João e o Pé de Feijão - 1

Um conto erótico de Tazmania
Categoria: Homossexual
Contém 2055 palavras
Data: 31/08/2016 23:01:07
Última revisão: 31/08/2016 23:18:58

Então queridos,nem sei como recomeçar. Depois de quatro anos eu volto à CDC para compartilhar essa história que é fruto de alguns momentos da minha vida. Espero que gostem. O título não está lá essas coisas, mas sempre fui péssimo com isso, então já começo me desculpando rsrs. Enfim, vamos à história porque o Otávio e o Bruno estão doidos para serem conhecidos.

Boa leitura!

João e o pé de feijão - Cícero (https://www.youtube.com/watch?v=sWNfRYuIiKI)

Ninguém soube

Que ele foi morar longe não,

Ninguém soube

Não foi ponto feriado ou desconforto pra

Ninguém soube,

Diz a lenda que trocou suas certezas

Por alguns sonhos mágicos.

Ninguém soube

Que ele foi morar longe não

Ninguém cabe

Não foi ponto

O comércio estava pronto

E vem meu bem o dia de são ninguém

Ainda não fazem pessoas de algodão.

Ainda não fazem pessoas de algodão.

Ainda não fazem pessoas que enxugue

Suas próprias mágoas.

Otávio é um jovem de 15 anos, branco, com seus 175 cm de altura, com cabelo ondulado, mas que deixa sempre curto, o que lhe dá o ar de garoto abusado, o que realmente ele é. É bonito, isso ninguém podia negar, contudo uma beleza comum, uma beleza dentro dos padrões de beleza. Ou seja, não era um deus grego, mas também não passava despercebido.

Nasceu em um lar bem estruturado, com mãe e pai, mas fora filho único e por isso muito mimado pelo pai que sempre sonhou ter um moleque. E desde pequeno nunca foi muito desobediente, assim, seus pais sempre eram chamados na escola para ouvir queixas de suas travessuras, entretanto, no boletim sempre tirava notas boas. Não era aluno de 10, mas conseguia se sair bem.

Ele nem ligava quando os pais passavam longos minutos falando, falando e falando. Ele queria era se divertir, ter colegas, curtir a vida e fazer o que lhe "dava na telha". Seus colegas de escola sempre gostavam dele a princípio, mas depois de um tempo, por ser mimado, arrogante e ignorante, acabava sozinho, sem ninguém mais íntimo. Bem, não ninguém, havia uma pessoa a quem Otávio não tratava assim e quando tentava se crescer, era colocado no seu lugar. Desde que se entendia por gente Otávio tinha um amigo, seu vizinho Bruno, que aos poucos foi percebendo que era mais que amigo, era um irmão. Os dois cresceram juntos e a amizade dos dois era uma esperança para os pais de Otávio e uma preocupação para a mãe de Bruno.

Este também era filho único, mas de mãe solteira. Seu pai lhe havia abandonado poucos meses depois de nascido, o que fez com que sua mãe se matasse de trabalhar para poder lhe sustentar. Era uma mulher forte, na verdade ambos eram. Pois mesmo crescendo com dificuldade aprendeu o valor do trabalho e do esforço para ter as coisas. Apenas com oito anos de idade, seu pai apareceu e começou a lhe dar uma pensão boa, mas apenas isso que lhe dava, pois dele mesmo não queria saber.

A partir dai sua vida ficou mais confortável, entretanto, ele já havia aprendido a viver com privações. Ele cresceu um menino tímido, mas forte, suportando e enfrentando o que lhe aparecesse com coragem. Estudioso! Isso ele era, tanto, que mesmo tendo condições, conseguiu uma bolsa para o melhor colégio da cidade, colégio esse que seu amigo Otávio estudava.

Ele era apenas um ano mais velho que Otávio, também era mais baixo uns 5 cm que ele, e um tanto magro, não tinha o corpo firme e esbelto do amigo. Também era um rapaz bonito, mesmo ele não se achando bonito como o amigo, era branco, e fascinado por futebol, coisa que aprendeu com Otávio, desde pequeno. Assim como o mais velho, só tinha um amigo, pois sua timidez o impedia de se aproximar das pessoas.

Os dois meninos cresceram juntos e frequentando um a casa do outro, dormindo em ambas as casas; nas viagens da casa de Otávio, o lugar de Bruno estava sempre reservado. Era mais que amigos, eram irmãos e as vezes se apresentavam assim às pessoas, mas não enganavam muita gente por causa da diferença física dos dois.

Bruno não sabia dizer quando a história dos dois tinha começado, pois o que sentia pelo amigo era mais que amizade a muito tempo, e por todo esse tempo escondeu esse sentimento por medo, vergonha, preconceito e todos os problemas que quem se descobre gay sabe que passa. Mas Otávio sim se lembra e é ele que irá contar essa história.

Aquela quarta-feira estava um saco. Cheguei da escola e fui direto para o quarto para descansar, pois o calor estava de matar. Liguei o ar-condicionado e acabei dormindo e sonhando que estava comendo uma loirinha deliciosa. Mas no meio do sonho eu fui acordado com um tapa na cara.

- Puta que pariu! Que susto, seu viado! – Eu já sabia quem era, afinal, só o Bruno entrava ali daquela forma. – Porra bruno, sabe que detesto quando você faz isso!

- Eu gosto e isso que importa kkkk. E ai seu inútil, fazendo nada como sempre né?

- Nada disso, estava dormindo e isso é muita coisa, mas você, sua praga, me acordou.

- Porra! São 18:00 hs, já liguei duas vezes e você ainda estava dormindo, já era hora de acordar.

- Porra nenhuma. Eu estou na merda ainda da festa de ontem, cansado pra cacete, então deixa eu dormir.

- Ainda?! Que horas você voltou?

- Hoje de manhã.

- Que loucura! Cara, tinha aula hoje, você anda comendo merda? Sua mãe deve ter falado pra caralho.

- Claro né, ela fala pra caralho sempre, se ela não fala pra caralho ela morre kkkk.

- Exagerado – Concordou ele, sorrindo.

- Mas a culpa é sua!

- Minha porque?

- Você não quis ir comigo, deu nisso.

- Porra nenhuma, eu sou sua babá por um acaso? E outra, você sempre me chama e quando chega na festa me larga para ficar com seus amigos vigaristas.

- Eles não são meus amigos e você sabe disso. Eu só tenho um amigo e é você. - falei deixando ele vermelho.

-sei, mas mesmo assim, sempre fico de pista.

- Poxa cara, não faço por mal, mas é que a galera se empolga e você não quer entrar nela poxa.

- Deus me livre, de vagabundo na minha vida já basta você. - falou ele rindo.

-Ah maravilha, vai ficar me xingando ou vai falar logo porque estava me procurando?

-Pois é, acabou que nem falei, quer ir lá pra casa para jogarmos um jogo novo que comprei?

- Que jogo?

-Jogos mortais.

- Pow, show de bola! Mais tarde eu passo lá.

- Ué porque não agora?

-Porque eu estava dormindo e vou voltar a dormir.

- Ah não vai não!

- Me impeça se for homem! - ele pulou em cima de mim e tentou me bater, mas eu dominei ele, tirei sua bermuda e dei uns tapas na bunda dele. Ele gritava pra eu largar ele, mas só larguei depois que ele pediu arrego.

Finalmente ele me deixou em paz e eu pude voltar a dormir. Mais tarde, por volta de umas 8 da noite eu levantei, jantei e fui tomar um banho. Só depois disso que fui para a casa dele. Cheguei entrando e o vi sentado vendo TV. Ele reclamou da hora, que já estava tarde e sei lá mais o que; que não iria dar pra virar o jogo, mas fiquei puto e mandei ele calar a boca. Fomos pro quarto dele, ele abriu o jogo e colocou para começarmos logo a jogar. Era muito foda! Quando olhamos no relógio já era 23 horas e nada de desistirmos de jogar. Me deu sede e pedi água. Ele me mandou ir na cozinha, mas ao chegar lá encontro algo mais interessante, uma garrafa de vodka. Eu enchi um copo e fui para o quarto dele, fui bebendo e ele nem percebeu. Quando fui pegar o controle ele deve ter sentido o cheiro.

- O que é isso que você está bebendo seu maluco? - falou ele meio preocupado.

- Água, estava na geladeira. - ele pegou o copo da minha mão e cheirou.

- Isso é a vodka da minha mãe. Cara, ela vai me matar, porque você foi pegar? Tu é foda heim!

- ah, deixa de ser frouxo, ela nem vai perceber, só completar com um pouco de água, ou álcool mesmo. Faço isso direto lá em casa.

- Mas o seu pai só falta limpar seu rabo, minha mãe não é assim.

- kkkkkkkkk deixa de ser mulherzinha, bebe esse resto aí que você vai relaxar. Você tem que curtir a vida Nuno, só se vive uma vez. - ele ficou me olhando e acabou pegando o copo e virando. Foi engraçado porque ele começou a tossir.

- Nossa! Esta me queimando por dentro.

- kkkkkkkkk nunca bebeu vodka mesmo?

-Tu sabe muito bem que não, nem deveria estar bebendo. Minha mãe vai me matar.

-Vai nada, só vai falar um pouco, isso se ela descobrir, o que eu duvido muito. Aproveita as oportunidades maninho. Vou lá pegar mais.

Eu queria que o Bruno saísse daquele círculo todo certinho, ser menino tímido não estava com nada, ele devia ser mais descolado, mas ainda estava debaixo da saia da mãe. Mas ele sempre foi assim, por mais que eu insistisse, nada mudava ele. Bem, fazer o que né?!

-Tá maluco? Deixa essa garrafa lá cara!

-Depois eu busco uma lá em casa e coloco no lugar, relaxa irmão.

- você como sempre só me coloca em furada.

- relaxa, tá comigo, tá com Deus. - enchi um copo e dei pra ele. - À nossa amizade. - falei levantado o copo e fazendo um brinde.

-Ao meu castigo quando minha mãe descobrir. - falou ele rindo e virando o copo cheio. Fiz o mesmo.

Começamos a beber e jogar, depois de mais um copo eu já estava alegrinho, e ele ia beber o terceiro, mas eu tomei meu quarto no lugar dele. Ele reclamou um pouco, mas continuamos rindo e jogando. Eu comecei a falar da prima gostosa dele e perguntando se ele já tinha pegado. Ele falou que não, então falei que eu ia pegar, só pra provocar, pois sabia que ele gostava dela.

-Cara, aquilo é carne de primeira. Tenho que provar.

-Para com isso cara, se alguém tem que pegar minha prima sou eu.

-Ah, mas você é muito lerdão. Te dou um mês, beleza?

- Só?

-Só nada, é muito, já tô até de pau duro só de pensar no rabo dela, aqueles peitões, aquela boquinha me mamando. - ao falar isso, vi seu olhar ir para minha bermuda. No princípio achei estranho, mas quem não ia conferir se um cara falasse que está ficado de pau duro, a curiosidade é foda.

-Para de falar putaria cara. - disse ele vermelho.

- ah, vai dizer que você não bate um pensando nela?

-claro né, mas não precisa dizer.

-ficou com vergoinha foi bebê?

Eu fiquei tirando um sarro com a cara dele um tempo até que começou a falar de escola, o assunto preferido dele. Estava tão chato ele falando das matérias dele que acabei dormindo e sua cama. Apaguei e só fui acordando porque senti uma mordida a no meu pau. Só podia ser sonho, mas se fosse eu não queria acordar, por que estava bom demais. Abri os olhos devagar e aquela cena não podia ser real, só podia ser sonho mesmo, na verdade um pesadelo. O Bruno, meu amigo, que eu considero um irmão estava me chupando. Eu não estava acreditando, de verdade, ele engolia ela toda, mamava de olhos fechados passava a língua nos lábios e como se tomasse um delicioso sorvete. Aquilo era sonho! O sonho mais maluco que eu já tive, eu tinha que acordar. Então fui levando a mão até a cabeça dele e quando eu encostei vi que não era sonho, meu melhor amigo estava se aproveitando de mim, me chupando enquanto eu dormia.

Ambos demos um pulo da cama. Eu estava estático, não sabia o que fazer ou falar. Ele me olhava com cara de medo, pavor, pânico, sabe-se lá. Minha cabeça era um turbilhão, o que fazer? Sei que fiquei com muita raiva, por que ele era viado. Eu compartilhei minha vida com ele e ele me escondeu isso, me enganou mentiu pra mim. Eu fui o melhor amigo que ele pôde ter, estava me sentindo traídoTá ai! Vamos ver o que acharam...

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Comentários

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comecei a ler agora é e estou amando. ♡♡♡

essa parte final uiiii.

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Caramba.. muito bom.. você é o mesmo escritor do "prisioneiro da paixão" ou do "amigo da minha irmã"???

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Huuum, este enredo é interessante; o amgo que descobre queo o outro é gay e se afasta. Depois, descobre que o ama e tenta se reaproximar, masa reaproximação é dificultada por um terceira pessoa. Continua que escreves muito bem. Um abraço carinhoso,

Plutão

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DEIXA DE SER OTÁRIO OTÁVIO! BRUNO NÃO DEIXA DE SER SEU MELLHOR AMIGO PORQUE TE CHUPOU OU PORQUE É GAY. PURO PRECONCEITO SEU. VAI ACABAR FAZENDO SEU MELHOR AMIGO SOFRER E DEPOIS VAI SOFRER TB. EM RAZÃO DISSO MINHA NOTA.

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Cara, que maravilha sua volta man, e pelo comeco desse prevejo coisa boa vindo haha. Agora só falta o Bruno retomar com o Apzixonado Por Um Pitboy, abracos man...

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Taz, meu querido fico feliz que você tenha postado esta história, apesar do começo tempestuoso, acredito que ela vai ser linda! Estarei acompanhando, grande beijo! <3

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