O filho do meu professor de luta #1

Um conto erótico de Caio (Patrick)
Categoria: Homossexual
Contém 4519 palavras
Data: 27/01/2017 00:44:01

Sabem quando tudo parece estar dando certo na sua vida? Você consegue realizar todos os seus sonhos, e parece que finalmente depois de tanta luta você conseguiu encontrar seu caminho, e do nada alguém aparece, um olhar penetrante, um sorriso lindo, lábios tão macios que pareciam feitos de seda, um cheiro que te faz perder o juízo e esse alguém do nada faz sua vida mudar e coloca tudo de cabeça pra baixo, te deixa confuso e te faz perder o controle? Bem, isso está acontecendo comigo. Prazer, me chamo Caio, tenho 22 anos, sou branco, cabelos pretos cortados dos lados e um pouco maiores em cima. Tenho 1.81 de altura, tenho deixado minha barba por fazer, mas é porque eu sou preguiçoso mesmo, e quando eu me barbeio minha pele fica irritada. Eu luto profissionalmente, sou faixa roxa em Jiu-Jitsu e por isso eu preciso manter a forma.

Eu sou gay e sempre soube disso, sou assumido 100% e não tenho problema em falar sobre isso com as pessoas, por ser gay, militante LGBT e lutador de artes marciais eu tive que enfrentar muito preconceito, mas fiz o meu melhor e mostrei que sou um dos melhores no que faço e meu trabalho calou as bocas de todos.

Estava tendo uma festa na casa do meu professor de Jiu-Jitsu e dono da academia de lutas aonde eu treino e sou instrutor, e amigo o prof. Clayton, era mais uma resenha do que uma festa de verdade, eu tinha bebido um pouco demais e não tinha condições de voltar pra casa.

-Você pode dormir aqui. - Disse a Elaine, esposa do meu professor. - Pode dormir no quarto do meu filho.

-Ahh não precisa, não quero incomodar e além do mais seu filho não vai gostar de um estranho no quarto dele. - Disse eu sorrindo, mesmo sendo amigo do Clayton e frequentando a casa dele, eu nunca tinha visto o filho dele, pelo o que o professor fala dele, é um garoto de gênio forte que sempre está em algum evento, mas mesmo vivendo mais fora do que dentro de casa, os pais falam com carinho dele.

-Ahh não se preocupe, o Ricardo parece que não vai dormir em casa hoje.

-Vamos logo garoto, é só subir as escadas. - Disse Prof. Clayton me puxando e me fazendo subir as escadas. - Eu não vou deixar você ir embora assim e além do mais, temos uma cama vazia nessa casa essa noite.

Paramos em frente a uma porta branca que tinha um apanhador de sonhos preso á porta.

-Legal. - Disse eu passando a mão no apanhador de sonhos.

-É do meu garoto. - Disse o professor sorrindo. Ele abriu a porta e eu fiquei surpreso com aquele quarto de revista, sério, quarto de príncipe mesmo.

-Porra, quarto top! - Disse eu, pois é. Eu falei “top”, desculpem, não me queimem na fogueira, prometo não falar de novo.

-Meu filho gosta dessas coisas de decoração, moda… - Disse meu professor. - Você pode tomar banho no banheiro dele, eu já volto com umas roupas pra você dormir. - Disse ele saindo e fechando a porta, eu liguei a luz do quarto e ele é mais lindo ainda, tinha uma TV na parede e uma prateleira em cima dela cheia de CD’s e DVD’s da Beyoncé, na penteadeira tinham vários perfumes, cremes, hidratantes e várias coisas que eu não sabia do que se tratava e aquele quarto tinha um cheiro tão bom.

-Pronto. - Disse meu professor entrando no quarto, colocou algumas roupas em cima da cama e uma toalha. - Eu trouxe uma toalha porque a dele deve estar molhada.

-Muito obrigada, não quero incomodar. - Disse eu.

-Para de palhaçada garoto, você é meu aluno e meu funcionário a tantos anos que é quase um filho pra mim. - Disse ele me dando um soquinho no braço. - Além do mais você e meu filho tem quase a mesma idade, outra coisa que eu tenho que perguntar, você tem alergia a cachorros?

-Eu? Não. Porquê? - Disse eu franzindo o cenho.

-Por causa do Martini. - Disse Clayton apontando pra um filhotinho de Pug branco que dormia sobre a cama, eu nem tinha notado ele, achei que fosse outra pelucia, como muitas que tinham naquela cama. - O cachorrinho do meu filho, ele mesmo resgatou da rua.

Depois de ele sair do quarto, eu fui tomar meu banho, aproveitei pra usar aqueles sabonetes líquidos tão cheirosos e fui dormir naquela cama tão macia.

O cachorrinho veio e se deitou perto de mim, fiz uns carinhos nele e já estava quase pegando no sono, quando uns barulhos me fizeram despertar. Era alguém andando no corredor e parecia que estava cantando. O cachorrinho pulou da cama e ficou em frente a porta abanando o rabo e latindo.

-Garçom troca o DVD, que essa moda me faz sofrer e o coração não guenta. Desse jeito você me desmonta, cada dose cai na conta e os 10% aumenta. Aí cê me arrebenta! E o coração não guenta… E os 10% aumenta ♪♫♩ - Era ele o filho do meu professor, era o Ricardo. Ele abriu a porta e pegou o cachorrinho no colo. - Oi meu bebê, como ficou o meu pequeno Martini?

Ele nem acendeu as luzes, parecia bêbado, veio tropeçando até a cama, parou em frente a cama e começou a tirar a roupa, eu não podia ver seu rosto, só sua silhueta iluminada pela luz leve que entrava pela janela. Ele tirou a camisa, a calça e depois os sapatos, eu não queria olhar, mas não conseguia desviar o olhar daquela silhueta, daquele corpo cheio de curvas, aquela cintura fina que parecia perfeita pra ser segurada e apertada, aquela bunda farta que parecia ótima de levar uns tapas e umas mordidas e aquelas coxas grossas que eu adoraria passar as mãos. E aquele cabelo cheio de cachinhos.

Quando ele subiu na cama, acidentalmente passou a mão em meu peito, passou novamente e deu um pulo da cama.

-Quem esta aí? - Disse ele encostado na parede. A sua voz parecia nervosa, ele procurava o disjuntor na parede pra acender a luz, mas estava tão bêbado que não conseguia encontrar.

-Oi Ricardo, desculpa estar no seu quarto. - Disse eu quase gaguejando. - Eu sou um funcionário e aluno do seu pai, e não pude ir embora depois da festa e ele me pediu pra ficar, e sua mãe me disse pra dormir aqui, eles não acharam que você fosse dormir em casa. - Disse eu já me levantando.

-Ei, não precisa se levantar. Calma… - Disse ele, eu me deitei novamente. - Só chega pra lá, eu não me importo em dividir a cama. - Disse ele, eu cheguei mais pro lado e ele se deitou.

-Obrigado. - Disse eu.

-Não precisa agradecer. - Disse ele com voz de sono, até que esse garoto é legal, e o cheiro dele… Cara… Ele cheirava á… Eu não sei dizer! Era um cheiro tão bom que não podia ser descrevido. Eu demorei a conseguir dormir estando do lado dele, mas consegui depois de muito tempo pegar no sono.

Meus olhos se abriram, mas logo se fecharam novamente, a luz que entrava pela janela irritou um pouco minhas retinas, aos poucos eu os abri e estranhei o lugar aonde estava, mas me lembrei da noite passada. Olhei pro lado e o Ricardo ainda dormia ali, mas estava com um travesseiro cobrindo sua cabeça; Ele estava coberto por um fino lençol que ia até metade das suas coxas, cara… Que corpo gostoso, ele é moreno, com uma pele brilhante cor de canela, e parece tão macia. Coxas grossas, naturalmente, não parecia nada construído em academia, uma cintura fina e uma bunda, que bunda! Empinada, carnuda, tive vontade de morder, tive que me controlar pra não ficar de pau duro ali.

Me levantei, coloquei minhas roupas e desci as escadas.

-Bom dia Caio. - Disse meu professor saindo da cozinha com uma caneca de café na mão.

-Bom dia professor. - Disse eu coçando os olhos.

-Aceita um café?

-Na verdade eu preciso ir, meus pais devem estar preocupados e eu nem liguei pra eles kk’s - Disse eu.

-Eu odeio quando o Ricardo dorme fora e não liga avisando, falando nisso, eu ouvi ele chegando ontem, na verdade eu acho que todos da rua ouviram ele chegando kk’s Fui até o quarto dele com medo dele ter te jogado no chão, mas ele dividiu a cama contigo. Fiquei até surpreso. - Disse ele.

-Pois é, ele só se assustou quando viu um estranho na cama dele, mas depois me mandou chegar pro lado e deitou comigo na cama, com todo o respeito é claro. - Disse eu com medo do que meu professor pudesse pensar, mesmo que eu quisesse dar uns amassos no filho dele, eu não queria que ele pensasse isso.

Fui pra casa e por todo o caminho eu só pensava naquele garoto, que idiota que eu sou. Eu nem conheço ele, mas o cheiro dele, o corpo dele a voz dele ficaram na minha cabeça e eu gostaria de vê-lo novamente. Acho que tô sendo trouxa…

.

.

.

Alguns dias depois eu estava treinando na academia, distraído. Quando vejo um garoto entrando na academia, ele não parecia um aluno ou o tipo de garoto que frequenta academias de luta. Ele usava uma calça jeans bem justa, rasgada nos joelhos, sapatos “vans” pretos, uma regata preta, óculos escuros e um boné preto virado pra trás. Usava uma mochila pequena e brilhante em um dos ombros. Ele passou direto pela recepção e já ia subindo pra área restrita, ou seja, a área administrativa só permitida para funcionários. E eu não lembro de termos nenhum funcionário novo nos últimos dias.

-Eii, garoto! - Disse eu gritando e indo em sua direção em passos rápidos, ele nem me deu muita atenção, mas eu consegui alcançá-lo. - Eii, garoto. Estou falando com você!

Ele se virou pra mim e me olhou de cima á baixo.

-Perdão? - Disse ele tirando os óculos escuros e me encarando com uma sobrancelha arqueada, aquele olhar era tão penetrante que eu sentia que podia enxergar minha alma e ler minha mente.

Que garoto gato cara, ele tinha uma boca carnuda, vermelhinha. Sobrancelhas bem desenhadas, olhos castanhos lindos e rodeados por cílios longos. - Nos conhecemos?

-Você não pode subir, é uma área restrita. - Disse eu tentando não olhá-lo nos olhos, aquele olhar dele estava me deixando nervoso, sei lá, sentia um frio na barriga. Mesmo eu sendo mais alto que ele, me senti intimidado.

-Ahh não posso? Tem certeza? - Disse ele com um sorriso de lado, debochado, me encarando com um olhar de desafio.

-Tenho! É uma área só pra funcionários, você é funcionário? - Perguntei eu, ainda evitando olhá-lo nos olhos.

-De forma alguma. - Disse ele franzindo o cenho, mas mantendo aquele sorriso debochado nos lábios. O cheiro dele era tão bom, sério. Não dava pra descrever, eu acho que já senti aquele cheiro antes. E ele era tão estiloso, usando vários anéis brilhantes, pulseiras douradas e uma corrente pequena e grossa. - Mas posso fazer uma pergunta?

-Claro. - Disse eu, seus olhos continuavam grudados aos meus. Me senti desconfortável com aquele olhar, e por estar tão próximo de um garoto como ele, eu tinha acabado de sair de um treino, estava todo suado e usando só meu kimono que estava aberto, deixando meu peitoral e barriga à mostra. E ele todo arrumado e cheiroso.

-Essa aqui ainda é academia do Professor Clayton? - Perguntou ele.

-Sim, você o conhece? - Perguntei eu cruzando os braços.

-Sim, ele é meu pai. Acho que tenho total liberdade pra andar pela academia da minha família não? Agora, com licença. - Disse ele me dando as costas e subindo as escadas, eu fiquei tão chocado, meu coração parou por alguns segundos. Tinha acabado de rever ele, ele é tão lindo quanto eu imaginei. Não pude evitar de olhar pra aquela bunda perfeitamente desenhada naqueles jeans. Acho que estraguei tudo com ele, como faço com tudo na minha vida.

-Você enlouqueceu? - Disse Kendra, recepcionista da academia e minha amiga.

Ela gritou lá da recepção e veio andando em passos apressados em minha direção, acho que ela viu a cena. - Aquele garoto é o futuro dono desse lugar, ou seja, nosso chefe! E você acabou de afrontar e filho do seu chefe!

-Mas você viu como ele é marrento? Andando como se fosse o dono do mundo, e pra piorar, subiu sem avisar e nem te avisou que estava subindo, muito marrento! Viu como ele falou comigo? - Disse eu. - Se ele não fosse tão gato...

-Ele passou pela recepção, me deu “Bom dia Kendra, vou lá falar com meu pai, linda.”, sorriu e subiu, o garoto é um doce, você que veio cheio de atitude pra cima dele. Tem noção que pode ter acabado de estragar suas chances de deixar de ser instrutor e virar professor? - Disse ela apertando meu braço.

-Eii, deixa isso pra lá. Nem foi pra tanto! - Disse eu.

-Na minha xereca que não foi! - Disse ela. - Você nunca viu o Clayton e o filho dele juntos? Clayton ama demais aquele garoto, e se ele contar que você falou com ele cheio de atitude daquela forma, pelo menos uma bronquinha você leva. - Mal ela terminou de falar isso o telefone da recepção começou a tocar.

Ela correu e foi atender.

-Alô? Olá “Seu” Clayton... Ahh sim, agora? Ok! Mando agora... de nada. Mais alguma coisa? Ok, de nada. - Disse ela me encarando lá da recepção, veio correndo com cara de preocupação.

-Que cara é essa? Chega até me arrepiei. - Disse eu.

- “Seu” Clayton acabou de ligar, pediu pra você ir na sala dele. - Disse ela, senti minha alma sair do meu corpo, e eu já estava pensando onde eu ia colocar meus currículos, porque eu ia levar um lindo chute do emprego.

Eu já estava subindo as escadas.

-Ei, antes passe na “copa” e leve uma xícara de café pro filho dele, com adoçante. E nada de cuspir no café viu? - Disse ela rindo, passei na copa, peguei nossa melhor xícara e pires, coloquei o café com todo o capricho e coloquei adoçante, cara, eu detesto adoçante! Como esse garoto consegue beber café com isso?

Subi as escadas orando pra todos os santos possíveis, parei em frente a porta e podia ouvir as risadas deles. Vi que meu chefe estava de bom humor.

Eu abri a porta e lá estava Clayton na sua mesa, e seu filho sentado na cadeira á sua frente.

-Então eu disse pra ela: “Vadia, não tente me enganar dizendo que essa jaqueta é “BALMAIN” original, dá pra ver que é uma réplica!” Kkk’s - Disse o filho do meu chefe, para seu pai que ria.

-Meu Deus Ricardo, você parece a sua mãe falando! - Disse meu chefe, ele virou sua atenção pra mim que estava na porta. - Caio, chegue aqui rapaz. - Disse ele, seu filho girou a cadeira ficando de frente pra mim me encarando. Ele me olhava tão fundo nos olhos que eu quase podia sentir minhas pernas congelando, eu tive que desviar meu olhar do dele pra poder andar novamente.

-Oi, desculpa incomodar. O senhor me chamou? - Disse eu me aproximando da mesa.

-Sim, esse é meu filho, o Ricardo. Vocês se conhecem, mas não foram apresentados formalmente kk’s - Disse ele sorrindo. - Ricardo, filho, esse foi o rapaz que você dividiu a cama, mas estava bêbado demais pra lembrar. Kk’s

-Hmm, que mundo pequeno não? Eu já o conheço, acabamos de ter uma “conversa” muito interessante alguns minutos atrás lá embaixo. - Disse ele me encarando e eu evitando olhar aqueles olhos. - Mas enfim, prazer, Ricardo! - Disse ele me estendendo a mão.

-Caio. O prazer é meu. - Disse eu apertando sua mão, cara, que mão macia. - Desculpe pelo o jeito que falei contigo, eu só estava tentando… - Ele não me deixou terminar e me interrompeu.

-Não precisa se desculpar, Caio. Você só estava fazendo o seu trabalho. - Disse ele sorrindo, era a primeira vez que via o seu sorriso, e só consigo descrever de uma forma: ALÔ, POLÍCIA? LEVEI UM TIRO. ♥

-Como assim? O que houve? - Perguntou Clayton.

-Nada pai, só um mal entendido. - Disse ele sorrindo pro pai que se acalmou e se recostou na cadeira. - Isso é pra mim? - Disse ele olhando pra xícara de café que eu ainda segurava.

-Ahh sim, desculpa. - Disse eu entregando á ele. - Com adoçante como pediu.

-Muito obrigado. - Disse ele bebendo da sua xícara. - Está ótimo, não é engraçado? Você sempre frequenta minha casa e nós nunca tínhamos nos visto. E eu também sempre venho aqui perturbar meu pai kk’s E nunca tínhamos nos visto. - Disse ele me encarando.

-Pois é… - Disse eu coçando a cabeça e sorrindo, um pouco sem graça.

-Acho que o Caio tem muito trabalho pra fazer né? Pode ir Caio, obrigado pelo café. - Disse ele piscando um olho pra mim, quase desmaiei.

-De nada. - Eu saí da sala tão rápido quanto um raio, e quando estava do lado de fora, um sorriso se abriu em meus lábios, pronto, a merda tá feita.

“Dono da minha cabeça ele vem como um carnaval

E toda paixão recomeça, ele é bonito, é demais

Eu digo e ele não acredita, ele é bonito demais

Eu digo e ele não acredita, ele é bonito, bonito ♪♫♩ ”

Era sábado á noite e eu estava curtindo com meus amigos em um evento muito famoso aqui no Rio do Janeiro, eu nunca tinha ido, mas todo mundo falava tão bem do evento e ele já estava em sua décima edição ou quase isso. E realmente valeu a pena ir, música boa, casa cheia e bebida barata. Meus amigos estavam dançando e eu encostado na parede só curtindo minha música preferida que estava tocando.

“You're gone and I got to stay high

All the time to keep you off my mind, ooh ooh

High all the time to keep you off my mind, ooh ooh ♪♫♩”.

Eu estava curtindo aquela noite, eu estava vendo meus amigos dançarem e acidentalmente olhei pra entrada da boate, e cara… Eu juro que senti o tempo parar, era ele, a gente nunca tinha se visto, mas agora parece que a gente se vê a cada maldita esquina. Era Ricardo, ele estava tão lindo, usava uma jaqueta bege brilhante, com as mangas de pelúcia, uma calça justa no mesmo tom da jaqueta e uma regata branca por dentro da jaqueta, seus cachinhos estavam soltos e ele sorria, eu podia ficar horas olhando aquele sorriso, ele entrou acompanhado de um monte de pessoas. Ele andava por aquela boate e parecia tão popular, todos falavam com ele intimamente e ele falava com todos, rindo, brincando. Ele passou perto de mim, mas não me notou, eu não esperava mesmo que notasse.

Seus amigos todos com roupas descoladas e diferentes, e eu só um cara comum, vestido blusa branca, jaqueta de couro e calças jeans. Ele e seus amigos foram direto pro camarote, que estava vazio só pra eles.

Eu fiquei tanto tempo olhando pra ele se divertindo com seus amigos no camarote, acho que perdi a noção de tempo.

-Gostou de alguém do camarote? - Perguntou um amigo meu, vendo o quão distraído eu estava olhando pra lá.

-Aquele ali, o de cabelo cacheado… - Disse eu apontando, sei que é feio apontar.

-Sai fora, ele é um dos organizadores do evento. - Disse meu amigo dando os ombros. - É um garoto legal, popular, mas nunca fica com ninguém, e olha que não falta gente querendo.

-Sério? Hmm.. - Disse eu sorrindo e mordendo os lábios, sem tirar meus olhos do camarote.

-É! Parece você, nunca fica com ninguém… - Disse meu amigo rindo, e indo dançar sua música.

Começou um funk, e a boate inteira gritou, ele desceu do camarote com toda a sua turma, com uma garrafa de “Catuaba selvagem” na mão e foi pro meio da pista, começou a dançar, eu ficava hipnotizado o vendo dançar, fiquei olhando ele jogando aquela bunda no ar, era tão lindo ver ele sorrindo e rebolando aquela bunda gostosa, de um lado pro lado, cara, eu fico louco só de olhar. Fazendo quadradinho, tirou sua jaqueta e amarrou na cintura. Ele sabia rebolar aquela bunda, tinha uma cintura solta da porra, dançava melhor que todos ali e os outros o olhavam impressionados! Imagina ele rebolando só pra mim, no meu pau...

Eu só fiquei olhando, até que do nada um folgado foi pra trás dele e começou a se esfregar no Ricardo, eu juro que tentei não sentir ciúmes, não ficar com raiva, mas o cara passava a mão na cintura dele, enquanto o Ricardo sorria e continuava a dançar com o corpo daquele folgado encostado no dele. Ricardo tomou um gole da sua garrafa de Catuaba e ofereceu pro cara, que bebeu e depois começou a beijar o pescoço do MEU Ricardo, meu? O que? Não! Foi modo de dizer.

Eu já estava meio bêbado por causa da CaipiVodka que eu estava tomando. Continuei olhando, até que não aguentei mais. E a música tocava...

“DJ, toca o som

Não quero saber mais de ninguém

DJ, toca o som

Tô ficando louca e cê também… ♪♫♩”

Eu só lembro de sair empurrando todo mundo, pegar ele pelo braço e o levar pro canto da boate, perto dos banheiros aonde é mais calmo.

-VOCÊ ESTÁ MALUCO? - Gritou ele socando meu peito, eu nem me mexia. -QUEM VOCÊ PENSA QUE É?

-Você é que deve estar maluco! Se esfregando naquele cara como uma… uma… PUTA! - Gritei eu, ele arregalou os olhos e me deu um tapa estalado no rosto.

-Como ousa? - Disse ele com os olhos brilhando de raiva. - Você não é nada meu pra fazer aquilo! Essa ceninha ridícula.

-Eu sou amigo do seu pai, amigo próximo! Ele não ia querer o filho dele bêbado, esfregando a bunda em um cara na frente de todo mundo. Ou você acha que ele ia gostar de saber disso?

-Ahh e você se acha no direito de fazer o papel de meu pai? Só porque é amigo dele? Se poupe, me poupe e nos poupe. - Disse ele me dando as costas. Mas eu o puxei novamente, com um pouco de força admito. Ele por estar meio mole de bêbado, praticamente caiu nos meus braços, eu segurei firme em sua cintura pra ele não cair, ele apoiou as mãos em meu peito. E encarou meus olhos. - ME SOLTA! - Gritou ele.

-Eu não estou te prendendo, só estou te segurando. Você está bêbado, tropeçando nos próprios pés. Pode sair dos meus braços se quiser! - Disse eu olhando em seus olhos, tirei uma mecha cacheada do seu cabelo que estava caindo sobre um dos seus olhos.

-Eu não preciso que você me segure, eu posso me cuidar sozinho. - Disse ele ainda me encarando e ainda com as mãos apoiadas em meu peito.

-Tô vendo! Kk’s - Disse eu rindo.

-Você está debochando de mim seu merda? - Perguntou ele.

-De forma alguma, só que você não esta em condições de se cuidar. Você esta bê-ba-do. Será que não consegue enxergar isso? - Disse eu.

-Tô nada.

-Tá sim, deixa eu te comprar uma água! - Disse eu.

-Só se for água que arde, com energético de preferência kk’s - Disse ele rindo, até eu tive que rir desse comentário.

-Para de gracinha, eu vou comprar uma água com gás. Você vai beber! E depois eu te levo pra casa.

-E desde quando eu vou deixar você me levar pra casa? Eu não entro no carro de estranhos, desde quando você é meu pai? Mesmo agindo como se fosse! - Disse ele, ainda estávamos na mesma posição.

-Eu não sou seu pai, e nem quero. Você é um garoto problemático demais, que não sabe beber e nem se comportar em público! - Disse eu.

-Ahh é? - Disse ele arqueando uma sobrancelha, parecia não acreditar no que acabou de ouvir, eu podia ver a raiva em seus olhos.

-Seu pai não ia gostar de saber que o único filho dele está fazendo isso. Você está bêbado, deixa eu te comprar uma água com gás, arrumar um lugar pra sentar.

-E se eu não quiser? Eu curo a bebedeira é com um shot de tequila! Arriba muchacho!

-Se você não quiser eu ligo pro seu pai e mando ele vim te buscar, é perigoso alguém no seu estado sozinho na noite do Rio, seus amigos não tem condição nem de cuidar deles mesmos, estão piores que você! - Disse eu com firmeza.

-Ahh, então você vai contar pro meu pai? - Disse ele dando um sorriso de lado, bem debochado.

-Se for preciso… - Disse eu.

-Então não esquece de falar disso! - Disse ele colocando a mão em minha nuca e me puxando pra um beijo, quando seus lábios tocaram os meus um arrepio correu por todo o meu corpo, seus lábios são tão macios, quentes e doces. Eu mantive uma mão em sua cintura e a apertava com mais firmeza, a outra mão eu emaranhei naqueles caracóis dos cabelos dele, seus cachos são tão macios. Nossa bocas se encaixam perfeitamente, parecem feitas uma pra outra. Quando sua língua tocou a minha, eu senti um calor percorrer meu corpo e eu só queria devorar aquele garoto, parece que tudo ao nosso redor havia sumido e só existia nós dois e aquele beijo. Eu o pressionava contra a parede e a mão que estava em sua cintura desceu e agora apertava aquela bunda firme, ele mordia meus lábios e gemia quando eu puxava seus cabelos, desci meus lábios pro seu pescoço e pude apreciar seu perfume que me enlouquecia, eu beijava seu pescoço e sentia seu sabor, subi e mordi aquela orelhinha, chupei ela o fazendo arrepiar. Voltei pros seus lábios que eu queria devorar, meu Deus, eu estou me viciando nesse veneno que é o sabor daqueles lábios. Eu estava fora de mim, não costumo fazer isso, estava enlouquecido com aquele garoto. Seus lábios devoravam os meus e meu pau duro estava apertado contra sua barriga. Eu podia ficar beijando ele pra sempre, não sei nem quanto tempo ficamos nos beijando.

-Fala pra ele sobre isso agora, se você não contar nada eu também não conto que você me beijou - Disse ele saindo dos meus lábios e dos meus braços.

-VOCÊ que me beijou! - Disse eu mordendo os lábios, ainda meio chapado por conta do beijo, cara… O que foi isso?

-Beijei mesmo, e foi bem gostoso viu? Quem sabe a gente repita a dose. - Disse ele segurando meu queixo, me dando um selinho e voltou a dançar com seus amigos.

-Caralho. - Disse eu suspirando, fui nocauteado e acho que meu coração está perdendo a luta. Logo eu, que sempre fui tão racional, nunca me deixei levar pelo coração ou por sentimentos, estava ali sorrindo de orelha a orelha depois daquele beijo. E querendo outro.

Continua…

Olá meus amôores da minha vida. Pois é, depois de meses eu voltei. Trouxe essa nova série e bem, dessa vez eu prometo que não sumo kk’s Ok? Se gostaram comentem o que gostaram, se não gostaram comentem também o que não gostaram que eu vou procurar melhorar, ok bebês? 💜

Deixe sua nota, um comentário e muito obrigado por terem lido o meu conto! XOXO ♥

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Comentários

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Que conto é esee ? AMEIII , como sempre vc arrasando nos contos . Mas o pai do Ricardo sabe que ele é gay ? ...bjss continuaaa logoo

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Como sempre vc se superou. Conto fantastico! Ansiosa pela continuação!

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O pai deve ser cego pra não ver a borboleta porpurinada que tem em casa

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OPA. RICARDO TIRAR A CALÇA ANTES DO SAPATO FOI ESTRANHO. MUITA AÇÃO. TODOS PARECEM BEM DESPOJADOS, ATREVIDOS. O MAIS SANTINHO DEVE SER O MARTIM. ESSES PAIS SABEM DESSA VIDA MUNDANA DESSE FILHO? RSSSSSSSSSSSSSS UM BOM INÍCIO. REALMENTE BEM ESCRITO. BEM NARRADO. ANSIOSO PELO PRÓXIMO CAPÍTULO.

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Eu li 2 vezes e estou besta o seu conto é ótimo. Continua logo.

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Excelente narrativa! Prende a gente. Estou doido para ler os desdobramentos dessa noite! Continua logo!

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Muito bom como tudo q vc escreve, continua e logo nota 1000.

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