Por que tem que ser assim? 17. Posso mesmo confiar em você?

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 1647 palavras
Data: 19/06/2016 16:14:06
Última revisão: 19/06/2016 16:32:10

Depois de um bom tempo na estrada, barão estacionou o carro.

- Chegamos. (disse ele).

Aquela viagem foi tão tensa que eu não havia conseguido observar o percurso.

Barão saiu do carro, e fechou a porta. Olhei para fora e vi vários homens musculosos e tatuados.

Barão - precisa de ajuda pra sair? (disse ele vindo na porta do meu lado no carro).

- então ele vai pagar para fazerem o serviço sujo? (pensei).

Vesti a regata, desci do carro, e ouvi um som que parecia abafado. Acompanhei o barão que caminhava em direção aos ''tais'' homens, e conforme nos aproximávamos, a música ficava mais alta.

Eu ouvia gritos, e socos, que vinham de dentro de um galpão.

Passamos pelos homens, que conversavam, e nada aconteceu.

- ainda não foi dessa vez. (pensei)

Arthur - que lugar é esse sr Nícolas?

Barão - O teu sonho não era ser um grande atleta?

Arthur - sim.

Barão - então, Arthur, essa é uma das melhores academias da cidade.

Eu sorri, havia tirado um piano de cima das minhas costas.

Arthur - o senhor ta falando serio?

Barão - não gostou? (disse ele meio desapontado).

Arthur - claro que eu gostei. Gostei muito. (falei sorrindo).

O lugar era imenso, e não havíamos nem chegado ao interior do galpão.

Meus pensamentos diziam para eu apressar a passada, mas eu não conseguia.

Demos uma volta ao redor do prédio vermelho com cinza, e só então pude perceber o aspecto de academia.

- academy ''los brutales''? (eu li em voz alta, parado em frente a faixada da academia).

Barão - é isso ai! (disse o barão).

Caminhamos mais um pouco e adentramos o recinto.

Vi uma das imagens mais lindas que um projeto de atleta poderia ver, o espaço era bem amplo, e era todo dividido por modalidades, no térreo havia musculação, aeróbica e fitness; no primeiro piso vinha o que mais me interessava, as artes marciais.

Meu sorriso foi tão grande que meus dentes não couberam na boca.

- isso aqui é fantástico.

barão - e você vai poder desfrutar de tudo isso.

Olhei para o barão e me deu uma vontade de perguntar se ele iria pagar a mensalidade, o que não deveria ser nada barato.

O barão caminhou ate o balcão de informações e eu o acompanhei.

- Boa noite. (disse uma morena muito simpática).

Barão - boa noite, eu gostaria de falar com o touro.

- no momento ele não se encontra senhor.

Barão - e a que horas ele vai estar aqui?

- acredito que antes das 22 ele ta pintando.

Ouvi a conversa dos dois, mas meus olhos estavam fissurados na arquitetura daquela academia. Não era nada classudo, pelo contrário, era tudo muitos rustico, mas com ótimos equipamentos.

Barão - eu não irei espera-lo, pois tenho outro compromisso, mas irei deixar meu cartão e peça que ele me ligue, ok?

- peço sim.

Barão - ok.

Barão virou as costas, mas eu já estava longe. Enquanto ele buscava informações a respeito de alguém que eu não conhecia ainda, eu estava no quinto degrau da escada. Barão me acompanhou.

Barão - ta soltinho né!? (disse ele por cima dos meus ombros).

Arthur - to curioso. (falei sorrindo).

Chegamos ao primeiro andar, e havia uma grande roda ao redor de um tatame. Gritos não deixavam ouvir o que acontecia na parte de dentro. Barão e eu nos aproximamos daquela multidão e percebemos que estava sendo realizada uma luta.

- Isso é demais? (falei em êxtase).

barão - quanto sangue! (exclamou o barão). Tem certeza que é isso que você quer? (perguntou ele me encarando).

Arthur - isso é artes marciais mistas. (expliquei para ele enquanto apontava para o tatame). O meu lance é jiu jitsu.

barão - e qual a diferença?

Arthur - Não rola trocação de socos, o objetivo é mais imobilizar o adversário.

barão - e você é bom nisso?

Arthur - eu tento. (falava com os olhos arregalados na luta).

barão - entendi.

xxXXX

Assim que a luta acabou, descemos as escadas e retornamos ao carro do barão.

Parei na porta do carro, e vi um ''onix'' preto estacionado logo atrás.

- Benjamin? (pensei).

Como os vidros eram fumê, não consegui identificar se tinha alguém no volante.

xxxXXX

Entrei no carro e o barão já havia ligado o motor.

barão - motel?

Arthur - ahan.

barão - beleza! (disse ele partindo).

O outro carro ligou os faróis e veio logo em seguida.

Assim que o barão entrou no motel o outro carro também entrou.

- só pode ser o Benjamim! (pensei).

Barão estacionou o carro, e tirou o cinto de segurança, eu também o fiz.

Assim que barão saiu por uma porta eu desci pela outra.

Barão estava sorrindo. Esses momentos eram raros.

Assim que entramos no quarto do motel, o barão tirou, do bolso da calça, a carteira, o celular e a chave do carro, e os colocou no criado ao lado da cama. Tirou também seu sapatos e deitou; Eu antes de qualquer coisa, dei uma volta pelo quarto, e fiquei impressionado com a riqueza nos detalhes. já tinha entrando em outros motéis antes, mas aquele era muito luxuoso.

Retornei à cama e vi o barão deitado apenas de calça. Sua mão direita estava atrás da nuca,e ele olhava fixamente para a tela da tv.

Comecei a ficar despido. Primeiro a camiseta, depois a bermuda. Só não tirei a boxe preta.

xxxXXXX

- Sr Nícolas? (disse, sentando na cama).

Barão - fale Arthur! (disse com os olhos na minha direção).

Arthur - como é que vai ser, o senhor vai querer me dar ou me comer?

Barão sentou na cama, e começou a rir.

- o que você acha? (disse ele levando minha mão até seu pau, por baixo da calça).

Arthur - tem um problema. (falei sem graça).

Barão - então fala.

Arthur - eu nunca dei.

Barão - como assim nunca deu? Você nunca fez nada com outro cara, Arthur? (ele perguntava meio curioso).

Arthur - na bunda não. (eu não sei se o barão entenderia os termos passivo e ativo).

Barão - então você é virgem da bunda?

Eu confirmei.

Barão se aproximou de mim, e passou o dedo indicador por meus lábios.

- isso é fantástico, Arthur.

Arthur - não tanto assim. Eu tenho medo de soltar pra alguém, sacas? (na verdade eu tinha medo de decepcionar o barão).

barão - medo de que?

Arthur - de não aguentar, e passar vergonha.

barão - relaxa Arthur, eu serei bem tranquilo com você.

Arthur - então vamos logo começar que eu to ansioso. ( eu queria agradar o barão, queria que ele gostasse de mim o tanto ou mais do que eu gostava dele. Se era prazer que ele queria, eu iria tentar conceder prazer a ele).

barão - agora?

Arthur - é.

Barão começou a rir.

- você deve achar que eu sou um animal né Arthur? (antes que eu pudesse responder qualquer coisa ele continuou). Eu não vou fazer essa maldade com você, te trouxe aqui pra gente ficar um tempo a sós.

Eu fiquei com um ponto de interrogação na minha cabeça.

Barão - você ainda não está totalmente recuperado. Seria uma crueldade da minha parte se eu tivesse coragem de te usar assim.

Arthur - eu não sou de jogar nada na cara de ninguém, mas o senhor foi cruel comigo quando eu ainda estava de cama, por que seria diferente agora?

Barão abaixou a cabeça e respirou fundo.

- Você me deixou puto, aquele dia. Juro por Deus, Arthur, se meus filhos não tivessem chegado, acho que eu teria feito algo de muito grave contigo.

Barão continuava a ser um livro em branco. Afinal de contas, ele era ou não uma pessoa cruel?

Arthur - eu só respondi o que o senhor me perguntou.

Barão - mas eu não gostei daquela resposta. (disse ele voltando a ficar serio).

Arthur - não tinha outra.

Barão - mas você mentiu. Você disse que havia se vendido para o Loupan, e isso não foi verdade.

Arthur - não menti. Eu disse que havia saído com ele, e em troca ele me deu grana, mesmo contra a minha vontade.

Barão - essa parte você não me explicou.

Arthur - o senhor nem me deixou concluir, e já foi me agredindo.

barão abaixou a cabeça.

Barão - quer saber de uma coisa? Vamos mudar de assunto, antes que a gente se desentenda.

Arthur - antes de mudar de assunto eu preciso fazer uma pergunta que está entalada na minha garganta.

Barão - qual pergunta?

Ele me encarava sério.

Arthur - o senhor fez alguma coisa contra o Loupan?

O barão ficou mudo.

Arthur - o senhor bateu nele?

Barão - bati. Bati sim. Por que? ta com peninha dele, agora? (falou ele começando a se exaltar, e voltando a ser o velho barão de sempre).

Arthur - claro que eu to com pena. O senhor mandou o cara pra uti. (falei levantando da cama, e caçando minhas roupas).

Barão - não era pra ser assim. Eu queria apenas dar uma lição nele, mas fugiu do controle.

Arthur - o senhor não vale nada. (falei colocando a bermuda no corpo).

barão - o que você disse? (perguntou ele vindo em minha direção).

Arthur - que você não vale nada. Você é a pior pessoa que eu já conheci.

Barão - eu não valho nada? Eu fiz aquilo pra limpar tua honra! (gritou ele na minha cara).

Arthur - mas eu não pedi pra o senhor fazer nada por mim.

Barão - mas se estamos juntos, eu tenho a obrigação de agir, mesmo sem seu concedimento.

Tentei colocar minha camiseta, mas barão tomou de minhas mãos e a lançou para longe.

Barão - ainda não vamos embora.

Arthur - eu vou sózinho.

Barão - não vai.

Arthur - vou sim.

barão me pressionou contra a parede.

Barão - já disse que não vai. (disse ele cerrando os punhos).

Arthur - vai me bater? bate! mas essa vai ser a ultima vez. ( O olhei sério).

Barão soltou um sorriso cínico.

Puxei tudo o que havia na garganta e cuspi no rosto do barão.

De olhos abertos fiquei aguardando o soco, que não aconteceu.

Barão passou a mão no rosto e limpou o local do cuspe.

- Você quer que eu seja o vilão né, Arthur? Pois eu serei o vilão.

Continua...

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Comentários

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Hum que delícia!!Esse Barão dominador está um escândalo!!Mas acho que ele será bem gentil o Arthur!!!O conto está ótimo!!

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Adorei o capítulo! Loupan merecia uma lição, mas ñ chegar a ponto de parar na UTI! Espero que Barão ñ se torne realmente um vilão!

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Nossa teu conto ta top... os dois personagens são emocionalmente instáveis ao extremo... só precisam aceitar que é paixão e ficarem juntos logo kkkk

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Tem horas que o Arthur tem umas atitudes muito infantis que até eu to com vontade de dar umas porradas nele rsrsrrs

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HAAAAAAAAAAAAAA TODO ME TREMENDO, ANSIOSO QUASE NAD...

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Ainda bem que o Ben foi atrás e parece que precisará salvar o Arthur, mas acho que não é nada disso já que o Arthur já mostrou que se apaixona por quem bate nele, então quanto mais porrada ele levar mais apaixonado ficará.

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Não tenho nada a dizer, já deu pra mim reclamar e nada mudar!

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Gosto desse tipo de história com relação de amor,ódio e possessão, realmente você escreve muito bem, em dos seus contos no final chorei que nem criança, é uma pena parar de postar seus contos.

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