá. Me sentei com as pernas esticadas e o coloquei entre elas. Ele estava deitado, com o tronco apoiado em meu peito; indefeso e remoendo saudades. Lhe beijei o pescoço da forma mais terna possível. Ele foi relaxando, se entregando aos meus carinhos sinceros. Não queria ultrapassar nenhum limite, a menos que ele quisesse.

" Não mentiram quando disseram que era um rapaz muito carinhoso. Desculpe a falta de educação, me chamo Alexandre". Percorri meus lábios em seus ombros e senti sua pele macia se arrepiar, adorei.

"Alexandre, 40 anos, viúvo há dois anos e dono dos olhos mais lindos que já vi até hoje. Sei tudo a seu respeito, embora tenha recém descoberto sua identidade secreta...Ativo!". Ele riu por instantes e entrelaçou seus dedos nos meus. Minha cabeça parecia estar longe. Uma gama de emoções começara invadir meu inconsciente. Ele se aconchegou mais ainda em meu corpo e tirou um breve cochilo. " Não é acostumado a beijar seus clientes?". O silêncio fora quebrado com a pergunta que eu queria ouvir desde que chegamos. " Não, a menos que me façam um convite sincero. Nunca invado a intimidade de alguém sem que haja de fato uma vontade verdadeira". Ele se levantou, tirou a calça social e ficando apenas de cueca boxer, se deitou sobre meu corpo. Me encarou por alguns segundos e fechei os olhos oferecendo a língua. Fui ao céu. Senti sua boca macia degustando o pequeno pedaço de carne que lhe fora oferecido. Ele chupou, sugou, mordeu de leve a ponta e me recebeu em seus lábios por completo. Minhas roupas foram tiradas por ele. Nos envolvemos em carinhos e carícias que fizeram meu espírito se elevar ao céu. Não houve uma luta corporal entre machos, mas sim, uma entrega de almas alucinadas. Pelo menos, era o que eu sentia.

Fomos até sua suite. Lhe dei o banho prometido. Lavei suas tristezas, o livrei de suas energias negativas e fui convidado a sentir o gosto do cacete mais lindo que já havia mamado. Um pau com veias saltadas, cabeça rosada e de boa grossura, assim como o meu. Ele segurou meu queixo e me trouxe até seus lábios. Ele não se cansava em beijar a boca que lhe dava prazer. Saímos da banheira e nos deitamos na cama. Mais uma vez nossos corpos se fundiram lhe dominando fiquei por cima dele. Ele tentou resistir, mas fui dando aquilo que ele precisava. Lhe mordia as costas, o pescoço, as orelhas e me atrevi a descer até sua bunda linda e suculenta. Ele não se importou, mordi e lambi suas carnes com a volúpia de um leão. Desci por suas pernas, lambendo e mordiscando cada pedaço de pele que ?encontrava. Pulei a bunda e fui até seu ouvido. " Posso ter um pouco mais de você?". Fiquei esperando sua resposta enquanto o massageava com meu corpo. " Pode!". Era o que eu precisava ouvir. Desci meu corpo e instinrivamente, ele empinou a bunda, delirei. Descobri com todo o carinho do mundo um lindo cu rosa de tirar o fôlego. Uma gruta virgem piscava ansiosa. Toquei com a ponta da língua e senti seu corpo retesar. Com as duas mãos, separei as nádegas e cai de boca, língua, cara e dentes no meu paraíso nunca explorado. Eu o ouvia grunhir de tesão. Minha cabeça fora forçada contra seu cu inúmeras vezes, ele queria, pedia e em um momento de tesão extremo, ele implorou: " Me come, me ame, me fode!". Peguei uma camisinha e o ouvi dizer onde eu encontraria um lubrificante.

Ele permaneceu deitado. Voltei e fui até ele. Me deitei de frente pra ele e o beijei com todas as minhas forças vitais.

" Confie em mim!". Ele sorriu e me pediu outro beijo.

Ele se virou e abriu as pernas pra cima. Vislumbrei seu corpo maduro e cai sobre ele. Ele me prendeu em suas coxas e recebi um beijo que parou meu mundo. Fiquei sem reação quando acabou, ele percebeu. " O que foi?", tentei recuperar a consciência e me permiti a quebrar as regras. " Você é perfeito, apaixonante. Se não tivesse sido mandado pela Agência, eu estaria aqui, contigo, pelo simples prazer de sua companhia. Acredite, não sou homem de mentiras, se falo, é por ter conhecimento daquilo que é de mais verdadeiro em meu coração".

Ele me tomou em seus braços e sua boca correu até meus ouvidos. " Obrigado por elevar meu ego. E sou homem vivido, conheço a verdade quando olho pra ela. Você está me fazendo muito bem e pode acreditar, quero passar mais dias contigo. Agora, termine o que está tentando começar com tanto empenho e carinho".

Nos fundimos como ferro e fogo. Vi sua face num misto de tesão e dor. Entrei no intimo do (meu) homem com delicadeza e uma pequena dose de paixão (?). Entre gemidos de prazer e dor, enlouqueci quando o vi se masturbando. Parei, me pus entre suas coxas deliciosas e me vendo com a boca em seu cacete, explodiu em um gozo alucinante. Senti minha garganta queimar. Me lambusei. Uma misto de sentimentos tomou conta do meu coração confuso. Ele me puxou, me abraçou, me beijou todo o rosto e me senti acolhido em seu peito arfante. Ele tomou fôlego e embebido de sua porra doce, o virei de bruços e pude contemplar seu corpo sendo comandado por mim. Ele segurou os lençois, eu o penetrei, ele urrou. Dei várias estocadas ritmadas e ele me olhou cheio de tesão. Não aguentei, caí sobre ele; exausto, satisfeito e feliz.

" Você está bem?", ele passou uma das mãos sobre meu corpo. " Estou ótimo-bem! Nunca me senti tão feliz em toda a minha vida". Rolei sobre seu corpo e deitei ao seu lado. Outro beijo me foi oferecido, aceitei a contento. Ele demorou, parecia querer devolver minhas forças...

No banho ele descobria meu corpo e histórias através de minhas cicatrizes. Ele dedicou suas carícias e beijos por todo meu longos minutos. Me deitou na cama e ficamos um bom tempo nos observando.

" O que te fez entrar pra essa vida?". Ele foi um dos poucos que havia feito a mesma pergunta e o único a quem realmente abri meu coração. " Bom, fui expulso de casa pelos meus pais. Perambulei alguns dias pela cidade e encontrei um espaço atrás de uma lanchonete de quinta; dormi ali por alguns dias e com medo de ser descoberto, peguei minhas coisas e andei por três horas pelo centro até encontrar um banco de praça onde dormi por meia hora até um anjo aparece e me resgatar". Ele me olhou estranhando a parte do "anjo" e lhe contei minha amizade com o Sandro. Confidenciei meus projetos e objetivos. Ele perguntou se o Sandro e eu tinhamos algum tipo de relacionamento. Disse que não e um sorriso tímido estampou seu rosto. Me derreiti.

Passei o fim de semana com o Alex. Passei dois incríveis dias ao lado de um homem que se entregou a mim sem reservas. Eu fui seu irmão, amigo, amante. Cuidei de seu espírito angustiado, lhe devolvendo um pouco de vida à sua existência atribulada. Fui honestamente agraciado com seus carinhos e mimos.

Ele me deixou em casa. Nos despedidos com um forte abraço seguido de um beijo extremamente carinhoso. Eu entrei e fui direto pro quarto do Sandro. Vi meu amigo deitado, ainda dormia o sono dos justos. Me enfiei embaixo do cobertor quentinho e me aninhei em seu corpo. " Bom dia, lindinho. Como foi seu fim de semana?". Suspirei. " Foi maravilhoso. Eu estou precisando um pouco de colo, é possível?". Ele me abraçou, ficamos de conchinha e do nada ele soltou aquele vozeirão. " Acho que alguém se apaixonou pelo cliente". Me levantei, minha cabeça começou a doer, merda! " Putos também se encantam, se apaixonam, mas amar alguém... é muito complicado. E não estou apaixonado, apenas encantado.

Ele começou a rir e me irritei. Fui pro meu quarto e troquei de roupa. " O amor é incrível, Des. Quem me dera voltar a amar outra vez", ele gritou. Eu sabia o peso que a palavra Amor significava para o Sandro. Depois de um tempo, ele abriu seu coração e me confidencioi sua trágica história. Seu companheiro foi assassinado pela Polícia mal-treinada-desinformada-despreparada em um dos becos da Oliveira Mota. Pêtrus, era esse seu nome, ele resgatava adolescentes em convívio com o craque, mas fora confundido como aliciador de menores. Desde então, meu amigo está com as portas de seu coração trancadas para o Amor.

Eu tinha um cliente as quatro da tarde e resolvi tirar um cochilo. Demorei a pegar no sono. " cai na real, Des...putos não tem direito ao amor", pensei. O jeito era tirar tal pensamento da minha cabeça e continuar oferecendo meus serviços a quem pudesse pagar.

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Continua...

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Comentários

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Molha, maravilhoso, esse cliente não pode sumir, Dês tem que reencontra-lo, voce é muito bom, maravilhoso. Bjs

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Nossa Delicia de conto. Retrata algumas historias q encontramos na rua.o

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