Adestrando Betão (Uma FanFiction) - 11

Um conto erótico de Gordin.leitor
Categoria: Homossexual
Contém 4101 palavras
Data: 22/09/2016 23:35:09

CAPÍTULO – 11

- Parados, os dois! – Daniel gritou derrubando a frágil porta de madeira do local. O ar estava parado, nenhum barulho se ouvia a não ser os soluços de Humberto. Betão e Rômulo se olharam, espalmaram as mãos em sinal de rendição, os dois sabiam o que fazer naquela situação, mas era muito perigoso agir contra um homem armado. – O que vocês estão fazendo com o Sampaio aqui! – Perguntou.

- O que ele pediu, ele queria que mais um cara fodesse ele! – Rômulo começou a jogar – Ele queria virar a nossa puta! – Deu um passo imperceptível e quando notou que Daniel não havia percebido, provavelmente motivado pelo excesso de nervosismo, ele deu mais um.

- Isso é mentira, ele não é assim! – Daniel falou tentando entender aquilo tudo, olhava para o rosto lavado em lágrimas de Sampaio e sua negativa constante.

- Ele me contou de caso de vocês... – Rômulo recomeçou, Beto começou a se aproximar de Humberto, ele estava armado, mas não podia fazer nenhum movimento brusco, afinal Rômulo estava na linha de tiro de Daniel.

- Não era um caso – Daniel se defendeu.

- Talvez não fosse pra você! – Rômulo sibilou.

- Tu acha que essa é a melhor forma de confrontar um homem armado? – Desafiou e Rômulo engoliu em seco.

- Olha aqui, tu quer participa da festinha a cadelinha aguenta... – O disparo foi desviado para a esquerda do rapaz.

- Larga a arma! – Beto falou apontando uma arma pra cabeça de Humberto que agora chorava desesperado.

- Tu que lar...

- Larga o caralho dessa arma, eu não me importo se tu matar esse aí – Mentiu apontando pra o Rômulo – Mas tu sabe que eu consigo matar esse velho aqui e ainda te matar, então larga esse caralho que eu te entrego o velho! – Daniel o olhou impressionado, sabia que o rapaz a sua frente era muito habilidoso e que poderia rapidamente acabar com toda aquela festa mesmo de mãos vazias, tendo uma arma então.

- Tudo bem, eu vou... – Quando ele abaixou a arma, foi atingido em cheio no ombro esquerdo, caiu no chão e a arma deslizou até os pés de Beto.

- Amarra o mané aí! – Beto falou pra o Rômulo.

- Nós vamos é matar esse doido!

- Fica na tua, te segura aí parça! – Beto apontou a arma pra o Rômulo.

- Tá doido Beto, tô do teu lado! – Rômulo se assustou com aquele movimento.

- Não, tu tá do lado da tua vingança! – Beto falou acusador.

- É tua também! – Rômulo acusou.

- É, mas tu tá pirando cara, depois dele e do meu avô, tu vai querer matar quem? – Beto se descuidou e viu quando Daniel tentava alcançar a arma. - Te aquieta ai! – Apontou a arma pra ele, Rômulo olhava com raiva e sem compreender aquilo tudo.

- Tu tá querendo ficar do lado deles? – Nesse momento ele assumiu uma postura agressiva.

- Eu tô do teu lado, mas eu preciso que você faça o mesmo!

- Eu tô do teu lado, Beto! – Falou com raiva.

- Não, tu tá do lado da tua vingança! – Beto o acusou.

- Caralho cara, vamos matar esses dois e vazar!

- Pega, a arma tá aqui – Beto chutou a arma de Daniel nos pés de Rômulo – Mata o coroa, mata o capacho ali e depois explica essa caralhada toda pra Sarah! – Falou gritando e Rômulo se assustou com a menção à moça.

- Tu tá ficando doido? – Alcançou a arma.

- Como é fodão? Vai matar eles ou não? – Beto pressionou.

- Tu é foda, Beto! – Ele apontou o revólver para a cabeça de Humberto – Se a gente deixar esse filho da puta vivo ele vem atrás da gente – Nesse momento Humberto começou a gemer e a se debater.

- Te aquieta, cadela! – Rômulo ralhou e por incrível que pareça o velho se conteve. – Eu vou matar esses filhos da puta, depois vou soar o alarme daquela casa e quando todo mundo tiver saído eu taco fogo naquilo tudo e depois eu volto pra jogar sal na terra! – Rômulo falava com raiva na voz, o tempo todo olhando para Betão.

- Então vai, vou lá pra fora! – Beto falou já se mexendo, viu que Daniel apesar de ter sido atingido num ponto que não era letal, assim mesmo percebeu que o rapaz não sobreviveria, saiu da cabana com a cabeça doendo, afinal de contas aquela vingança tinha se tornado um circo enorme. Até que ponto a sua vida tinha sido estragada pelas ações de homens como Humberto e Cristóvão, na verdade o cansaço daquela situação era maior que sua raiva.

Encostou-se ao carro e olhou o céu estrelado, como ele queria que aquela fase de sua vida tivesse ficado pra trás, tudo o que ele queria era ter podido estudar, fazer a tal faculdade que Ricardo tanto falou, depois quem sabe abrir uma academia, ser professor de artes marciais, comprar uma casa pra o seu franguinho e fazer amor com ele sempre que quisesse, desejos relativamente simples, numa vida que de simples não tinha nada.

Resolveu voltar lá pra dentro, afinal de contas, ele havia prometido que o acompanharia naquela empreitada, pouco antes de chegar na porta da casa ouviu cinco tiros seguidos. Beto se assustou imediatamente. Entrou de uma vez e viu Rômulo com os olhos vermelhos, ele parecia descontrolado apontou a arma para ele e antes que pudesse fazer qualquer movimento o sexto tiro foi dado em sua direção.

- Desgraça, tá doido? – Ele não percebeu de imediato, mas sangrava.

- Beto... – Rômulo caiu de joelhos no chão, quando Beto deu dois passos sentiu um ardor forte no braço, olhou e viu que o tiro havia pego de raspão. Olhou ao redor e notou que contra todas as expectativas Humberto continuava vivo e respirando, mas cada um de seus membros havia recebido um tiro, braços e pernas, na cabeça de Daniel outro tiro.

Foi então que ele lembrou do primeiro momento após se libertar de Cristóvão, aquela confusão, finalmente havia vencido o monstro que sempre esteve dentro do seu armário, mas mesmo o monstro servia como ponto de referência e aquela indecisão, aquela sentença de liberdade por melhor que fosse era também extremamente confusa. Pegou em seu braço que sangrava, mas ao ver a expressão de Rômulo, reflexo de seu ego esfacelado, tirou a camiseta que vestia e amarrou no local do ferimento. Caminhou até o rapaz que agora estava ajoelhado no chão, chorando copiosamente, e o abraçou de forma fraternal.

- Vai passar – Falou baixinho.

- Que merda – Xingou – Eu não sou normal Beto, eu não sou normal... – Chorou mais e mais, ficaram ali naquela chão sujo por bastante tempo, tentando encontrar uma saída digna para aquela situação agoniante.

- Vamos embora... – Beto chamou.

- A gente tem que desovar esses dois ainda... – Rômulo lembrou.

- Vem, a gente não vai fazer isso hoje não! – Beto corrigiu.

- Tu já se fodeu uma vez por deixar as coisas rolarem, vamos resolver hoje. – Os dois saíram da casa, foram até o carro de Daniel, secaram o tanque e com a gasolina colocaram fogo naquilo tudo. Quando se distanciavam, começaram a ouvir os gritos de Humberto, os dois pararam.

- Tu não matou o velho? – Percebeu então que deixaram aquele detalhe passar.

- Não – Rômulo falou com cara de menino que aprontou e foi pego no pulo. – Vamos embora, dessa ele não escapa.

Os dois andaram até o seu carro e Rômulo mesmo um tanto desestabilizado ainda insistiu para dirigir, os dois seguiram em direção à cidade, não sem antes perceber que mesmo de longe era possível ver o fogo que levantou na cabana, mais um dos homens que havia feito da vida dos dois um inferno estava agora morto.

Nos dias que se seguiram tentaram contato com Ricardo, porém ele parecia estar incomunicável, havia deixado recados no e-mail de Rômulo e isso deu o tempo para que Betão se curasse do ferimento a bala e Rômulo conseguisse se estabilizar novamente, nesse interim demoraram quase um mês e aproveitaram para resolver as coisas no casarão onde Beto ficou cativo, conseguiram, no entanto, libertar a maioria dos homens que estavam ali em regime de escravidão. De forma misteriosa fizeram com que seus pagamentos chegassem até as mãos de suas famílias, o resto do dinheiro dividiram igualmente e seguiram então para a chácara de Cristóvão.

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Ricardo apontou a arma, estava assustado que alguém pudesse ter invadido aquela casa no meio do nada, apesar de não se sentir culpado pelo que estava fazendo, mesmo assim sabia das implicações legais que aquilo poderia lhe acarretar. Isabella veio por trás, naquele momento em que Beto e Rômulo arrombaram a porta, os dois se assustaram muito.

- Parados! – Ele gritou apontando a arma aos dois ali, o susto que teve ao ver Beto e Rômulo quase fez com que morresse – Betão! – Sussurrou com medo de que ao dizer o nome de seu amor ele se esvaísse como fumaça, como quando se fala em voz alta um desejo feito a uma estrela cadente.

- Franguinho? – Apesar da emoção, Beto o olhava com estranhamento latente. – O que você está fazendo aqui? – Perguntou assustado, Ricardo baixou a arma e Isabella veio para o lado do cunhado. – Isabella? – Cada vez mais ficava difícil de entender o que acontecia ali, Beto olhou para Rômulo e este parecia tão perdido quanto o companheiro.

- O que vocês fazem aqui? – Ricardo perguntou embasbacado.

- Eu perguntei primeiro! – Beto falou já se dirigindo ao amado, subiu a escada e ficou de frente pra ele.

- Meu Deus, meu Beto – Ricardo de um pulo se prendeu ao pescoço do homem que amava há tanto tempo, os dois ficaram abraçados numa espécie de comunhão silenciosa. – Que saudade, meu amor! – Beijou o pescoço, o cheiro de Beto o deixou aceso de imediato.

- Franguinho – Beto falou baixinho o apertando ainda mais no abraço gostoso que os dois davam. – Também estava morto de saudades. – Quando se desgrudaram os olhos de Ricardo estavam cheios de lágrimas e os de Beto também.

- Parou a melação – Rômulo falou, mas com um sorriso e sem se interpor entre os dois.

- Rômulo... – Ricardo quase cochichou, sem largar Beto. Isabella ao ver o ex-soldado o olhava com medo, escondeu-se atrás de Ricardo e o rapaz lembrou o porque a garota sentia tanto medo dele.

- Fica de boa, eu não faço mais aquelas coisas...

Lembrou com vergonha das ameaças, dos tapas e das humilhações que infligiu à moça a mando de Cristóvão, quando as coisas começaram a apertar ela teve que se rebolar para mandar algumas quantias ao avô, sob pena de maltratar Beto ainda mais.

Beto por outro lado olhava para a irmã sem sentir muita coisa, pois até então a relação fraternal existia apenas no nome, durante o período de transformação de Beto no soldado/escravo de Cristóvão ele havia sido afastado da família e quando retornou aquela menininha ali já ocupava lugar de destaque na casa, e mais uma vez ele sentiu-se preterido pela família, quando mais velho e ela tentou ajuda-lo, teve o braço quebrado nessa tentativa, desde então, mesmo sabendo, que o perigo não era Beto ela não tentou mais nada.

- O que vocês estão fazendo aqui? – Beto quebrou o silêncio.

- Nós viemos resolver a situação de uma vez por todas! – Isabella tomou a frente, Ricardo só chorava olhando para Beto e agarrado ao seu pescoço.

- Cadê o velho? – Beto perguntou.

- No quarto dele! – Isabella respondeu.

- Vivo? – Quis saber.

- Não que ele mereça viver, mas sim, ainda está vivo! – A moça falou rangendo os dentes.

- Quero ir lá! – Betão falou.

- Queremos! – Rômulo o corrigiu.

Os quatro seguiram para o quarto para encontrar o maior monstro que conheceram, mas nunca estariam preparados para ver o que Isabella e Ricardo faziam ali.

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Ricardo estacionou o carro na frente da chácara, desceu vagarosamente procurando não fazer barulho nenhum, mas sua atenção foi tomada por um grito.

- Sua idiota! – Ele reconheceu a voz odiosa de Cristóvão. Bateu na porta e tudo ficou em silêncio novamente.

- Pois não? – Isabella abriu a porta, seus olhos estavam vermelhos e ela ostentava um olho roxo.

- Isabella? – Ricardo viu o seu estado.

- O que você veio fazer aqui? – Ela o questionou enquanto saía para o pequeno alpendre.

- Quem tá aí com vocês? – Ricardo perguntou de pronto, entendendo que a moça que estava tomando conta de Cristóvão era Isabella, sua neta.

- Só eu e o vô! – Ela disse com vergonha.

- Obra dele? – Ele apontou para o olho e ela passou dois dedos ali como se tivesse lembrado daquele machucado no momento em que ele falou.

- Quem está aí? – O velho gritou da porta, os dois o olharam. – Ora, se não é o frango do Beto... – Provocou. Ricardo não soube dizer de onde surgiu aquela urgência, mas voou em cima do velho lhe derrubando da cadeira de lhe esmurrando o rosto, rapidamente aquele ser havia perdido a consciência.

- Me ajuda a levar ele pra dentro! – Ele falou olhando direto pra Isabela que estava embasbacada com a cena que acabara de assistir.

- Ele tá vivo? – Ela perguntou tentando esconder um sorriso que vinha do mais profundo de seu ser.

- Por enquanto! – Ricardo o colocou nos braços e entrou – Trás a cadeira.

As próximas horas foram gastas contendo o velho na cama, apesar de sua figura caquética não ter mais tantas forças ele deu trabalho ao perceber que pela primeira vez ele estava sem proteção nenhuma e nas mãos de duas pessoas que não só o odiavam, mas fariam de tudo para ver a sua caveira.

- Me tirem daqui seus energúmenos! – Gritou com Ricardo e com Isabella.

- Cala a boca, velho! – Ricardo gritou muito próximo do seu rosto – Eu vim aqui cobrar as tuas dívidas e não saio antes que você as pague!

- Que dívidas o que seu viadinho? – O tapa que Ricardo lhe deu no rosto foi tão inesperado quanto doloroso. – Agora eu que vou te adestrar seu verme! – Deu outro tapa sonoro e igualmente doloroso.

- Você pensa que eu estou acabado porque o Betão não está aqui? Não, eu tenho meus meios, ele está em poder de um homem que basta que eu dê a ordem ele vai lá e o mata! – Tentou ainda ameaçar.

- Você é ridículo, seu velho imundo! – Lhe deu outro tapa – Você acha que eu estaria aqui se o Beto estivesse em perigo? – Lhe segurou pelo colarinho, machucando as mãos que estavam amarradas – Dessa vez eu estou tão à sua frente que nem o meu rastro você conseguiria acompanhar!

Virou e Isabella olhava para o cunhado com a admiração a um santo.

- Eu vou aplicar isso aqui em você e quando você acordar já estará no inferno! – Cristóvão ficou petrificado, era uma seringa enorme, com uma agulha igualmente grande.

- O que você vai fazer? – Isabella perguntou empolgada.

- Acabar com a raça desse maldito e em seguida vou libertar o Beto! – Falou seguro.

- Tem que ser assim rápido? – Ela perguntou. – Esse maldito torturou o meu irmão desde que ele era uma criança. – Falou com a voz embargada – Vem aqui comigo, rapidinho. – Ela chamou e Ricardo ficou um tanto confuso com a maneira com que ela falou, olhou uma última vez para o velho que os encarava incrédulo.

Calados eles desceram à escada, chegando na porta do porão ela abriu e ligou a luz amarelada lá debaixo, desceram lado a lado e um arrepio percorreu o corpo de Ricardo, ele se sentiu mal como se quisesse vomitar.

- Que cheiro é esse? – Perguntou cobrindo o nariz.

- Não sei, mas era aqui que ele mantinha o Beto! – Ricardo olhou em volta, impressionado com a sordidez do local, mais impressionado ainda por Beto ter conseguido se manter vivo naquelas condições. Andou pelo local e viu as correntes presas à parede. – Ele vivia me ameaçando de me deixar trancada aqui – Os olhos da moça marejaram – Eu encontrei isso...

Ela abriu o pequeno armário e mostrou os chicotes ali contidos, Ricardo pegou em um que tinha pequenos ferros afiados nas pontas e imaginou se aquilo alguma vez havia sido usado em Beto. Subiu as escadas deixando Isabella lá embaixo, entrou no quarto do velho como um furacão .

- Maldito! – Gritou – Tu usou isso nele? – Chacoalhou o chicote no rosto do velho que sorriu.

- Mais de uma vez, enquanto ele implorava pra parar! – O velho vociferou.

- Então, velho maldito, te prepara pra implorar! – Cristóvão arregalou os olhos, não deu tempo sequer de gritar e a chicotada veio com força em seu rosto, abrindo pequenos cortes, inclusive em sua pálpebra direita.

O grito que se ouviu foi assustador, Ricardo ainda lhe acertou um segunda vez, movido pela raiva que sentiu quando soube o que acontecia naquela casa horrorosa, encontrou uma garrafa de álcool 70 que havia levado para esterilizar os instrumentos que usaria e secou-a no rosto do velho. Ele não suportou a dor e desmaiou em seguida, Ricardo ficou observando a figura do homem que acabou com seus sonhos e que havia transformado a vida de Beto num inferno e percebeu que aquela pequena dor era muito pouco, ele pagaria e caro por ter feito o que fez impunemente.

- Isabella! – Ele gritou de lá, quando a moça entrou no quarto olhou a cena surreal montada ali. Sorriu – Eu vou matar esse velho, mas antes ele vai sofrer! – Ricardo olhou para ela enquanto lágrimas desciam pelo seu rosto avermelhado.

- O que você precisa que eu faça? – Ela perguntou animada.

- Laxantes! Preciso de laxantes potentes! – Ele tomou a decisão e mesmo começando a questioná-la, não voltaria atrás, não depois de ver tudo o que viu. Isabella desceu em seguida e se dirigiu à farmácia, foi até lá lembrando o último ano que havia passado em companhia do avô e a pergunta que mais se fazia era: “Como o Beto aguentou esse tempo todo?”, apesar de não ter conhecido as dores, as humilhações eram as mesmas e ela faria o que fosse para ajudar Ricardo nesse intento.

Na casa Ricardo começava a tomar a decisão que o transformaria num torturador também, viu que o velho ainda estava inconsciente, foi até a bolsa e pegou a segunda garrafa de álcool, começou a jogá-la aos poucos no rosto do velho.

- Maldito... – O velho sussurrou.

- Eu vou te levar pra aquele calabouço lá embaixo, o mesmo lugar que tu usou pra torturar o teu neto...

- Vou tirar umas férias lá? – Conseguiu falar de forma irônica.

- Não, tu vai é apodrecer lá!

- Tu não tem coragem! Tu não tem a força necessária pra aguentar esse processo... Tu não é o tipo que mata pessoas!

- É verdade, eu jamais mataria um ser humano, mas você Cristóvão não é um ser humano, você é o que há de mais baixo... – Ele viu o medo passando nos olhos do velho e aquilo lhe encheu com um prazer sádico desconhecido até então – Você é o pior tipo de lixo que existe na terra e ao menos dessa vez eu vou ser o responsável por acabar com você!

Em seguida Ricardo preparou uma seringa com um anestésico fraquinho, aplicou-o em seguida e o velho dormiu, levou nas costas até o porão, colocou em cima de um colchão surrado pelo tempo que estava ali e o amarrou com as correntes da parede. Em seguida foi aguardar Isabella, lavou-se e olhou tudo ao redor, pensou no que estava prestes a fazer e se questionou o que pensariam dele caso viesse a ser descoberto em algum momento.

- Cheguei! – Isabella anunciou – O que tu vai fazer com isso? – Ela perguntou de forma animada.

- Vou explicar a ele, me acompanha? – Desceram juntos ao porão, lá perceberam que o velho havia vomitado, talvez por efeito da anestesia. – Começou antes da gente? – Cristóvão olhou para os dois presentes de forma trôpega, provavelmente não sabia o que estava acontecendo então eles sentaram e aguardaram que ele voltasse do efeito da anestesia. Quando o velho começou a gemer de dor e a área de seu rosto começou a inchar Ricardo o acordou – Precisamos conversar Cristóvão! – O velho tentou seguir a voz do homem que andava de um lado para o outro na sua frente, mas o inchaço e a posição não o permitiam. – Então velho, você já ouviu falar de escafismo? – Cristóvão tentava acompanhar o que lhe era dito, mas perdia algumas partes.

- Vou lhe explicar, na antiga Pérsia as pessoas que cometiam delitos muito graves, eram sentenciadas a uma morte lenta e dolorosa que consistia em: Faziam com que o condenado ingerisse leite e mel de forma exagerada para causar uma diarreia terrível, depois essas pessoas eram colocadas em botes com as partes superiores impedindo de se mexer, dentro daquele cubículo eles continuavam cagando e se sujando até que criassem bichos, larvas de moscas e coisas assim, então as pessoas recebiam mais leite e mais mel para fazer com que a diarreia continuasse e assim fossem comidos ainda em vida pelos vermes...

Ele fez uma pausa dramática e viu que Cristóvão estava assustado com o que vinha a seguir.

- Infelizmente pela sua idade e condição você não conseguiria passar pelo o que o Beto passou, mas eu vou garantir que até o seu último suspiro você sinta dores, que você se sinta imundo e indigno...

- Isabella... – Ele tentou por último. A moça foi até o avô e cuspiu nele.

- Se eu pudesse eu colocaria fogo em você, apagaria e depois colocaria de novo só pra te ver sofrer mais e mais vezes! – Ela subiu chorando para a casa.

- É parece que o jogo virou!

- Eu não vou morrer... – Cristóvão falou assumindo uma voz macabra – Eu vou viver pra sempre em você, você nunca vai se perdoar por isso e... – Ricardo colocou uma fita em sua boca.

- A partir de hoje, você não fala mais!

Saiu daquele porão, olhou de um lado para o outro e viu que aquela casa estava à sua disposição, então ele fez o improvável: Desceu na porta escorregando, abraçou os joelhos e chorou...

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*Dinho49 : Oi meu amigo lindo, rsrsrs, não posso ficar lhe dando spoilers senão perde a graça uai.. Ow meu querido, você é fantástico sabia? Muito obrigado por todos os elogios e palavras de incentivo, vindos de você eu sei que posso confiar! Concordo com você, Betão foi além de seu limite várias vezes, é natural que isso começasse a pesar em algum momento... Hahaha, verdade, Daniel acabou rodando... E sim, a tortura do Cristóvão já começou e é bem pesada, tive que pesquisar muito uma coisa simples e ao mesmo tempo elaborada desse jeito. Vamos esperar que o Beto não se assuste, afinal é algo bem pesado mesmo, beijos meu querido, muito bom ter vc por aqui! <3

* Tazmania: Oi meu gostoso, pois é eu estava sentindo falta dos seus comentários por aqui! Assim vc me deixa vermelho, Taz... Rsrsrs, abraços, vc tmb mora no coração! S2

*Atheno: Acho que a sua teoria quanto ao Ricardo estava errada... Vai ter sexo sim, pode deixar que vou descrever com muuuuitos detalhes! Beijão! ^^

*Docinho21: Eu ainda não senti pena de nenhum desses carrascos, rsrsrs. Será que sou mau? U.U Beijos!

*Monster: Espero que goste, eu pesquisei muito pra o final do Cristóvão! Hahaha, abraços! ^^

* Loiiriinha : Ai maldita greve! U.U Hahaha, ainda bem que passou porque agora que ele se foi só falta o Cristóvão! Beijos, linda! =D

* Plutão : Você sabe que no mesmo dia em que vc me disse isso sobre a escrita eu recebi um e-mail parecido falando sobre isso... Espero que não seja confuso, se for pode dizer que eu dou um jeito de melhorar, prometo! Kkkkkkkkkkkkk, será que Betão ainda vai castigar o franguinho? Vamos ver! Beijos! =)

* K-elly: Que bom que curtiu, beijão linda! S2

* William26 : Sim, eu sou super contra a violência, mas me peguei muito impressionado por não me sentir mal em maltratar esses personagens... Vamos ver o que ainda vai rolar! Abraços meu querido! ^_^

* Catita: Mas gente, estou sendo ameaçado mesmo! U.U kkkkkkkkkkkkkk, morri de rir com o seu coment, minha linda! Bom, acho que esse capítulo está bem do jeito que você gosta, mas os próximos estão cheios de emoções e vamos ver o que rola daqui pra frente. Beijos! =D

*Hello 👌: OI minha flor, verdade, eles mesmo cavaram a própria sepultura... Estamos sim chegando mais próximos do final, mas ainda algumas coisas pra se resolver! Beijos, flor! S2

* Pyetro_Weyneth: Ele não se safou, na minha história esses imundos não tem vez! Hahaha, Cristóvão vai sofrer e muito, te garanto! Beijão, querido! ^^

*Ninha M: Hahaha, neste caso a lei do retorno está inclusive mais forte, Ricardo pegou pesado, né? Beijão minha linda, fico feliz que tenha gostado! <3

* neterusso : Hahahaha, não sei se vai ser uma surra assim não... Rsrsr, mas com certeza se arrepender de ter mentido pra o Beto... rsrsrs, beijão! =)

* Darla: Ainda bem que estou agradando, sim, eles merecem mesmo! Beijos! ^^

* Arthurzinho : Rsrsrs, vc tem um bom coração, pq eu não consegui sentir pena de nenhum desses nojentos... Beijão querida! S2

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Comentários

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Mas essa vingança era pra ser de Betão e Rômulo e não Ricardo.

Ta ótimo, continua sempre kkkkkk

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Amigooooo... lacrando adorando cada capitulo ja visualizei como uma dessas series punks de Tv Showww ♡♡

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Cara, por favor entrega essa história a algum roteirista pra poder virar filme, pelo amor de Godness <3

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Mas é o que eu falo tenho medo dessas pessoas calma de mais....

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Q droga, kkkk. escafismo, q maldade. Ricardo lacrador

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Depois fala que não é maldoso.... beijinhos, lindo ♡♡♡

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Olha,eu poderia sentir muita pena do Humberto,muita pena do Cristóvão mas não, aqui se faz aqui se paga, Humberto teve o que mereceu, foi brutal foi...mas ele colheu o que plantou, confesso que fiquei sem unha lendo esse capítulo, do reencontro do Franguinho e do Betão... Cara, eu não tenho mais adjetivos pra usar contigo, seu conto simplesmente e incrível...

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Se eu disser que tó adorando é pouco viu meu caro haha. Adorei a criatividade, gente, não sou um psicótico mais se trata de um Cristovão da vida, abracos man...

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Ansioso pelo próximo... Vc é incrível amore.

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Por essa com certeza ele nao esperava, veho maldito vai sofrer muito... Otima historia

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Nossa levei um susto quando vi que vc tinha postado,tava ansiosa ja... Fiquei com um pouco de pena do Humberto mas do Cristovao nem um pouco, adorei. O Ricardo foi muito coragoso começou a vingança pro Beto e Romulo. bjo lindo ^^

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Morte aos assassinos!!! Kkkkk Escafismo é o castigo perfeito! Melhor que esse seria só o empalamento! Espero que o Ricardo não se arrependa depois.

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Uau!!! Tô sem palavras para o Ricardo!! Nota mil!! Não que eu aprecie a violência, mas esse final do Cristóvão é bem merecido. Beijos lindo!!!

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Até me deu uma dorzinha no coração por causa do Sampaio e do Daniel, mas os crimes que eles cometeram foram muito graves, então deixei pra lá, o Ricardo incorporou a Emily Thorne do Revenge, só espero que isso não o destrua , por ele ser uma pessoa boa e de caráter, tenho medo que isso o deixe transtornado e mude sua personalidade bondosa, ficaria arrasada se algo assim acontecesse com o Ricardo, não só por ele como pelo Betão, por favor um final muito lindo e feliz para eles viu, o Rômulo também merece tá, ele têm que ficar com a Sara e ter muitos filhos ( o Betão e o franguinho também 😂), felicidades geral, estamos entendidos U_U!? Ótimo continua, tô adorando!!!!! 😁👏👏😍😘💓😈✌

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