O Gato Apaixonante Cap.1

Um conto erótico de Gustavinho
Categoria: Homossexual
Contém 1304 palavras
Data: 25/04/2016 05:16:16

Cap.1

Me chamo Miguel Muniz. Tenho 30 anos, mas dizem que pareço ter 18. Sou um executivo de uma multinacional. Tenho várias faculdades, e isso que me proporcionou esse cargo. Moro em São Paulo. Me casei jovem, com uma bela mulher que conheci ainda na escola.

“Vinha entrando pela escola. Era o primeiro dia de aula. Aquele momento de alunos reunidos, sorrindo, brincando um com o outro. Quando viro o corredor, esbarro em alguém. A pessoa estava com um monte de livros nos braços.

-Oh meu Deus, me desculpe – falei, me abaixando para ajudar

-Não tem problemas – quando olhei para o rosto dela, meu coração acelerou – acidentes acontecem – ela sorriu.

-Qual o seu nome ?

-Daniela”

Eu e Daniela começamos a namorar e depois de pouco mais de 4 anos de namoro, tinha 21 anos, nos casamos. Eu era novo sim, mas tinha certeza que era aquilo que eu queria. Sabia desde o ínicio da minha vida adulta que não era homem de farra. E sim homem de ter uma família. Os anos foram passando, e depois de várias tentativas de engravidar, descobrimos que ela era estéril.

“Estavámos numa clínica, esperando o médico chegar. Assim que ele entrou, ela se levantou.

-E então doutor, já tem um diagnóstico ? - ele olhou para mim e para ela, e falou...

-Sim... Você é estéril Daniela. É por isso que você não engravida...”

Mas apesar disso, sempre fomos muito felizes. Eu a amava muito. Ela sempre me fez feliz demais. Vê-la todo dia que eu chegava em casa era o suficiente para me desestressar depois de um dia completamente extressante e ruim.

“Chegava em casa após mais um dia de trabalho. Batia na porta, de raiva.

-O que é isso ? - Daniela me perguntava.

-Aqueles diretores... Já não aguento mais...

-Para com isso amor... É o seu trabalho...

-É muito extressante isso sim...

-Mas é o que nos sustenta... Eu também acho o meu trabalho extressante, mas fazer o quê. Temos que continuar... - dizia ela, fazendo uma massagem no meu ombro.

-É, temos sim...”

Porém, quis o destino que isso não durasse para sempre.

FLASHBACK

Eu estava trabalhando, no meio da apresentação quando o meu celular tocou.

-Então meus amigos, a filosofia da nossa empresa... - de repente meu celular começou a tocar. Eu olhei, era a Daniela. Costumava sempre atender as ligações dela, pois era muito preocupado – Claúdio, você pode falar por mim durante alguns minutos ? Me desculpem, vou me ausentar mas é rápido.

-Ok...

Quando sai da sala, atendi o telefone.

-Alô amor...

-Alô... - estranhei, pois ouvi uma voz de homem.

-Quem é você ?

-Me chamo Gabriel Nunes, sou médico. Bem, uma moça acabou de dar entrada aqui no Pronto Socorro, e portava esse telefone.

-Moça ? Que Moça ?

-Ela portava uma identidade... O nome é Daniela Muniz...

-Daniela !? Como ela está ? Onde vocês estão ?

-Ela... Bem, eu não queria dar essa notícia por telefone, mas acho que é melhor dizer logo. Ela acabou de falecer. Nós tentamos reanimá-la mas, não conseguimos. Eu sinto muito.

É, ela foi retirada de mim. No início eu chorei muito. Não entendia. Ou melhor, até hoje não entendo o porquê ela foi retirada de mim. Mas o que importa que de marido amoroso eu me tornei pessoa amargurada, sem o grande amor da minha vida. Desde o enterro eu simplesmente me fechei para o mundo. Me livrei das lembranças mais próximas, para tentar não sofrer tanto. E deixei apenas as fotos, as roupas, e as boas lembranças.

FIM DO FLASHBACK

Hoje fazem pouco mais de 3 meses que minha esposa morreu. Não preciso nem dizer que sofro todos os dias. Que todo dia quando entro pela porta de casa esperando vê-la, ou ouvir a sua voz, mas não. Vejo sempre o mesmo silêncio de sempre. Resta me contentar, tirar a roupa, cozinhar, comer sozinho e dormir sozinho.

DIAS DEPOIS

Já muito sozinho, decidi comprar um gato. Sim, um animal. Para me fazer companhia. Gosto de cachorros, mas gato é bem menos dependente, então é melhor. Fui no petshop, e quando cheguei, quase de cara me apaixonei por um gatinho branco. Ainda era ligeiramente jovem, não parecia ter muita idade. Uma fofura. Parecia ligeiramente assustado, mas era lindo.

-Ele chegou ontem aqui – o vendedor disse.

-É macho ou fêmea ?

-Macho...

-E a personalidade ?

-Ele é bem dócil...

-Eu vou levar ele...

Paguei e logo pude tê-lo em minhas mãos. Era lindo. Parecia ligeiramente assustado.

-Calma bichinho... Você vai para casa comigo agora... Vai se chamar Leo. Assim como eu queria que fosse o nome do meu primeiro filho....

TEMPO DEPOIS

E eu o levei para casa. Dei carinho, dei comida, dei amor. E ele realmente marcava presença. Quase todos os dias quando eu chegava em casa ele estava lá, louco para me perturbar.

“Chegava em casa mais uma vez, com sanduiches para lanchar. Morto de cansado.

-Ai meu Deus ! - dizia, me jogando no sofá – que cansaço ! - corri para a cozinha para pegar um suco na geladeira. Coloquei no copo e quando voltei, adivinhem quem estava comendo um dos meus sanduíches... -Leo ! - ele parou, olhou para mim, e continuou comendo – tá, você pode comer esse aí... - apenas sorria.”

Sabe, ter alguém para cuidar me animou. Me tirou daquela vala que eu havia me metido depois da morte da Daniela.

“Saia do banheiro após tomar um banho. Começava a me arrumar para ir para o trabalho. Quando começo a procurar o meu sapato. Quando de repente vejo Leo entrar no quarto, puxando meu sapato com a boca.

-Ué, como você sabia que eu estava procurando ? - me perguntava, assim que ele entrou – deixa para lá – falei, fazendo um carinho nele – obrigado Leo – e ele me olhava”

Me fazia me sentir menos sozinho, porquê ele me fazia companhia o tempo todo.

“Estava deitado, lendo algumas planilhas, quando de repente alguém começa a invadir a minha cama.

-Leo... O que faz aqui ? - perguntava, enquanto ele andava pela minha cama. Acariciei sua cabeça. Ele veio caminhando, se jogou quase que no meu travesseiro. Ficou lá por alguns segundos, quando de repente senti ele lamber o meu rosto – ei, seu levado – o tirei de lá. Mas não demorou muito e ele subiu em cima do meu peito. Ri daquilo – tá bom, Leo. Eu vou dar atenção para você agora... - falei. O peguei, o levei para o banheiro – está na hora do seu banho – ele arregalou os olhos e me olhou com cara de desespero para mim – o que foi ? Você vai tomar banho sim – foi uma luta, mas eu dei banho nele.

MINUTOS DEPOIS

Trouxe ele para perto de mim, e ficava o acariciando sobre o meu peito.

-Oh Daniela... Que falta eu sinto de você... - dizia, beijando ele – ainda bem que eu tenho você Leo. Acho que já teria pirado se não tivesse você... - e lá ele ficava, quietinho, quietinho”

TEMPO DEPOIS

Certo dia, eu cheguei em casa após mais um dia de trabalho. Estava cansado, mas como sempre animado e ansioso para ver Leo.

-Leo ? Aonde você tá ? - estranhei, porquê ele não veio na primeira chamada. Comecei a procurá-lo pela casa. Procurei em todos os cômodos, e não o achei. Comecei a procurar debaixo das coisas, e nada – Leo ! - é, ele sumiu. Imediatamente me desesperei, aquela sensação de angústia voltou. Abri a porta e comecei a procurá-lo pelo prédio. Abri a porta da escadaria e começei a descer as escadas correndo. E encontrei. Mas não foi ele. E sim um garoto. Encolhido, no chão do prédio. Parecia assustado e perdido.

-Ei garoto, quem é você ? - ele ergueu o olhar e me olhou. Não sei por quê, mas não consegui tirar o olho daquele olhar.

Continua

E ai ??? Gostaram ??? Gente, eu ando tendo umas ideias muito diferentes de tudo que eu já vi e li. E escreverei sobre elas kkkk Essa é uma delas. Comentem e votem por favor. Beijos :)

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Comentários

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eh um começo meio triste para o protagonista...mas que bom que ele arrumou um gatinho pra se animar... tbm amoo gatos, tenho um aqui tbm que vive exigindo atenção e colo...continua, quero sabre o desenrolar dos fatos...

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Gostei, se for o que eu to pensando, mesmo que seja ficção eu vou amar! Eu pensei seriamente que o Gato virou o menino e se isso for verdade, a coisa vai ser bem interessante... Amei o gatinho, amo gatos!

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