A Dupla Personalidade de Helena - Final

Um conto erótico de Astrogildo Kabeça
Categoria: Heterossexual
Contém 2765 palavras
Data: 01/11/2016 11:33:24
Última revisão: 04/12/2017 13:00:40

Parecia que uma bomba havia caído na cabeça de Abílio. Ele que estava completamente embriagado ficou sóbrio na hora. Uma arritmia violenta o deixou quase sem ar. Jamais ele imaginara quem tinha sido o amigo oculto que alucinara sua esposa quando ele nem sonhava em conhece-la.

- Meu... Meu... Meu D... eus! Ent... En... Foi você, cara!

- Porra, acorda! Isso foi bem antes de vocês se conhecerem! O que importava isso? Ninguém combinou porra nenhuma! Eu era o cara na hora que passava no meio da discussão! Depois daquilo nunca mais a vi! Só a encontrei quando vocês já estavam juntos! E logo depois ela me caçou, me procurou pra que eu jurasse de pé junto que jamais iria contar a você qualquer coisa sobre o que havia acontecido. E você nem precisava saber mesmo, não tinha nada a ver. Nunca fui a fim dela, nem esperava comê-la um dia, mas aquele babaca deixou a gente desnorteado. Agora ela deu mole, foi contar a você e acabou começando a contar essa história não sei pra quê! Agora tai você parecendo que vai enfartar por algo que aconteceu a mais de dez anos.

Abílio estava aturdido. Não sabia o que pensar nem o que fazer. Só Tedson falava.

- Ela quem devia contar essa porra, ela quem começou a contar e deixou você com a cabeça cheia de minhocas. Agora você vem beber meu whisky pra encher meu saco e fazer eu desabar esse prédio de dez andares sobre sua cabeça. Quando estive com ela naquele dia que sua filha ficou doente, ela me disse que contou a você num momento de fraqueza e iniciou esse fato meio sem querer. Só que você encucou, deu uma de detetive e vez por outra queria saber mais sobre esse episódio. Tai na sua cara toda a verdade.

- Vocês me traíram, porra! Eram pra me contar, mesmo eu não fazendo parte desse passado. Eu tinha que saber que vocês tiveram essa foda. Fui apunhalado pelas costas!

- Não, você não tinha que saber de nada!

- Aposto que tem mais coisa aí, ah se tem! Acha que só ficaram nessa? Sou otário por acaso? Você ia dispensar aquela figura do nada! Conta outra! Eu era pra arrebentar sua cara, sair daqui espatifar a cara daquela vagabunda na parede e sumir com minha filha pra não ver vocês nunca mais!

- Toma um banho aí, esfria essa cabeça! Puta que pariu, pra que fui contar! Era só enrolar você...

Abílio partiu pra cima do amigo e começou a aplicar uma surra. Uma luta corporal se iniciou e ambos saíram derrubando tudo no apartamento. Cansado, Abílio parou ofegante e ficou deitado olhando para o nada.

- Sei que tem mais coisa, Tedson. Fala logo de uma vez, eu sei que tem... O que vocês fizeram naquele dia que a Júlia estava com febre? A Helena dormiu até tarde naquele dia. Que horas saiu de lá? Quero ver mesmo a índole de vocês

- Porra, Abílio, você é foda!!!

Tedson arrumou o copo na parede

- Quer saber mesmo??? Tudo bem, a merda já está se espalhando com essa ventania do ventilador. Depois de anos, estávamos a sós. Estava tudo na maior amenidade, daí recordamos o passado, ela contou o quanto você estava a deixando encurralada em saber quem foi o amigo que comeu ela, ela se recostou em meu ombro, disse a ela que há muito eu não fodia como aquela noite e ela disse “EU TAMBÉM”. Foi instantâneo cara e quando demos por nós estávamos numa trepada de filme pornô! Fodi Helena até com mais intensidade que na primeira vez! Foi isso! Saí de lá as 4 da manhã.

Abílio se levantou e ia saindo de casa.

- Epa, você não vai a lugar nenhum

- Você não manda em mim, porra! Vou embora de casa, pode ficar com aquela puta!

Tedson deu uma chave de braço e Abílio quase desmaiou. Com alguma dificuldade o levou até o banheiro o jogou no chuveiro e ligou com roupa, sapato e tudo o mais.

- Quero ver você sair na rua assim. Você vai ficar aqui até se acalmar

Se vendo naquela situação Abílio começa a chorar e vai tendo dó de si mesmo

- É pra chorar mesmo, velho. Saber das coisas assim não é fácil não. Mas não faça besteira que você sairá de boa

Abílio então sentiu que toda obsessão pela em busca dessa verdade era porque ele sabia que não havia conhecido essa Helena pré-namoro e ele sabia que no fundo não conseguiu esses anos todos despertar essa mulher que estava extinta. Era isso que o perturbava. Helena escondia essa vadia, essa mulher que se entrega à luxuria. Era isso que incomodava. E tava ali a prova que Tedson conseguia arrancar essa mulher do intimo dela. Ele queria saber quem era esse homem e ele estava ali a seu lado. O celular de Abílio começou a chamar sem parar. Era Helena preocupada, pois o marido não retornara ainda. Tedson atendeu, disse que ele estava totalmente embriagado e iria passar a noite ali. Helena queria ir lá resgatar o marido e leva-lo pra casa, mas Tedson disse que o levaria, era só ele melhorar. Helena queria porque queria, já que percebeu que Tedson também estava bêbado e não podia dirigir. Mas Tedson convenceu ela a não fazer isso

- Vai sair como uma louca e deixar a menina sozinha aí a essa hora de domingo? Deixe ele aqui. A vida dele mudou com o novo emprego, não nos víamos mais, passamos um domingo legal, deixa ele em paz só por hoje.

Abílio adormeceu e quando acordou Tedson estava lá lhe vigiando. Tiveram uma conversa franca. Mais calmo, Abílio foi abrindo seu coração e revelou tudo: que sentia ciúme do cara que tratava sua esposa como vagabunda, coisa que ela nunca foi com ele. Que desde o início do relacionamento ela via nele o cara que enterraria aquela menina promíscua que escapou de ser um objeto nas mãos de um namorado otário como Aroldinho. E ele aceitou. Ao ouvir o relato de sua esposa de como ela agia, ele queria um pouco dessa mulher pra ele, mas ela se negou. Não queria raptar aquele passado, tinha nojo dele. E aí acontece enquanto ele trabalhava em plena madrugada o retorno daquela mulher com seu melhor amigo.

- Tedson... Posso estar louco, mas a coisa que mais quero é ver aquela mulher em ação! Quero ver como vocês fodem! Como se entregam um ao outro. Quero apenas ver, só isso! Quero saber o que não tenho, como não consigo estar com uma mulher que foge de mim enquanto estou com sua parte mais pacata.

- Velho, é o seguinte... Essa mulher só se manifesta comigo, porque só comigo ela se manifestou. Essa mulher que fode comigo é uma mulher raivosa, vingativa, rancorosa, uma mulher que usa o sexo pra escapar das coisas que a assombram. Ela só existe comigo porque ela não poderia existir com mais ninguém. Freud deve explicar isso... Já que estamos jogando essa honestidade toda, vamos lá! Sabe aquele dia que dei carona a ela até o trabalho dela? Tive que parar o carro em um lugar ermo pra fodermos até encharcarmos as roupas de suor. Foi uma semana depois deu comer ela na sua casa, na sua cama naquela madrugada. Lembra aquele sábado a tarde que eu apareci pra um churrasquinho com sua família no aniversário dela? Saiu todo mundo, você estava exausto pois ainda não havia dormido. Enquanto você ferrava no sono, trepamos como loucos na cozinha! O medo de você despertar e nos flagrar foi intenso. E na sexta da última semana lembra quando sua filha ficou na casa de sua mãe? Helena havia dito a você que numa festa na empresa. Que nada! A convenci com muita dificuldade a irmos num clube de swing. Você precisava ver como ela estava lá, como uma gatinha arredia, se tremendo toda. Foi só apresentar minha “amiga” Lourdes e ela começar a relaxar. Fodemos os três em um quarto apertadíssimo e depois fizemos uma troquinha com o Neves, marido dela. Fodemos os quatro até as cinco da manhã quando a deixei em casa. E ela fala toda vez que a gente se encontra e não conseguimos fugir da nossa sina “aproveite este corpo enquanto Helena não está aqui” e ela diz isso apontando para a cabeça, sempre! É isso, meu caro. Ela nunca fará isso a você pois nunca fodi com sua esposa. Eu fodo com uma Helena que não existe mais. É uma Helena jovem que se apossa de sua esposa. E com sua esposa, meu velho, eu nunca fodi.

Abílio estava estupefato. Quanta coisa acontecia. Estava inebriado. Foi para a casa quase á meia-noite. Helena o encheu de perguntas, mas ele estava incrivelmente bem. Já sabia de tudo. Ele agarrou Helena pra fazer amor. Transaram com muita intensidade, mesmo não sentindo que dava tudo de si, ou que Helena se mostrasse um tanto mais ousada. Era só um prazer mais duradouro. Nada mais.

Combinaram assim que Abílio ficaria escondido e veria Helena em ação com Tedson. Aconteceu na sala de jogos do prédio que Tedson morava. Helena ficou só com seu amante, enquanto Abílio recebia uma ligação falsa de um problema que ocorrera no trabalho. Helena trajava um vestido vermelho e sandálias brancas. Estava deliciosa, como sempre. Começaram a jogar sinuca enquanto Helena sentia que a jovem que fora iria aparecer em breve

- Olha, Helena, como faço com o taco. Eu pego e encaçapo sem dó!

Helena ria nervosa. Em pouco tempo o “rito de passagem” iria a deixar entregue à Tedson. Já levantava o vestido queixando-se do calor. Tirou a calcinha. Abílio via tudo em um lugar estratégico. Já sentindo que não reconhecia mais aquela mulher com quem se casou, Abílio via nervoso Tedson sarrar a bunda de Helena enquanto ela reclinava sensualmente para jogar. Helena baixou a alça desnudando os seios, quem eram medianos. Então Helena fecha os olhos e quando parece que vai desmaiar ela gira o corpo e Abílio percebe um olhar que ele jamais tinha visto na face de Helena ela já com tesão fala:

- Não aguento mais, Tedson!! Não posso ficar só com você! Aproveita da sua puta enquanto Helena não está presente!

Logo Tedson voou e deitou Helena na mesa pra chupar-lhe a buceta carnuda. Abílio realmente viu que Helena se deu fácil e disse “enquanto Helena não está presente”. Parecia que a esposa era outra pessoa.

- Ahhhhhhhhhhh...lambe minha buceta, porra, mete a linguona do jeito que só você sabe, tesudo! Acaba com essa piranha!

Tedson a todo momento falava “quem é seu macho? Quem lhe dá prazer? Quem vai acabar com sua xota de tanto meter?” e ela respondia sempre com “você, gostoso”. Tedson foi mais longe “Vai enfriar outro chifre naquele corno?”. Resposta de Helena

- Esquece que me casei um dia!

Helena esfregava uma bola de bilhar na sua xana, enquanto Abílio via realmente que aquela mulher parecia uma entidade. Foi quando os seus pensamentos confusos o interromperam quando Tedson sacou um caralho de grandes dimensões. Bem maior que o seu. Mais de vinte centímetros. Helena gargalhou ao ver seu amante se punhetando

- Aahahahahahah......meu porrete preferido! Minha fonte de prazer!

Logo Helena estava ajoelhada mamando como louca no pau de Tedson

- Como uma mulher não enlouquece com uma pica dessas? Nunca esqueci desse caralho possante, seu safado! Me leva praquele dia mais uma vez, me enlouqueça, me faz esquecer de tudo, sabe que sou sua escrava toda vez que estou sozinha diante de ti!

- Então chupe como uma puta que você é, vadia!

Helena lambia, mamava, chupava, babava, batia o pau na cara, fazia cara de mau, colocava três palmos de língua pra fora pra se esbaldar de rola. Abílio recebia boquetes dela, mas nunca com tamanha fúria e dedicação. Logo Helena estava em pé com a perna direita em cima da mesa, enquanto Tedson enfiava com vigor sua estaca naquela xana gorda

- Issooooooooooooooooo... enfia com vontade, seu puto, sabe que espero loucamente por esse momento, uhhhhhhhhhhhhh...mete, porra, tá com pena de fuder, caralho?

Tedson ficava na ponta dos pés pra meter mais e mais. Puxava o cabelo de Helena que fazia caretas e mais caretas ao receber aquele monstro. Logo estav ela mesma com os dois pés no chão, toda inclinada, a movimentar seu corpo até o pau de seu amante

- Vamo fuder, porraaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.... Ei tô aqui pra ser fudidaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa... como nuncaaaaaaaaaaaaaa

- Tô com pena do Abílio! Abílio seu corno, tô comendo sua esposa, ahahahaha

- Que porra de Abílio, que porra de esposa!! Sou uma puta, cara, nasci pra fuder!! Mete nessa vagabunda que ela quer é pica!!

Helena deitava agora de ladinho pra Tedson bombar pra valer e urrar muito. Aquela sala de jogos estava reservada para ele, trancafiada, só para servir de motel momentâneo. Deitados na mesa, fodiam raivosamente, ele engatado nela, os dois deitados de lado. Abílio via e se esbaldava na punheta. Não era sua mulher ali. Se resignava em ver que não podia foder com uma puta, pois sua mulher não era aquela!

- Acaba com minha buceta! Não sei quando vou fuder com essa pica delicia novamente!

- Por que?

- Porque não sei onde estarei! Vai, fode essa porra, Aroldinho é um escroto, eu quero que ele se foda, e dê o cu pra se dar bem!

- E Abilio?

- Porra, sei lá de Abílio! Helena que cuide dele! Tô nem aí pra homem de pau pequeno!!

- Aahahahahahahhaha.... viu aí, Abiliooooooooooooooo, ahahahahaha

Agora Tedson estava deitado e Helena estava curvada pra martelar com sua possante cona o pauzão do amigo de seu marido. Jogava o cabelo pro lado, pro outro e berrava

- Putaria, porra, sacanagem! Fodeção, caralho, é pra isso que existo!!

Já durava um tempinho aquela foda toda e Abílio contente de ver de camarote aquela cena. Estava curado. Sentia que não era corno. Aquela “Maria Padilha” não era pra ele. Era como se sua Helena emprestasse o corpo pra uma mulher que não reconhecia que era casada. Por isso que não conseguia despertar nenhum vulcão em Helena. Como despertar uma montanha cheia de larvas que nunca havia visitado?

Tedson dava os últimos solavancos ajoelhado na mesa enquanto Helena se arreganhava só gemendo de puro tesão. Tedson se levanta e bate uma fervorosa bronha próximo ao rosto de Helena

- Puta que é puta recebe leite é na cara!! Vem tesudo, jorra porra na boquinha dessa biscate vai.

E então Tedson começa gozar jatos curtos na face de Helena eu massageava os seios enquanto era molhada pelo abundante esperma de seu eterno macho. O nariz, os olhos e ao redor da boca estava recheada de esperma. Helena só lambia despudoradamente, espalhava porra no rosto, estava saciada. Tedson saiu dali. Helena fechou os olhos e um minuto depois levantou-se meio apressada para ir se limpar e se vestir. Já via no semblante um sinal de certa apreensão e comodismo pelo que acontecera. Olhos fundos, expressão eloquente.

- Quer que eu lhe leve em casa? Acho que Abílio não voltará mais

- Não, não... eu pego um táxi. Vou pegar Júlia.

E saiu. Sem se despedir. Abílio deixa seu local secreto e se encontra com Tedson

- E aí, cara. Como você tá

- Pasmo

- Reconheceu sua mulher?

- Não. Em momento algum

- O que vai fazer?

- Nada. Há algo que possa ser feito? Vou falar o que com ela? Tô mais tranquilo, é como se um fardo saísse de minhas costas. Tinha que ver que... Eu não me casei com essa mulher

- Eu também sinto que não sou seu amigo quando estou com ela. Acho que vamos nos ver cada vez menos. Ou seja, eu e ela. Quando você está no nosso alcance, somos os amigos de sempre.

E a vida continuou. Há tempos que Tedson não visita eles. Helena sempre pergunta a Abílio por onde ele anda.

- Coisas da vida, Helena. A gente sempre passa uma fase mais distante, depois se reaproxima...

- Verdade.... Mas chame ele um dia pra almoçar com a gente.

***

Cinco anos se passaram. Júlia está com cinco anos. Os pais dela estão felizes e agora ela tem um irmãozinho de um ano. O moleque recebeu o nome de Tedson. O tio que não conheceu. Tedson havia falecido a dois anos vitimado por uma leucemia. Helena estava vivendo uma só vida. Embora um dia chegando em casa, Abílio viu a esposa diferente. Estava com uma lingerie sensual. Surpreso e levado até a cama, Abílio abriu um sorriso amarelo ao ver sua esposa com um olhar diferente. Um pouco temeroso, Abílio pergunta

- Nossa, Helena, parece que a noite vai ser quente hein?

No que ela responde

- Quem é Helena?

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Comentários

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Espetacular, a personalidade dissociativa é mais comum do que à maioria das pessoas imaginam.

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Excelente narrativa! Algumas reviravoltas e um final surpreendente!

Acho que foi o mlehor conto seu que já lí!

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Interessante, Helena seria médium ou teria distúrbios psiquiátricos ? Convido vc a ler meus contos, tenho vários.

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sensacional nota 10, já passei com algo semelhante

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