O amor vem de onde menos se espera. 16

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 2041 palavras
Data: 27/10/2016 14:39:31
Última revisão: 27/10/2016 15:05:04

eu - o senhor disse que eu sou seu assistente? é isso mesmo?

Matthew - claro. Você é meu braço direito na empresa e fora dela.

eu - e não pega mal pra um executivo como o senhor ser assessorado por um homem?

Matthew - de maneira nenhuma. Hoje em dia é ate muito normal.

eu - e por um gay?

Matthew - aonde você quer chegar?

Abri a boca, mas a voz não saiu.

Matthew - fala Felipe, o que ta acontecendo? Por que você ta fazendo essas perguntas?

eu - é que eu sou gay sr Matthew. Parece besteira, mas eu to falando pro senhor porque to com medo de o sr descobrir por outras bocas e não me aceitar.

O homem me olhou sério.

Matthew - você tem algum problema em trabalhar pra um hetero?

eu - Não. (falei com a voz tremula).

Matthew - então pra mim não é problema nenhum trabalhar com você. Isso não te torna menos capaz.

eu - o sr fala serio? Não tem nenhum problema mesmo?

Matthew - claro que não Felipe. De onde você tirou essa ideia?

eu - eu ouvi algum comentário sobre isso e achei que o sr não fosse me aceitar no emprego.

Matthew - eu já sabia de você Felipe.

eu - já? Como descobriu?

Matthew - lá no seu apê. Percebi quando conheci seu namorado.

eu - mas eu não tenho namorado.

Matthew - e o valentão que mora com você?

eu - ah! Ele não é meu namorado. Somos apenas amigos.

Matthew - e você já falou isso pra ele? (disse o homem sorrindo).

eu - somos amigos desde criança. Ele é hétero.

Matthew - Ele gosta de você mais do que como amigo. As atitudes dele demonstram isso. Ele tava com ciúmes na noite anterior. Enquanto você foi tomar seu banho ele aproveitou para me expulsar do apartamento.

eu - o que? O senhor ta brincando, ele não fez isso.

Matthew - da forma que eu to te falando. (O homem agia com tamanha naturalidade. Era incrível ta tendo aquela conversa com ele. Ele me passava confiança que muitos não me passavam).

eu - agora eu fiquei envergonhado.

Matthew - não fique. Quando a pessoa ta apaixonada é assim mesmo. Eu também já fui assim.

eu - mas ele não podia ter feito isso. Eu vou conversar com ele.

Matthew - Não por mim, eu não me senti ofendido. Achei ate bacana da parte dele. Seu amigo fez isso por você Felipe, agora cabe a você decidir o que ira fazer a respeito dos dois.

Eu pensei com calma antes de responder.

eu - eu só sinto amizade por ele,

Matthew - grandes amores nascem de amizades. Eu mesmo já comi várias amigas.

eu - o que? (perguntei espantado).

Matthew - brincadeira. Mas enfim, eu não me importo com sua orientação sexual. Isso não te faz inferior a ninguém.

eu - e se o seu pai descobrir?

Matthew - você trabalha pra mim ou para o meu pai?

eu - para o senhor.

Matthew - então esqueça o meu pai, e trate de me impressionar sempre. Eu gosto de ser impressionado positivamente.

eu - pode deixar. (falei sorrindo).

Matthew fez um leve cafuné em minha cabeça, antes de levantar da cama.

- descansa um pouco. (disse ele antes de sair do quarto).

O homem retirou-se do quarto, e eu voltei a deitar sobre a cama. De olhos fechados, eu pensava no Otávio.

- será mesmo que ele gosta de mim da forma que Matthew falou? (eu pensava).

Não demorou muito e eu caí no sono, sendo despertado apenas na tarde daquele dia. Olhei para os lados e não vi ninguém. Pelo vidro da janela entreva um sol escaldante.

- Matthew? ( saí procurando o homem pela casa).

- Klauss? ( procurei por todos os cômodos, e nem sinal dos irmãos. Fui até a sacada e do alto prédio eu via que o dia estava movimentado. Era sábado e eu não podia ficar ali trancafiado).

Fui ate o banheiro e verifiquei a pomada, já seca, em minhas costas. Coloquei uma camiseta e saí pra rua. Antes, porém, deixei a chave com o porteiro.

xxxXXX

Assim que cheguei ao apartamento, Otávio veio me receber, mas parecia estranho, distante...

- O que tu vai fazer hoje? (perguntei enquanto tomava um copo com água, na cozinha.

Otávio - nada de interessante. Porquê?

Eu - bora sair!

Otávio - pra onde?

Eu - você escolhe.

O cara olhou pela veneziana da cozinha e depois disso falou:

Otávio - pode ser uma praia?

Eu - pode uai.

Otávio - só que to sem sunga aqui. (disse ele fazendo cara de decepção).

Eu - eu também não trouxe. A gente cai no mar de short. (sorri).

Otávio - por mim, sem problemas.

Eu - combinado então. Depois do almoço, beleza?

Otávio - vamos agora, daí nós almoçamos por lá mesmo.

Eu - boora. Teu bolso é meu guia.

Otávio sorriu.

Após um banho rápido, colocamos um short, e sem camisa fomos à praia.

xxXXXXxxx

Otávio - e aí. Quer almoçar agora?

Eu - Não, não. To louco pra dar um mergulho! (disse me alongando).

Otávio que ainda não tinha visto a queimadura em minhas costas, começou a questionar.

Otávio - o que foi isso? (perguntou com os olhos penetrados em mim).

Eu - café quente caiu por cima de mim. (continuei o alongamento).

Otávio - como caiu?

Eu - a cafeteira virou e eu não tive tempo de reagir.

Otávio - conversa braba hen mano!?

Otávio passou as mãos em minhas costas, fazendo eu soltar um gemido agudo.

Otávio - dói?

Eu - claro que dói velho. Ta recente ainda.

Otávio - foi mal.

Eu - vamos ficar aqui falando da minha queimadura ou vamos entrar nesse ''marzão'' de meu Deus?

Otávio soltou um riso tímido.

Otávio - bora apostar corrida?

Eu - como nos velhos tempos.

Otávio - no três?

O cara me olhou esperando uma resposta.

eu - beleza!saí correndo e deixei meu amigo para trás).

Otávio - ah seu filho de uma puta. (disse Otávio correndo atrás de mim).

Joguei-me no mar, e Otávio chegou em seguida.

Otávio - ta ficando ladrãozinho né!? (disse rindo).

Eu - ladrão é minha piroca. Não tenho culpa se tu é lerdo pra caralho. (gargalhei).

Otávio - ah eu sou lerdo é?

Otávio me cercou e tentou me dar uns caldos.

Eu - ta me afogando filho de uma puta. (falei sorrindo).

Enquanto brincávamos no mar, eu lembrava do que o Matthew havia me falado sobre o Otávio.

- Otávio era um cara carinhoso e sempre presente. Mas será que isso era sinal de que ele curtia homem? (eu pensava enquanto tentava, sem sucesso, me livrar de seus braços).

Eu - calma aí. (falei tentando me por de pé).

Otávio - o que foi? Te machuquei? (disse ele me apoiando pelo ombro).

Eu - minhas costas. (falei fingindo sentir dor).

Otávio - foi mal. Deixa eu ver! ( Otávio aproximou-se de mim, e foi minha vez de descontar os caldos que havia levado).

Eu - se torou otário. (falei sorrindo).

Otávio - tu tava me enganando? (perguntou ele procurando por ar).

Pulei por cima do Otávio e tentei levar ele para águas mais profundas.

Otávio - que sacaninha você ta me saindo. (disse Otávio conseguindo se desvencilhar dos meus braços).

Ficamos um tempo batendo papo e sem perceber fomos cada vez tomando mais distancia dos outros banhistas.

xxXXX

- queria te perguntar uma coisa velho. ( falei enquanto flutuava).

Otávio - manda. (disse Otávio a meu lado).

Senti que meu rosto esquentou e minhas pernas falharam.

Otávio - fala pô. Que tu quer perguntar? ( ele me encarou ).

- E se tudo aquilo fosse coisas da cabeça do Matthew? E se meu amigo não sentisse nada por mim, alem da amizade? E se eu fizesse uma pergunta que esfriasse, ou até mesmo acabasse com nossa amizade? ( todas essas perguntas passaram por minha cabeça em milésimo de segundos).

Eu - Tu ainda é virgem do cu? (pensei melhor e decidi que não iria tocar naquele assunto com Otávio).

Otávio - vai tomar no teu cu caralho. (disse Otávio jogando água na minha cabeça).

Eu apenas sorri.

Eu - bora almoçar. (falei começando a nadar).

Otávio - espera um pouco pô. (disse ele sem sair do lugar).

Eu - o que foi? ( flutuei e olhei para meu amigo que havia ficado para trás).

Otávio - to de pau duro.

Eu - ta de brincadeira! (exclamei com um riso sacana no rosto).

Otávio - juro. Sem condições de eu sair da água agora.

Olhamos para a praia, e a areia estava lotada.

Eu - te fode caralho. Eu vou sair e tu vai ficar aí sozinho.

Otávio - ta tirando com minha cara? Não pode esperar meu pau baixar não? (ele me olhava serio)

Eu - tu é foda velho. Consegue controlar essa porra não?

Otávio - foi mais forte que eu.

Eu - a culpa é minha velho. Tu fica assim sempre que ta perto do meu corpo nu.

Otávio - eu fico assim sempre que tu vira o ''cuzinho'' pra mim. ( Otávio sorriu ).

Eu - e aí, demora muito ainda? A gente não passou protetor solar, e eu to com medo de pegar insolação.

Otávio - faz uma barreira aqui pra mim.

Eu - pra que barreira?

Otávio - vou tocar uma punheta.

Eu - ta tirando onda.

Otávio - falo serio pô. É a única forma de amolecer.

Eu - vou fazer barreira nenhuma não.

Otávio - faz aí mano. Da essa ''moralzinha'' pra mim.

Olhei novamente pra praia, e os banhistas estavam longes, o suficiente, para não verem nada do que estava acontecendo.

Eu - toca logo essa punheta aí. (falei a contra gosto).

Otávio colocou o pau pra fora, por baixo da água, e começou a se masturbar na minha frente. Na adolescência, já tínhamos feito coisas parecidas, mas a situação agora era diferente, já eramos homens.

Otávio fazia caras de desejo misturado com prazer. De sua boca, meio aberta, saía um baixo som de gemidos. A água a sua frente começou a criar uma onda um pouco mais volumosa e eu percebi que ele iria gozar. Seu corpo começou a se contrair, e seus dentes - brancos - trincaram evitando que a língua pudesse sair da boca. Depois de um baixo uivado, meu amigo gozou.

Por um momento o mundo parou para nós dois naquele momento. Nos olhávamos como se estivéssemos envergonhados daquela situação.

- Você acha que alguma mina vai engravidar de você? (falei tentando quebrar aquele clima gélido).

Otávio - quais são as chances de minha gala permanecer viva fora do seu habitat natural? (disse ele, visivelmente, cansado).

Eu - noventa por cento. (falei sorrindo).

Otávio - então eu acho que hoje alguém vai engravidar de mim. (disse ele sorrindo da nossa besteira).

Eu - essa porra amoleceu?

Otávio fez que sim com a cabeça.

Otávio - mas continua grande. (disse ele olhando para o próprio penis).

Eu - enrola essa porra, coloca dentro da bermuda e vamos ''simbora'' que eu to brocado de fome.

Sem olhar para trás, comecei a nadar em direção a beira da praia; Otávio, idem.

xxXXXXxxx

Após almoçar em um quiosque da praia, resolvemos sentar a beira mar, enquanto tomávamos uma ''long neck''.

Otávio - to me amarrando nisso sabia? (disse meu amigo olhando para o horizonte).

Eu - se amarrando em que? ( o encarei por um instante).

O vento batia forte e deixava o cabelo do Otávio bagunçado.

Otávio - a gente morando juntos; vindo pra praia juntos sem ter hora pra voltar pra casa; não ter que da explicação pra filha da puta nenhum; podendo beber sem ter ninguém pra controlar a gente.

Olhei para meu amigo e foi impossível não sorrir. Erguemos nossas cervejas e fizemos um brinde no ar, sem tocar as garrafas.

Eu - também to gostando velho.

Nesse momento olhávamos um nos olhos do outro. Era como se quiséssemos falar algo, mas esperando pela iniciativa do parceiro.

Tomamos mais um gole da cerveja ao mesmo tempo. Distante da praia dava pra ver o sol iluminando as pedras, as deixando brilhantes. O único barulho, naquele momento, era das ondas, das pisadas na areia e das bolas que eram jogadas próximo ao local onde nos encontrávamos.

- ''Playboysin?''. (ouvimos gritos vindo da rua e olhamos para trás ao mesmo tempo).

Lá, estava ele. Apenas com um short; Corpo suado e queimado, provavelmente do sol. Mas ainda assim sorrindo. Um riso inocente e sem preocupação.

Eu - THIAGO???? (falei me engasgando com o líquido cevado).

Otávio - conhece esse cara? (meu amigo me deu uma encarada e eu apenas confirmei com a cabeça).

Continua...

♫♫♫♫

O seu beijo de manhã com gosto de hortelã

Eu largo tudo hoje

Se você me prometer

Que vai me amar amanhã

Sabe que eu sou seu fã

Vamos virar a noite

Se você me prometer

Que vai me amar amanhã

De manhã.

♫♫♫♫

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 3 estrelas.
Incentive Berg-fut a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

como o Tiago ta fora doa fundação CASA? Com quem Felipe vai ficar? e vai ter incesto? Tantas perguntas e uma nota........ 10.

0 0
Foto de perfil genérica

Kkk o Filipe vai te q se dividir em três hehe

0 0
Foto de perfil genérica

Porra tô confuso de novo!!!! Queria tanto o Felipe com o Mathew, mas tem o Otávio e agora volta o Thiago

0 0
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Que enrolação para perguntar se ele gosta dele ou não....

0 0
Foto de perfil genérica

Adorei esse capítulo top! 😉 e até que fim Thiago apareceu novamente kkk

0 0
Foto de perfil genérica

PERDEU A CHANCE DE CONTAR E SABER DO OTÁVIO SE ELE GOSTAVA DE VC. MARCOU BOBEIRA COMO SEMPRE. QUE PENA.

0 0
Foto de perfil genérica

Adorando até que enfim o thiago volto pena que tenha sido agora que o Otávio e o lorin tavam tão próximos!!!

0 0
Foto de perfil genérica

O Thiago é o cara que tava com ele lá no reformatório!? Quem será a alma gêmea do Felipe!? Tô muito curiosa para saber, continua!!!! 👏👏👏👏✊🙌✌😍💓

0 0
Foto de perfil genérica

Maravilhoso, mais não lembro mais quem e Tiago, partiu ler tudo de novo

0 0
Foto de perfil genérica

Ai que fofo esse thiagoooo ❤❤❤

0 0
Foto de perfil genérica

Adorei esse capítulo! Por um instante, pensei que Otávio iria se afogar no mar! Até que enfim Thiago apareceu!

0 0