Esposa não Compareceu, Perdeu

Um conto erótico de Adúltero
Categoria: Heterossexual
Contém 1513 palavras
Data: 20/12/2016 22:25:24
Última revisão: 22/01/2017 17:40:24

Nota do Autor: conto escrito por homem através de perspectiva feminina.

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Canto de Ossanha avisou: “O homem que diz ‘dou’ não dá, porque quem dá mesmo não diz. O homem que diz 'vou’ não vai, porque quando foi já não quis. O homem que diz 'sou’ não é, porque quem é mesmo é 'não sou’.”

Mas aquele avatar de capetinha cheirava a duplo blefe.

Maurício me procurou para falar da frieza da esposa e de suas suspeitas de que ela o andasse traindo. Ouvi tudo sem julgamentos, até por não conhecê-lo pessoalmente. O que sabia dele era que pensava em estatísticas, escrevia tutoriais com imagética e riqueza vocabular invejáveis (juro) e semeava ventos. Algumas mensagens depois, tendo visto em mim uma confidente, propôs um encontro amigável para tomar um chopp e desabafar o que lhe viesse à cabeça. O tête-à-tête oferecia vantagem na interpretação de seus desejos e para deixá-lo à vontade sugeri um bar em um bairro boêmio. Entornadas duas garrafas de cerveja, altinho e bem mais falante, ele brincou com a possibilidade de perder o equilíbrio e cair para o outro lado da cerca. Ali tasquei-lhe o primeiro beijo, lento e carinhoso e cheio de promessas que eu tinha toda a intenção de cumprir. A investida pareceu lhe dar uma necessária injeção de autoestima e ele insinuou que eu o achava gostoso. Desafiei-o dizendo que mesmo tendo aprovado o pouco que vi, só se pode elogiar adequadamente algo avaliado em sua inteireza. No ato ele ergueu a camisa; antes mesmo de eu pagar para ver, já mostrou as cartas. Atiçamos um ao outro até por volta das 5h, quando cada qual tomou seu rumo.

O flerte seguiu em fogo médio por três semanas, tempo suficiente para ele ceder à tentação e se submeter a novo encontro. Foi por uma dessas coincidências ímpares do destino que trombamos com um amigo meu a caminho do motel. Mau não titubeou muito em trair para uma plateia de um. Já estava na chuva, certo?

Tranquei a porta do quarto de motel enquanto Franco ligava o ar-condicionado. Sem planejar, ladeamos Mau, que foi logo tirando a roupa, prestes a explodir de tesão acumulado por meses de rejeição. E eu estava pronta para acender o pavio, com o perdão da analogia. Só com a língua em seus mamilos, fiz seu pau babar sem tocar qualquer outra parte de seu corpo. A seriedade do casado morreu a meio caminho da cama daquele quarto. Na horizontal, já não se percebia qualquer constrangimento pela infidelidade, muito pelo contrário. Ele finalmente se sentia desejado, se descobria um exibicionista nato e deixava o prazer transparecer em cada gesto seu durante minha viagem por seu pescoço, peitos, umbigo, bolas, pau e cu. Fiz tudo quanto eu tinha direito, usufruí por completo daquele fujão cheio de tesão repreendido (sim, repreendido), conduzi-o devagar para o orgasmo de que ele tanto precisava, sempre tão perto mas definitivamente fora de alcance. O primeiro depois de tanto tempo. Me esmerei em todas aquelas técnicas que você adora em uma chupeta. Sabe aquilo? E aquilo outro? Pois é. Imagine em câmera lenta, sem nunca chegar de fato ao fim. A punheta do amigo obedecia à vagareza com a qual eu atiçava o casado que chamava meu nome, anunciava a aproximação do gozo em alto e bom som e pedia para não parar. E por que eu pararia? Verdade que ele estava longe de ser perfeito, mas infantilmente negar um orgasmo só porque alguém tem, digamos... seus, teus, nossos defeitos? Aposto que você ficaria Pê da Vida se te fizessem uma sacanagem dessas. Então lhe proporcionei uma gozada cheia de gemidos, gritos e espasmos. Drenei a porra, devolvi-a toda a seu dono e retomei o boquete. Em nenhum momento deixei o leite secar. Lambi, mordisquei, chupei até sentir a carne inchar de novo. Agora os pedidos eram para que eu parasse. Implorou a mim que fosse devagar, implorou ao outro que interviesse, implorou a nós dois por repouso. Ignorei e continuei dando todo o prazer que ele merecia. Desde o começo, meu objetivo era superar suas expectativas. Superar um simples orgasmo. Mau gritava que eu tivesse piedade, que não ele aguentava mais um segundo daquilo, que assim eu o mataria, mas meus gestos competiam com suas palavras. Minha boca chupava como se para arrancar pedaço, minhas mãos voltavam a percorrer o corpo dos peitos às bolas, meus olhos sinalizavam a Franco o momento de incluir as novidades à mão. Com isso, meu amigo tirou de minha bolsa um tubo especial para massagens eróticas, de gel térmico, cuja finalidade ou mesmo presença o outro desconhecia. De olhos fechados, entregue ao prazer extra-conjugal, o casado descobriu o tubo junto com a intenção. Eu disse:

- Confia em mim... Ainda vai gozar mais...

Ele se deitou de bruços e fui aplicando de cima para baixo o gel em técnicas de “massagem”. De chofre, meti um dedo inteiro, que escorregou um tanto fácil demais na lubrificação farta. Ele pulou de quatro, mas Franco o conteve. O casado não conseguiu segurar o peso do corpo por cinco minutos de dedadas antes de desabar na cama com meu indicador e médio enterrados. Aproveitei que tinha voltado a ficar de bruços e direcionei o pau de Franco para o cu de Mau. A um milímetro das pregas, parei para fitar aqueles olhos opacos refeitos súplica. Em vez de encaixar, deixei a cabeça brincar entre as bolas e voltei com os dedos, fazendo-o gemer de ansiedade. Entre um e outro protesto, empurrei só a cabeça. Ele esbugalhou os olhos, retesou o corpo e cravou os dedos nos lençóis. Abria a boca para dizer algo quando Franco largou o peso todo, deslizando para dentro até os corpos se fundirem. A pressão invadia Mau até o limite. Ainda lhe restaram forças para arquear o corpo e erguer a cabeça, mas não suficientes para suplantar o vigor das estocadas a meia potência. Ele gemia, fraquejava e tentava se aprumar, em vão. Como as frases de um, os ataques do outro não tinham e nem deveriam ter fim. Nas contrações daquele rosto que eu conhecia há poucas horas se estampava um deleite indescritível em ser comido na minha frente. Franco ergueu o tronco, voltou à carga e mandou Mau olhá-lo pelo espelho, mas o maridinho não suportava o olhar com a aproximação de novo orgasmo. Meu amigo acelerou para gozar, para nós três gozarmos. Depois de uma investida brusca, Mau soltou as últimas gotas e lutou para relaxar entre as estocadas que seguiam com a constância de um pistão. O necessitado sossego não lhe foi permitido nem pelo outro corpo nem pelo seu próprio, cuja urgência inabalável o punha para trabalhar à sua revelia. Ele podia ter os segundos de êxtase, mas não os minutos de relaxamento. Seus olhos transpareciam uma mistura de incredulidade e impotência que beirava o desespero quando Franco determinou o momento de soltar o próprio gozo. Eu disse:

- Agora tenho outra novidade para ti...

Era a tesoura, conhecida posição do Kama Sutra, que eu mesma ia aplicar. Fixando sua perna direita para o alto, penetrei-o de cinta enquanto lhe manipulava o pau meia-bomba. Por um mínimo de quinze minutos, fiz aquele maridinho urrar como nunca urrou na vida. Para fechar com chave de ouro, iniciamos uma boa cavalgada. Bastou uma sentada para ele se empalar por completo, mas suas forças não davam mais conta do ritmo. Segurei-o pela cintura e comandei de baixo para cima, deixando-o apenas rebolar e sentir o vai e vem do dildo de ponta especial. Sem trégua, sem perdão, golpeei suas coxas com as minhas de tal forma que ele mordeu os lábios para conter os gemidos. Quando vi a cabeça rolar para trás, passei a quinta e fui direto. Aquele tesão todo ia lhe render mais uma gozada. Sua respiração falhava, suas palavras perdiam sílabas, suas reações se reduziam praticamente aos sinais vitais. Estava chegando. Dei-lhe tudo que eu tinha e vi seu corpo estrebuchar, se esvaziar e tombar inerte. De novo, só se ouviam suspiros.

Estávamos os três estirados na cama, exaustos, satisfeitos e entregues às contrações do último gozo. Franco e eu olhamos Mau e sorrimos. O que aquele corpo já não tinha de movimento, ainda tinha de rigor. Toda a loquacidade emudecida, todos os gestos congelados, todas as ideias desvanecidas. Se ainda respirava, era por pura necessidade, embora talvez o deixasse de fazer em troca de descanso. Brinquei com ele sobre seu estado e lhe joguei um punhado de elogios, todos sinceros. Depois de seus almejados minutos de paz, ressaltei que sua esposa não o fodia como ele merecia e que ele não deveria sucumbir a ideias autodepreciativas. Naquele dia, mostrei-lhe física e verbalmente que ele era sim um homem desejável.

Mau sorria por descobrir novas sensações, conhecer partes de seu corpo que nem imaginava existirem, gritar a plenos pulmões o que sentia. Um sorriso rasgado, indelével a ponto de render piadinhas dos colegas pelo resto da semana, como me revelou mais tarde. Eu, claro, sorri da notícia.

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Nota do Autor: conto escrito por homem através de perspectiva feminina.

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Comentários

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