POR AM❤R - Capítulo 34 - Tapa na cara dói?

Um conto erótico de Vitor Gabriel ☑
Categoria: Homossexual
Contém 5240 palavras
Data: 10/09/2016 19:37:10

Boa noite, gente!

Dessa vez eu não demorei, não é? Hahahaha.

Antes de tudo, quero agradecer IMENSAMENTE o apoio que vocês vem me dando a cada capítulo, vocês não imaginam como eu fico feliz por ter leitores fiéis como vocês. Muito obrigado pelo Feedback! Sobre a história, a obra está chegando num ponto bastante decisivo, está chegando na parte que eu ansiava a cada minuto, ou melhor, ainda fico ansioso para ver a reação de vocês com uma grande revelação que será exposta na história, pelos comentários, acho que algumas pessoas já desconfiam o que está por vir.

Enfim, hoje infelizmente não vou poder conversar com cada leitor, que particularmente AMO, mas por falta de tempo, irei apenas agradecer aos meus amigos/leitores que são: World, Anjo Sedutora, USETAM, neterusso, K-elly, VALTERSÓ, baixinhaaa, fefehh, nayarah, Catita, SafadinhoGostosoo, William26, Jardon e magus. AMO VOCÊS!

Quem eu não mencionei, por favor, me perdoe.

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► FIQUEM ATENTOS, ESTE CAPÍTULO TEM DOIS NARRADORES, QUE NO CASO SOU EU, O AUTOR, E TAMBÉM O NOSSO PROTAGONISTA, LUCAS GABRIEL DA SILVA, FIQUEM LIGADOS, SEMPRE ESTAREI DESTACANDO.

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✦ Narrado por Lucas

— Você está com uma cara péssima - Minha mãe investigou.

— Devo estar mesmo, eu não dormi bem - Falei.

— Oxi, por quê? - Percebi que era melhor ter inventado alguma coisa melhor.

— Não sei, mãe! - Disse cortando o pão — Senti muito calor.

— Realmente, hoje fez muito calor - Disse colocando uma fatia de queijo coalho no pão.

— Vou engolir esse café que já estou atrasado - Falei já me levantando.

— Antes de você ir, só me responde uma coisa...

— O quê? - Perguntei já em estado de alerta.

— Dona Laura, a vizinha da frente, disse que te viu saindo daqui de casa tarde da noite.

Dona Laura, velha nojenta! Fofoqueira dos infernos! Praga do Egito.

— Para onde você foi aquela hora, Lucas?

Perguntou me encarando.

— Para onde eu fui? - Disse fingindo uma gargalhada — A senhora ainda acredita nas loucuras daquela velha? - Falei.

— Não fala assim, Lucas! Respeita a Dona Laura - Disse me repreendendo.

— Mas minha mãe, a gente não pode levar a sério tudo que ela diz, lembra de uma vez que ela viu painho em cima da casa fumando? Sendo que ele já estava morto e nunca colocou um cigarro na boca em toda a vida dele, e também ela viu o Luan pulando o muro aqui de casa, sendo que Luan quase não pisa aqui, e agora ela disse que me viu saindo de casa tarde da noite? A senhora não era para dar nem confiança.

Para a minha sorte, Dona Laura era uma senhora que não batia bem das ideias, então mesmo ela estando certa pela primeira vez, acredito que ninguém iria desconfiar.

— Eu sei, Lucas! Mas sei lá, por mais que ela seja meio lelé da cuca, parecia que ela estava falando a verdade mesmo - Disse me olhando desconfiada.

— Era tão verdade que aquela hora que ela disse que tinha me visto, eu estava na décima quinta rodada do sono, e não perambulando por aí, como aquela velha doida disse - Falei.

— Já falei para você não falar assim dela - Disse reclamando.

— Enfim, agora deixa eu ir escovar os dentes novamente antes de sair de casa - Falei.

(•••)

MAXIMUS ALBUQUERQUE TRADE CENTER

— Eita! - Luan me olhou — Alguém não teve uma boa noite de sono, hein?

— Desculpa o atraso, Luan! Você acertou, eu não estou muito bem.

— Se quiser ir para casa, não tem problema, eu aguento as pontas aqui.

Eu cheguei até pensar em aceitar a gentileza do meu chefe.

— Obrigado, Luan! Mas já que eu vim, vamos trabalhar, não é?

— Então tá certo - Luan Sorriu — Pior que só vão estar nós três aqui.

Disse olhando para o idiota do Leonardo que estava concentrado no seu trabalho.

— Ué, e a Kelly? - Perguntei, mas já estava adivinhando a resposta.

— Ela disse que estava indisposta - Falou — Disse que faria hora extra depois.

Eu até sabia porque ela estava indisposta, Max provavelmente deve estar bem indisposto.

— E para completar, Max também não vem e eu tenho algumas broncas para resolver com ele, o jeito é esperar ele vir amanhã e resolver - Falou me fazendo sorrir de ironia.

— O que foi? - Luan estranhou.

— Nada! - Disfarcei meu sorriso debochado — Me lembrei de uma piada.

— Depois você me conta essa piada, agora faz um favor para mim? - Perguntou.

— Estou as ordens - Falei.

— Passa essa relação de nomes - Luan me deu vários papéis grampeados — para aquela planilha salva no computador que você usa, aquela que eu te falei, lembra? - Disse.

— Lembro sim - Confirmei pegando os papeis — Vou fazer agora.

Sinto meu smartphone vibrar, tiro do bolso e vejo o nome MAX no visor.

— Não mesmo - Falei para mim mesmo.

— Oi? - Luan pensou que era com ele.

— Pensei alto - Disse sorrindo, sendo retribuído pelo mesmo gesto.

(•••)

♦ Narrado pelo autor

Longe dali...

►COLÔNIA PENAL FEMININA DO RECIFE

— A senhora está tão magrinha, mamãe! - Disse Mateus com pesar.

— Ah meu filho, a vida aqui não é nada fácil - Falou.

— Calma, mãe! Eu vou tirar a senhora daqui logo logo.

— E eu já disse que não precisa ficar vindo aqui nesse lugar sujo, não vai te fazer bem.

— Eu venho aqui sim, se eu pudesse eu ficaria preso com a senhora, mas como não pode...

— Só fala besteira, meu nego! - Severina sorriu pela primeira vez.

— Eu estou falando sério, minha mãe, por você eu até ficaria preso no seu lugar - Disse.

— Você não é doido?! - Ficou séria — Se eu estou aqui, é porque estou pagando por alguma coisa que eu fiz, eu até já sei pelo que é - Disse.

— Para de ficar se culpando, mãe! A senhora não matou o seu Maximus, foi tudo uma armação e eu vou conseguir provar isso, vou provar e colocar o verdadeiro assassino atrás das grades.

— Não é em relação ao assassinato do seu Maximus, filho! É sobre muitas coisas que eu fiz no passado, me arrependo até hoje pelo que eu fiz, mais cedo ou mais tarde meu castigo viria.

— Para com isso! O que a senhora fez de tão sério para ficar se martirizando assim?

Severina suspirou e pareceu pensar, lembrar do que aconteceu no passado.

— Muita coisa errada, filho - Falou — Muita coisa!

— Mãe, e aquelas presas que estavam provocando a senhora? - Perguntou.

— Elas estão mais comportadas, nós temos que saber a lidar com esse tipo de gente, meu nego.

— O que a senhora fez? - Perguntou.

— Lembra daquelas cartelas de cigarros? - Disse — Você até pensou que eu tinha voltado a fumar, lembra? - Disse vendo o seu filho assentir — Pronto, dei de presente para algumas delas, pronto, a partir desse dia, ela nunca mais mexeram comigo.

— Cuidado, mãe! - Mateus pegou na mão da genitora — E fique sabendo que eu vou tirar a senhora daqui, mesmo plantando aquela prova do crime na bolsa da senhora, não tem prova suficiente para incrimina-la. Consegui contratar um bom advogado com algumas economias que eu tinha e vou fazer de tudo para livrar a senhora, mãe!

— O horário de visita acabou - Uma agente informou.

— Eu te amo, filho! - Severina se emocionou apertando forte as mãos do filho.

— Eu te amo mais e vou tirar a senhora desse lugar horrível, pode ter certeza.

Disse Mateus beijando a mão da mãe.

(•••)

✦ Narrado por Lucas

MAXIMUS ALBUQUERQUE TRADE CENTER

— Oi, moço!

Me surpreendi com uma menina linda de cabelos castanhos encaracolados que estava se esforçando para colocar a cabeça acima da mesa em que eu trabalhava, para poder visualiza-la.

— Oi, moça! - Me curvei diante da mesa para vê-la melhor. — Como é o seu nome?

— Meu nome é Laurinha - Disse com os olhos brilhando — E o seu?

— Que nome bonito você tem, sabia? - Sorri — Meu nome é Lucas.

— Eu sei - Foi sincera me fazendo rir — O seu nome é bonito também.

— Obrigado, fofinha! - Acariciei seus cabelos — Cadê seu papai e sua mamãe?

— Papai...

— Laurinha? - interrompeu — Desculpa, essa menina está impossível hoje.

Uma mulher bastante atraente entrou na sala um pouco ofegante.

— Tudo bem! - Lucas sorriu — Eu estava batendo um papo com essa moça bonita.

— Eu sou bonita mesmo - Disse se achando — Não é, mamãe?

— Sim, minha filha! - A mulher sorriu — E modesta também - Gargalhou.

Engraçado, essa garotinha parece com alguém!

— Laurinha? - Disse Luan entrando pela porta.

— PAPAI!

A menina correu desesperadamente e se jogou nos braços do meu irmão, que ao mesmo tempo me olhando assustado, enfim, eu tinha entendido o que estava acontecendo ali.

— Desculpa, amor! - Disse dando um selinho — Eu estava passando por aqui e essa menina queria porque queria vir aqui ver o pai dela - Sorriu.

— O que você está fazendo aqui, sua danadinha! - Disse olhando para a garotinha.

— Eu vim ver o senhor! - Sorriu olhando para mim — Quem é ele, papai?

Apontou o dedinho minúsculo em minha direção, fazendo os olhos do Luan crescerem.

— Err... - Meu irmão começou a soar — Ele... Ele trabalha com o papai, filha!

Disse dando um beijo nas bochechas rosadas da filha, que na verdade era a minha sobrinha.

— Papai... - Disse olhando para mim — O senhor sabia que o nome dele é Lucas?

Meu coração começou a bater mais forte e meus olhos começaram a encher de lágrimas, sentia que qualquer momento eles iriam transbordar. Ao mesmo que tudo isso acontecia, a mulher do meu irmão me olhava profundamente, como se estivesse me investigando.

— É filha... - Disse me olhando — O nome dele é Lucas - Falou.

— Eu gostei dele, painho! - Disse escondendo o rosto no pescoço do meu irmão.

— Eu também... Eu também gostei de você, princesa. - Quase não falei.

— Lucas, desculpa a falta de educação do meu marido, mas meu nome é Denise, sou esposa dele, e essa criaturinha que está no colo dele é a nossa filha, Laura - Falou.

— Laurinha! - Disse num tom autoritário, mas ao mesmo tempo fofo, fazendo todos rirem.

— Aquele homem é feio - Disse apontando para Leonardo.

Juro que queria dar uma gargalhada na hora.

— Que isso, Laurinha? Que coisa feia! - Denise repreendeu a filha e Leonardo sorriu sem graça.

— Desculpa pela minha filha linguaruda, Léo! - Luan pediu desculpas também sem graça.

— Eu não sou lingua... - Tentou dizer — Lingua... Como é mesmo, papai? - Perguntou.

Todos riram.

— Nada, filha - Sorriu olhando para mim — Err... Quem quer tomar um sorvete?

— EU! - Laurinha gritou.

— Então vamos - Luan nem sequer me olhou e saiu, sendo seguida pela Denise.

— Tchau, Lucas! - Despediu-se.

— Tchau! - Retribuí.

— Seu covarde!

Sussurrei quando a esposa do meu irmão fechou a porta.

— Hum? - Leonardo olhou para mim.

— Nada!

Voltei a olhar para o PC, ao mesmo tempo querendo chorar.

(•••)

♦ Narrado pelo autor

Não tão longe dali...

— Atende, caralho!

Max circulava por toda sua cobertura com o seu smartphone no ouvido.

— Por que você complica tudo, Lucas? Por que?

Um dos maiores empresários do estado de Pernambuco tornava novamente a ligar para o número do seu namorado, que não atendida, chamava várias vezes e caia em caixa postal.

— Não complica, Lucas! Não vou deixar você longe de mim um dia sequer, mesmo você tendo pedido aquele maldito tempo, não, eu não vou cumprir, não vou ficar longe de você.

Então Max começou a se lembrar de tudo que Lucas disse no dia anterior

— Eu quero dar um tempo nisso que está acontecendo entre a gente

— Eu sei que não estou sendo o melhor das pessoas, mas eu não aguento mais. Como eu vou conviver com uma pessoa dia-a-dia que até me disse que poderia ter chamado a polícia para mim? Olha, Max! Eu ainda estou com aquela conversa entalada na minha garganta. Eu te juro!

Disse me lembrando do ocorrido.

— Não vou mentir que eu sinto uma grande atração por você, mas aquele sentimento de estar nas nuvens, aquele friozinho na barriga, aquela sensação de que algo esteja se revirando no estômago quando o seu amor se aproxima, não, eu não sinto nada disso.

— DROGA, LUCAS! - Gritou ao se lembrar das palavras do jovem estagiário.

Max se descontrola e joga o seu smartphone de última geração na parede da sala, fazendo a tela do aparelho trincar e se apagar na hora.

— AHHHHHH! - Gritou e começou a chorar descontroladamente.

(•••)

✦ Narrado por Lucas

MAXIMUS ALBUQUERQUE TRADE CENTER

Minha vontade de sair da empresa ainda é muito grande, queria mandar todo mundo para puta que pariu, mas infelizmente ainda necessito dele e tem o fato de não dar o gostinho para os fofoqueiros que fizeram a minha vida um inferno, e agora estão pagando a língua. Falando em língua, acho que meu nome é doce na boca das pessoas que trabalham lá, porque minha orelha só vive coçando, principalmente quando eu coloco os pés nesse prédio.

— Lucas?

Luan me abordou quando eu já estava saindo do prédio em direção a parada de ônibus.

— Luan - Suspirei pesadamente.

— Eu queria falar muito com você em relação ao que aconteceu mais cedo.

— Luan...

— Eu não queria falar ali, eu queria um lugar para a gente sentar e você me ouvir tudo que eu tenho a dizer - Disse interrompendo

— Dizer o quê? Que tem vergonha de mim? Tem vergonha da sua família? Sabe, Luan? Eu tinha até esquecido um pouco de como você era tão estúpido, mas agora você fez questão de lembrar, não é, meu irmão? - Disse com ironia.

— Sim, eu reconheço que eu fui um estúpido...

— Ainda bem que você tem a total noção disso, não é Luan? - Interrompi.

— Me deixa falar, Lucas! Eu sei que errei, mas entenda...

— Entender o quê? Que você tem vergonha da sua própria família? Isso eu já entendi, querido.

— VOCÊ NÃO SABE, LUCAS! VOCÊ NÃO SABE O QUE EU PASSEI.

— ENTÃO ME DIZ O QUE PORRA VOCÊ PASSOU, LUAN! O QUE ISSO TEM A VER?

— Eu armei uma defesa em torno de mim - Falou.

— Eu não sei o que você passou, Luan! Você não me diz nada, mas uma coisa eu quero que você saiba, eu não tenho nada a ver com tudo isso que você passou, EU NÃO FIZ NADA - Gritei.

— Eu vou resolver tudo isso, só me dá um tempo para...

— Quer saber, Luan? Já me cansei de tudo isso. Me esquece, tá bom? Que saco!

Virei as costas rapidamente para ele não ver as primeiras lágrimas descerem.

— Lucas... - Luan murmurou.

(•••)

Alguns minutos depois...

— Ué, filho! Não foi para a faculdade hoje?

Minha mãe tirava alguma coisa do forno ao mesmo tempo que falava comigo.

— Nada! Eu não estou com cabeça para ir hoje - Falei.

— Desde hoje você tá assim, parece que piorou quando voltou do estágio.

— Pois é! - Disse tirando a camisa — O que é isso que a senhora fez?

— Bolo Mesclado - Disse desenformando o bolo em cima da mesa — Pega um prato no armário que eu vou cortar um pedaço para você, deve está faminto - Falou — Ah, fica café também.

Fui atrás do prato, mas voltei ao ver minha mãe se desequilibrar, só não caiu porque se segurou em uma cadeira. Corri em sua direção e a olhei preocupado.

— Mãe? - Ajudei a senta-la numa cadeira — A senhora está sentindo alguma coisa?

— Calma, meu filho! Só foi uma tontura, deve ser da enxaqueca que estou desde hoje.

— Vai descansar, mãe! Já que não vou para faculdade, eu fico por aqui.

— Não precisa, eu tenho que...

— Vai, mãe! Eu cuido das coisas por aqui, vá descansar, pelo amor de Deus.

Após insistir muito, dona Josefa concordou em ir para o seu quarto.

— O que me resta agora é comer. Comer para esquecer as decepções da vida.

Lamentei após dar uma garfada na exagerada fatia do bolo.

(•••)

Longe dali...

♦ Narrado pelo Autor

Já se passavam das 22 horas...

— Essa menina está cada vez mais sabida - Disse Luan entrando pela porta do quarto.

— O que foi? - Denise perguntou passando hidratante pelo corpo.

— Eu perguntei se ela queria dormir com o papai e com a mamãe, depois dela ver aqueles dois palhaços de trânsito que ela quase se cagou nas calças - Disse Luan se deitando na cama.

— Tadinha, Luan! O que ela disse? - Perguntou Denise vestindo sua camisola.

— Ela disse que não iria dormir com a gente porque a gente "brinca de namorar" .

Denise gargalhou junto com o seu marido, por conta das pérolas da sua filha.

— Essa Laurinha... - Disse Denise se recuperando.

— Só ela mesmo, não é? - Luan deu um beijo no pescoço da sua esposa.

— Luan, depois da visita lá o Grupo Emmiah, me bateu uma curiosidade.

Luan ficou em estado de alerta.

— Curiosidade de quê? - Perguntou.

— Você tem notícias do seu irmão? Aquele que você disse que morava no Canadá.

O irmão de Lucas congelou.

— Ele... Ele continua lá, Denise! Por que você está perguntando?

— Não sei, aquele seu estagiário me lembrou ele, sabe? - Disse fazendo o esposo arregalar os olhos — O nome dele é o mesmo que o do seu irmão.

— Lucas é um nome comum, não é Denise? - Luan rebateu querendo encerrar o assunto.

— Eu sei, mas eu acho estranho essa relação de vocês. Eu nunca vi vocês se falarem, nem por telefone, nem ao menos você tocar no nome dele aqui dentro de casa, aliás, eu não sei quase nada sobre sua família e já somos casados a vários anos - Cobrou.

— Você vem tocar nesse assunto a uma hora dessas? - Disse incomodado.

— Está certo, Luan! - Denise suspirou — Depois a gente conversa.

— Boa noite!

Luan beijou a bochecha da sua esposa e em seguida virou para o outro lado lembrando de tudo que o seu irmão tinha dito mais cedo.

— Dizer o quê? Que tem vergonha de mim? Tem vergonha da sua família? Sabe, Luan? Eu tinha até esquecido um pouco de como você era tão estúpido, mas agora você fez questão de lembrar, não é, meu irmão? - Disse com ironia.

— Sim, eu reconheço que eu fui um estúpido...

— Ainda bem que você tem a total noção disso, não é Luan? - Interrompeu.

— Me deixa falar, Lucas! Eu sei que errei, mas entenda...

— Entender o quê? Que você tem vergonha da sua própria família? Isso eu já entendi, querido.

— VOCÊ NÃO SABE, LUCAS! VOCÊ NÃO SABE O QUE EU PASSEI.

— ENTÃO ME DIZ O QUE PORRA VOCÊ PASSOU, LUAN! O QUE ISSO TEM A VER?

— Eu armei uma defesa em torno de mim - Falou.

— Eu não sei o que você passou, Luan! Você não me diz nada, mas uma coisa eu quero que você saiba, eu não tenho nada a ver com tudo isso que você passou, EU NÃO FIZ NADA - Gritou.

— Eu vou resolver tudo isso, só me dá um tempo para...

— Quer saber, Luan? Já me cansei de tudo isso. Me esquece, tá bom? Que saco!

(•••)

No dia seguinte...

✦ Narrado por Lucas

MAXIMUS ALBUQUERQUE TRADE CENTER

Eram oito horas da manhã quando a porta do elevador se abriu, eu tinha chegado mais cedo porque tinha perdido o sono a poucas horas atrás, então me vesti, tomei café rapidamente e desci o morro para esperar o transporte público na parada que costumo esperar.

— Bom dia, Luquinhas!

Assim que abri a porta, Gleyce Kelly já estava sentada elegantemente na sua devida mesa.

— Bom dia, Kelly!

Respondi, mesmo sentindo ironia nas suas palavras.

— Lucas, sobre aquele dia...

Interrompi.

— Eu te peço desculpas, Kelly! Eu agi errado em entrar na casa do Max sem ser convidado.

— Eu te entendo perfeitamente, Lucas!

Não sei o motivo, mas suas palavras, seu rosto e seu sorriso não estavam descendo para mim depois de toda confusão do roubo que me envolveu.

— Lógico que eu me assustei com você. Imagina? Você acaba de acordar e vê a figura de um homem dentro da casa? É de se assustar.

Faz sentido.

— Mas você é um bom rapaz, Lu! Veio para ajudar o seu chefe, não é? - Falou.

— Eu faria isso por qualquer pessoa - Disse.

— Eu sei disso! Ah, Lucas! - Disse se levantando — Eu e o Max temos um caso antigo, sabe?

Eu ouvia tudo atentamente, mas claro, fingindo que estava mexendo no computador.

— Não é desde hoje que ficamos nesse vai e vem, além de termos uma boa química, nós dois se gostamos muito, por isso que ele não da certo com ninguém, na verdade ele dá o chute na bunda das meninas que ele pega, entende? Eu até recrimino ele sobre isso, acho uma tremenda de uma canalhice dele. Sabe o que ele inventou agora, Lucas? - Perguntou.

— O quê? - Perguntei ouvindo tudo totalmente espantado.

— Pelo amor de Deus, Lucas, isso ninguém sabe, ou melhor, eu acho que ninguém sabe.

Disse se aproximando de mim.

— Há algum tempo atrás, Max estava, digamos assim, conhecendo novos rumos.

— Como assim? - Perguntei já deduzindo o que ela queria dizer.

— Max está saindo com homens, ele já me confessou que já faz algum tempo que ele está tendo relacionamentos homossexuais, mas diz ele que não se considera um, só por diversão, tanto é que ele me disse naquele mesmo dia que estava saindo com um aqui da empresa. - Disse colocando a mão na boca — Eu fiquei passadíssima. Sendo que ele me procurou para a gente sair, já que ele mesmo disse que o cara que ele estava saindo era muito monótono. - Gargalhou.

— Monótono? - Eu não acreditava no que estava ouvindo.

— Pelo amor de Deus, não comenta isso com ninguém, isso é muito sério. Acho que não só eu que sei disso, até porque lembra que inventaram que você...

De repente Kelly para de falar e olha para mim assustada.

— Espera aí, Lucas! NÃO ACREDITO - Disse se afastando de mim.

— O que foi? - Perguntei sentindo meu coração bater.

— Você... Você é o cara que Max disse - Disse sorrindo — Agora tudo faz sentido.

— Sentido de quê? - Luan interrompe abrindo a porta — Bom dia, gente!

Eu estava tremendo.

— Bom dia! - Respondemos em uníssono.

— E aí, Kelly! Está melhor? - Perguntou.

— Estou sim, Luan! Pronta para outra. Estava aqui conversando com seu irmão.

— Ah... - Luan perdeu a voz — Lu-Lucas? - Gaguejou — Tudo bem?

Apesar de estar olhando para o computador e não fazer o mínimo de esforço para olhar seu rosto, notei que meu irmão não parava de olhar para mim.

— Na medida do possível - Falei totalmente seco.

De repente o telefone que estava na minha mesa toca e eu atendo prontamente.

— Departamento de Pessoal! - Atendi.

— Lucas?

Reconheci a voz.

— Oi, Max!

— Você pode dar um pulinho aqui na minha sala?

— Na sua sala? - Pensei alto.

— Sim, na minha sala.

— Tudo bem!

Concordei, apesar de tudo, Max ainda era meu superior, presidente da empresa.

— Obrigado! - Disse desligando em seguida.

— O que foi, Lucas? - Luan perguntou.

— Max está me chamando na sala dele - Falei com desgosto.

— O que ele queria? - Notei que Kelly perguntou com interesse.

— Ainda não sei - Disse a verdade.

— Leva esse envelope para Gisele lá do departamento jurídico que é bem pertinho.

Disse me dando um envelope marrom lacrado.

— Tudo bem! - Disse pegando.

(•••)

Abri a porta e encontrei Max bem vestido, eu tinha que confessar, ele é muito lindo.

— Lucas! - Veio em minha direção e me abraçou.

O cheiro agradável do perfume dele entrou pelas minhas narinas e eu tinha que fazer algo, antes que eu me entregasse para ele, de uma forma Max me enfeitiçava.

— Pois não, Max? - Disse formalmente.

— Que formalidade é essa, Lucas? Hein? - Disse acariciando meu rosto.

Tirei suas mãos do meu rosto.

— Você é meu superior, tenho que ser formal.

— Para com isso, Lucas! Você é meu namorado, não necessita disso - Disse.

Suspirei profundamente.

— Max...

— Eu sei! - Me interrompeu — Eu sei que deveria está cumprindo o tempo que você pediu.

Ele se afastou de mim e colocou as duas mãos na cabeça.

— Mas sabe o que aconteceu? Acontece que eu não consigo ficar longe de você.

Bufei e ao mesmo tempo dei uma risada irônica.

— Ah, não consegue ficar longe de mim, não é? Mas na primeira discussão vai logo correndo atrás de rabo de saia, não é? Eu sei qual é a tua, Max!

— Eu não estou enten...

— Eu sei qual é a sua, Max! - Interrompi — Gosta de experimentar novos horizontes ou novas bundas, indecentemente falando, não é? Então quando enjoa dos otários que você pega, simplesmente dá um chute nas nossas bundas e vai atrás de outros ou de outras porque nós somos monótonos, como você sempre disse - Disse de uma vez.

— Lucas, calma, eu não...

— Ai que raiva! - Interrompi novamente — Como eu fui otário! Ainda não acha humilhante demais e ainda por cima fica me ligando, mandando mensagens para eu aparecer lá na sua imensa cobertura e ter um momento constrangedor como aquele.

— Como você soube que...

— Olha aqui - Interrompi mostrando as mensagens no smartphone — Não me diz que foi Gasparzinho, o fantasminha camarada - Ironizei.

Max ficou espantado vendo todas as mensagens.

— Não, definitivamente não fui eu que escrevi essas mensagens, Lucas!

Bufei de ódio mais ainda.

— Quer saber, Max? - Fui racional — Eu não sei se realmente nós tivemos alguma coisa, até porque eu já disse tudo o que tinha para dizer sobre a gente, mas isso não pode continuar assim, não se engane, não engane os outros, aliás, eu não sei porque eu estou aqui ainda reclamando, não é? Não foi você que pediu a droga do tempo, não é? Fui eu! Então eu não tinha nada para estar aqui te julgando, reclamando de uma possível traição.

Max ouvia tudo calado.

— Mas que traição? - Perguntei mais para mim mesmo — Nós não temos mais nada, não é? Então acredito que estou sendo hipócrita te cobrando uma coisa, sendo que há dias atrás eu disse que estava confuso em relação aos meus sentimentos por você, que não compartilhava do mesmo sentimento, se é que existe, que você sente por mim e tinha pedido um tempo na nossa relação, mas sabe o que eu fico mais puto? Eu fico mais puto é saber que você dizer que me amava...

— MAS EU TE AMO - Disse Max com os olhos vermelhos.

— Você dizia que me amava, que eu era o amor da sua vida, que isso, que aquilo e dizer que eu era muito monótono e colocava chifres na primeira oportunidade que tivesse. Afinal, o que você quer comigo, Max?

— LUCAS! - Max segurou nos meus ombros — Eu nunca te traí - Disse.

— Jura? - Debochei.

— Eu bebi além da conta sim, e por causa de você, você que me fez beber todas.

— Agora a culpa é minha - Gargalhei — Era só o que me faltava.

— Você é culpado por tudo que acontece na minha vida, Lucas! - Disse me olhando com raiva— Eu bebi sim e não nego, mas sobre Kelly e eu, na verdade eu não sei o que realmente viu lá na minha cobertura, mas...

— Chega! - Bufei pela milésima vez — Viva a sua vida, Max! Só não machuque as pessoas.

Disse isso e saí sob os protestos do meu ex-namorado ou seja lá o que fosse.

(•••)

♦ Narrado pelo Autor

Algum tempo depois...

— Mandou me chamar, Max? - Sorriu.

Kelly estava elegantérrima neste dia, usava um blazer discreto branco por dentro da saia cós alto com botão em gorgurão, valorizando seu quadris e também a sua bunda, sapatos de salto alto e cabelos bem escovados.

— Você não me contou que Lucas foi lá na cobertura - Disse de uma só vez de costas para Kelly.

— Ah! - Fez de desinteressada — Achei que não fosse importante, mas na verdade achei bem estranho, Max! Imagina você está no banheiro e de repente esbarra com um estagiário dentro da sua cobertura, que aliás, eu sei que você gosta bastante dele, mas ele já tem a chave do seu apartamento assim? Sai logo abrindo, entrando, ainda mais um estagiário que já foi acusado por roubo, lembra? Cuidado, ouviu? Ainda mais ele mora num favela, no Morro da Conceição.

— Lucas não é ladrão, Kelly! Você não tem o direito de humilha-lo assim.

— Tenho o direito de te proteger, Max! Você está dando liberdade demais para aquele faveladinho, se o irmão sequer deu a mínima, nem apresentou para a gente, boa coisa não é.

— PARA DE FALAR DELE ASSIM! - Bateu com agressividade na mesa — KELLY, NÃO BRINCA COMIGO.

— Afinal, Max! Qual é o envolvimento de vocês dois? Você fez amizade com ele muito rápido, não?

Alfinetou.

— Ele é meu namorado - Disse de uma só vez.

— Como é?

Até Kelly que já sabia, espantou-se com a revelação inesperada do chefe.

— Eu tenho um relacionamento com ele há pouco tempo e VOCÊ - Apontou — não vai colocar areia. Eu amo ele! Eu sou louco, apaixonado por ele.

Kelly suspirou e falou calmamente.

— Calma, Max! - Disse se aproximando do bonitão — Você está apenas confuso. Como empresário, você sabe qual o final de tudo se prosseguir com tudo isso, não é? Não terá vantagem alguma. Sabe o que falta para você? Falta uma mulher de fibra e não um viadinho para você esquentar a cabeça diariamente, o que falta na sua vida é uma mulher, uma mulher como eu, para te fazer homem.

Max bufava de ódio, seu peito descia e subia rapidamente.

— Olha, eu não te julgo se você pegar um ou outro para poder se aliviar - Disse aproximando os lábios das orelhas vermelhas do empresário — mas não presta para ter relacionamento sério com esse tipo de gente, ainda mais gayzinhos como esse... Esse Lucas, não é? Eles levam uma vida muito promíscua e logo estão aí estirados no chão sujo da rua, todo ensanguentado. Você quer essa vida para você? Claro que não! Aproveita a oportunidade que a vida está te dando, Max, eu não queria dizer isso, mas eu, EU - Bateu no próprio peito.

— Kelly, é melhor você ir embora para a sua sala - Disse fechando os punhos.

— Eu sou a mulher perfeita para você, sabe porque? Por que nós temos química!

Max fechava os olhos.

— Kelly, você sabe do que eu sou capaz, você está pisando em local desconhecido.

— Max!

A loira foi para cima do homem e agarrou a camisa social do empresário, puxou, fazendo os botões da camisa que custava uma nota caírem, exibindo seu peitoral musculoso e o abdômen bem trabalhado.

— Olha o que você fez! - Max olhava para o seu próprio corpo — Você está louca!

— Eu quero você pelado, Max! Quero fazer amor em cima da mesa, você precisa de uma mulher de atitudes, uma mulher que não pense duas vezes antes de agir.

De repente ouve-se duas batidas na porta e a mesma se abre.

— Max? Eu acho que esqueci um envelo...

Lucas se assustou com a visão que estava vendo, Kelly quase agarrada em Max, este que estava com a camisa social aberta, exibindo seu corpo malhado.

— Desculpa, não era para ter entrado sem bater, só vim para pegar um envelope.

Rapidamente, Lucas visualizou o envelope que estava em cima da mesa de vidro do Max, recolheu e saiu rapidamente ouvindo Max chamar entre sussurros.

— Lucas, volta aqui!

— Desculpa! - Lucas disse sem olhar e saiu pela porta.

Max voltou, sua cara vermelha tomate, seus cabelos assanhados eram bem visíveis.

— O que merda aconteceu agora? - Disse para si mesmo.

— Está vendo, Max? - Kelly foi para cima do homem — Tudo conspira a favor de nós.

Max se desvencilhou do corpo bem trabalhado de Kelly e trancou a porta.

— Max, eu garanto! - Disse indo para cima — Eu faço você vira homem!

Foi ela terminar de dizer e logo em seguida sentir seu rosto esquentar.

— Você... - Disse colocando a mão no rosto — Você me bateu, Max!

Kelly não estava acreditando que tinha acabado de levar um tapa.

— Pode te acontecer algo bem pior com você, Kelly! Juro.

(•••)

Alguém aí está com saudades da nossa querida Rosemary Tamborzão? Na Quarta-feira, 14 de Setembro, postarei um capítulo especial só dela. Espero que vocês gostem! Vai ser tiro, porrada e bomba para os fãs dela.

。◕‿◕。

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Comentários

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Ai que felicidade. a puta vai morrer que nem o cara que humilhou o Lucas. ai ai, quero só vê as reviravoltas dessa trama.

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esse max nao me cheira a boa coisa tambem e eu quero que a rose apareça com o paulao nunca mais os dois apareceram

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amei o tapa que o max deu na biscate da kelly foi merecido e lucas devria da um tapa na cara do irmão dele que é um safado confesso que chorei porque me senti no lugar do lucas por ser rejeitado pelo irmão e ele não fez nada morre luan

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Este tapa lavou minha alma....mulher vulgar merece levar tapa! O luan é um merda, fica humilhando e renegando a mãe e o irmão. Creio que a kelly vai descontar sua ira no Lucas. Eu queria que a Rosemary desce uma sova de tapas na kelly a cena seria hilária. Que o Max e o Lucas volte..logo!

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È disso que eu to falando, bota ela pra ser humilhada, agora, sobre o Luan, me surpreenda, agora a Kelly, já vi que vai parti pra mata, e por favor, não mata a mãe deles sem ela conhece a neta né, se não vai doe minha alma aqui.

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kralho que capitulo foda kkkkkk to com odio dessa fofoqueira ja era po max ter despedido ela ha muito tempo kkk coitado do lucas

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Que ódio que eu tenho dessa maldita Kelly. Esse tapa que ela levou do Max foi muito bem merecido. Ele podia logo era demitir logo ela. Que raiva! Coitado do Lucas... Lindinho, desculpa não ter comentado os capitulos anteriores, é que eu tava um pouco afastado da CDC. Ansioso pelo próximo! Bjos

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Porque você é tão mau!!! Parou na melhor parte, sacanagem, por favor continua logo, porque você não acaba com a putiane hein!? 👏👏👏 ¬_¬

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Bem feito pra Kelly,bem feito, cara adorei esse capítulo, mas não consegui senti raiva do Max,por enquanto vejo que ele é vítima, mas é meio fora da casinha...cara eu curto muito seu conto, o Lucas tá foda mas enfim, bom fim de semana

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