O Bailarino e o Bodybuilder - C4

Um conto erótico de Aires
Categoria: Homossexual
Contém 5418 palavras
Data: 20/12/2016 23:16:06

A semana iniciara com certas mudanças de rotina, ao menos para Flávio. Agora que morava em um bairro mais afastado do centro da Cidade, precisou reorganizar seus horários, mas nada que o bailarino devesse se preocupar. Ash sempre acordava mais cedo que o pequeno, pois precisava sair de casa às cinco horas da manhã e dar início ao seu trabalho na academia, logo, ao levantar-se, já preparava o café da manhã e as marmitas para consumirem durante o dia, tanto para ele, quanto para o mais novo. Montara um cardápio especial com coisas que achava que o bailarino iria gostar, cookies de aveia, linhaça e gotas de chocolate, frutas variadas, massas e carnes secas e ficara de preparar o jantar para os dois.

Na manhã de segunda-feira, após realizar a primeira refeição sozinho, Flávio dirigiu-se a portaria do prédio e deu seu nome, apresentando documentos de identificação, para que pudesse cadastrar-se como inquilino e usar os serviços local, além de poder entrar sem precisar pedir permissão a Ash.

O pequeno precisou pegar um ônibus para chegar na escola de dança e iniciar seu trabalho. Ele dava aula para miúdos de cinco à treze anos, que possuim vulnerabilidade socioeconômica. Sempre gostara de trabalhar para o povo. Além da realização em ver as pessoas se desenvolvendo, gostava de todo o carinho e mimo que recebia de pais e alunos.

Para realizar aquele projeto, precisou não somente desafiar a si, mas a alguém "grande" da comunidade afim de que pudesse dar aula sem nenhum incômodo.

De inicio fora difícil dobrar as pessoas daquele local, mas depois de notarem sua boa índole e objetivo para com o povo, deram a liberdade para que ele pudesse fazer o que queria.

Às 10 horas da manhã, na mesma academia de artes, tomou algumas aulas de ballet. Era algo tradicional, que o prqueno achava um saco, mas que não podia perder, pois era um bailarino de alto rendimento e que tinha muita dedicação para com aquilo. Às 11 ele ia para a sessão de Yoga, como forma de amenizar tensões, diminuir a ansiedade e aumentar suas habilidades na dança, melhorando sua flexibilidade e aumentando sua capacidade cardiorespiratória e controle da respiração. Ao meio-dia almoçou e partiu para a clínica de estética onde trabalhava com limpeza de pele e depilação.

Flávio sempre adorara fazer esse tipo de coisa. "Embelezar" o mundo era a sua especialidade. Gostava também de brincar com as complexidades de seus clientes. Sempre havia aqueles que iam a clínica sem saber o que fazer, ou que queriam realizar um tratamento complexo mais de uma vez na semana / mês. Em seu trabalho, o loirinho também era extremamente dedicado, o que o ajudou a crescer e criar nome no ramo da estética. A clínica em que trabalha teve um grande "boom" após a entrada de Flavinho naquele local. Ele trouxe novos procedimentos que aprendera em seus cursos quando morava fora do país. Para a clínica onde trabalhara, era uma honra ter alguém como Flávio, para o branquelinho era uma honra ser reconhecido ali.

Após seu trabalho na academia, Ashley rumara para a faculdade onde cursava educação física. Já estava na reta final do curso e queria se ver logo livre de tudo aquilo para, além de regularizar sua profissão, montar sua própria academia. Já havia juntado bastante dinheiro no banco para fazer isso e não via a hora de fazer seu nome no mercado da estética também. Durante as aulas de empreendorismo aplicado a educação física desportiva, ficou pensando o tempo inteiro no seu pequeno. Não tirava o rosto, o cheiro e o toque do rapazinho de sua cabeça. Sentia-se encantado por ele e sentia que estava sendo retribuído, na mesma quantidade, pelo bailarino.

Fora inevitável ficar de pau duro na sala, ao menos a quantidade de alunos no oitavo período era pequena e seus colegas de classe não notaram o desconforto do rapaz que tentava, em vão, esconder aquela anaconda.

Às cinco horas da tarde Ashley pegou seu carro e foi para o apartamento onde agora dividia com o pequeno, esperou uma mensagem ou ligação de Flávio pedindo para ir busca-lo, mas não recebeu. Foi ao banheiro banhar-se já sentindo falta da companhia de seu pequeno. Ficou impressionado por estar tão caído pelo miúdo, só não conseguia, ainda, distinguir se era apenas atração física ou sentimental. Bem... De início era tudo muito físico, mas a beleza não sustenta um relacionamento. Ashley já havia ficado com muitos rapazes bonitos, mas repetia no máximo por duas ou três noites. Somente com Flávio fora diferente.

Digo, com Flávio e aquele outro rapaz que, vez ou outra, lembrava ao barbudo o porquê de ele não querer assumir um compromisso. "Casual", repetia sempre para si afim de não cair na tentação de afundar-se em um relacionamento e arriscar de ter seu coração partido outra vez.

Já eram seis horas da noite e nada de Flávio ter chegado. Ok, eles não combinaram o horário ou montaram agenda de compromisso, para que um soubesse cada passo do outro, mas Ashley já estava preocupado pelo branquelo não dar sinal de vida.

Entretanto, após esfriar a cabeça, olhando pela varanda o movimento naquele bairro ora pacato, ora sem ordem, decidiu fazer o jantar. Sabia que seu parceiro chegaria com fome, afinal.

Pôs seu avental e começou a preparar a refeição da noite. Uns quinze minutos após ter iniciado os pratos, ouviu um barulho de chaves destrancando a porta e a zoada da mesma sendo empurrada. Sorriu por saber que seu pequeno estava são e salvo.

- Enfim em casa! - Exclamou Flávio jogando sua mochila no sofá e indo ao encontro de Ash abraçando-o por trás e beijando as suas costas.

- Ainda bem que chegou. - Respondeu o bodybuilder mexendo nas panelas e sentido a cabeça de seu pequeno repousada em seu trapézio. - O bebê tá com fome? - Perguntou sorrindo, sentindo as mãos do menor passeando por sobre aquele abdômen feito pelos deuses.

- Muita. - Respondeu, depositando mais um beijo naquelas largas costas. - Obrigado pelas marmitas, Ash. Agora eu sei porque os alunos de educação física andam com sacolas tão grandes e pesadas - Falou, fazendo com que o moreno sorrisse. - Eu pensei em você o dia quase todo. Tá tudo bem? - Interrogou, esvaindo assim o seu nervosismo.

- Tô bem sim, meu lindo - Respondeu satisfeito com a afirmação do parceiro. - Também pensei em você o dia quase todo. Agora vai tomar banho que pai já tá fazendo um ranguinho pra gente bater. - Então sentiu o bailarino se afastar rapidamente.

- Demorou! - E correu ao banheiro para terminar logo com aquilo e ir comer na companhia do rapaz de sorriso bonito.

No banho, Flávio ficou pensando no acolhimento de seu parceiro. Ainda achava-se indigno daquele carinho e preocupação. Não queria magoar o diamante bruto com quem convivia. Pelo contrário, queria que Ash sentisse o que o pequeno sentia ao ser tocado pelo mais velho. Seu pênis deu sinal de vida, lembrando-se da primeira vez que domou aquele homem. Podia sentir seu coração acelerado e o sangue pulsando no pau. Começou uma leve punheta imaginando seu parceiro com o peito colado às costas do pequeno. Esmagava o corpo de seu pênis pensando nas grandes mãos do bodybuilder, mordia os lábios pensando em sua boca colada na do barbudo.

- Ash! - Sussurrou quando imaginou sentir os pêlos do moreno mais próximos a ele.

O prepúcio já esmagava a glande do pau do branquelo e os movimentos de vai e vem proporcionado por suas mãos começaram a intesificar.

Fora então que derramou todo aquela porra no piso do box. Ofegante, passou a mão pelo seu cabelo e com os pés empurrava o líquido branco e viscoso para dentro do ralo, não querendo deixar vestígios do que fizera ali.

Enrolou-se numa toalha e partiu ao seu quarto para trocar de roupa, percebeu então que fora pouca a quantidade de roupa que havia pego no sábado e decidiu que voltaria ao apartamento do primo para buscar todos os seus pertences. Não voltaria mais para aquela casa, logo não havia motivos para deixar suas coisas lá. Sua vida agora era ao lado de Ashley, seu novo parceiro de apartamento.

- Achei que não ia terminar o banho. - Sorriu Ash como se soubesse o que o pequeno aprontara ao ver Flávio entrando na cozinha. - Deixa pai dá um cheiro pra ver se você tomou banho direito!

O pequeno dirigiu-se para perto do bodybuilder e o mesmo o abraçou. Logo estavam com a boca uma colada na outra, em um ritmo lento e apaixonado. Já eram involuntários aqueles movimentos. Não sabiam quando começavam e tampouco quando iriam parar.

- O lindo tá com fome de pai? - Interpelou Ashley sorrindo ao sentir o pau duro de seu parceiro.

- Tô, mais vou ter de me acalmar um pouco, pois estou meio atarefado essa semana. Então nada de novas lições até eu terminar tudo. - Respondeu, deixando o bodybuilder frustrado.

- Bora comer então. - Zangou-se da resposta do menor.

A vontade de Ashley era rasgar aquela cueca que o pequeno usava, junta a uma camisa regata branca, joga-lo na mesa e possui-lo de todas as maneiras. Mas isso seria uma quebra de negócios entre os dois. Flávio deixara bem explícito de que quem iria ditar tudo era ele. Ashley apenas deveria obedecer o mais novo.

- Lindo, você vai fazer o que na quinta? - Perguntou, tentando acalourar o clima frio que havia se imposto na mesa.

- Eu tenho aula e trabalho pra confirmar. Por quê? - Flávio mostrara- se curioso quanto ao rumo daquela conversa.

- Minha folga é na quinta-feira, tem como você transferir a sua para o mesmo dia? É pra compensar a sua ausência durante o resto da semana - Interpelou esperando ter usado as palavras certas.

- Bem... - Flávio fez um longo silêncio, afastando o prato, terminando a refeição. - Eu vou conversar com o pessoal na clínica pra saber o que eles podem fazer por mim. - Ashley torceu os lábios, para a esquerda, em sinal de indignação. - Mas eu vou fazer de tudo para eles transferirem sim. - E então Flávio viu um longo sorriso formando-se no rosto do parceiro.

- Pô! Fiquei mô felizão agora. - Disse sorrindo, indo ao encontro do pequeno e beijando suas bochechas, que começaram a ficar mais róseas. - Você lava os pratos? - Perguntou já indo em direção ao seu quarto. - Preciso revisar meu TCC. - Explicou por fim.

- Deixa comigo, vou dar uma ajeitada aqui depois vou dormir. - Respondeu Flávio de imediato.

- Beleza, lindo. Tenha uma boa noite!

- Você também. - Flávio respondeu e rumou para a pia.

Como havia combinado no dia anterior, os afazeres domésticos seriam divididos entre os dois, mas sentia-se na obrigação de deixar tudo impecável. Ainda bem que mal passavam muito tempo em casa, aliado ao fato de que Ashley é um rapaz totalmente organizado, logo, não havia muita sujeira por ali. Lavou os pratos, passou a vassoura pelo meio da casa e foi deitar-se, fazendo uma anotação em sua cabeça: "Procurar uma diarista para cuidar daquele local". Queria dar o mínimo de esforço a Ash e o máximo de conforto aos dois.

***

A terça e a quarta-feira passaram mais ou menos da mesma maneira; Ashley era o primeiro a acordar e o primeiro a chegar em casa no período noturno, às vezes até mesmo no turno vespertino. Flávio saia um pouco mais tarde de casa e somente voltava a noite.

Como havia prometido, o mais novo comunicou aos seus superiores que queria ter uma folga por semana na quinta-feira, por sorte uma funcionária da clínica queria mudar sua folga para a sexta-feira, dia de descanso do pequeno, e conseguiram a transferência naquela semana. Infelizmente, Flávio iria perder alguns clientes que ele atendia, de modo autônomo nas sextas-feiras, mas por outro lado, poderia dar mais atenção a Ashley.

- Bom dia, lindo! - Exclamou o barbudo ao ver o bailarino tomando água na cozinha.

- Bom dia! - Respondeu o cumprimento, ainda bocejando, Flávio. - Tá fazendo o que aí? - Tentou dar uma espiada por sobre os ombros de Ashley.

- Sanduíche natural. Prefere peito de peru ou de frango?

- Peru. - Respondeu dando um beijo no ombro do mais velho e fitando aquelas lindas esmeraldas. - Eu já disse que você é lindo? - Perguntou Flávio, fazendo o mais velho ficar vermelho.

- Carai, tô me sentindo um quadro de Da Vinci agora. - Fez piada, pois não sabia encarar um elogio vindo de Flávio, um menino de poucas palavras. - Tá com saudades de pai, né seu safado? - Perguntou mordendo os lábios.

- No dia em que você me levar a sério eu vou ganhar um Tony Awards. - Repreendeu o barbudo e sentou-se a mesa para fazer sua refeição.

Trocaram algumas ideias ainda no café e Ashley decidiu deixar seu pequeno na escola de dança. Aproveitou para ver o trabalho de Flávio no projeto voltado para as crianças com Síndrome de Dawn. De cara o moreno se interessou com tudo aquilo. Lembrara de sua irmãzinha, Kim, e foi impossível conter uma lágrima que insistiu em cair. Passaram-se doze anos e nenhuma notícia de sua família. A única coisa que sabia era que estavam vivos e bem. Talvez fosse realmente melhor manter distância. Na aula das 10 horas, o bodybuilder pôde ver o quão difícil era toda a rotina do bailarino; Alongamentos extremamente complexos, repetições exaustivas. Ele não sabia como Flávio conseguia manter-se em pé fazendo tantas séries de piruetas. "Ele deve ter um aparelho audito muito preservado ou Deus foi nada generoso ao alinhar o centro de gravidade desse menino." Pensara sorrindo, ao ver que o garoto realizava de quatro a seis piruetas em cima de um pé totalmente fletido.

Ao término da aula, retornaram ao prédio. Ao estacionar o carro em sua vaga, Ashley lembrara-se que não havia comprado as laranjas para fazer o suco daquela tarde e pediu para que Flávio fosse tomar banho e esperar o mais velho em casa.

O pequeno então pegou o elevador, vendo o carro sair pela garagem e subiu até o oitavo andar do prédio, chegou em seu apartamento já tirando a roupa que havia utilizado nas aulas daquela manhã e enrolou uma toalha em sua cintura, foi em direção ao banheiro, mas escutou seu interfone tocar. Pensoj então que fosse o Ash que havia esquecido algo e foi atender aquela chamasa.

- Senhor Ashley? - Flávio escutara, do outro lado da linha, a voz do porteiro. - Tem uma moça chamada Monalisa aqui embaixo que diz estar precisando falar com o senhor. Eu autorizo a entrada. - Interrogou sem antes dar tempo de Flávio dizer que era ele.

- Pode sim, Xavier. Aponte o número do apartamento pra ela, viu? - Respondeu Flávio, curioso pela visita.

- Ah, seu Flávio, me desculpe. Eu esqueci que o Ashley não mora mais sozinho, vou deixar a menina subir sim. - E assim a ligação fora encerrada.

Flávio passou um anti demaquilante no rosto e foi esperar a visita, ainda do modo que estava. Ouviu a campanhia tocar e dirigiu-se a porta para abri-la. Quando o fez, deu de cara com uma menina branca, longos e lisos cabelos pretos, olhos que contrastavam com sua pele e um belo corpo. A menina a sua frente também ficara impressionada com a visão do corpo do garoto. Seus amigos eram muito bonitos, mas aquilo a sua frente quase beirava a perfeição. Ambos ficaram de queixo caído um com a aparência do outro.

- Pois não? - O mais novo perguntou quebrando aquele clima estranho.

- Cadê o Ash? Eu preciso falar com ele. - Apressou-se aparentemente nervosa.

- Ele não se encontra, foi ao mercado e volta daqui a pouco. Posso ajudar, moça? A senhora parece meio pálida. - Fraziu o cenho ao interpelar a garota e perceber que esta estava ofegante.

- Menino, liga pro mamute agora, se puder! Eu tenho algo muito sério pra falar a ele. - Monalisa respondeu entrando na casa do bodubuilder sem ser convidada pelo novo inquilino.

- Moça eu acho esqueci meu celular no carro do Ashley, eu posso ajudar em alguma coisa.

- Não, porra - Ela gritou, fazendo Flávio se assustar com aquela alteração de humor. - Eu tô grávida e ninguém pode me ajudar agora, a não ser o Ash.

Flávio então esbugalhou os olhos com a sentença daquela mulher. Não era possível que tivesse caído na lábia de alguém que iria ser pai. Sempre se precaveu para nunca se envolver com gente assim e agora se via sem saída; não podia voltar para a o apartamento de Raul e se saísse do prédio de Ashley não teria para onde ir. Ainda perplexo, pediu para que a garota que se instalara naquela casa sentasse no sofá e ficasse a vontade, aliás, ela já parecia a vontade com aquele ambiente, e foi tomar seu banho.

Teria uma conversa muito séria com o rapaz dos olhos cor de esmeralda. Não admitia que o mesmo omitisse tal fato da sua vida. Terminou o banho, entrou no quarto e foi secar seu cabelo.

Na sala, Ashley se deparou com uma Monalisa desesperada, soluçando e que sequer conseguia falar poucas palavras. Amenizada a situação, a menina explicou os motivos que a levaram a casa do bodybuilder e falou sobre a conversa que teve com o pequeno. Ash então perguntou por seu parceiro e a moça indicou-lhe o caminho do quarto. O barbudo entrou desesperado no quarto de hóspedes e encontrou o menino fitando seus olhos.

- Se eu soubesse dessa palhaçada de filho, nunca teria entrado em sua vida. - Respondeu Flávio, com um secador na mão e a escova na outra.

- Como é, lindo? - Ash interrogou, não entendendo que o pequeno havia chegado a uma conclusão de toda aquela história.

- A menina grávida ali na sala... Quando você iria me contar? - Indagou, frio, recebendo uma grande risada de Ashley. - Para de rir de mim, seu abusado! - Exclamou, jogando a escova no grandão.

- Ai, lindo! - Falou passando a mão na parte da cabeça onde o objeto o havia acertado. - Tu tas achando mesmo que esse filho é meu? - E voltou a rir da cara de raiva do parceiro. - Flavinho - Iniciou a conversa agachando-se próximo ao parceiro. - eu não sei o que você anda lendo por aí que diz que todo cara grande e másculo igual a mim é no mínimo bissexual. - Somente com essas palavras o baixinho começou a corar, percebendo ter entendido tudo errado. - Mano, eu só quero te deixar ciente do quão gay e bem resolvido eu sou: Eu curto Madonna, Lady Gaga, Britney e Aretha Franklin - Nesse momento, Flávio engatou numa risada e fora acompanhado por Ashley. - Mas não para por aí não, gatão. Eu ainda sei dançar a coreografia inteira de Crazy In Love fazendo caras e bocas e sei cantar I Will Survive de trás pra frente, se brincar. Eu sou tão gay que, as mulheres do mundo inteiro me desculpem, mas eu vômito só de pensar em boceta, filho. - Flávio sorriu sem graça, não conseguindo encarar o rapaz a sua frente. - E eu sou tão gay, que tô achando lindo você com ciuminho de pai aqui. - Disse virando o rosto do garoto e fitando os olhos cor de mel do branquelinho.

- Para de romantizar, ciúmes! - Exclamou Flávio. - E eu tô com ciúmes de ninguém. - fingiu dar de ombros. - Apenas não é da minha índole ficar com alguém que tem compromisso. Ainda mais um filho.

- Tá com ciumes não, né? Sei... - O mais velho fazia graça, pois sabia que Flávio estava tentando esconder seus sentimentos por ele. - Pai não vai deixar nada atrapalhar meu relacionamento contigo. Agora dá um beijinho como castigo por ter desconfiado do seu maridão. - O pequeno então sorriu para Ash e grudou seus lábios no dele, arrancando um suspiro do rapaz.

O casal voltou para a sala e foram conversar com Monalisa.

Ela é uma amiga de Ashley, e do resto do grupo, não tão bem sucedida como a maior parte do pessoal em seu ciclo de amizade. Uma menina que vive de aparências e dos luxos que os outros dão a ela. Engravidou, mas não sabia quem era o pai. Viu em Ashley a única saída de amparo. Sabia que ao revelar a gravidez aos pais não iria ser bem a aceita. Optou então por abortar o filho, mas não tinha dinheiro para pagar e tampouco apoio das pessoas que a cercavam, isso inclui a Ashley que ficou puto pela amiga cogitar esse tipo de coisa. Após acalmarem a menina, eles foram fazer o almoço e, ao término, Flávio fora ajeitar o quarto de hóspedes para que a Monalise pudesse relaxar mais tarde.

De início, Flávio não ficara muito feliz com a ideia da garota hospedar-se no apartamento que dividia com Ash. Não fazia uma semana que ele tinha se mudado e já teve sua privacidade invadida por uma estranha. Lembrou-se então de algumas coisas do passado e desviou a atenção para as tarefas domésticas afim de que ninguém desconfiasse de qualquer mudança de humor do rapazinho.

Às seis horas da noite, o pequeno fez um chá natural para Monalisa, que aprendera com sua avó, como forma de acalma-la para que pudesse dormir bem a noite. Após terminadas as refeições daquele dia, a garota foi para o quarto de hóspedes dormir, já que tivera um dia exausto, Ash rumou ao seu quarto para revisar o TCC que estava em fase de aprimoramento e Flávio ficou assistindo TV.

- Tá esperando o que pra vir deitar com o paizão? - Interpelou Ashley aparecendo na sala às nove horas da noite.

- Eu não queria atrapalhar você com seus trabalhos. - O loirinho falou, fitando o bodybuilder.

- Hum... Mas tu quer ser carregado no braço até lá ou vai por livre e espontânea vontade? - O mais velho cruzou os braços e encontou-se a parede abrindo passagem.

Flávio sorriu pela imposição daquela macho a sua frente, desligou a TV e direcionou-se a suíte, não sem antes de levar um tapa em cheio nas suas nádegas. Deitou-se na cama e esperou seu parceiro, que veio logo em seguida, depositando um beijo nos lábios finos do pequeno. Ashley gemeu, cheio de tesão, sentindo a mão do bailarino tocar-lhe o pau, fazendo movimentos de vai e vem, fodendo a glande daquele grande colosso de carne. Intensificou o beijo, afundando o loirinho na cama.

- Ash?! - Flávio chamou quando sentiu as grandes mãos do barbudo tocarem as suas nádegas.

- Lindo?

- Hoje você vai aprender uma grande lição: Só foder o passivo quando ele implorar por isso. - Ashley sorriu, sempre impressionado com o linguajar daquele ser.

O grandão deitou-se a cama, ficando mais confortável, e puxou o pequeno para cima de si. Tirou sua camisa e a de seu parceiro, enquanto Flávio se livrava da própria bermuda que utilizava. Beijaram-se com mais desejo, enquanto o bodybuilder, com seu dedo indicador, procurava o anel do pequeno, massageando-o em movimentos circulares.

- Vai ter de fazer melhor do que isso se quiser me comer, grandão - O bailarino falava sorrindo, enquanto sentia a barba do moreno roçar em seu pescoço.

- Ah é, seu puto?! - Ashley sorria da audácia do rapaz - Então vem cá! - Disse puxando Flávio para cima de si, fazendo-o sentar-se em cima de seu abdômen, deixando o pau de seu parceiro bem próximo ao seu rosto. - Senta aqui perto da cara de pai! Deixa eu mamar nesse cacete lindo! -

Prontamente, Flávio sentou-se próximo a cabeça do moreno e mirou seu pau nos lábios dele. Ashley, em uma única tentativa, enfiou o mastro do pequeno quase que por inteiro em sua boca. Passeava com a língua pela glande do pênis e depois descia por todo o corpo, sentindo toda a textura daquele pedaço de carne. Algumas vezes tirava o pau do branquelinho da boca e dava um trato no saco, o que fazia Flávio jogar sua cabeça para traz e, algumas vezes, revirar os olhos.

- Puta que pariu, delícia! - Ash se deliciava com os gemidos chorosos que o parceiro emitia. - Fica de quatro que eu quero chupar esse cuzinho, seu gostoso!

Flávio rapidamente atendera ao pedido de seu parceiro, estava a mercê daquele bruto. Queria poder explorar seus pontos fortes e fracos na cama e, definitivamente, guiar o parceiro na preliminar era especialidade de Ashley, que já se econtrava em baixo do bailarino, tomando todo o pau em sua boca, recebendo todas as estocadas de seu passivo com muito gosto.

Quando estava prestes a engasgar-se batia na bunda do pequeno, como sinal de que este deveria cessar ou diminuir o movimento.

De repente, Ash levanta-se da cama, acende a luz do quarto e aumenta a temperatura do ar condicionado. Saboreou a cena de seu parceiro em quatro apoios sobre a cama. Deu um longo suspiro e arrumou-se a modo que sua boca ficasse bem na entradinha daquele cu apertado. Beijou as coxas do bailarino, fez o mesmo com as nádegas, onde se demorou mordendo um pouco e depois tornou a sua língua ao anel de Flávio, que não conseguiu conter um gemido. A asperesa da língua do ativo fazia um choque percorrer por toda a espinha do bailarino, que ora se contorcia, ora relaxava ao ponto de bambear as pernas. Ashley introduziu seu dedo do meio em Flávio com a mão esquerda, e com a direita voltou a punhetar o pequeno. Sua língua percorria do corpo do pênis para o saco e do saco para o ânus. Dividiu a sua atenção com todo o assoalho pélvico do garoto, deixando ele molhado e totalmente estremecido.

- Ai, Ash! - Gemeu o bailarino, quando sentiu a língua áspera de seu dominador passear por sobre os músculos da espinha e parar nos lóbulos da orelha, com a barba do rapaz arranhando seu pescoço.

- Diz a pai o que o bebê quer, vai? - Ashley provocou, ainda dedando o menor e mordendo sua orelha.

- Por favor! - Falou chorando. - Meu Deus, me come logo, eu não aguento mais. - Setenciou.

Ashley levantou-se e dirigiu-se ao seu criado mudo, tirou de lá a camisinha e o lubrificante, agora seus parceiros de foda. Flávio se posicionou de lado e esperou que o ativo se deitasse. O mais velho entendeu o seu recado e logo foi se engantando entre as pernas do rapaz.

- O que você está fazendo? - O pequeno perguntou ao sentir o grandão molhando seu ânus com o lubrificante e ajeitando a pica em seu anel.

- Ué! Tu não pediu? - Franziu o cenho com a pergunta do bailarino.

- Porra! Tu ainda tem muito o que aprender mesmo, né? Eu preciso que antes que você meta essa tora em mim fique colado no meu corpo. Eu quero sentir sensações como o teu toque, pêlos do teu corpo... Entendeu? - Interpelou retoricamente.

Ashley então deitou-se mais próximo ao pequeno, levantou a perna do bailarino com sua mão direita e ajeitou a cabeça da pica bem na entrada do ânus. Deu uma leve empurrada para não machucar Flavinho, que respondia com gemidos; Se avançava e percebia seu parceiro se afastar, tirava o pau de dentro do cu do menino e depois tentava enterrar novamente. Em um momento o ativo parou e deixou que o menino descesse por sua pica cadenciando o movimento.

- Isso, lindo! Se entrega pro pai. Eu quero você. - Falou, puxando o rosto de Flávio para um beijo e enterrando o resto do corpo do pênis para dentro do garoto.

- Aiiiiiin - Gemeu manhoso, sentindo o toque ardente de seu parceiro, os pêlos do mais velho em sua costa, e os pentelhos da virilha do rapaz em suas nádegas.

- Mais rápido! Mais rápido! - Ordenava tocando as nádegas do parceiro, afim de traze-lo para mais próximo de si.

No quarto se ouvia os gemidos chorosos de Flávio, a respiração pesada de Ashley e o barulho causado pelo atrito da virilha com a nádega e o do pau do moreno rompendo o cu do miúdo.

- Eu quero gozar - Anunciou Flávio, tomando a boca de Ashley para si e tocando o seu pau.

- Deixa que pai faz isso pra você! - O mais velho interrompeu o bailarino tomando o pau do pequeno em suas mãos e batendo uma punheta tão rápida quanto o ritmo das estocadas que dava em Flávio.

Ashley foi o primeiro a derramar-se dentro de Flávio, ficando mais e mais ofegante, mas sem parar de tocar seu parceiro, que começou a contrair mais o cuzinho e jorrando porra por todo o lençol da cama.

- Ai, Ash! - Gemeu, sorriu e tomou a boca do bodybuilder que ainda tentava se recuperar da gozada que havia dado. - Você foi muito bem hoje. - Falou abrindo seus olhos e vendo o parceiro de olhos fechados, com a mão no peito, pau caído pro lado direito, melado de porra após a retirada do preservativo e um enorme sorriso no rosto.

- Obrigado, lindo. - Respondeu sem abrir seus olhos. - Te adoro demais. - Disse com sua voz e ritmo cardíaco voltando ao normal.

- Eu quem agradeço. - Falou o pequeno ajeitando o cabelo.

Flávio tentou sair da cama, mas fora interrompido pelo grandão.

- Parece meio nojento, mas eu quero dormir contigo sentindo o cheiro do sexo da gente. Se importa? - O mais novo sorriu e deitou sua cabeça no peito do barbudo que ainda sorria, cheirando a cabeça do pequeno que nele repousava.

***

Resposta aos comentários do conto anterior:

Monster: Eu já disse que adoro ver seus comentários por aqui? Fique ciente disso. Na verdade amo todos os comentários, mas os seus demonstram que você está sintonizado com a essência do conto. É sempre direto e não posso falar muitas coisas se não vou expor a história inteira em um spoiler. Kkkkkkk Fica ligado nos próximos! Muitas águas vão rolar.

garafão, fefehh, MF^^, Marcos Costa e GabsSparks: Pessoal, estou tão feliz que estejam gostando do conto. Sério, espero surpreender vocês a cada episódio. MF^^, quer dizer então que curtes o casal? Eu amo esses dois.

VALTERSÓ: Infelizmente o Raul não vai deixar de ser primo do Flávio ou amigo do Ash pelas coisas que ele fala, mas eu acredito em karma e espero que a lei do retorno se aplique a esse traste. Quanto ao ser casual, bem... Uma hora ou outra alguém vai ter de dar o braço a torcer e assumir toda essa merda. Não é possível que eles vão ficar nisso pra sempre. Ou será?

Atheno: Não se deixe enganar. Um fato sobre Flávio: Ele nunca age por impulso. Não em situações assim. Ele se tornou frio e calculista por causa da vida que levara. A pergunta que fica é: Como será que vai ficar a relação entre todas essas pessoas?

Paulo borges: Não podia concordar menos contigo. Vidinha chata essa, né? Não sei nem como o Ash consegue ter tempo para o bailarino. Vamos ver como eles irão conciliar isso, hum? Eu prefiro os gordinhos, comem de tudo e ainda fazem piada de seu corpo. Experimenta falar a um bodybuilder que ele está gordo! Quanto ao Raul, ele é bem nojento quando quer. E não vai parar por aí.

gabriel.floripa: Eu fico feliz que esteja gostando do conto e que esteja tentando se supreender com tudo isso. Eu até gosto quando vejo o pessoal especulando, sinto que somente irão se surpreender com tudo. O bailarino e o bodybuilder vai fugir de alguns clichês sim. Não sei se irá agradar a todos.

Martines: Cara, que imaginação fértil. Só posso dizer uma coisa: Continua teorizando! Você pode se surpreender ou se decepcionar com o andar da carruagem. Será que Flávio quer realmente por cabresto no Ash? Será mesmo que o Ash quer algo com o primo do bailarino ainda?

William26: Você fez o meu dia se iluminar com o seu comentário. Você é um novo leitor e já captou a essência do conto também. Será que conseguirei manter a qualidade? Gente, quem não ama o Flavinho? Sério, eu adoro ele. É lindo, tem seu emprego, não depende dos outros para viver, faz trabalho voluntário e ainda tem atitude na cama... Tenho uma invejinha dele. E sobre o Raul, você destrinchou o personagem. Ele é isso mesmo. Começou como um g0y e "virou" bi.

cellinho: Primeiramente, seja bem-vindo, querido. Eu fico extremamente feliz com comentários bem receptivos ao conto como o seu. Sério. É um sorriso de orelha a orelha que eu dou quando vejo algo assim. Quanto a personalidade de Flávio, bem... Ele teve uma vida difícil, mas isso fortaleceu ele. Vão haver bons e maus momentos, vamos ver como ele sairá de cada um mais a frente.

Lilinho: Bem-vindo, querido! Bem... Raul vai aprontar ainda (Eu acho) :D Vamos ver então como as coisas irão andar... Continue acompanhando.

***

E agora, pessoal? O que vai ser desse casal? Eu acho que já tem nego apaixonado nesse lance "casual". Hahahaha! Estou amando os comentários. Beijos ou abraços ou aperto de mão ou qualquer cumprimento para quem acompanha, lendo ou comentando, o conto. Paz!

Obs.: Tentei aumentar o tamanho do conto, espero que tenham gostado

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Aylena a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Deixa a mona abortar. só falta os dois ficarem com o filho.

0 0
Foto de perfil genérica

Gente, e essa Monalisa, da onde ela saiu assim do nada?

0 0
Foto de perfil genérica

Que maravilhoso! Como eu amo esse conto, os personagens, e que susto, pensei que o Ashley era realmente pai! Parabéns, já estou muito ansioso pro próximo! 💗

0 0
Foto de perfil genérica

Delicia demais esse seu conto, sô! Muito bom! O uso da linguagem é perfeito, o tamanho do capítulo é perfeito, tudo se encaixa. Estou extasiado com a perfeita formação dos personagens. Só acho que o Ash, não precisa ser tão plana, você pode melhorar a personagem, tá bem? Uma crítica construtiva, tipo: dá pra extrair mais, aprimore mais, até mesmo a partir do dialogo que ele teve com o Flavinho, ao explicar que é gay, tira mais coisas dali. Quem sabe... Você tem potencial para ser um best seller, seu conto é original, bem escrito, e acima de tudo envolvente. 😘

0 0
Foto de perfil genérica

me acabo com as expressões do ashley "pai" "maridão" kkkkkkkk muito legal

0 0
Foto de perfil genérica

MANIA QUE OS PARCEIROS TÊM DE DESCONFIAR UM DO OUTRO NÉ? NEM ESPEROU AS EXPLICAÇÕES DE ASH E JÁ IMAGINOU QUE O FILHO ERA DELE. RSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS. ISSO PODE SER UM COMPLICADOR NA RELAÇÃO. TEM QUE HAVER MUITO AMOR, MUITA CONFIANÇA UM NO OUTRO A FIM DE QUE A RELAÇÃO SIGA EM FRENTE. DO CONTRÁRIO ESTÁ FADADA AO FRACASSO.

0 0
Foto de perfil genérica

Obrigado boy haha. Já te falei que tó adorando ver o lado do passivo por outros olhos ? Não me lembro de ter tido uma sensacão parecida, é inédito, sobre o conto: Tenho certeza que esse primo vai ser um peso pro Flavio e essa menina não tá me parecendo boa coisa, enfim, só espero que a Lei do Retorne não demore igual nos dramalhões mexicanos haha. Abracos man...

0 0
Foto de perfil genérica

Obrigado pelo elogio, minha mente pra comentários é muito furtiva kkk Pela sua resposta, posso teorizar que vou me decepcionar e o Ash não irá ter nada com o primo. Mas prevejo o passado de Flávio dando as caras e cartas.... Isso To certo.

0 0
Foto de perfil genérica

Acho q a parte da atração já foi, ele ta é caidinho e já apaixonado por ele...

Mas que planeta é esse que só tem gente linda? Quero dar uma voltinha lá, rsrs.

Esse personagem Flávio parece ser bem narcisista,ou pelo menos vc o descreve assim, quase um Deus de tao perfeito.

Como não conheço ninguém tao perfeito assim, ai fica difícil idealizar a imagem dele na minha cabeça rsrs.

No mais ta bem legal.

0 0
Foto de perfil genérica

Bom se tem ciúmes tem sentimento! Não sei não hein essa garota para mim não tá me cheirando bem, e acho que o primo dele e o outro amigo só podem voltar dá problema se ele não abrir o jogo porque se ele já tivesse falado, não teria nenhum motivo para amanhã ou depois eles poderem causar algum problema na vida deles. beijos querido!!! eu sou carioca então gosta de beijo abraço babado e confusão 😘

0 0