O Gato Apaixonante Cap.10

Um conto erótico de Gustavinho
Categoria: Homossexual
Contém 776 palavras
Data: 19/05/2016 05:34:19

Cap.10

Só depois de alguns segundos eu notei o que realmente havia falado.

-O quê foi que você falou ?

-Não... Nada...

-Como nada... - falou ele, me empurrando de cima dele – você me chamou de Dani !

-Ah, não ligue para isso...

-Como não ligar ? Isso significa que você não me vê de verdade... - de repente ele começou a chorar.

-Não pense isso... Eu... - eu não estava bem, estava extremamente alterado pelo álcool.

-Eu achei que isso fosse melhorar com os tempos. Mas você não consegue me ver como eu sou. Parece que só vê a sua antiga esposa... Eu sei que ela foi marcante, e que eu nunca vou substitui-la, mas se você não consegue me ver, não devemos continuar esse relacionamento.

-O quê ? - de repente então ele saiu correndo porta a fora.

-Esperaaaaaa ! - eu corri atrás dele em seguida

TEMPO DEPOIS

Eu sai correndo atrás dele pelo hotel.

-Esperaaa Pedro ! - aos poucos minha consciência voltou, e a burrada que eu fiz veio à tona na minha mente. Quando virei o corredor, vi ele entrando no elevador. Não sabia para onde ele iria, mas não deixaria ele fugir de mim. Sai correndo pelas escadas em direção a saída. A cada degrau que eu descia, minha consciência voltava mais e mais, e eu lembrava de tudo que eu e ele já haviamos passado, de como tudo havia sido feliz entre nós. Porquê eu tive que lembrar da Dani logo naquele momento. Quando cheguei no térreo vi ele correndo em direção a saída. Corri atrás. E quando vi ele correr para a rua sem olhar para os lados, meu coração acelerou – Pedrooooooooo ! - sim, ele foi atropelado...

SEGUNDOS DEPOIS

Todas as nossas cenas passaram na minha mente, desde o momento em que nos vimos naquela escada, até o momento em que eu pedi ele em namoro, tudo voltou a minha mente. E ver ele ser atingido por um carro com uma enorme força foi como se eu sentisse tudo aquilo de novo. Como se um lado de mim tivesse sido de repente arrancado. Todas aquelas sensações retornaram, e me entristeceram.

-Pedro ! Pedro ! - sai correndo em direção a rua. Quando cheguei, ele estava desmaiado, jogado no chão, ferido – Pedro ? Fala comigo Pedro ! - começei a dar leves tapas em seu rosto, na tentativa de fazer ele recobrar a consciência. Isso não adiantou. Peguei o telefone e começei a ligar para a emergência. O medo que eu tive de perde-lo foi o pior. Pela primeira vez, eu tive a noção de que poderia perder a pessoa que mais amava no momento. Das outras vezes, elas foram arrancadas de mim. E saber que eu poderia perder, simplesmente acabou comigo.

TEMPO DEPOIS

Entrei no hospital do lado dele, mas os médicos não deixaram eu entrar. Levaram ele lá pra dentro e eu fiquei a ver navios, com o coração na mão.

-Dani, me perdoa, mas eu não consigo. Eu não quero perdê-lo – dizia para mim mesmo – ele me faz feliz. Por favor, não deixa acontecer algo com ele...

Depois de alguns minutos, o médico me chamou.

-Quem é Miguel ? - falou em inglês.

-Eu... - ele veio até mim – como ele está Dr. ? Diga pra mim...

-Ele está bem... O desmaio foi só um reflexo do corpo. Não quebrou nenhum osso, não sofreu lesões, nada além de algumas escoriações. Mas eu quero que ele fique aqui comigo hoje, pra observar. Se tudo ocorrer bem, e nada acusar nos exames que ainda estou fazendo, ele pode ir amanhã.

-Tudo bem doutor...

-Você pode ir vê-lo, se quiser...

MINUTOS DEPOIS

Não parava de me culpar. Se eu não tivesse bebido, me enrolado nos nomes, aquilo não teria acontecido. Pela primeira vez parei para notar o quanto relacionava ele com Daniela. Talvez por impressão minha ou mera semelhança, eu associava ele a ela dentro da minha mente. E ele não merecia aquilo. Apesar de tudo, eles não eram parecidos. Ele tinha as suas particuliaridades e eu acho que eu não estou reparando nisso.

-Pedro ? - entrei no local aonde ele estava, e lá estava ele, de olhos abertos. Ele olhava para um local qualquer, de forma física. E quando eu me aproximei, virou o olhar para o outro lado – me perdoa Pedro... Por Favor... Você não sabe o quanto eu preciso de você... O quanto você me tirou da depressão que eu estava me metendo... Me perdoa se a minha esposa ainda está tão presente na minha mente, foi muito traumático para mim... Mas em nenhum momento eu me apaixonei por você por causa dela. Eu me apaixonei por quê você é o único que realmente mostra sentimento por mim...

Continua

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Comentários

Foto de perfil genérica

Na verdade ele se apaixonou por ele devido as características do mesmo ser parecida com a da esposa! Todo mundo viu isso. Só acho que uma perda de memória poderia ser bem interessante.

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