Um maluco em minha vida. 03

Um conto erótico de Camilo
Categoria: Homossexual
Contém 1667 palavras
Data: 30/10/2016 13:24:21
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Continuando...

Já estava quase escurecendo quando finalmente cheguei em casa.Minha mãe já estava no portão e quando passei por ela me lançou um olhar como se falasse você está ferrado!

Entramos em casa e junto com ela me sentei no sofá e acabei rindo de tanto nervoso,será que eu ia ficar de castigo por causa daquele pirado?

-Felipe,o Matheus esteve aqui,todo sujo de sopa e falou que você andou arrumando confusão no bar do seu Manuel...Quero uma explicação!-Ela exigiu.

Sem saída,contei tudo,de como encontrei o D e a rota que fizemos até o bar,e a confusão que rolou.

-E o Matheus chamou ele de retardado,doente mental e ele atirou uma tigela de sopa nele.-Finalizei enquanto encarava o tapete roído da sala.

Minha mãe começou um sermão e eu continuei ali,só esperando qual castigo ela ia me dar,e rezando pra ela não apelar pra violência e me bater.

-Mas o Matheus errou,o D não tem culpa de ser doente e ele não deveria ter usado as palavras que usou.-Ela finalizou o longo discurso.

-Então eu posso ir?...Tomar um banho sabe?-Eu perguntei sem graça.

-Dessa vez eu não vou castigar você,mas da próxima eu juro que te faço engolir a sandália muleque...Agora vai logo.-Ela respondeu com um tom sério.

Não esperei duas vezes e parti quase correndo pra o meu quarto.Minha mãe era professora de história e vivia falando que violência não se leva a nada,pena que ela não aplicava o que dizia,mas por sorte eu tinha pegado ela em um dia de bom humor.

Tomei um longo banho e vesti uma bermuda.Em seguida fui para a frente do espelho e me observei.

Eu não me achava feio,tinha 1,69 de altura e eu era magro normal,sou moreno bem claro e tenho cabelos castanhos avermelhados que era ondulado,e por causa da minha mãe que achava bonito,eu cortava meu cabelo em estilo volume desconexo,que é quando se deixa as laterais baixas e a parte de cima do cabelo bem volumosa.Meu rosto é triângular e tenho olhos castanhos escuros,nariz normal e boca pequena com lábios médios e rosados.

Eu era bonito e talvez qualquer garota note isso,mas de uns dias pra cá,era só no Matheus que eu pensava.Eu não queria mas era como um vírus que vai invadindo sem permissão.

Ficar ali não tava me ajudando em nada,então sai e fui em direção a porta da frente.Tava todo mundo reunido na sala conversando,mas eu decidi ignorar,ninguém ia entender o que estou passando.

Na rua um vento forte soprou e eu fechei os olhos,aquela sensação era tão gostosa.Se o D tivesse aqui talvez fizesse alguma dancinha maluca.

Epa!Abri os olhos rapidamente e não podia acreditar que tava pensando no D.Eu queria mais e que ele desaparecesse e não voltasse nunca mais,tô falando sério,apesar de que hoje foi até um pouquinho divertido.

-O episódio da tigela de sopa voadora.-Falei em voz alta e cai na gargalhada.

Parecia que alguém estava me fazendo cócegas e eu não conseguia parar de rir.Por mais que eu tentasse,só acaba rindo cada vez mais.

Depois de um longo esforço e minha barriga começar a doer,finalmente comecei a me acalmar.

-Qual é o motivo de tanta alegria?-Disse uma voz atrás de mim.

-E precisa ter um?-respondi entre risadinhas.

-Então me conta a piada pra eu rir também.-Ele respondeu sarcástico.

-O que você quer Matheus?-Perguntei o encarando sério.

-Nada demais,só entender porque meu melhor amigo anda me tratando como seu inimigo nos últimos dias.-Ele respondeu cruzando os braços e me devolvendo o olhar.

-Isso não é verdade!-Reclamei.

-Então vamos falar do que aconteceu hoje...Tem alguma coisa pra me falar?-Ele perguntou sério.

-Você disse que era uma tarde só nossa e incluiu aquela garota idiota sem falar comigo.-Respondi irritado.

-Garotos da nossa idade se reúne pra pegar mulher Felipe...Era isso o que eu estava pensando pra hoje,eu,você,a paty e as gostosas das amigas dela.-Matheus disse como se estivesse querendo explicar o óbvio.

-Mas eu não quero pegar ninguém,que merda.-Reclamei sentindo um incômodo pelo que ele disse.

-Cara fala sério,até parece que você é viado.-Ele disse com um sorriso irônico.

-E se eu for?Qual o problema disso?-Perguntei perdendo uma ótima chance de ficar calado.

-Eu teria vergonha de te chamar de amigo,teria nojo de você e rasgaria cada uma das lembranças da amizade que temos...Esse é um problema grande o suficiente pra você?-Ele respondeu com uma expressão no rosto que me assustou.

-Eu vou dormir.-Disse sem olhar pra ele.

-Amanhã na escola,vamos arrumar uma gata deliciosinha pra você.-Matheus disse.

-Eu não vou conhecer ninguém e você não vai me obrigar.-Disse irritado com a atitude que ele tava querendo tomar.

Sem esperar resposta entrei pra dentro e bati o portão,em seguida entrei em casa,dei boa noite a todo mundo e fui até o meu quarto.Eu me sentia igual a um espelho que você joga uma pedra.Eu estava em pedacinhos por dentro.

As palavras do Matheus pareciam que tinha sido gravadas a fogo na minha pele,e demorei a pegar no sono.Que coração burro eu tinha,agora a gente ia sofrer junto pra deixar de ser idiota.

Acordei na manhã seguinte esgotado e com uma baita dor de cabeça.Minha mãe concluiu que eu tava com virose e me dispensou da escola.Pelo menos eu não ia ver a cara do Matheus hoje.

Fiquei na cama uma parte da manhã.Minha cabeça era só pensamentos confusos sobre o Matheus e meu coração era uma pontada a cada batida.Sem aguentar mais peguei meu caderno e desci até a rua,indo em direção a praça.

E lá eu dei de cara com?

Ganha um doce e um tatu morto em baixo da cama quem adivinhar.

Claro que foi com a peste do D.Hoje ele estava de camisa de mangas compridas,a calça de um pijama e uma pantufa meiga de coelhinho azul.Não sei porque me espanto!

-Garoto mal demorou...D tava esperando pra brincar.-Ele reclamou ao me ver.

Eu poderia dizer que não tinha marcado nenhum encontro com ele e que também não tinha nenhuma obrigação de brincar com ninguém,mas resolvi dar só um Oi,afinal doido ou não,ele ainda era bem maior do que eu.

-Garoto mal tá triste?-Ele perguntou sentando ao meu lado em um banco.

-Não...do que você quer brincar?-respondi irritado por a alegria dele.

-Avião de papel...faz avião de papel pra mim.-Ele respondeu batendo palmas.

Arranquei uma folhas e comecei a fazer os tais aviões.Depois comecei a jogar e ele correu atrás,e então tomou um tombo feio e ridículo.Eu ri sem querer e logo estava dando gargalhadas.

-Agora garoto mal pega os aviãozinho.-D disse alegre.

Me levantei e coloquei no banco todos que tinha feito e então ele começou a jogar.Era um mico estar ali fazendo aquilo,mas pelo menos não estava pensando no Matheus,então tava valendo.

Um dos aviões caiu perto de uma moita e eu apanhei para jogar de volta.Uma música então soou no ar e parecia vir...da moita.E desde quando moitas tocam músicas sinfônicas?

Me abaixei e abri a moita,lá havia uma mochila preta e estendi a mão para pegar.

-Não...não mexe aí garoto mal.-D disse ao meu lado fazendo com que eu pulasse de susto.

-Porque?-Perguntei agora olhando pra ele.

-Pode ser perigoso.-Ele disse com a voz mais infantil que antes.

-E só uma mochila!-Tranquilizei ele.

-Mas pode fazer boom...Não mexe aí...Não mexe garoto mal.-Ele disse agora parecendo que ia chorar.

-Tá bom,eu não vou mexer.-Disse enquanto largava a moita.

Eu e D voltamos ao banco onde estávamos e ele parecia nervoso.Mas isso era normal,afinal ele tinha a mente de uma criança e tinha se assustado com a mochila sem dono.

Meu celular tocou e eu me sentei no banco para atender,me virando de costas para o D.Atendi e era uma amiga querendo falar do trabalho.Quinze minutos depois consegui desligar e me virei para o D e ele estava perto da

estátua,distraido com uns pássaros.Eu estava curioso e como quem não quer nada voltei a moita,mas quando abri,a mochila tinha sumido.Talvez seu dono tivesse pegado de volta e agora eu nunca ia saber o que tinha dentro.Que decepção!

Me levantei e voltei para junto do D,e continuamos a brincar agora com barquinhos de papel na fonte que havia no meio daquela praça.

Eu sei,eu tava pagando um mico e tanto.

Continua...

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O autor K bem tem como sim,neste capítulo o Felipe mesmo se descreve.

Já os outros dois:

Matheus:1,70 altura,físico magro mas está começando a definir o peitoral e a barriga devido a malhaćão na academia.Cabelos pretos cortado em estilo militar,olhos pretos,rosto redondo,boca média com lábios finos e nariz normal.É moreno e tem sobrancelhas grossas.

D:1,90 altura,físico avantajado mas não musculoso.Tem braços fortes,barriga normal sem definição,peitoral definido,resumindo um corpo natural.Rosto quadrado,boca média com lábios médios rosado,cabelos pretos e lisos,cortado dos lados e repicado em cima com topete.Anda sempre despenteado e seu nariz é fino,mas tem olhos médios e olhos verdes escuros.

Acho que a descrição tá legal né? Kkkkk

A dúvida de todos é se o D finge ser louco,bem em breve iremos descobrir.Obrigado a todos que comentaram,me incentivam bastante a continuar.

Obrigado também a todos que leram e espero que gostem desse capítulo.

Até a próxima pessoal.

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Comentários

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Nossa seu conto e muito envolvente, estou adorando cara as cenas dele com o D, continue, continue, estou curioso também quanto a mochila.

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MUITO PRECONCEITUOSO ESSE TAL DE MATHEUS. MERECE SOFRER. HOMOFÓBICO IDIOTA. D É MUITO MAIS SENSÍVEL E INTELIGENTE QUE ELE.

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Kkkkkkkk acho que D se finge por algum mistério da vida dele, muito bom rsrs

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O D se finge e a mochila era dele kkk Felipe bem trouxa de não ter percebido, agora o Matheus me impressionou...

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