Redescobrindo o amor - parte 8

Um conto erótico de Charlie
Categoria: Homossexual
Contém 941 palavras
Data: 26/08/2016 15:35:44
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Por que aquilo? E outra, a vida é minha. Por que ela estava tomando decisões?

- Não! Você é minha amiga não minha mãe, não pode decidir o que eu posso ou não fazer.

- Exato! Sou sua amiga e quero o melhor pra você. Rafael cuida de você, se preocupa com você.

- Eu não vou pra casa dele.

- Tudo bem então. - ela saiu do quarto brava. Deu pra ouvir ela falando. - Rafael, pode ir buscar suas coisas, você vai dormir aqui hoje.

Por que ela estava fazendo aquilo?

- Se ele ficar aqui, eu saio, simples. - disse eu saindo do quarto.

A cara que ele fez me doeu. Mas eu não tava nem aí porque Jade estava fazendo eu ficar com raiva dele.

- Olha Daniel, eu tô tentando te ajudar, mas você precisa se ajudar também. - disse ela em um tom calmo.

- Eu não quero ajuda! Eu não preciso de ajuda! - eu disse saindo porta a fora.

Eu precisava me distrair, percebi que tinha esquecido meu celular mas eu não ia voltar lá. Eu tinha exatamente o que eu precisava pra me divertir, dinheiro. Chamei um táxi e fui pro centro. De cara, achei uma balada que nunca tinha ido e entrei na fila. Quando chegou minha vez, eu tinha um probleminha, estava sem identidade. Mesmo tendo 18, eu tinha que provar. Cheguei perto do ouvido do segurança e sussurrei, arriscando ele não ser gay.

- Deixa eu entrar, te recompenso depois.

E pra minha sorte, ele deixou eu passar. Eu ia aproveitar aquela sorte bebendo todas e me divertindo. Me aproximei do bar e pedi uma dose de whisky. Ele me deu e eu virei de uma vez. Desceu rasgando na minha garganta. Pedi mais duas e matei rápido. Até que o barman me deu outra.

- Eu não pedi essa.

Ele se aproximou e disse no meu ouvido.

- Por conta da casa. - disse ele voltando pra trás do balcão e rindo.

Sabia que aquela noite prometia. Logo chegou um cara e me chamou pra dançar. Eu já estava completamente bêbado e aceitei. Fomos pra pista e começamos a dançar, eu estava em um looping incrível até que chegou um cara por trás e começou a dançar. Um na frente e outro atrás, perfeito. E lá estava eu, o bom menino bêbado se esfregando no meio de dois homens desconhecidos. Eu lembro que saí de lá com eles em um carro e apaguei.

NO DIA SEGUINTE

Eu acordei em um lugar familiar com uma puta dor de cabeça. Era familiar mas eu não conseguia identificar onde eu estava. As roupas que eu estava no dia anterior não estavam mais em mim e eu estava cheiroso pra alguém que bebeu várias e se esfregou com pessoas na balada. Mal conseguia levantar. Vi que meu celular estava ali do meu lado. Liguei pra Jade e perguntei onde ela estava. Ela desligou. Será que ela tava brava? Ouvi passos se aproximando e a porta abriu.

- Finalmente acordou! - disse Jade entrando.

- Onde eu estou? - eu disse cobrindo meu rosto com as mãos.

- Na minha casa. - disse Rafael entrando no quarto. - Jade, posso falar com ele rapidinho?

- Claro. - ela saiu e fechou a porta.

- Onde você estava com a cabeça quando saiu com aqueles caras? - perguntou ele bravo.

- Não é da sua conta. Aliás, como você sabe?

- Não importa como eu sei, e se fossem estranhos? Já pensou no que eles poderiam fazer com você? Eles poderiam te estuprar, te matar até! Você não tem cérebro?

- Eu já sou de maior, sei cuidar da minha vida. E outra, você não é nada meu! - eu já estava morrendo de raiva.

- Mas eu não quero que nada de ruim aconteça com você!

- Então não deveria ter entrado na minha vida. - logo em seguida, me arrependi amargamente de ter dito aquilo.

Uma lágrima rolou em seu rosto. Me levantei da cama e coloquei a roupa que eu estava no dia anterior. Saí do quarto e estava indo embora. Estava descendo a escada quando Jade me perguntou.

- Não vai comer nada?

- Meu tempo nessa casa já deu.

Desci e saí. Ela veio atrás de mim.

- O que aconteceu lá no quarto? - perguntou ela colocando a mão em meu ombro.

Eu me virei e senti a raiva em mim.

- O que aconteceu? - perguntei gritando. - Aconteceu que aquele cara que você acha que me faz feliz acha que é meu dono, e você também. Vocês acham o que? Que sou um boneco? Que faço o que vocês quiserem? Você ta muito enganada!

Havia muito tempo que eu e Jade não discutíamos então era um pouco estranho estar fazendo aquilo.

- Tudo bem Daniel. - disse ela com a voz de choro. - Você ta certo, eu não deveria ter me metido em sua vida, me desculpa, só queria seu bem mas já que você não entende, vai ter que quebrar a cara pra aprender.

- Agradeço sua compreensão! - me virei e continuei a andar, deixando ela pra trás.

Lágrimas caiam mas era uma mistura de sentimentos, raiva, tristeza, ódio, tudo junto. Cheguei em casa e fui direto pro banheiro. Fiquei lá mais de uma hora. Saí e resolvi me deitar.

TEMPO DEPOIS

Acordei com um barulho de rodinha de mala. Era Jade.

- Daniel, eu estou indo morar com Will, eu deixei a minha parte do dinheiro desse mês em cima da mesa.

Ela saiu sem dizer nenhum palavra, e eu também não disse nada. Então era isso, eu estava sozinho em casa, sozinho na vida. Me sentei no sofá e assisti TV e comecei a pensar em tudo. Era eu contra o mundo.

*

*

*

*

Dan ta sendo filho da mãe né? Posto mais um hoje se vocês comentarem que quer ❤

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Little Liar a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Ele Ta muito chato affs 😠😠 + eu quero outro capítulo 😊😊 conto Ta ótimo 😍😘

0 0
Foto de perfil genérica

Que revolta td é essa? Coitado do Rafael.. esperando o próximo cap.

0 0