Renato & Elias Cap.25

Um conto erótico de Gustavinho
Categoria: Homossexual
Contém 953 palavras
Data: 19/07/2016 05:29:52

Cap.25

Ele me olhava com uma cara de afoito.

-O Lucas foi o culpado de tudo.

-O quê ?

-Como era de se esperar, tudo começou quando ele fez a compra dos medicamentos no laboratório clandestino, pondo em risco todos os pacientes. Peguei a planilha aonde ficaram os dados de compra e, o recibo, e olha o quão ridículo é... - olhei para a planilha e para o recibo, e havia uma grande discrepância nos dados. Enquanto na planilha se mostrava como se ele tivesse comprado num laboratório credenciado, o preço normal, no recibo é preço era absurdamente mais baixo.

-Ele embolsou esse dinheiro !

-É isso aí... E quando ele viu que o tiro ia sair pela culatra, procurou um bode expiatório para assumir a culpa pela burrada dele.

-Os médicos...

-Isso... Para começar, o médico que ele havia descoberto que era homossexual, algo que ele abomina. Você... E adivinha quem foi que ajudou ele ?

-Quem ?

-O Ed...

-O quê ? Mas como você sabe ?

-Eu fiz ele me contar...

FLASHBACK

NARRADO POR ELIAS

Estava procurando todos aqueles dados na sala dos enfermeiros quando de repente a porta foi aberta. Começei a mexer nas coisas do Ed, e o que vi me assustou. Estavam ali, todas as fichas do Renato, tudo o que ele disse que foi roubado dele, estava ali.

-Você ? - quando olhei para trás era o Ed. Justamente na hora em que eu mexia nas coisas dele – porquê está mexendo nas minhas coisas ?

-O que isso está fazendo aqui ? - perguntei, virando com o papel nas mãos para ele.

-Isso... O que te importa ?

-O que me importa ? Isso é o que foi roubado do Renato ! E está no meio das suas coisas... - fui direto para a porta, a tranquei e fiquei até lá – você vai me contar o que significa isso agora. E até abrir a boca não saíremos daqui !

Ele ficou durante alguns minutos afoito. Olhava para mim, olhava para os armários, para cima,e nada de falar.

-Eu não estou brincando... Fale !

-Porquê você quer saber ein ? É pra defender o seu namoradinho da acusação de ser um médico ruim ? - entendi logo...

-Foi você, não é ? Você quem contou para o Lucas sobre ele... - ele ficou em silêncio alguns instantes, mas logo veio novamente para cima de mim.

-Foi ! Foi eu sim ! Ele me trocou por você, deu para entender ! - ri

-Ele nunca gostou de você... O que vocês tiveram foi só uma ficação. Ele foi verdadeiro contigo, no momento em que achou que você tava se apaixonando, cortou tudo. E você, está tentando estragar a carreira dele. Você tem noção disso ? Tem noção de que se ele poderia perder a CFM e nunca mais trabalhar como médico ? - ele olhou para mim, olhou para o chão.

-Eu já me arrependi de ter feito isso, tá bom ? Mas, eu não podia voltar atrás. Era algo sem volta. Quando eu fiz, estava com raiva. A raiva falou mais alto.

-E o que foi que você fez ?

-Falei para o Lucas que ele era homossexual. Eu queria apenas fazê-lo ser demitido, tava com raiva. Mas ai, o Lucas foi além. Ele me ofereceu dinheiro para fazer algo para ele. E eu aceitei.

-Para fazer o quê ?

-Para aplicar um medicamento errado num paciente. Eu fiz, mas o remédio que eu peguei não era forte. Devia ter feito apenas o paciente ter tido alguma piora. Mas não o suficiente para matá-lo. O Lucas queria usar aquilo como pretexto para demitir ele. Mas o paciente morreu, e eu não sei porquê. Em seguida, o Lucas quebrou a câmera na sala do Renato e abriu o armário dele e pegou tudo. Me deu esses papéis em seguida...

-A culpa disso é sua. Aquele paciente morreu por sua causa...

-Eu sei...

-Eu não pretendo te denunciar, até porquê acho que a culpa vai ser o melhor remédio para você – e então abri a porta para sair – mas não sei o Renato.

FIM DO FLASHBACK

NARRADO POR RENATO

-Então foram eles dois.

-Foram... Eles dois... E eu peguei a autópsia daquele paciente no meio das coisas do Lucas. Vim olhando de lá até aqui, e nem ele, nem você tem culpa nessa morte. A causa da morte foi um infarto fulminante. Tá aqui... - falou ele me dando o papel – parece que por uma sorte do Ed, o medicamento que ele aplicou não era do lote dos clandestinos. Não influenciou nessa morte...

-Então vai ser fácil recuperar o meu CFM. Eu não acho que o Ed mereça ser denunciado. Deixa ele pensar que matou aquele homem, já vai ser castigo suficiente. Agora o Lucas, esse sim, eu faço questão que perca até as cuecas.

TEMPO DEPOIS

Nem precisou de muita batalha. Na primeira defesa que o CFM ouviu de mim, devolveram a minha licença e eu pude voltar a trabalhar. Obviamente, estava sem emprego. Tanto eu, quanto ele.

-E então ? O que vamos fazer ? Aquilo que mais temíamos aconteceu, estamos desempregados ?

-Não sei... Pensei em abrir uma clínica própria. Nós temos uma caderneta de clientes grande Renato, não acredito que possamos nos dar mal num negócio próprio.

-Vamos esperar sair o resultado do julgamento do Lucas. Não se esqueça que o hospital pode ser reaberto pelo novo dono.

-Mas não vale a pena Renato. Depois disso tudo esse hospital vai ficar com uma fama horrível. O melhor é, ou abrirmos uma clínica, ou procurarmos emprego em outro hospital.

-A gente vê isso depois... Afinal dinheiro não é problema, por enquanto. O que temos no banco pode nos manter. Eu queria apenas saber algo de você... O que pensa a respeito de casamento ?

Continua

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Comentários

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Kkkkkk na lata assim? Gostei. Elias está certo pode não ser uma boa continuar no hospital e se podem abrir uma clínica e tem já uma quantidade de clientes, porque não?

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