Gelo no Coração ou Coração de Gelo?cap 05

Um conto erótico de Stardust
Categoria: Homossexual
Contém 1444 palavras
Data: 16/09/2016 23:32:26

Olá pessoas, desculpem a demora, eu comecei a escrever muito e esqueci de postar, fora que tive uns probleminhas familiares. Mas eu não esqueci de vocês. agradeço a todas que estão gostando, um beijo a todas vocês. Bora pra história?

Continuando...

Enquanto isso, lá vem os pais delas, gritando como se ela tivesse sido sequestrada durante anos e mandada para Marte, quanto histerismo:

- Filhaaaaaa, o que foi isso? Como aconteceu? O que fizeram? (A mãe tava quase terminando de quebrar o resto da menina com aquele abraço).

- Calma Norma, deixa a menina respirar. Minha filha você está bem? Vamos entrar pra ver esses machucados.

- Raul eu estou muito calma, apenas a minha filha chegou parecendo que tava no MMA. (Tô começando a achar que a mãe dessa menina deve ser perua).

- Calma gente, estou bem, eu tive a sorte de ser salva pela Dra. Priscila, que apareceu na hora e deu uma surra de karatê neles. Eu podia ter ficado pior se não fosse ela, talvez nem viva estivesse. (Falou ela dando uma piscadinha pra mim).

- Tá bom miss donzela em perigo, vamos entrar. (A Bia estava zoando a prima).

Enquanto elas entravam os pais dela vinham me agradecer.

- Obrigada Priscila, obrigada mesmo, ela é um dos meus maiores tesouros, nem sei como estaria se algo acontecesse a um de meus filhos. (Começando a mudar minha concepção sobre Dona Norma).

- Nossa, nem sei como agradecer, se arriscou por uma estranha, isso é raro hoje em dia, deixa eu recompensar. (Falou Seu Raul pegando a carteira).

- Isso não é necessário, ajudar não custa nada, isso é apenas caráter mesmo. Se me derem licença, preciso ir, ela já está entregue e espero que se recupere.

- Raul como você foi indelicado, ofendeu a moça, parece até criança, pede desculpas. (Que bronca viu kkkkk).

- Moça é...

-Priscila.

- Isso! Não foi minha intenção ofendê-la, por favor fique para jantar conosco como pedido de desculpas e agradecimento. Não aceito não como resposta.

- Tá, tudo bem, eu fico. (Sábado estragado, pelo menos veio a comida).

- Que ótimo, aproveitando que ainda são 17:30, conheça a casa conosco, Norma e eu adoraríamos mostrar e conversar por enquanto.

- Ok.

Eles me mostraram a casa, realmente linda, cenário de filme, digno de óscar, tinha até um pônei devorando o jardim, isso deve ser armada da Cristina. As 18:20, o jantar foi servido e todos se reuniram à mesa, Seu Raul, Dona Norma, a filha mais velha Pâmela, o filho mais novo Henrique, a prima Bianca (a Bia) e a Cristina.

O jantar estava com uma boa aparência e sabor melhor ainda, no começo o silêncio reinava, mas depois todos começaram a falar, o que é chato, e mais chato é o interrogatório sobre minha vida, mas dessa vez eu decidi ser um pouco mais legal e responder, primeiro a mãe de Cristina:

- Você trabalha em que Priscila?

- Sou psicóloga.

- Você é bem jovem, aparenta ter uns 20 anos.

- Obrigada, mas tenho 24 anos.

- Trabalha a muito tempo? (Pergunta seu Raul).

- Sim, comecei aos 21, mas ganhei uma bolsa e fui fazer especialização em Londres durante dois anos, atuei um tempo por lá e quando o curso acabou eu voltei.

- Mas se já atuava por lá, por que decidiu voltar? (Pâmela perguntou curiosa).

- Meu amigo Rodrigo e eu tínhamos um projeto já de montar nossa clínica, por isso não fiquei.

- Ele é psicólogo também?

- Não, ele é cirurgião dentista.

- Bem interessante, uma clínica dupla, psicologia e odontologia juntas. (Tom sarcástico).

- Priscila, por acaso a clínica Falar & Viver é sua? (perguntou Raul).

- Sim, essa mesmo. Conhece já?

- Claro, eu me consulto com o Dr. Rodrigo, que coincidência.

- Coincidência mesmo, mas que estranho, nunca o vi por lá.

- Estranho mesmo, mas conhece o Luís Ricardo?

- Sim, ele e sua esposa são meus pacientes há um ano, mas por que?

- Ele é meu irmão e amigo, pai da Bia. Ele sempre me disse que desde que decidiu ir com a esposa a psicóloga, seu casamento melhorou muito.

- É verdade, eles eram distantes no começo, mas agora estão mais próximos e unidos.

- Você que uniu meus pais de novo? Muito obrigada de coração, não queria que eles se separassem. (Bia me abraça e beija minha bochecha em agradecimento).

- É o meu papel apenas. (Tom sério).

Após mais alguns assuntos, o seu Raul decide contar uma piada diretamente pra mim, enquanto todos riam eu apenas fiquei séria e do nada todos começaram a me olhar até eu falar:

- Tá faltando algo em sua piada...

Ficou aquele clima de silêncio e todos sem entender minha reação, até que respondo:

- A loira passou a perna. E vocês caíram direitinho com essas caras de preocupados kkkkkkkkkkkkkk.

- Nos pegou em Dra. Priscila (falou o pequeno Henrique).

- Chama só de Priscila mesmo, como antes, toca aqui.

“Situação acima, eu contando piada, dando intimidade, rindo, oi? Até umas horas atrás eu estava brigando com o projeto de Barbie quebrado”.

- Nossa, você conta piadas e fala da sua vida Priscila, surpresa agora. (Ironia level hard por parte da Cristina).

- Rir de vez em quando é bom.

- Nossa, tá ficando cada vez melhor, será que você canta também?

- Tá rolando indireta entre as duas é? (Pâmela perguntou desconfiada)

- Não mesmo (Nós duas ao mesmo tempo).

O jantar ocorria bem, ficou engraçado, até eu entrei no clima, quantos anos eu não ria em família, foi bom, mas não podia esquecer que isso era passageiro. Pâmela por alguma razão me olhava desconfiada, pelo menos seus lindos olhos cor de mel dava um charme. Cristina, apesar de surpresa, gostou de rir comigo e conversar um pouquinho mais. Eram umas 21:00 hs eu precisava ir, se não ficaria tarde pra mim, o assunto estava legal que terminamos todos sentados no jardim. Há quanto eu não conversava assim sobre a vida mesmo, não do meu pessoal. Todos me acompanharam até a porta pra me despedir, mas quando entro no carro, Cristina me chama:

- Priscilaaaa, espera.

- Oi, nem liguei o carro ainda, fale.

- Nos veremos em breve?

- Acho que não boneca de porcelana, a aventura termina aqui.

- Aventura? Eu passei o dia quase todo dormindo e com dor.

- Vai aprendendo a ser forte com isso.

- Você voltando a ser chata como sempre, tão diferente do jantar. Por falar nisso, o que foi aquilo? Você conversando e rindo, fiquei surpresa.

- Apenas uma fraqueza isso, que talvez não se repita sempre.

- Mas e...

- Tá bom já, chega de perguntas né?

- Chata.

- Patricinha.

- Então é isso? Não nos veremos mais?

- Não digo isso, por que o Jóa é perto de Copa, fora que estamos na mesma cidade, podemos nos esbarrar algum dia,

- Espero que esse dia chegue logo, tchau Priscila, adorei passar o dia com você, mesmo que a metade dele tenha sido apenas com dor kkkkkk.

- Tchau bonequinha, te cuida pra não quebrar mais.

E depois dali fui embora, 1 mês se passou depois do ocorrido, eu não a procurei e vice versa, ela voltou pra vida dela e eu pra minha. Segunda-feira, 2013, capital fluminense, aquele sol maravilhoso, a brisa perfeita, acho que são as águas de março fechando o verão. Indo pro trabalho, naquela rotina de sempre, chegando no consultório, pegando os recados, aguardando o Digo chegar, geralmente gosto de chegar cedo, pra ir analisando algumas coisas com antecedência. Estou de boa na minha sala, lendo, alguém bate à porta e peço pra entrar, era a Dona Maria, minha secretária, uma senhorinha muito boa que parece uma tia pra mim, sabem a tia May da primeira trilogia de filmes do Homem Aranha? Então parecia ela, a diferença são 20 anos a menos e cabelos mais escuros. Ela veio me entregar uns relatórios da semana anterior e perguntou se eu queria panquecas doces, humm, amo panquecas doces, e por incrível que pareça, ela prepara tudo na hora, na cozinha que fica um pouco distantes das salas. Ela sempre começa o dia:

- E então menina?

- Mais uma semana, como sempre.

- Aproveite bem.

- Igualmente.

Estava atendendo o dia normalmente, por volta das 9:30, eu estava livre o próximo paciente só chegaria as 11:00, porém Dona Maria, me chama pelo telefone e diz que a paciente das 11:00 chegou. Queria saber se o relógio dele ta de acordo com o da China, pra chegar quase duas horas antes, eu nem ia atender, mas como eu não queria ter que ficar muito tempo aguardando mandei entrar. Antes olhei o prontuário, paciente nova, C.R. Amaral Dantas. A pessoa que entrou na sala chegou com uma sexta de café da manhã no rosto, como se fosse uma surpresa e falando:

CONTINUAAA...

QUEM PODE SER? FICA PRO PRÓXIMO CONTO BJS. NEM VAI DAR PRA SENTIR FALTA

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