POR AM❤R - Capítulo 31 - Traição?

Um conto erótico de Vitor Gabriel e Lucas
Categoria: Homossexual
Contém 6961 palavras
Data: 22/08/2016 16:35:55
Última revisão: 23/08/2016 00:10:04

Oi meus lindos! Demorei, mas cheguei.

Para compensar a demora, escrevi um capítulo bem grandinho. Aproveitem!

Ah, relevem os erros. Por conta do capítulo grande, dei uma revisada bem superficial, então se alguma coisa ficar confusa, se vocês não entenderem algo que não faça sentido ou até mesmo um erro grotesco, me sinalizem.

Sim, outra coisa, o que acharam do quadro de medalhas do Brasil no Rio 2016? Poderíamos ter ganhado mais, no entanto, nossos atletas lutaram bravamente e eles merecem uma salva de palmas, não é? Ah, e o encerramento? Ficou lindo demais. Parabéns, Rio!

✚ ✚ ✚ ✚ ✚ ✚ ✚ ✚ ✚

★ FEFEHH,

Fico feliz por ter gostado. Continua com a gente, tá? Beijo!

★ PVP552,

Kelly ainda vai aprontar, mais precisamente neste capítulo, mas a hora dela vai chegar. Beijo!

★ NAYARAH,

Lindo nome, sabia? A verdade tarda, mas sempre chega. Segura o coração que vai ter muitas emoções ainda. Beijo!

★ JARDON,

Acho que vai ter mais um pouco de decepção para por na conta, mas não existe pessoas perfeitas, não é? Beijo!

★ SUUH16,

Eu sei que sou mal as vezes, mas vocês sabem que amo todos, não é? Espero que não fiquem com raiva HAHAHA. Beijo!

★ GABSPARKS,

Não é porque o Max é rico que Lucas perdoa, quem realmente lê a história, sabe que o nosso protagonista é um pouco ingênuo e quer sempre está de bem com todo mundo, cada pessoa tem seu temperamento, as pessoas são diferentes uma da outra, não é porque você é rancoroso, não perdoa fácil as pessoas, que a outra seja assim também, entende? Tem muita água para passar por baixo dessa ponte que vai deixar Lucas em dúvida sobre o perdão. Beijo!

★ SAFAFINHOGOSTOSO,

Adoro esse nome, não vou mentir HAHAHA. Acho que você vai ficar com mais raiva ainda do Max depois desse capítulo, mas será que dessa vez a reação de Lucas será diferente? Como eu havia dito lá em cima a um leitor, o nosso protagonista é um pouco ingênuo e quer sempre está de bem com todo mundo, cada pessoa tem seu temperamento, as pessoas são diferentes uma da outra, não é porque você é rancoroso, não perdoa fácil as pessoas, que a outra seja assim também. Beijo!

★ RYUHO,

Suas dúvidas serão respondidas parcialmente neste capítulo. Acho que a vontade de socar Max não vai passar tão cedo, mas como eu tenho dito, todos nós erramos. Sobre o que vai acontecer com Lucas e Hugo, você vai dar na minha cara no final do capítulo, eu estou logo dizendo HAHAHA. Beijo!

★ WILLIAM26,

Que isso, Will! (Porque eu sou íntimo), aqui você pode tudo, inclusive me xingar algumas vezes HAHAHA. Adoro quando os meus leitores ficam dando suposições, bancando o detetive analisando os personagens. Acho que amor, amor mesmo ele sente por outra pessoa ou ele ama o Max e está confuso? Sobre pedir demissão, é muito complicado, eu não sei se pediria, mas as vezes eu agiria da mesma maneira. Imagina você trabalhar num ninho de cobras? O rendimento cai. Complicado!

★ WORLD,

Quanta revolta no seu core, jovem! Que isso HAHAHA. Que perversão, Lucas não é desses de pensar em segundas intensões (mentira), mas imagina se rolar? Lucas tem uma quedinha pelo Hugo, o que será que acontecia se os dois transasse? Agora a pergunta que não quer calar... Será que o Hugo curte a fruta? Acho que não, hein? Obrigado pelos elogios, amore. Fico grato! Beijão.

【ツ】

MAXIMUS ALBUQUERQUE TRADE CENTER

— Não tem necessidade de sair, Lucas! Sabe por quê? Por que você não é ladrão.

— Só você, Luan! Que até o nosso chefe, presidente desse grupo acha que eu sou ladrão.

Disse Lucas suspirando.

— O Max disse isso? – Kelly não segurou e resolveu perguntar com um meio sorriso no rosto.

— Você não é ladrão, Lucas. E eu vou te provar isso agora!

— Provar? – Gleyce Kelly perguntou com certo receio.

— Isso mesmo! Eu não sei se você soube, mas as nossas câmeras pegou a Roberta, que trabalha no almoxarifado, desviando produtos de lá – Falou — Além de ser pega tentando roubar um Ipad de um funcionário do setor de finanças.

— Como é? – Kelly já estava totalmente surpresa já adivinhando no que iria dar.

— Vamos à sala de controle que você irá ver as imagens das câmeras que a flagrou.

Luan pegou na mão do irmão e o "arrastou" até a sala de vídeo, sendo seguido por Kelly e Leonardo, que até então, ainda não pronunciava nada.

— Luan... – Regina abordou o diretor de Recursos Humanos.

— Eu estou indo para a sala da segurança, Regina! É para me entregar? – Luan olhou para os papéis.

— É sobre a Roberta, não é? – Regina perguntou — Eu sabia que o Luquinhas não tinha nada a ver com aquele roubo de celular, eu disse para ele ter cuidado com algumas pessoas que trabalham aqui.

Regina olhou diretamente nos olhos de Gleyce Kelly, que desviou na mesma hora.

Por que essa velha está olhando para mim? — Kelly pensou.

— Obrigado pela confiança, dona Regina! – Lucas riu um pouco sem graça.

— Só tira o "dona", por favor! – Gargalhou.

— A senhora acha que foi ela que tentou roubar o celular do Leonardo e incriminou o Lucas?

Totalmente cara de pau, Kelly perguntou a Regina.

— Sabe? – Regina resolveu jogar também — Eu estava jurando que teria sido outra pessoa que tinha tentado incriminar o Lucas – Disse olhando nos fundos dos olhos da Kelly — No entanto, justo naquele dia que acharam o celular do seu companheiro de trabalho – Apontou para Leonardo — Roberta tinha entrado na sala e agiu estranhamente, e você é testemunha, Kelly!

FLASH BACK

Kelly foi levar um documento na sala do irmão de Lucas, falou alguma coisa e logo depois saiu.

— Se assustou, Roberta?

Perguntou vendo à amiga se assustar após sair da sala do Luan e bater de frente com a mesma.

— Não – Negou um pouco sem graça — Eu vim ver se Rita estava por aqui, porque disseram que a viram entrando aqui – Falou.

Regina que chegava à mesma hora viu toda a cena e estranhou.

— Alguém recebe para mim? – Disse estendendo um ofício que estava em sua mão.

— Eu recebo, Regina! – Kelly foi em direção da senhora e assinou uma folha de ofício.

— Obrigada, querida! – Regina agradeceu falsamente e saiu.

— MEU CELULAR! - Todo mundo se assustou com o grito de Leonardo.

Roberta ficou agitada e resolveu sair de fininho.

— Não acredito! – Disse procurando em sua mochila, nas gavetas da mesa e nos armários.

FIM DO FLASH BACK

— Sim... – Kelly não sabia como reagir — É... Eu vi!

— Você até perguntou se ela tinha se assustado – Regina disse lembrando-se do ocorrido.

— Eu me lembro de ter ouvido a voz dela quando estava na minha sala – Luan disse sorrindo.

A loira não podia negar ali na frente de todo mundo, poderia até sobrar para ela. O que restava para a megera era confirmar o fato.

— Eu... Eu lembro. – Kelly estava xingando a tudo e a todos por dentro.

— Eu lembro muito bem! – Regina voltou a falar deixando Kelly com mais raiva ainda — Eu tinha entrado na sala para poder entregar um ofício e você – Apontou para Kelly — assinou o recebimento e depois eu fui embora. Lembra?

Kelly não falava mais nada.

— Quando eu estava quase virando o corredor indo para a sala, eu vi que a Roberta saiu quase correndo de lá, ou seja, ela tentou roubar o celular dele – Apontou para Leonardo novamente — e jogou dentro da bolsa do Lucas quando notou que alguém estava se aproximando.

— Olha aqui as imagens dos flagras da Roberta – Luan apontou para o vídeo.

As imagens mostravam a funcionária colocando uma caixa de um provável notebook novinho em folha, armazenado no almoxarifado, numa enorme bolsa que ela usava, também eram furtados caixas de grampeadores, grampos, tesouras e entre outros objetos de escritório, mas o mais chocante foi quando Roberta colocou um aparelho de celular de uma das vítimas dentro do seu bolso quando ela se distraia digitando alguma coisa em um computador, no setor de finanças.

— Acho que passou da hora de colocar uma câmera dentro do departamento de RH, Luan!

Regina falou.

— Acho que não tem necessidade, no setor de finanças tem câmeras por conta dos inúmeros computadores e entre outros eletrônicos que tem lá – Luan respondeu.

— Mas depois dessa, acho que seria viável pelo menos uma câmera na sala para problemas assim.

Luan pareceu pensar, mas foi logo falar com o operador de vídeo.

— Agora vamos procurar as gravações do dia que o celular de Leonardo foi parar na bolsa de Lucas.

Por mais que seja proibida a divulgação das gravações das câmeras de vigilância para terceiros, Luan precisava mostrar para esclarecer a situação, até mesmo para o próprio irmão, como prova.

— Olha aqui! Olha ela saindo apressada lá da sala, gente! – Luan se sentia o próprio Sherlock Holmes.

— Que safada! – Regina olhava atentamente o vídeo.

Lucas até o momento não comentava nada, apenas observava tudo.

— Meu Deus! – Kelly fingiu – A gente não dá nada pela pessoa e agora nós sabemos do que ela é capaz.

— Descobri que as pessoas não são o que elas parecem da pior maneira

Disse Lucas fazendo todos olharem para ele.

— E ela, Luan? O que ela diz? – Regina perguntou.

— Ela negou tudo, claro! Max ficou de conversar com ela – Luan falou.

— Bom, eu preciso voltar para o meu departamento, tenho muita coisa para fazer.

Kelly disse exibindo um sorriso mais falso do que uma nota de três reais.

— Eu... Eu também – Disse Leonardo sem coragem de olhar nos olhos do seu colega de trabalho.

— Léo, eu acho que você deve alguma coisa para Lucas, não é? – Luan alfinetou.

— Devo? Devo o quê? – Disse vermelho de vergonha.

— Um pedido de desculpas sairia muito bem – Luan disse.

— Pedido de desculpas? – Leonardo bufou — Ainda não foi provado se ele cometeu o ato ou não.

Leonardo sorriu de deboche.

— Mas todas as evidências apontam que você cometeu um erro ao acusar seu amigo.

— Primeiro que ele não é o meu amigo, segundo que todas as provas levavam a ele ser o acusado...

— Tá bom, Leonardo! – Lucas interrompeu — Para você, eu roubei aquela merda do seu celular.

— Ora, seu...

— Vamos para os dois? – Luan se irritou — Leonardo, você pode voltar para o seu setor.

— Eu também vou voltar para o meu, tem muita coisa para fazer – Regina também se despediu.

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— DROGA!

Kelly se olhava furiosamente através do espelho do banheiro feminino.

— DROGA E DROGA!

A loira começou a esmurrar o espelho.

— QUE RAIVA!

A mau-caráter esmurrava o espelho mais ainda.

— QUE ÓDIO!

Gritava furiosamente para si mesma pelo espelho no sanitário vazio.

— Porque foram inventar de descobrir que aquela imbecil da Roberta é uma ladra justa agora?

A técnica administrativa esfregava o próprio rosto, borrando a maquiagem.

— Isso colocou tudo por água a baixo. Isso não podia ter acontecido.

— QUE MEEEEEEEERDA!

Kelly bufou.

— Jamais iria imaginar que isso viesse acontecer, parece que tudo conspira contra mim.

A loira do departamento de RH ficou pensativa.

— Eu tenho que tomar medidas drásticas. Isso não pode acabar com meu plano.

— Que plano é esse que você tanto fala, querida?

Kelly se assustou com a imagem de Regina que se formou no espelho.

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— É isso mesmo que você vai querer?

Luan perguntava pela segunda vez para o irmão.

— Eu já disse que não pretendo pisar mais o pé aqui, mesmo que provem alguma coisa.

— Mas Lucas, agora com esse flagra, vai ficar mais que na cara que você não roubou.

Luan tentava apaziguar as coisas.

— Mas vão ficar me olhando, vão sempre ligar esse tipo de coisa a minha pessoa, entende?

— Não quero isso – Completou.

— Meu querido, é só você me comunicar ou até comunicar o Max quem distratar você. Simples!

Lucas pareceu pensar.

— Luan...

— Eu acho um tiro no pé você querer sair agora – Interrompeu.

— Eu não sei...

— Vai dar essa vitória a esses fofoqueiros? – Luan deu um sorriso.

Lucas suspirou

— Pensa bem! – O seu irmão deu duas tapinhas no seu ombro.

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— Hein? – Regina perguntou pela segunda vez.

— E por acaso é da sua conta? Agora está dando para ouvir as conversas dos outros?

— Outros? – Regina deu um sorriso debochado. — Eu só estou vendo você aqui.

— Dona Regina, o que a senhora quer comigo? Vai procurar outra para encher. – Kelly se irritou.

— Olha aqui, garota! – O tom da funcionária mudou — Você pensa que eu esqueço o dia que você tentou armar para cima de mim? Eu sei que você faz de tudo para ficar junto do grande Maximiliano Albuquerque. Ambiciosa, não? Eu posso ser velha, mas eu já fui jovem, querida. Tentou até puxar o meu tapete, mas não conseguiu. Não foi? – Regina disse olhando para ela.

— Mas isso não lhe dá o direito de tentar sabotar a vida do garoto, de acusar ele de uma coisa muito séria. Jogue limpo, não use as pessoas como uma arma sua – Regina alertou.

— E você está se intrometendo demais nos meus assuntos, sua velha idiota.

Regina se assustou com a reação da loira.

— Olha aqui, você me...

— Ah, cala a boca, sua velha gagá! Hoje eu não estou com paciência com você. Anda, vaza logo daqui antes que você acabe caindo e fraturando o fêmur. Sabe como são essas velhas que nem você, qualquer quedinha pode até morrer – Disse com um sorriso de deboche.

— Você está me ameaçando, Kelly? – Regina a desafiou.

— Eu? Jamais! Só estou dizendo apenas a verdade, queridinha. – Kelly sorriu falsamente.

— Eu deveria...

— Você não deveria NADA! Vai, anda, sai logo daqui que eu preciso me recompor

Disse empurrando à senhora.

— Você não presta, Kelly! – Regina acusou.

— Alguns homens já me falaram isso – Disse rindo.

Uma pessoa entra no banheiro, mas logo depois sai.

— Você que tome cuidado, sua velha imbecil! Saiba onde pisa, porque esse piso poderá ceder.

Disse sozinha retocando o batom.

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Narrado por Lucas

NA FACULDADE...

— Esse trabalho valerá metade da prova, ou seja, de 0 a 5, enquanto a prova também valerá de 0 a 5.

Disse a professora aparentemente de mal humor.

— Essa quenga! – Bel se irritou — Em vez de ela ajudar, ela bota para foder mais ainda na gente.

— Custava nada à prova valer de 0 a 7 – Carol também reclamou.

— Quero que na próxima aula vocês me tragam os nomes dos componentes de cada grupo, tudo bem?

— O que é que tu tem, menino? – Bel deu uma tapa na minha cabeça.

— Eu? Nada! – Desconversei.

— Nada? Desde hoje você está aéreo aí – Bel pareceu me averiguar.

— Cansado!

Por um lado, eu não estava mentindo.

— Ele deve está amando – Edson me zombou fazendo algumas pessoas me olharem.

— Fala mais alto que ainda está baixo – Debochei.

— Gente, eu fiz a chamada mais cedo para aqueles que não estiverem nem um pouco a fim de assistir aula, saírem da porta para fora. Então, por favor, colaborem! – A educadora se irritou.

— Essa mulher tá o próprio satanás hoje – Bel bufou com o queixo apoiado na sua mão.

De repente, a professora olha um pouco assustada em direção à porta que tinha uma pequena janela de vidro e praticamente corre até ela.

— Boa noite, professora! – Uma voz que eu já conhecia se propagou pelo ambiente.

— Bo-Boa noite! – A mestre quase gaguejou — O que deseja?

Era nada mais, nada menos que Maximiliano Albuquerque. Um burburinho se formou na sala de aula.

— Meu Deus! – Bel disse um pouco alto — Esse teu patrão é um gato! – A loira suspirou.

— Professora, eu gostaria de falar com aquele rapaz ali – Disse apontando para mim.

Todas as cabeças da sala se viraram para mim.

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— Poxa, Max! Por que não esperou até amanhã? – Reclamei.

Nós estávamos na varanda de vidro, como nós a chamávamos, que ficava de frente para o mar. Por conta do horário, já que as maiorias das salas estavam tendo aula, tinham poucas pessoas no lugar.

— Eu não aguentaria esperar até amanhã, Lucas! – Disse alisando minha bochecha com o polegar.

— Eu não quero conversar com você, Max! – Tentei me afastar, mas o mesmo me segurou.

— Eu tive que vir até aqui para poder te ver, procurei você, mas já tinha saído de lá.

Referia-se ao prédio que nós trabalhávamos.

— Como você me encontrou aqui? – Perguntei.

— Você já tinha me falado que estudava aqui, Lucas! – Disse com um sorriso.

— Não, eu estou falando de encontrar a minha sala de aula.

— Ah, eu dei o meu jeito – Disse sorrindo mais ainda — E a gente, Lucas? – Perguntou.

— Max, eu...

— E eu não gostei muito daquela intimidade toda com aquele rapaz moreno – Falou.

— Que rapaz? – Estranhei.

— Não gostei daquela liberdade toda que ele mexia com você – Falou claramente irritado.

— Você estava me observando desde a hora que eu cheguei?

Eu tinha sacado tudo.

— Na verdade...

— Eu vou ser bem franco com você, Max! – Interrompi.

Suspirei profundamente e resolvi tentar dar um basta tudo nisso. Tinha que cortar o mal pela raiz.

— Primeiro que ele é meu colega de faculdade, se ele brinca comigo, é porque certamente eu dei liberdade, assim se for ao contrário. Ele não é um estranho, além de eu estar com várias pessoas ao meu redor, não era só ele que brincava comigo, como você viu – Falei já sem paciência.

Max tentou falar alguma coisa, mas logo foi interrompido.

— Ultimamente você vem demonstrando um comportamento que está fazendo eu me afastar cada vez mais de você, até parece que você não confia em mim. Até me chamar de ladrão você já me chamou.

— Ainda sobre isso? Eu estava nervoso depois que você disse que iria pedir demissão, mas ainda bem...

Revirei os olhos e disso de uma só vez.

— Eu quero dar um tempo nisso que está acontecendo entre a gente – Fui direito.

Max parou e me encarou, tentando entender o que havia escutado.

— Você está me dispensando assim sem mais nem menos? Logo aqui? É isso, Lucas?

Ele não estava acreditando.

— Eu sei que não estou sendo o melhor das pessoas, mas eu não aguento mais. Como eu vou conviver com uma pessoa dia-a-dia que até me disse que poderia ter chamado a polícia para mim? Olha, Max! Eu ainda estou com aquela conversa entalada na minha garganta. Eu te juro!

Disse me lembrando do ocorrido.

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FLASH BACK

Max segurou os braços do seu companheiro agressivamente, até assustando o jovem.

— Lucas, me diz a verdade! – Max exigiu.

— Dizer a verdade? Eu não estou entendendo!

Disse Lucas olhando para a mão do seu companheiro apertar cada vez mais o seu braço.

— Eu não quero desacreditar que é inocente, mas você está me dando motivo para isso – Falou.

— Não... – Os olhos de Lucas encheram de lágrimas — Você não está dizendo que eu...

— Eu podia chamar a polícia para você, mas eu te acobertei esse tempo todo e quer sair da empresa?

Lucas não estava acreditando que estava ouvindo aquilo.

— Você não está... Não, eu não estou acreditando que você está me acusando que eu...

FIM DO FLASH BACK

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— Lucas, eu já disse que falei aquilo no calor da emoção. Eu me arrependo amargamente de ter te acusado.

— Mas não é só isso, Max! – Suspirei — Você é lindo...

— Você mais ainda, meu amor! – Max alisou o meu braço.

— Como eu havia dito – Lucas se afastou um pouco — Você é lindo, Max! Jovem, bem sucedido, carinhoso, uma ótima pessoa e vou te agradecer para sempre o que você fez por mim – Disse a verdade.

— Eu fiz isso porque eu sou completamente apaixonado por você, Lucas! – Disse.

Engoli em seco.

— Max, infelizmente eu acho que isso não é reciproco! – Disse na lata.

O vento pareceu ficar mais violento, o cheiro de maré parece que aumentou ainda mais e o lugar que ainda tinha algumas pessoas sentadas em alguns bancos, ficou vazio, deixando ele e eu sozinhos, apenas algumas pessoas caminhavam na calçada do lado da faculdade e mais algumas no calçadão da pequena orla.

— Não vou mentir que eu sinto uma grande atração por você, mas aquele sentimento de estar nas nuvens, aquele friozinho na barriga, aquela sensação de que algo esteja se revirando no estômago quando o seu amor se aproxima, não, eu não sinto nada disso.

— Eu sei disso! Eu sei que o meu amor por você não é correspondido.

— Me deixa terminar – Interrompi — Eu fico me martirizando por não sentir essas coisas com você, às vezes eu penso que isso vem de mim – Bati no peito — Eu não consigo sentir nada mais que afeto.

— Me desculpa! – Completei, pedindo com sinceridade.

— Você não tem que pedir desculpas, Lucas! Você tem que me dá uma chance, uma chance de fazer você me amar, só isso que eu quero, é só isso que eu te peço – Falou segurando nos meus braços.

— Isso não é certo, Max! Isso não é certo com você. Eu vou estar te enganando.

— Eu sei que botei tudo a perder quando...

— Mais cedo ou mais tarde isso viria à tona – Interrompi — Relacionamento sem amor, não é relacionamento – Falei — Desculpa, mas eu tenho que voltar para a aula.

De repente Max segura meus braços com força.

— Não vai! – Disse com os olhos cheios de água.

— Eu tenho que voltar para a aula – Disse com sinceridade.

— Você não vai! – Sua mão apertava cada vez mais o meu braço — Eu sempre te amei e ainda te amo incondicionalmente, não é justo você me dar um pé na bunda ao menos sem tentar aprender a me amar.

Disse com um tom de raiva na sua voz.

— Lucas? – Edson chegou de repente nos flagrando.

Max solta o meu braço e olha furiosamente para Edson.

— Eu já estava voltando, Edson! – Falei me sentindo ameaçado.

— A professora acabou de passar um trabalho em grupo e eu estava te procurando. Vale nota!

— Eu... Eu já vou indo – Falei olhando para Max — Desculpa!

— Depois a gente conversa mais, Luquinhas!

Max abriu um sorriso de uma hora para outra e saiu do nosso campo de visão imediatamente.

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Na sala de aula...

A sala de aula estava um pouco barulhenta e bagunçada, já que a professora passou um trabalho para fazer em sala de aula e tinha cerca de quatro grupos formados no ambiente.

— Menino, está tão importante assim? Recebendo visitas daquele bofe maravilhoso!

Izabel falava um pouco alto.

— Eu cheguei lá e encontrei os dois no maior love.

Edson falou num tom de deboche me deixando ruborizado.

— O quê? – Izabel colocou a mão na boca — Tu tá pegando aquela delícia? Eu estou morta! Arrasou!

— Parem com isso – Repreendi a todos — Para com isso, Edson! – Briguei.

Edson começou a gargalhar.

— Ele é rico, querido! Aproveita e pega, migo – Bel falou digitando alguma coisa no celular.

— Eu já disse que eu não...

— Lucas, você sendo Gay ou não, nós não temos frescuras com isso. Para de encanar com isso!

— Para de ser inconveniente, Bel! Que horror – Carol a repreendeu.

— Eu não falei nada demais – Disse com a maior naturalidade possível.

Seria que eu estaria dando tanto pinta, assim? Isso é o grande problema para quem ainda é escondido dentro do armário, o fato de dar pinta, o fato de deixar as pessoas desconfiarem. Eu ainda me assusto em pensar que poderia assumir para todos a minha opção sexual, mas preparado para enfrentar esse mundo, não, eu ainda não estou pronto.

— E então, Lucas? Vai contar para a gente o que o poderoso Maximiliano queria? – Edson perguntou.

Eu não sei se é coisa da minha cabeça, mas o Edson olhava de uma forma estranha que nunca percebi.

— Coisas do trabalho – Menti.

— Huuuuuuuum – Izabel zombou.

— Ele disse que iria fazer não sei o que aqui na faculdade – Inventei — Daí eu disse que estudava aqui e ele resolveu vir aqui na sala e me chamar para me cumprimentar. Não vejo problemas nisso!

Eu sei que poderia ter inventado coisa melhor, mas na hora só raciocinei isso.

— Eu estou brincando, Lu! Desencana – Disse bagunçando os meus cabelos.

Meu celular começou a vibrar e percebi que era uma mensagem. Abri o aplicativo e li.

"Eu vou te dar esse tempo que você tanto quer, mas eu digo logo, não demorará" – Max.

Pela primeira vez senti medo das palavras possessivas que o Max escreveu, como se não importasse com o meu desejo e os meus sentimentos, e logo voltaríamos porque é o desejo dele e somente isso é o que importa para ele.

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Eram mais de dez horas da noite quando me despedi dos meus amigos, atravessei a avenida movimentada da cidade e andei em direção a parada de ônibus que ficava próximo a um fiteiro, que já estava fechado há algum tempo por conta da hora.

— Moça, o ônibus que vai para o morro já passou? – Perguntei a uma mulher que usava óculos.

— Passou não faz uns dez minutos – Falou com pesar.

— Droga! – Reclamei impaciente.

Meus olhos ficaram em alerta quando avistei uma Ranger Rover estacionada do outro lado da avenida, poderia ser o veículo do Max, como também não poderia ser. Observei o carro que estava parado já há algum tempo, concluí que não tinha ninguém nele, por mais que o vidro fosse fumê.

— Será que é o carro do Max? – Perguntei a mim mesmo.

— Não é só o Max que tem esse carro, Lucas! - Falei sozinho.

Continuei observando o carro importado, quando avistei o ônibus que pegaria se aproximar, mas o estranho foi quando voltei a olhar o carro, o mesmo já não estava mais ali, provavelmente tinha saído quando me distraí olhando para o coletivo que vinha, ou seja, tinha alguém dentro do carro sim.

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Alguns minutos depois...

Já em casa...

— Que bom que você chegou, Lucas! – Minha mãe parecia cansada — Vou me deitar, porque eu não estou me sentindo bem – Falou com uma fisionomia de dor.

— O que a senhora tem, mãe? – Perguntei preocupado.

— Nada, só aquela dor nas costas, filho – Falou bocejando — Vou dormir que amanhã acordo nova.

— Eu já disse para a senhora não me esperar, eu estou com a chave – Falei mostrando.

— Mas eu não consigo dormir, só durmo quando você chega em casa sã e salvo

Disse beijando minha testa.

— Então vá dormir, mãe! Boa noite.

— Boa noite, Lucas! – Disse indo para o quarto.

Tirei minha calça, meia e camisa e fui direto para o banheiro, mas antes o meu smartphone vibrou em cima da minha cômoda, apenas de cueca, eu voltei e fui verificar o que era.

"Quase fui atropelado agora" — Edson digitou.

"Como assim?" — Bel respondeu.

"Um carro tentou me atropelar quando estava indo pegar o meu carro" — Falou.

Fiquei em estado de alerta com a mensagem no grupo e digitei.

"Você viu que carro era, Edson?" — Perguntei.

"Eu só sei que foi um carro preto, mas não recordo a marca porque foi tudo rápido, o carro veio por trás de mim, a sorte é que algumas pessoas gritaram e eu pulei para o lado, mas ainda sim caí e ralei meu braço um pouco, mas eu estou bem." — Disse respondendo na hora.

Meu peito apertou só em pensar na possibilidade que estava passando pela minha cabeça.

"Hoje em dia é muito maluco na rua, nós temos que andar com muito cuidado" — Carol falou.

"Devia ser um bêbado maluco, porque depois ele sai em ziguezague em disparada" — Falou.

Procurei o contato de Max no celular, mas logo desisti. Não poderia sair acusando ele por aí numa cidade ontem tem centenas de maluco que fazem isso todos os dias.

"Toma cuidado, Edson! Fica bem, tá?" — Desejei.

"Vou tomar sim, Lucas! Valeu!" — Agradeceu.

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> Narrado pelo autor

Longe dali...

— Desce um litro de Whisky aí! – Max pediu a um garçom que rapidamente trouxe a bebida.

— Grande Maximiliano! Quanto tempo, seu Max!

Wilson abordou o homem que resmungou algo inaudível.

— Fiquei sabendo que você empregou aquele rapaz que trabalhou aqui, o Lucas. Como ele está?

Max o olhou com fúria e bateu a mão com violência na mesa.

— Apenas faça o seu trabalho de me atender — Disse com irritação na voz.

— Tu-tudo bem... Desculpe! – Wilson logo se retirou.

— Você é meu, Lucas! Só meu! - Falou sozinho — Ninguém vai tirar você de mim, nem Deus!

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No mesmo momento, Gleyce Kelly passava com um carro pela avenida do bar em que Max estava.

— Eu não acredito no que estou vendo – A loira sorria — Que mundo pequeno, Max!

Disse vendo o milionário sentado numa mesa.

— Eu vou nem precisar armar um jantar entre nós para por o meu plano em prática. Obrigada, Deus!

Disse erguendo as mãos para o céu.

— Agora só me resta encontrar um lugar para estacionar e executar o meu plano maravilhoso.

Disse abrindo o cofre do carro e de lá retirando um recipiente conta-gotas de plástico.

— Hoje você vai ser meu! – Disse gargalhando.

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> Narrado por Lucas

Horas depois...

Eram quase uma hora da manhã e eu me revirava de um lado para o outro na cama pensando na conversa que eu tive com o Max e também pensando em algumas coisas que passavam pela minha cabeça que gostaria que fosse apenas delírio meu.

"Um carro tentou me atropelar quando estava indo pegar o meu carro" — Falou.

"Você viu que carro era, Edson?" — Perguntei.

"Eu só sei que foi um carro preto, mas não recordo a marca porque foi tudo rápido, o carro veio por trás de mim, a sorte é que algumas pessoas gritaram e eu pulei para o lado, mas ainda sim caí e ralei meu braço um pouco, mas eu estou bem." — Disse respondendo na hora.

Balancei a cabeça ao lembrar o que Edson disse, peguei meu aparelho de celular e fiquei vendo o nome do meu, é até estranho falar isso, ex. Apertei no desenho do telefone e começou a chamar, eu precisava falar com ele, não para acusar, mas queria ouvir algo que me tranquilize.

— Merda!

Bloqueei a tela do celular e voltei a deitar a cabeça no travesseiro. Alguns minutos após fechar os meus olhos, o toque de mensagem soou pelo quarto e minhas pálpebras abriram automaticamente.

"Desculpa não ter te atendido, eu não estou muito bem" — Disse.

Estranhei a mensagem.

"O que você tem?" — Perguntei.

"Acho que eu fiz uma besteira" — Falou.

Fiquei em alerta.

"O que você fez?" — Perguntei nervoso.

"Você pode vir aqui na cobertura?" — Perguntou.

Estranhei mais ainda o seu convite.

"Você não acha que é pedir demais que eu me arrisque em ir à sua casa à uma hora dessas?"

Após ter perguntado isso, Max não respondeu mais, me deixando desconfiado.

— O que será que aconteceu? – Perguntei para mim mesmo curioso.

●●●●●●●●●●●●

A tal da curiosidade é foda, além disso, também tinha a questão da preocupação, eu não sabia o que tinha acontecido e até temia pelo pior, por isso me vesti rapidamente e desci o morro para pegar o táxi, e agora estou aqui em frente ao enorme prédio que Max tinha uma cobertura.

— Bom dia! Eu me chamo Lucas Gabriel da Silva e fui convidado pelo Maximiliano Albuquerque.

Estava nem aí para o que pensariam.

— Só um minuto!

Após ele, provavelmente, interfonar para a cobertura para confirmar, o porteiro me liberou.

— Obrigado! – Agradeci.

Apertei o botão do elevador que não custou a abrir e me levar até o andar que Max morava.

— É aqui – Disse lembrando o número do apartamento.

Toquei uma vez a campainha, esperei, mas não vinha ninguém. Após tocar pela segunda vez, notei que a porta estava entreaberta e estranhei o fato.

— A porta está aberta? – Disse sentindo meu coração bater mais forte.

Abri a porta e percebi peças de roupas jogadas pelo chão e também várias camisinhas...

— Camisinhas? – Disse interrompendo meus pensamentos.

Observei bem elas e concluí que tinha, possivelmente, espermas dentro dela.

— Max, Max... O que você fez? – A raiva começou a subir para a minha cabeça.

Andei mais um pouco e abri a porta do quarto em que ele dormia e encontrei o mesmo sozinho parcialmente pelado, com uma parte do lençol cobrindo metade do corpo dele. Aproximei lentamente para ver se estava tudo bem, mas me assustei com um grito de uma mulher atrás de mim.

— AHHHHHH!

— Kelly?

Disse num tom alto por conta do susto.

— O que você está fazendo aqui, garoto? Está louco? – Exasperou.

Kelly estava vestida com um roupão.

— O que você...

— Sua mãe não lhe deu educação para entrar assim na casa dos outros? – Perguntou irritada.

— Eu não sabia que você...

— Como você entrou aqui? – Me interrompeu visivelmente irritada.

— Eu encontrei a porta aberta e... – Tentei falar.

— E entrou assim sem mais nem menos – Bufou — Max com essa mania de ficar me agarrando e esquece a porta aberta, e se fosse um ladrão?

— Eu não sabia que vocês...

Interrompeu-me novamente.

— Você não tem que saber da nossa intimidade – Falou.

Nossa intimidade?

— Ele... Ele está bem? – Disse apontando para Max que roncava baixinho.

— Está ótimo, por quê? – Perguntou.

— Por causa dessa mensagem – Mostrei o celular para ela.

— Eu hein? Eu não o vi digitando isso. Nós bebemos além da conta e ele pode ter brincado com você.

— Brincando? – Perguntei mais para mim mesmo.

— Sim, porque ele estava muito bem, obrigada.

Engoli em seco.

— Então eu... Eu já vou indo – Falei — Desculpa ter entrado assim.

— Quer alguma coisa? Um café, uma água...

— Não obrigado, já está bem tarde.

— Pois é! Não precisava ter se preocupado, eu estou cuidado muito bem dele.

Fiquei em silêncio.

— Quer que eu chame um Uber? – Perguntou — A corrida é sempre mais barata.

— Não precisa! Obrigado.

●●●●●●●●●●●●

Consegui pegar um ônibus que fazia a linha bacurau* logo quando saí do prédio, onde o mesmo estava vazio e fiquei com muito medo de ser assaltado, ainda mais que ele parava a uma certa distância e depois dobrava em outra avenida.

*Bacurau é uma linha reduzida que faz o mesmo itinerário, só que após as 0h.

— Por que para um gay o relacionamento é tão complicado? - Disse para mim mesmo.

Queria estar nem aí, queria ligar o botão do foda-se, mas aquilo me atingiu como um tiro.

"Ele pode ter brincando com você"

"Com essa mania de ficar me agarrando"

"Você não tem que saber da nossa intimidade"

Lembrar-me de tudo isso me fazia tão mal. Max mantinha outro relacionamento bem abaixo do meu nariz? Mas é claro, um homem bonito, rico e que tem tudo aos seus pés, não perderia tempo com um mero estagiário quem não tem nada a oferecer. Posso até está sendo injusto comigo mesmo, mas é a pura realidade. Claro que ele só queria descarregar as suas energias comigo.

— Quantas pessoas ele deve ter enganado? – Disse sentindo raiva.

— Acho que no fim de tudo, o meu irmão tinha razão – Disse me lembrando das palavras dele.

— Que merda, Lucas! – Me repreendi ao sentir uma angústia no peito.

Desci do ônibus e começou a chover, e a chover muito forte, me ensopando em alguns segundos.

— Era só o que me faltava – Falei para mim mesmo.

Andei apressadamente com medo, já que não tinha um pé de pessoa na rua. Tirei o celular do bolso e via que já se passava das três horas da manhã, andei mais um pouco e vi um burburinho numa casa próxima, concluí que estava havendo alguma festa, pelas vozes um pouco alteradas.

— Lucas?

Hugo saiu da casa como se já estivesse me esperando.

— Oi, Hugo!

— Você tá doido, meu irmão? - Hugo me puxou para dentro da casa.

— E aí, Lucas? – Um bebum me cumprimentou — Pega uma latinha aí

Disse me oferecendo uma lata de cerveja.

— Ele não vai beber não – Hugo repreendeu o amigo e me puxou para dentro da casa.

— Que porra é essa, Lucas? Você está ensopado. Aconteceu alguma coisa?

— Eu esqueci o guarda-chuva em casa, não sabia que iria chover. – Falei.

— Então porque não esperou em um lugar coberto? Você tá tremendo! - Disse.

— Não deu tempo de encontrar um lugar, no meio do caminho já foi caindo o toró*.

* Leia-se tempestade ou chuva forte.

— Aconteceu alguma coisa, Lucas? - Hugo olhou dentro dos meus olhos.

— Não... Não aconteceu nada.

As lágrimas teimaram em descer, denunciado ao contrário.

— Vem! Vamos para a sua casa, te levo de moto – Disse — A chuva parou!

Estava me sentindo tão mal, era como se eu fosse um NADA para as pessoas.

— Não precisa, minha casa é logo ali. Não quero te alugar, obrigado!

— Você não me aluga, Lucas! Você me compra mesmo - Disse gargalhando.

Suspirei e falei de uma vez o que eu realmente queria.

— Hugo, não me leva para casa. Por mais que eu tenha saído sem ela me ver, com certeza ela vai acordar se eu chegar, vai me ver assim ensopado e fazer um monte de perguntas. Não estou com paciência para ouvir sermão à uma hora dessas, ainda mais responder as perguntas dela. – Falei.

— Quem está ficando preocupado com você sou eu, Lucas! Merda, o que aconteceu? Conta, caralho!

— Você vai fazer esse favor para mim, sim ou não?

— E você quer ir para onde? - Hugo perguntou.

— Err... Se for possível... Eu queira ir para a sua casa - Lucas revelou um pouco sem jeito.

— Para a minha casa? - Hugo se surpreendeu.

— Se não for te incomodar, claro. Qualquer coisa eu me viro...

Hugo pegou nos meus ombros e disse olhando nos meus olhos.

— Eu não sou seu amigo? Amigos são para isso, relaxa. – Sorriu — Vamos?

— Vamos! – Sorri pela primeira vez naquele dia.

●●●●●●●●●●●●

> Após alguns minutos até a casa do Hugo...

— O barraco é simples, mas é aconchegante.

Na verdade, Hugo tinha uma pequena casa de apenas um quarto no morro que ele chamava de barraco.

— Valeu, Hugo! Obrigado mesmo.

— Eu vou dormir lá na casa de tia para deixar você mais a vontade aqui – Falou.

— Não cara, eu não quero te incomodar, eu me arrumo aqui, me deito em um colchão.

— Huuuuuuum – Zombou — Tá com medo de o bicho papão te comer? – Gargalhou.

— Vai se foder, Hugo! – Ri com vontade.

Hugo gargalhou ainda mais.

— Eu sei que você quer um macho alfa para te proteger, então vou atender o seu pedido.

Disse dando um "flecheiro" em cima da cama.

— A cama não é lá essas coisas, mas dá para dormir. E cabe a gente perfeitamente – Falou.

— Cabe a gente? – Engoli em seco.

— Sim, não tenho colchão e tem apenas um sofá velho naquele projeto de sala, não vou deixar você dormir lá.

— Relaxa que eu não vou te comer...

— Vai se ferrar, Hugo! – Disse jogando um travesseiro nele.

— Agora se a minha pica encostar na tua bunda, aí sim, pode dar adeus ao teu brioco.

Quando eu iria mandar ele se foder novamente, ele me interrompe.

— Vai, deixa de frescura, vai trocar essa roupa se não você pega a gripe do frango – Zombou.

— Hugo, eu já mandei você tomar no cu hoje? – Xinguei o vendo gargalhar.

— Por falar em cu – Disse tirando a camisa — Faz tempo que não comi um bem apertadinho.

Fiquei todo sem graça.

— É muito bom, cara! É bom demais quando elas liberam atrás – Falou — Eu me lambuzo!

Se ele soubesse que na verdade é ao contrário.

— E o herdeiro? – Mudei de assunto.

Vi ele suspirar.

— Tá lá, né? Se fiz, eu tenho que assumir o pirraia, não é? – Disse tirando os olhos dos meus.

— Mas... Mas vocês estão juntos? – Perguntei.

— Não, não! – Negou — Depois do acidente – Se referia à gravidez — Eu meio que broxei. Tá ligado?

— É foda! – Concordei.

— Por isso que não tô tendo rolo com ninguém, sabe?

Falou enquanto procurava alguma coisa no velho guarda-roupa dele.

— Anda, tira logo essa roupa e vai pro banheiro antes que fique doente – Falou.

Olhei para o banheiro e vi o mesmo sem porta e apenas com uma cortina de plástico transparente.

— O que foi? – Hugo perguntou olhando pra mim. — Eu disse que era simples, tá? Vai logo que vou achar umas roupas para você e deixo aqui na cama para tu vestir depois.

Continuei imóvel, morrendo de vergonha.

— Vai porra... – Hugo pareceu adivinhar — Eu não acredito que você está com vergonha de mim. Logo eu, Lucas? Porra, deixa da tua frescura e tira logo essa porra da roupa e vai embora tomar banho, se fosse para eu te comer, eu comia com roupa e tudo – Falou.

— Vai se fo...

— Vai, eu vou te dar coragem – Disse tirando a bermuda e a cueca — Pronto, tô nu!

Eu não conseguia parar de encarar aquela ferramenta pendurada no meio das pernas do meu amigo, em toda minha vida eu só tinha visto pênis de tamanho normais, na verdade só tinha visto apenas um, que era do Max, mas vendo o Hugo pelado na minha frente, eu tinha ficado surpreso com o tamanho, não colossal, mas pequeno não era mesmo.

— LUCAS?

Hugo gritou me chamando atenção.

— Que porra é essa, Lucas? – Hugo deu um sorriso sem vergonha — Tá manjando a minha rôla?

— Eu... Eu na-não estava...

— Que merda, mermão! O cara tá manjando a minha rola – Gargalhou pegando no próprio membro.

— Para com isso, Hugo! – Disse um pouco irritado — Eu não estava...

Interrompeu-me.

— Se essa porra crescesse, tu tava fodido na minha mão, porque você tinha que dar um jeito.

— Quer saber? Agora que tô na seca, tu vai ter que dá um trato na minha pica agora – Disse sorrindo.

Hugo deu uma volta na cama indo na minha direção, e eu pulei na cama fugindo dele, mas o mesmo pulou na cama pegando no meu pé.

— Me solta, porra! – Disse gargalhando.

— Tá com medo, é? Não sabia que a minha fama de cruel na cama tinha chegado a esse ponto.

Consegui me desvencilhar, mas HUGO me alcançou rapidamente e jogou todo o seu peso para cima de mim, resultando na queda de nós dois no piso de cimento liso e batido gelado. Hugo ficou por cima de mim, seus lábios ficaram a um centímetro dos meus e seus olhos não paravam de procurar os meus.

— Agora você não escapa!

Senti seu hálito com resquícios de álcool.

Continua...

。◕‿◕。

Só para avisar:

NO PRÓXIMO CAPÍTULO VAI TER BAFÃO.

Quando você pensa que vai ser uma coisa, será outra. Aguardem!

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Comentários

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Max nao esta bem da cabeça espero que Lucas nao fique com ele pq ele pode fazer alguma coisa com ele quero que o Lucas fique com o Hugo e que transem

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Essa Kelly é uma vaca tomara que ela morra

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Essa kenga da Kelly merece levar uma surra,mas eu amei o Hugo se jogando para o Lucas, esse cap.foi sensasional.

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Gente, não é o Paulão, eu quis mencionar "O braço direito de Paulão" pelo fato de realmente Hugo ter essa posição dentro da comunidade, só para o nome HUGO não ficar tão repetitivo, mas já mudei. Obrigado!

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Putaquepariu meu irmão!!! Você vai deixar essa puta vencer 🏆, tomara que o Max descubra o que a Kelly fez e bote ela no olho da rua e queime ela no meio empresarial para que não arrume emprego em lugar nenhum, e tenha que se vender na esquina para sobreviver!!!!! Pronto acabei, eu sei tô muito maléfica e dramática, mas que não suporto injustiça!!!! Quero um final feliz ☺ para todo mundo, menos é claro para a putiane da Kelly!!!✌😈

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Bom cara,antes de tudo quero dizer que foi um dos melhores capítulos do seu conto que eu li até agora, MAX tá se mostrando cada vez mais desequilibrado,será amor?Será obsessão?mas eu acho que estou ficando louco de vó ter bebido perfume, você acredita que eu consegui gostar mais dele,lógico todo mundo tem problemas, Lucas me dá vontade de bater nele, me lembra o Fernando personagem principal do meu conto, mas gostei da atitude dele com o Max, não gosto de Hugo pelo jeito se rolar algo ele vai tratar Lucas como Objeto, Lua cresceu no meu conceito, família e família agora a Kelly... Melhor deixar quieto, parabéns pelo capítulo cara.

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