Descobrindo o amor (65)

Um conto erótico de Dr. Romântico
Categoria: Homossexual
Contém 4989 palavras
Data: 04/12/2016 20:55:55
Assuntos: Gay, Homossexual, Incesto

Olá pessoal como vão?

Esses últimos meses foram estressantes, corridos e muito cansativo, mas na ultima sexta-feira veio a recompensa de tanto esforço e o resultado é gratificante demais.

Bom, vamos ao conto, alguns leitores desistiram da historia quando viram que seria um incesto, mas isso foi pensado desde o começo e não sei como o pessoal pensa em relação a esse tema. Não pretendo mudar uma virgula do que pensei para a história, até porque os comentários que o conto recebe não correspondem nem a 5% da quantidade de visualizações da historia, ou seja, escrevo pra mim e pra poucos que curtem interagir. Prometo que agora as postagens serão mais frequentes, até porque a historia precisa acabar né, ja vai fazer um ano que estou postando, rsrs.

Abraço a todos.

magus, bota problema nisso, alias nos próximos capítulos o rodrigo vai botar o Antônio em cada canoa furada que só vendo. Então, as tripinhas são um perigo, alias ainda não sei como os dois não colocaram fogo no apartamento ainda.

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Luk Bittencourt2, pois é, se você achava que o Gustavo, o Marcelo, o Anselmo, eram terríveis, você vai descobrir o que é ser terrível quando descobrir a identidade da pessoal que o Marcelo ligou.

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Ninha M, mas eles são irmãos sim, porque você acha que não é? Então, já sabemos do que o falso Guilherme morreu, mas será que foi suicídio ou um assassinato? Ou se duvidar não foi nenhuma dessas duas coisas, e ai?

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neterusso, Também adoro essas duas criaturinhas, o bolo deve ter ficado igual um queijo suíço. Pois é, essa pessoa que esta do outro lado da linha, é 10 vezes pior que o Marcelo, o Gustavo e o Anselmo juntos. Você deve estar falando do Marcio, mas calma, logo a identidade do segundo vilão vai ser revelada. Veja que coincidência, quem deus as caras nesse capitulo foi justamente a Simone e o Marcio. Coitado do Antônio, você querer que ele morra de ciúmes, como você é cruel, rs. Mas calma, ainda não é o momento pra isso, mas isso ira ocorrer sim, muitos ciúmes das duas partes.

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VALTERSÓ, mas será que o Sidney é um mau caráter ou só um homem amargurado porque perdeu a filha? O Marcelo ainda irá aprontar muito.

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Regi1069, eles vão encontrar a felicidade, mas de outra maneira.

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Geomateus, pois é, eu disse que tinha dois vilões, o Marcelo é o primeiro, já que o falso Guilherme iria morrer logo, o segundo vilão é o mais terrível de todos e já fez coisas contra os dois, desde o começo do conto, só que os leitores ainda não perceberam. O Guilherme/Rodrigo vai fazer mal ao Antônio, tipo, quando se tem um irmão caçula folgado, quem sofre é o mais velho, aguarde, rs.

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Guigo, sim, ainda tem muitos mistérios, alias, não é só a morte da Gustavo que será um problema, um defunto mais antigo vai voltar a atormentar um dos protagonistas.

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Hobbynho, esta difícil pros dois? Mas o Rodrigo também já concorda com a posição do Antônio, então porque não o Rodrigo sentir ciúmes do Antônio? Mas calma, isso ainda vai acontecer, só assim os dois vão se mexer, aguarde.

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®Red®, calma, o Antônio só estava confuso, agora que passou alguns meses, ele vai rever a posição dele e irá descobrir que perdeu o namorado, mas ganhou um irmão. Hahah, até que enfim que alguém lembrou do papai, será que é ele que esta voltando? Calma, ainda vai demorar, mas com certeza vai aparecer pessoas na vida do Antônio e do Rodrigo, mas por enquanto quero explorar outras coisas. E que incrível você se lembrar justamente dessas conversa do Marcio e Simone no carro e justo nesse capitulo, onde os dois voltam com força total. Vai sim ser o primeiro a comentar, até pq agora irei postar quase todos os dias.

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robinhuu19-87, pois é, mas os dois irão digerir, então você também vai conseguir.

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Anjo Sedutora, Coisa linda e fofa é porque eles não moram na sua casa e você não corre perigo, rsrsrs.

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Isaac.I., ola meu querido, quando pensei em escrever um conto novo, pensei em fazer algo que nunca tinha feito até que resolvi contar a historia de dois irmãos que se apaixonam, esse é o motor da historia. Respeito sua decisão em parar de ler e agradeço por ter curtido até aqui. Grande abraço.

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Antônio - Eu vou ser preso novamente, é isso?

Dr. Cássio - Se acalme Antônio.

Dr. Cássio - Eu vim aqui porque queria lhe trazer essa noticia pessoalmente e aproveitar pra conversar sobre os rumos do seu caso.

Antônio - O que aconteceu?

Dr. Cássio - Estou aqui com o laudo do IML sobre a causa da morte do Gustavo.

Antônio - E o que esse papel diz?

Antônio - Ele foi assassinado mesmo? Ou foi um acidente?

Dr. Cássio - Antônio, essa história esta mais complicada do que nós imaginávamos.

Antônio - O que? Complicada?

Antônio nem esperou o advogado responder, ele mesmo pegou o papel e começou a ler tudo que estava escrito.

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Capítulo 65

Com os olhos grudados no papel, Antônio lia de maneira minuciosa cada linha daquele laudo, tentando controlar o seu nervosismo.

Maria também ficou apreensiva e não aguentou esperar o filho terminar.

Maria - O que esse papel esta dizendo filho?

Antônio começou a folhear os papeis, tentando ler tudo ao mesmo tempo, deixando a mãe ainda mais preocupada.

Mesmo não entendendo muito bem os termos técnicos daquele laudo, Antônio conseguiu deduzir o que estava escrito e com os olhos arregalados olhou para a mãe e para o advogado.

Antônio - É o que eu entendi?

Antônio - O Gustavo morreu afogado? Dormindo?

Maria - O que?

Dr. Cássio - É exatamente isso Antônio, a autopsia indicou que havia uma alta concentração de calmante no corpo dele.

Dr. Cássio - Antes de morrer ele tinha ingeriu uma dose cavalar de sonífero.

Maria - Minha nossa!!!

Antônio também ficou atônito, mas tentou se concentrar, ser pratico.

Antônio - E o que isso significa? Isso é bom pra mim? Isso prova que sou inocente?

Antônio - Ele se suicidou, foi isso?

Antônio não deixava o advogado falar, tentando criar mil teorias.

Maria - Se acalme filho, deixa o doutor falar.

Dr. Cássio - Por isso eu disse que o caso se complicou.

Dr. Cássio - Ainda não da pra saber como o juiz irá interpretar isso.

Antônio - Eu não fiz nada doutor, eu sou inocente.

Dr. Cássio - Antônio, a alguns dias antes da morte do Gustavo, você deu uma surra nele e o ameaçou de morte, na frente de dezenas de pessoas.

Antônio - Eu sei, mas é que tinha descoberto que ele se fazia passar pelo meu irmão.

Maria - Mas doutor, com esse laudo fica provado que ele se suicidou?

Dr. Cássio - Como eu disse, ainda esta difícil saber como a promotoria e o juiz irão interpretar o caso.

Dr. Cássio - Temos duas opções. Vou insistir que ele se suicidou, que ele provocou a própria morte.

Dr. Cássio - E realmente ele pode ter feito isso sim.

Antônio - Quando ele me ligou naquele dia ele me disse que estava muito arrependido do que tinha feito, que não aguentava mais essa pressão, que iria me contar toda a verdade.

Dr. Cássio - Ele pode ter se arrependido e sentindo uma culpa enorme, ter tomado o sonífero e entrado na banheira, se matando. Essa vai ser a nossa linha de defesa.

Antônio - O senhor disse que tínhamos duas opções e qual a outra?

Dr. Cássio - A outra é a promotoria insistir que foi um assassinato.

Maria - Dai a culpa cai em cima do Antônio?

Dr. Cássio - Se isso acontecer, dai será mais complicado. Dai teremos que provar a inocência do Antônio.

Dr. Cássio - O corpo e o apartamento não tinha sinal de violência.

Dr. Cássio - Se realmente foi um assassinato, ele conhecia muito bem essa pessoa e possivelmente confiava nela.

Antônio - Então ele pode ter sido dopado e depois a pessoa o afogou na banheira sem nenhuma dificuldade, já que ele estava dormindo?

Dr. Cássio - É o mais provável, mas ainda assim não da pra afirmar se foi um suicídio ou assassinato.

Dr. Cássio - Antônio, pode ser que nunca ninguém saiba o que realmente aconteceu naquele apartamento.

Antônio era totalmente inocente, mas isso era pouco, pelo visto ele ia ter que convencer muitas pessoas que não é o vilão dessa história.

Maria o abraçou, lhe dando conforto.

Maria - Vai dar tudo certo meu filho.

Dr. Cássio - Sua mãe esta certo Antônio, nosso escritório esta empenhado em provar sua inocência.

Dr. Cássio - Antes de ir para o encontro, você disse pra mais alguém que estava indo pra la? Passou o endereço dele pra mais alguém?

Antônio - Não, eu só liguei pra minha mãe e contei a ela.

O advogado fez uma cara séria, deixando Antônio indignado.

Antônio - O senhor não esta desconfiando que minha mãe..

Maria - Eu não fiz nada.

Dr. Cássio - Como advogado eu tenho que desconfiar de tudo e de todos.

Antônio - Não, isso esta totalmente fora de cogitação e eu nem passei o endereço pra ela.

Maria - Se acalme filho, o doutor esta certo, ele só esta fazendo o trabalho dele.

Dr. Cássio - A policia irá investigar todos, inclusive a senhora Dona Maria, pois a vitima se fez passar por seu filho.

O advogado se despediu e Antônio ficou mais preocupado com a mãe do que com ele mesmo.

Antônio - Era só o que faltava, desconfiarem de você também.

Maria - Você não tem que pensar em mim, o mais importante agora é provar sua inocência.

Vendo que o filho ainda estava preocupado, Maria revelou algo que estava escondendo desde o dia da morte de Gustavo. Voltando a sala com um envelope nas mãos, ela surpreendeu o filho.

Maria - Você não precisa se preocupar comigo, pois na hora do crime eu estava em um lugar com várias pessoas e depois fui direto para o encontro com o Carlos.

Antônio - Que papeis são esses?

Maria - Quando eu lhe perguntei sobre a faculdade, você disse que iria trancar, porque você pagava com seu salario do restaurante e também com a ajuda do Rodrigo.

Antônio - Mãe!! Você...

Maria - Eu tomei a liberdade de ir até la e quitei todas as parcelas desse semestre.

Maria - Por isso eu sai tão cedo aquele dia.

Antônio - Mãe!!! Isso não é certo, é o seu dinheiro.

Antônio - Se eu soubesse disso eu jamais iria permiti.

Maria - Por isso eu fiz sem lhe falar nada.

Maria - Antônio, eu trabalhei por décadas na casa do Carlos, eu ganhava um bom salario, nunca tive despesa com nada. Também recebo a aposentadoria do seu avô.

Maria - Eu não tinha o que fazer com esse dinheiro. Comprei essa casa e o resto eu guardei.

Maria - Você não tem ideia do prazer que eu sinto em poder pagar a sua faculdade. Poder lhe ajudar a crescer, fazer o que toda mãe tem que fazer por um filho.

Antônio ficou emocionado com a mãe e a abraçou, agradecendo.

Antônio - Obrigado mãe.

Maria - Eu não quero que você se preocupe mais com isso, só quero que você volte a estudar e que continue me enchendo de orgulho.

Antônio - Como eu consegui viver sem você por todos esses anos hein?

Antônio encheu a mãe de beijos e aquele ar pesado com a morte de Gustavo desapareceu imediatamente.

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Bruno - Passei no restaurante e estava fechado, não vai abrir hoje de novo?

Rodrigo - Estou sem cabeça. Tem tido noticia do Antônio.

Bruno - Não, eu e a Cris estivemos na casa dele, mas ele não esta muito bom com a gente. Ainda não nos perdoou de ter escondido tudo dele.

Bruno - E você como esta?

Rodrigo - Esta difícil viu. Acho que se eu não tivesse os garotos comigo pra me distrair eu não sei como ia aguentar tudo isso.

Rodrigo - Não é só o fato de o Antônio ser meu irmão. Ainda tem os meus pais, que mentiram pra mim a vida inteira.

Bruno - Eu posso imaginar a barra que você esta passando.

Bruno - Mas você não pode se entregar assim.

Rodrigo - Poxa, eu estava tão feliz, com o Antônio, os meninos, o restaurante, estávamos até estudando. Nossa vida estava boa demais, perfeita demais e dai vem esse furacão e destrói tudo.

Rodrigo - Sabe Bruno, eu não tinha sido tão feliz como eu estava com o Antônio.

Rodrigo - Deve ser mesmo um castigo por todas as coisas ruins que já fiz pra muita gente.

Bruno - Ei, pare de falar assim, você precisa reagir. Você é forte, já enfrentou tanta coisa na vida.

Rodrigo - Mas agora eu fui nocauteado.

Bruno - E a faculdade? As aulas já vão recomeçar.

Rodrigo - Que faculdade? Não tem mais sentido nenhum continuar, era um projeto meu e do Antônio.

Bruno - Mas pode ser um projeto só seu.

Rodrigo - As coisas pra mim perderam todo o sentido.

Rodrigo - O Antônio teve aqui e disse que deveríamos nos afastar.

Rodrigo - Eu cheguei até a propor, questionar o porque de não podermos ficarmos juntos.

Rodrigo - Mas passado esses dias, a poeira começou a baixar e eu pude entender um pouco as coisas.

Rodrigo - O Antônio estava certo, a melhor coisa que temos que fazer é realmente ficarmos longe um do outro.

Rodrigo - Por mais duro que isso seja, é o mais correto.

Bruno - Poxa Rodrigo. Nem sei o que lhe dizer.

Rodrigo - Não precisa dizer nada, só o fato de estar aqui me ouvindo já esta me ajudando muito.

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Os dias foram passando, Rodrigo e Antônio nunca mais se viram. Antônio seguiu sua vida, voltou pra faculdade e no tempo livre começou a correr atrás de estagio ou qualquer outra coisa, pois não aguentava mais ficar parado.

Maria - Como foi o retorno as aulas?

Antônio - Foi legal, gostei dos professores.

Maria - E...

Maria ficou um pouco tímida, constrangida, mas Antônio entendeu o que ele queria perguntar.

Antônio - Eu não vi o Rodrigo lá.

Antônio - As nossas salas ficam em campus diferentes, mas sei lá, eu estava tão acostumado com ele lá, no intervalo, achei que o veria.

Maria ficava em uma encruzilhada, ela queria falar de Rodrigo, fazer com que ele de alguma forma ficasse presente naquela casa, mesmo com palavras, mas ao mesmo tempo tentava proteger Antônio, pois sabia que o rapaz estava sofrendo demais por ter se apaixonado pelo próprio irmão.

Antônio foi para o quarto estudar e Maria não aguentando mais de saudade, pegou o celular e ligou para Rodrigo, que ao ver o numero no visor, desligou no mesmo momento.

Stela também tentou cercar o filho, mas assim como Maria não obteve sucesso.

Carlos - Veio trazer mais algum recado absurdo da sua mãe?

Alice - Não pai, vim ver como você esta.

Alice - Você vai mesmo ficar morando nesse flat? Você e mãe precisam parar com essa briga.

Alice - Será que você não ve que isso vai afetar sua saúde novamente.

Carlos - Eu e a sua mãe não temos mais volta não.

Alice - Mas nem na empresa você tem aparecido.

Carlos - Eu já conquistei tudo que eu quis. Tudo que construí foi pro seu irmão e pra você.

Carlos - E pra que? Seu irmão não atende meus telefonemas, não quer saber de mim e muito menos da empresa. E você não sabe a diferença de um clipes e um apontador, então pra que vou ficar me matando naquela empresa?

Alice respirou fundo, tentando ignorar a alfinetada do pai. Já estava saindo quando Simone apareceu com uma pilha de papeis.

Simone - Como vai Alice.

Alice - Bem e você?

Carlos - O que tem pra hoje Simone?

Simone - Tem alguns contratos que precisam da assinatura do senhor, a autorização pra alguns pagamentos.

Alice estava de saída mas mudou de ideia ao ver a moça com o pai, ficando chocada com o que via.

Carlos pegava os papeis e assinava tudo, sem ao menos ler.

Carlos - Pronto, esse é o ultimo.

Simone - E o doutor Cássio esteve ontem na empresa, mas como o senhor não estava ele disse que te ligaria.

Simone - É alguma coisa ligada ao divorcio? Eu posso para o jurídico da empresa...

Alice interrompeu a executiva, não gostando nem um pouco da maneira como ela falava.

Alice - Simone, não terá divorcio, ainda não foi nada decidido.

Simone - Ah, me desculpe, é que o Seu Carlos...

Carlos - Não Simone, o Cassio foi a empresa pra falar do caso do Antônio.

Carlos - Ele veio até aqui e me deixou a par de tudo.

Carlos - O tal de Gustavo pode ter sido assassinado.

Alice - Assassinado? Meu Deus, que horror.

Diferente de Alice, Simone manteve seu ar contido, falando de maneira calma.

Simone - Desculpe, mas ele não morreu afogado?

Carlos - Parece que ele foi dopado e depois jogaram o corpo na banheira, para que se afogasse.

Alice - Minha nossa, mas que história.

Carlos - Simone, temo que isso respingue na empresa.

Simone - Mas respingar como?

Carlos - Esse rapaz estava trabalhando lá, e o Antônio agrediu ele lá, na frente de todos, ainda tem o Rodrigo.

Simone - Entendo, vou acompanhar de perto essa história.

Carlos - Nos já estamos dentro dessa historia, provavelmente você será intimada a depor.

Alice olhou para o pai e para Simone, que pela primeira vez arregalou os olhos.

Simone - Eu? Mas por quê?

Carlos - Bom, você deu o emprego para o Gustavo, mas não se preocupe.

Simone - Claro, não temos porque nós nos preocuparmos, com certeza a policia irá desvendar esse caso.

Carlos - Claro que sim.

Simone pegou suas pastas e rapidamente se despediu de Carlos e Alice.

Ao entrar em seu carro a primeira coisa que fez foi respirar fundo, colando a cabeça no volante.

Simone - Isso não esta acontecendo.

Simone abriu sua bolsa e pegou o celular, discando em seguida.

Simone - Atende logo.

Marcio - Alo!!

Simone - Marcio, sou eu, Simone.

Marcio - Quem é viva sempre aparece.

Marcio - O que você quer?

Simone - Preciso falar com você o mais rápido possível.

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Stela - Você foi visitar o cafajeste do seu pai?

Stela - O que foi, porque esta tão nervosa?

Alice - Não estou nervosa, mas a Simone apareceu la.

Alice - Ela é tão esnobe e o pai diz amem a tudo que ela fala ou faz.

Stela - Eu nunca fui com a cara dessa Simone e olha que por um momento achei que o Rodrigo fosse se casar com ela.

Stela - Pelo menos ele se casou com a cabeça de vento da Elisa, dos males o menor.

Alice - O pai nem tem ido mais na empresa, largou mão de tudo.

Stela - Isso é ótimo.

Alice - Otimo porque mãe?

Stela - É a chance que tenho de se reaproximar do seu irmão, só ele pode comandar tudo aquilo.

Stela - Eu vou pedir para o advogado fazer a divisão dos bens, antes que uma vigarista qualquer tome tudo que é nosso.

Stela - E de quebra o Rodrigo assume a presidência e volta pra nossa família.

Alice - Mas o Rodrigo não esta dando a mínima pra empresa.

Stela - Não está porque seu pai esta la, mas com o seu pai fora eu tenho certeza que ele volta.

Alice - Eu vou subir, estou cansada demais.

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Os dias, as semanas, os meses foram passando. Antônio foi tocando a vida e os estudos ajudou um pouco a esquecer Rodrigo, mas não era o suficiente, as vezes uma simples lembrança já trazia toda aquela de dor de volta.

Toda vez que Antônio ia para a faculdade, esperava ver o seu grande amor, as vezes sentia até uma ponta de felicidade quando o via alguém parecido, mas logo se frustrava quando percebia que não era Rodrigo.

Antônio achava que o tempo seria o remédio, mas estava enganado, sua saudade aumentava a cada dia que ficava sem ver Rodrigo.

Maria - Não vai dormir?

Antônio - Ainda tenho que ler alguns artigos, quero esta preparado para a aula de amanha, será uma discussão.

Maria - Ah Antônio, me orgulho tanto de você.

Maria - Imagina então, quando virar Dr. Antônio.

Antônio - Não exagera Dona Maria.

Maria deu um beijo no filho e foi para o quarto.

Antônio estava concentrado nos estudos e procurando um arquivo no computador abriu sem querer uma pasta com fotos. Ao clicar no primeiro arquivo, uma foto se abriu, era Rodrigo, sem camisa, sorrindo, na praia, na viagem que fizeram para o Rio de Janeiro.

Antônio sentiu o coração bater mais forte, deu uma vontade chorar, gritar, ligar para ele. Ficou por alguns segundos olhando o sorriso do seu amor, do seu irmão e depois ficou passando as fotos.

A foto seguinte foi uma selfie dentro do avião, poucos segundos antes de pularem de para quedas, em todas as fotos os dois estavam muito felizes. Ele conseguiu ferir ainda mais seu coração quando viu outras fotos, agora com a presença de Rafael e Arthur.

Antônio - Minhas tripinhas, que saudade de vocês.

Maria acordou no meio da madrugada e encontrou o filho dormindo com o rosto sobre a mesa, com a foto de Rodrigo aberta na tela.

E assim Antônio ia seguindo a vida, se ocupando ao máximo para não deixar esse sentimento dominar sua razão.

No final de semana ele fez algo que a meses não fazia.

Ritinha - Tio Tonio!!!

Antônio se ajoelhou, recebendo um abraço apertado da garotinha.

Antônio - Como você esta grandona, já esta uma moça.

Ritinha - Eu estava com saudade, porque você sumiu?

Antônio - Coisas de gente grande.

Shirley - Tudo bem Antônio? É muito bom ter você aqui.

Shirley - Achei que nunca iria me perdoar.

Antônio - Mas eu não tenho nada pra perdoar a senhora. A senhora é tão vitima nessa historia quanto eu.

Antônio também abraçou a diretora e foi para as atividades. Pelo menos um domingo no mês, o orfanato recebia vários voluntários, que brincavam com as crianças, faziam manutenções no local, entre outras coisas, era o chamado domingo solidário.

Antônio estava jogando bola com os meninos quando seus dois grandes amigos apareceram.

Cris - A gente pode jogar também?

- Só o tio Bruno, você é menina, não pode. Disse um garoto.

Cris - Que não posso o que? Vou ser a goleira.

Bruno - E eu o juiz.

A magoa de Antônio já havia passado e deixando a situação rolar, acabou se divertindo com a garotada.

Depois de levar um frango atrás do outro, Cris se deu por vencida, pedindo arrego.

Antônio - Você é péssima, e você como juiz é o maior ladrão que conheço.

Bruno - Ah, meu negocio é fazer gol mesmo, mas a Cris não aguentaria um chute meu.

Antônio - Acho melhor você continuar só com as tesouras.

Cris - Então vai deixar eu cortar esses seu cachoes e aparar essa sua sobrancelha?

Antônio - Vai sonhando.

Bruno e Cris ficaram sem papo ficando um silencio entre os três. Cris sem vergonha nenhuma quebrou gelo, abraçando o amigo, beijando sua bochecha.

Cris - Você perdoa a gente?

Antônio - E da pra ficar com raiva de você?

Bruno também abraçou o amigo e os três caíram no chão. A criançada aproveitou e pulou em cima deles fazendo a maior algazarra.

Já fazia três meses desde a ultima vez que Antônio e Rodrigo se viram pela ultima vez, num encontro duro e difícil para os dois.

Rodrigo respeitou a decisão do irmão e também se fechou para Maria, Carlos e Stela, não atendendo as ligações de nenhum deles.

Rafael - Papai, amanhã é aniversário da Maria, a gente vai.

Rodrigo - Como você sabe que é aniversário da Maria?

Rafael - Eu vi no seu celular, apareceu a foto dela e o deseinho de quando é aniversario.

Rodrigo - E quem deixou você ficar mexendo no meu celular?

Rafael - Ninguém.

Rafael - A gente vai né?

Rodrigo - Não Rafa, a gente não vai.

Rafael - Mas por quê?

Arthur - A gente quer ir.

Rodrigo - Não vai ter festa.

Rafael - Mas gente vai mesmo assim.

Rodrigo tentou se concentrar nos seus afazeres, mas não conseguiu, Rafael e Arthur quando queria, conseguiam ser insuportáveis, não dando trégua ao pai.

Os garotos ficaram o dia todo, pedindo, reclamando, fazendo birra, recebendo milhões de nãos.

Já era noite e sem perdendo a paciência de vez, Rodrigo explodiu.

Rafael - Mas a gente quer ir no aniversario da Maria.

Rodrigo - Eu já disse que nós não vamos e se vocês não pararem de birra eu vou por os dois de castigo.

Rafael foi para o quarto choramingando enquanto Rodrigo continuava dando bronca.

Rodrigo - E você, trate de juntar esses brinquedos espalhados pela casa toda e arrumar essa bagunça.

Arthur fez uma cara feia e enfrentou o pai.

Arthur - Eu não vou mais obedecer.

Arthur - Eu não vou ser mais o menino bonzinho e você é feio.

Arthur bateu os pés e saiu pisando forte, irritando ainda mais Rodrigo.

Rodrigo - Volte aqui moleque, me respeite, eu sou seu pai.

Arthur ficou encarando o pai, com um bico enorme, cerrando o olhar.

Definitivamente o garoto tinha a quem puxar, pois era igualzinho ao pai.

Rodrigo - Trate de me obedecer e se mostrar a língua eu vou dar uns tapas em sua bunda.

O garoto ficou olhando e na primeira piscada de Rodrigo, mostrou a língua e saiu correndo.

Rodrigo - Sua peste, eu vou lhe pegar.

Rafael e Arthur foram pra debaixo da cama e continuaram com a birra.

Rodrigo tentou puxa-los, mas Chico entrou na frente e começou a latir, defendendo os garotos.

Rodrigo - Era só o que faltava, esse pulguento também me desafiando.

Rodrigo - Se querem ficar ai, então tá. Tomara que apareça uma barata e morda o piru de vocês dois.

Rafael - A gente não tem medo.

Rodrigo voltou pra sala e deixou os filhos continuarem com a birra.

Arthur - E agora Rafa? O que a gente vai fazer?

Rafael ficou pensando e logo teve uma brilhante ideia.

Rafael - Já sei, nós vamos fugir.

Arthur já ficou eufórico, achando tudo uma maravilha.

Arthur - Mas a gente vai fugir como?

Rafael - A gente vai fugir de taxi.

Arthur - Mas não precisa ter dinheiro?

Rafael - A gente pede pro papai.

Arthur - A gente pode fugir amanha? É que eu estou com sono.

Rafael - Será que tem barata aqui mesmo? Eu não posso ficar sem meu piru.

Um tempo depois Rodrigo voltou e os dois já estavam na cama, dormindo como se fossem dois anjinhos.

Rodrigo cobriu os filhos, colocou a chupeta na boca de Arthur e deu um beijo em cada um.

Antônio acordou bem cedo, escovou os dentes e com muita pressa foi até a cozinha. Maria estava de costas, no fogão e nem percebeu que o filho chegava pela ponta dos pés, sendo surpreendia por um abraço.

Maria - Que susto.

Antônio - Mãe!!! Parabéns.

Antônio abraçou a mãe, a enchendo de beijos.

Maria - Antônio, mas que fogo é esse?

Antônio - Um beijo pra cada ano.

Maria adorava todo aquele carinho, apesar de todos os acontecimentos, aquele era um momento feliz.

Antônio já tinha esquematizado tudo e tratou a mãe como uma rainha.

Antônio - Esta preparada Dona Maria? Nosso dia hoje será longo.

Maria - Ai ai ai, o que você já esta aprontando?

Antônio - Me aguarde.

Na casa de Rodrigo também houve uma grande agitação logo de manhã.

Arthur - Irmão, acorda.

Arthur sacudia o irmão, puxava seu cabelo.

Rafael acordou com o cabelo todo fuçado, esfregando os olhos.

Rafael - O que foi?

Arthur - Eu estou com medo.

Arthur puxou o irmão pelo braço e os dois foram até o corredor, olhando para a sala.

Rafael - Quem é ele?

Arthur - Acho que é ladrão.

Arthur - Será que ele vai roubar a gente e colocar a gente dentro do saco?

Rafael - A gente chama o Chico e manda morder ele.

Sem medo algum os dois invadiram a sala e enfrentaram o bandido.

Rafael - O que você quer?

Rafael - Você vai sequestrar a gente?

Arthur - A gente não tem medo.

Rafael - A gente vai chamar o papai.

Arthur ficou agitado, cochichando com o irmão.

Arthur - Mas a gente esta de mal com o papai.

- Suas duas tripas, o que vocês dois já estão aprontando?

Os garotos olharam para o homem e depois se olharam, caindo na gargalhada.

==

Antônio levou a mãe para almoçar fora e depois foram ao shopping onde fez que questão de comprar um vestido que Maria havia gostado muito.

Os dois voltaram no só no meio da tarde. Maria aproveitou o tempinho que sobrou e foi até a igreja rezar, agradecer, da mesma maneira que ela fazia em todos os seus aniversários.

Antônio correu contra o tempo e sozinho enrolou alguns brigadeiros, beijinhos, encomendou alguns salgadinhos e arriscou fazer um bolo.

Maria voltou no começo da noite e enquanto tomava banho, Antônio preparava a festa.

Maria - Antônio, você está com fome? Eu...

Antônio - Surpresa!!!

Maria - Eu não acredito que você fez isso.

Antônio - Olha, foi uma correria, mas consegui fazer tudo sozinho.

Maria ficou encantada, na mesa tinha um bolo, docinhos, salgadinhos, tinha até bola.

Maria - Obrigada filho.

Maria - Vai vir mais alguém?

Antônio - Se você não se importar só com a minha companhia?

Antônio - Até pensei em chamar a Cris, o Bruno e o Romeu, mas na verdade quero minha mãezinha só pra mim.

Maria sorriu para o filho, era seu aniversário e ela não parava de ganhar presentes.

Os dois ficaram na cozinha conversando, já era quase 9 da noite e ainda não haviam cantado parabéns.

Antônio - Só espero que goste do bolo, nunca fui muito bom com isso.

Maria - Tenho certeza que esta uma delicia.

Antônio - Então vamos cantar parabéns.

Maria - Não precisa filho.

Antônio - Eu faço questão, vai me desobedecer?

Os dois nem tiveram tempo, a campainha começou a tocar.

Antônio - Quem será que é?

Maria - Deixa que eu atendo.

Maria foi até a sala e ao abrir a porta quase foi atropelada por duas carretas sem freio, que grudaram em suas pernas.

Rafael - Maria!!!

Arthur - É seu aniversario??

Maria - Meus lindos, vocês vieram.

Maria levantou a cabeça e ficou pasma ao ver Rodrigo.

Maria - Rodrigo!!!

Maria arregalou os olhos, como se não visse o filho a séculos, pelo menos não daquele jeito.

Rodrigo - Boa noite. Os meninos insistiram tanto, desculpe vir sem avisar.

Maria ficou sem palavras, não conseguindo deixar de encarar o filho.

Antônio apareceu na sala e ao ver o irmão ficou atônito.

Rodrigo - Olá Antônio.

Antônio arregalou os olhos, também encarando Rodrigo, ficando espantado.

Antônio - Rodrigo!!!

Continua...

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Comentários

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Dr.romantico gostaria muito de entrar em contato com você poderia me chamar no WhatsApp 027996097445 ou no facebook matheus carvalho . Eu preciso muito mesmo falar com você .

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è incrível como o conto fica engraçado e muito agradável quando os tripinhas aparecem, e como será a nova aparência do Rodrigo em ?? curioso aqui de Homi num mate a gente de curiosidade não, por favor não demore muito.

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Olha, eu aindacontinua achando incetso uma coisa abominavel e não gostei do rumo que tudo isso tomou, enfim, vou dá um desconto porque eles não sabiam de nada. Abracos man...

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Aiiiiiiiiiii homem, falta quantos capítulos para terminar? É tanto sofrimento e mistério, que to perdendo o gosto pelo conto! Desculpa a sinceridade, é que to na veia mesma!

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Olha ai!!! Esses meninos me matam de rir (num posso ficar sem piru). Acho que Simone ta fazendo uma faxina nos bens do Carlos, ele não lê o que assina e ta dando tudo a ela 😾. Rodrigo ta agindo errado, se quer reconquistar o Antonio tem de chegar como irmãozinho carente que o Tonho se derrete todo, ai e só pegar de volta kkkk😆. Maria tem de ajudar a resolver isso, eles não podem mais ficar separados como irmãos, como amantes vem depois. Bruno e Cris também podem ajudar, podiam fazer como em um filme que vi, amarrar o Tonho dentro de um guarda roupas e chamar o Rodrigo, tranca os dois dentro da casa, e esperam eles se resolverem. To apreensivo pelo que Sidnei ta pensando em fazer, se tirar os meninos do Rodrigo, eles vão fugir de novo e isso num vai prestar. Parei de escrever que já virou textão. Aguardo o próximo. Bjks

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Legal, meu sonho um exame de dna mostrar que Rodrigo não é irmão do Antônio

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heheh que bom que vc voltou vê se n some de novo eu n gostei do tema ser mudado pra incesto n eu achei uma grande pena mas o amor deles é grande e vai ter de superar isso eu tava cheio de saudade das tripinhas tmb volta logo ^^

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Oba,oba! Adorei como sempre, não é por menos. A sua escrita é envolvente, por mais que tenha sexo não é vulgar, muito pelo contrário é prazeroso, alias todo teu conto é.ver o Rodrigo e Antônio separados é de doer o coração, estou aguardando. Eu não consigo engolir a Simone, e a vevenosa esta com algum rabe prezo com o Márcio....OBS: barata roer o pintinho? Tadinhos!

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Boa noite, leio seu conto desde o início e logo saquei que seria um incesto.Deixa os hipócritas pra lá, gosto muito da sua escrita e da trama, nos meus dois anos que acompanho a CDC seu conto é pra mim um dos melhores, tem em mim um fã, convenhamos tem coisa bem pior que incesto.Agora em relação ao conto estou aflito, mal vejo a hora de chegar ao final.

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Maravilhoso. O que diabos o Rodrigo fez?

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UFFA! Que saudades eu estava dessas pestinhas Rafa e Arthur ♥ vê se não demora pra voltar! Preciso saber como vai desenrolar a historia desses dois, nao consigo ver Antonio sem o Rodrigo nem vice versa, já se ve na mudança de comportamento do Rodrigo com os filhos!

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UFFA! Que saudades eu estava dessas pestinhas Rafa e Arthur ♥ vê se não demora pra voltar! Preciso saber como vai desenrolar a historia desses dois, nao consigo ver Antonio sem o Rodrigo nem vice versa, já se ve na mudança de comportamento do Rodrigo com os filhos!

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MUITO BURRO VC ANTONIO. MEU DEUS. ACORDA PRA VIDA.

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Que bom, vc de volta, espero que agora esteja tudo bem

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