O Garoto do Mercado - Parte 7

Um conto erótico de Dri_Al
Categoria: Homossexual
Contém 1886 palavras
Data: 02/10/2016 14:23:22
Última revisão: 04/10/2016 15:03:10

Vamos saber um pouco sobre a vida de Thiago. Os mistérios desse cara kkkk. E como ele conseguiu foder Adriano.

- SAIA DAQUI OTARIO DE MERDA, SOME!!! Agora!!! Eu vou te matar se encontra-lo de novo. Fica esperto que a galera vai ficar na tua cola. – Eu ainda sangrava quando Bob me expulsou de sua casa. A bagunça começou de outro lugar e acabou se espalhando pela residência inteira. Foi briga pra todos os lados. Todo mundo estava drogado. Cocaína era farinha de saco. A galera toda com o nariz nevado. Loucura era a rainha da rave. Eu entrei no carro, a bebida me deixou ver duas chaves na ignição. Liguei o gol e sai cantando pneu. Cacei o celular, encontrei caído entre a porta e o banco, deve ter parado ali quando eu entrei. Liguei pra Fernanda, chamou até cair. Minha mãe era a próxima. Fazia um frio de lascar, meu corpo estava neutro de tanto pó, umas 02h da manhã, ela atendeu com uma voz rouca de sono:

- Oi meu filho... – Eu senti que ela já sabia que ocorreu alguma coisa.

- Mãe, eu... eh... eu preciso sair daqui... eu tenho que arrumar um lugar... tem como o pai depositar dois mil na minha conta? É urgente! – Ela respirou fundo quando terminei de falar.

- Meu deus, Thiago... de novo meu filho? O que eu faço com você? – Começou a chorar. – Eu não acredito que mais uma vez vou ter que esquentar a cabeça. São 2h da manhã meu filho. – Ela chorava muito. Parei o carro em cima da mulher que passava com dois caras, eles estavam visivelmente bêbados. Continuei:

- Só me ajuda tá, merda... me ajuda! – Eu nem sabia se a voz saia direito.

O voo saia as 17h de Porto Alegre, com escala em São Paulo e depois direto pra Brasília. Desci na Capital, entrei no taxi e segui rumo a Taguatinga. Cheguei em casa, enfim, e fui recebido pelo meu pai. Sua cara era de rancor, ódio e muita raiva. O motorista desceu a última mala e sumiu rua a fora. Catei meus pertences e entrei, com uma escolta fungando muito atrás de mim. Fazia cinco meses que não via minha mãe pessoalmente, a emoção foi muita, corri logo pro abraço. Por mais que tivesse feito tudo, ela sempre me perdoava. Me soltei dela e reparei que tava faltando alguém ali, meu maninho.

A nossa relação nunca foi boa. Desde meus 15 anos que a gente não se entende bem. Ele gostava muito da minha amiga Camila e eu também. Era esses namoricos de adolescente. Certo dia ele me pegou beijando ela. Consegui ver sua figura vindo com aquela Tramontina afiada o bastante pra brilhar, como na televisão. Eu segurei seu braço, tirei a faca de lado e soquei sua cara. Muito. Não parava, Camila tentava me segurar, mas eu não parava. Escutava algo falando: “bate, bate mais, soca ele”, o controle havia sumido, sentia a mão dormente e os dedos estralavam, até que olhei o sangue, algo me fez parar, sai de cima dele e vi o que fiz. O que eu fiz? Era horrível, me arrependi. Logo o som da ambulância entrou na minha cabeça, a sirene ecoava dentro da alma. Era de tarde, eu vi ele sendo carregado pelos paramédicos. Meu coração batia desconsertado, Camila chorava muito. Foi uma situação e tanto. Meu pai chegou e tudo tomou um rumo diferente.

Seis dias se passaram, estava deitado vendo tv quando escuto o portão se abrindo, a porta do carro bateu e ele entrou. Seu rosto estava bem feio, uma faixa e um colar cervical ocupavam espaço na cabeça, eu olhei aquilo sem saber o que dizer ou fazer:

- Oi Kaique, eh... eu queria me desculpar contigo. – O arrependimento foi tanto que comecei a sentir as lagrimas saindo. – De verdade, irmão, desculpa... eu não consegui me controlar quando vi você vindo... era uma faca cara... o que você ia fazer?! – Ainda lembrava da cena. Ele ia me furar, certeza. Enfim falou:

- Eu estava cego, mas não ia seguir em frente com aquilo, ia parar. Não sou capaz de fazer tanto... mas você foi... e deu nisso. – Apontou pro rosto. – Eu não consigo, não dá, sinto ódio e pavor de te ver, a gente sempre brigou, mas dessa vez você conseguiu... não olha pra mim seu nojento. EU TE ODEIO. – Saiu rumo ao quarto. Eu tentei, mas fazer o que né?

Depois de uma semana do acontecido não nos falávamos. Resolvi visitar uma outra amiga, Fernanda, com quem era muito íntimo. Ela estava se mudando pro sul na outra semana e queria me despedir. Cheguei na sua casa e ela estava com mais duas amigas:

- Oi linda! – Ela sorriu. Eu sempre a chamava assim, sentia algo por ela, mas não conseguia falar, sabia que não teria chance, me chamava de galinha.

- Oi galinha, tudo bem? – Disse me beijando no rosto. Ah como eu gostava daquele beijo.

- Agora tô melhor, bem melhor! – ”Sorriso de safado. Olhar de pegador. Tenta com palavras e desperta seu amor”.

- Que cara é essa? Não vem com suas técnicas pra cá, já sabe que não funciona. – Ela falou enquanto eu cumprimentava suas migas.

- Pena... ia ser bom se desse certo. Acho que a gente dá certo. – Arrisquei.

- Claro, galinha... só te chamo assim porque você se parece com o bicho... – Ironia.

Suas amigas logo viram que eram invasoras. Demorou né?! Ela me chamou pra entrar. Fui com prazer. Estávamos sozinhos ali. Era a oportunidade:

- Ei, olha aqui! – Coloquei a mão na sua cintura. Sua cara mudou rápido. – Eu sei que não sou santo, mas a gente se conhece a muito tempo e eu sempre gostei de você. Nós temos tudo pra dar certo, Fernanda. Eu te amo! – E pior que eu amava mesmo. Eu tentei. O melhor foi a reação dela, sua face de espanto. Ela abriu a boca, ia falar:

- Olha, Thiago, a gente sempre foi muito amigo, eu também gosto de você, mas acho que não des... – A foda-se, eu beijei ela. Por incrível que pareça ela não reagiu. Apenas deixou levar. Custou até sua língua cooperar com a minha, mas depois daquilo era impossível. Ela parou. Me olhou por alguns segundos e começou a falar?

- Nossa... eu não sei... – Ah lá vem, deixa eu interromper.

- É sério linda, eu sinto algo por você! – Ela amoleceu. Consegui!!! – Quer ser minha namorada? – Aleluia eu falei.

- Uou, que pedido ein... – Ela estava mudando, acho que as palavras foram certas. Enfim parecia que tinha conseguido:

- Vou te dar uma chance, mas apenas uma, de não falhar comigo. Aceito!

“Voo com destino para Porto Alegre, embarque no portão 7, última chamada”! Despedi dos meus pais, de novo minha mãe chorava. Foi o melhor a fazer, passar para aquela escola foi a coisa certa. Eu ia estudar com quem eu gosto e poderia ter uma vida diferente, além de não precisar conviver com um irmão que me odeia.

Depois de passar 3 anos lá, eu não imaginava uma mudança tão radical. Foi na primeira chance que eu cheirei e acabei gostando. Festas e muita droga. Adolescentes loucos vivendo na margem da lei. É claro que teria um fim.

Empatia era a palavra, só foi eu perguntar pelo figura que ele chegou. Sua reação foi triste e decepcionante. Ele odiou me ver, já imaginava. Estava todo descabelado e com umas marcas no pescoço, o que será que ele estava fazendo nessa jogatina com o amigo? Suspeito.

Acordei umas 10h com uma preguiça lascada. Fui direto pra tv, passei a manhã lá. Minha mãe começou a fazer aquele almoço fantástico que eu não comia há tempos. Sempre amei a comida dela. Escutei o portão trincar, maninho chegou da escola e a véia chamou pra almoçar. Ele se serviu e ignorou o pedido de juntar-se a mesa. Enchi a barriga e fui pro sofá de novo. Logo escutei ele pegando as chaves. Saiu.

A tarde é sempre tediosa, na tv não passa nada que presta. Me restava achar algo de interessante. Olhei para um lado e pro outro, o que eu faço? Olha a resposta ae! Não é que o maninho esqueceu o celular aqui?! Já vi que não tinha senha, ia ser fácil fuçar ali. Abri o Wpp e comecei a ler suas conversas. Pedro, hum será que é aquele amiguinho de toda hora que ele tem? Vamos ver. NÂO ACREDITO. Mas olha só que legal, o maninho tem um namoradinho. Sério isso? Eu que sou lindo não pego um cara á tempos... Tive vários relacionamentos no sul, fiquei com uns novinhos de todo tipo, não ligava mesmo, era pegação total, a seca não gostava de mim. Não ligava pra preferencias, fazia de tudo.

Adriano né?! Vamos ver se esse namoradinho dele é gostosinho... Mensagem Enviada!

O portão barulhou, fui correndo abrir. Uau. Respira. O que é essa delicia aqui?

A gente conversou por um tempo na sala. Eu passava mão no short, via que ele não parava de olhar. Senti que estava querendo ver meu pau. Pensei em várias ideias até que uma veio. Vou banhar. Essa nunca falha. Fui direto pro banheiro, meu pau já estava de pé, comecei a me masturbar, queria demorar a gozar quando fosse trepar. Bati uma punheta bem gostosa debaixo do chuveiro, meu pau latejava. Gozei muito. Estava pronto pra aguentar duas horas de foda se fosse preciso. Me enrolei na toalha e fui pra sala. Ele arregalou os olhos, mas disse que queria ir. Era agora! Tirei a toalha fui pra cima. Ele olhou pro meu pau. Ficou ali paralisado apreciando. Usei minha fala infalível no seu ouvido e pronto. Novinho e safadinho. Deu certo e a gente fodeu muito. Que foi aquela foda?

- Voce é gay? – Ele perguntou só agora?! Kkkk. Inocente, muito inocente. Foi fácil pegar ele, eu não precisei de muito. Que putinha safada.

Resolvi contar tudo, fui direto ao ponto. A reação dele foi ótima. Seu desespero em saber que eu sabia. Menti pra ele dizendo que o Kaique tinha me contado. Ele parecia duvidar, mas logo viu que não fazia sentido. Também viu que eu armei tudo, a mensagem e a mentira sobre Kaique. Ele sabe. Não deu muito certo, mas eu fodi ele muito. Foi catando as roupas do quarto, eu pensei em pegar leve:

- Onde você vai? – Fui abusado. – Nossa vai ser assim tão rápido e pronto? Não tem mais nada? – Haha, a reação dele foi ótima. Achei que era bom dar mais uma investida. Levantei da cama ainda pelado, fui bem pertinho da sua orelha, caprichei na voz:

- Você foi demais! Quando quiser de no... – Ouvi o portão. Era Kaique, com certeza era ele. Agora eu tô ferrado. Ele me mata dessa vez, não tem como.

- Thiago... você tá aí? – Comecei a tentar me vestir, falei pro Adriano:

- Cara, é meu irmão! Ele vai ver a gente aqui. Se arruma rápido.

- Thiago seu merda! Não tá escutando não? – Eu não conseguia colocar a calça. Emperrou no pé. Adriano estava paralisado ainda. Parado na minha frente. Ouvi umas batidas no portão. Meu coração! O que estava acontecendo lá fora?

- Espera, espera, espera... – Tentei. A calça entrou em uma perna, nem lembrei de cueca. Quando fui vestir a outra parte a maçaneta da porta girou. Merda eu não tranquei.

Kaique abriu a porta!

Continua... e na próxima tem treta, enfim!

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Comentários

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Isso mesmo, a visão de cada personagem vai contar pro próximo capítulo. É importante falar como tudo foi parar ali. Além do mais eu tô postando dois episódios por dia. Acho que tá bom. Calma que vai dar certo kkkkk

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