O Reencontro de uma amizade - Capítulo um

Um conto erótico de leandro21
Categoria: Homossexual
Contém 1799 palavras
Data: 08/01/2017 01:39:10
Assuntos: Gay, Homossexual

Boa noite, meu nome é Leandro, tenho 23 anos de idade. Sou de Manaus, moro com as minha irmãs Vick e Sofia, na qual somos trigêmeos. Estudo Direito junto com a Sofia, já sou formado em Gestão da Qualidade. Sou homossexual assumido. Foi difícil pro meus pais aceitarem, mas hoje vivemos felizes. Essa história que vou contar é verídica. Isso se passa no ano de 2014, quando reencontrei um amigo, na qual estudamos juntos na mesma universidade, mas de cursos diferente (Eu estudava Qualidade e ele estudava Logística), eu era apaixonado por ele, mas no final eu achava que tinha estragado a nossa amizade (mas ao decorrer do conto, vocês vão descobrir que as coisas não foram bem assim). Mas vamos deixar de papo, já antecipei demais. Vamos ao conto. Espero que gostem.

Capítulo um

Olho ao redor do meu quarto, o lugar onde eu sempre me isolava das desavenças de família quando eu era adolescente, era o local onde eu chorava e refletia sobre tudo. Mas agora era diferente, vou pra um lugar novo, novos ares e novas conquistas.

Acabo de empacotar a última caixa para levar ao meu carro. Fico perdido em meus pensamentos, finalmente consegui entrar para a UFAM, uma universidade federal aqui no Amazonas. Eu vou fazer a minha segunda faculdade. Eu nem acredito. Eu já sou formado em Gestão da Qualidade na Unip, uma universidade particular. Foi até legal a minha estadia na Unip, mas sinceramente falando eu nunca quis fazer qualidade. No início, eu até que gostava, mas depois acabei desanimando. Eu queria desistir, mas eu já estava quase terminando os estudos. Depois que eu terminei a faculdade, senti que podia estudar algo que eu mais quero: Direito. Mas hoje o dia está prestes a mudar, eu vou estudar Direito numa universidade federa. É o primeiro de muitos sonhos que irei realizar.

Ouço alguém batendo na porta do meu quarto. Era a minha irmã Sofia.

– Leandro, está na hora de irmos pro nosso novo apartamento – diz ela toda empolgada com o novo apartamento. A Sofia tem a mesma que eu. Temos vinte e um anos de idade. Sou trigêmeo de duas meninas, a Sofia e a Victoria, mas nós a chamamos de Vick. Eu fui o primeiro a nascer, em seguida nasceu a Vick e por último nasceu a Sofia. Nós três sempre fomos unidos, até hoje. Eu sou um cara alto, tenho mais ou menos 1,76 de altura, eu era gordinho antigamente, ou melhor, obeso. Mas emagreci durante um ano depois que eu me formei em qualidade. E a partir daí, passei a cuidar da minha aparência. Sou branco e pardo ao mesmo tempo, cabelos morenos e uso óculos. Sou homossexual assumido. Antes, os meus pais não me aceitaram bem a minha escolha, mas hoje todos da minha família sabem de minha sexualidade e todos nós vivemos em perfeita harmonia. Já a Sofia é um pouco mais baixa do que eu, tem cabelos loiros e com mesmo tom de pele que o meu. E a Vick é um pouco mais alta do que a Sofia, tem cabelos morenos e com mesmo tom de pele que nós dois.

– Então vamos – digo – Eu só estou me despedindo do nosso quarto.

– Eu sei que você vai sentir saudades do nosso quarto, mas vamos ser bem felizes no nosso novo lar. Mas quem não engole essa história de morarmos sozinhos é a mamãe – diz ela rindo.

– Pare mana, a mamãe só ta preocupada com a gente. Mas ela sabe que vamos visitar ela.

– Verdade mano. E, aliás, a idéia foi do tio Tomas. Ele resolveu comprar um apartamento pra gente e garantiu que qualquer ajuda, podemos contar com ele.

Em janeiro de 2014, saiu o resultado do Enem e as nossas médias foram bastante satisfatórias. Inscrevemo-nos no Sisu, um programa para ingressar numa faculdade pública. Assim que saiu o resultado, percebemos que passamos para nossas áreas. Eu e a Sofia passamos em Direito e a Vick passou em Medicina. Meus pais comemoraram a nossa vitória e sabendo da notícia, o nosso tio, Tomas, ficou muito feliz, porque além dos meus pais, o meu tio contribuiu no incentivo aos estudos e resolveu nos presentear com um apartamento apenas pra nós três.

– Nossa segunda graduação meu irmãozinho – diz Sofia emocionada. Eu, Vick e a Sofia estudamos qualidade juntos. Então, as duas sempre fizeram parte da minha vida e sempre vão fazer.

– È, minha irmã. Estamos amadurecendo – digo.

– Vamos ser muito felizes e com certeza vamos nos aventurar muito.

– Verdade. É melhor irmos pra sala, antes que nos encham o saco – digo, levantando-me da cama e pegando as malas para ir embora.

*****

Enquanto a Vick colocava as nossas coisas no carro, eu e Sofia fomos nos despedir dos nossos pais e da nossa irmã mais velha, Tati.

– Tenham cuidado meus meninos. Juízo vocês três – diz a minha mãe já chorando. Eu acho exagero, pois parece que eu e as meninas vamos nos mudar pra outro país. Nós só vamos morar num condomínio. Mas entendo a preocupação dos meus pais – Vick vem aqui minha filha se despedir na sua velha mãe.

– Juízo vocês três, está bem? – pergunta meu pai.

– Sim papai – diz a Vick.

– Cuidem-se meus trigêmeos lindo – diz Tati. A Tati é a mais velha de nós três. Ela é mais baixa que nós três, ela é um pouco gordinha e tem cabelos morenos. É casada com o Bruno. Ela nos abraça.

– Ok mana, você pode nos visitar de vez em quando, não é? – pergunto.

– Claro eu vou sim – diz.

*****

Estaciono o meu carro no condomínio. Eu e as meninas fomos primeiro falar com o síndico para pedir as chaves do apartamento. Depois disso, fomos subir ao nosso andar. Moramos no décimo andar do condomínio. Ao entrar, percebo que os móveis estavam organizados. O nosso tio resolveu comprar as mobílias para o nosso apartamento, já que ele é bem de vida.

O apartamento é espaçoso, a sala é grande, as paredes estão pintadas de amarelo, tipo ouro, sofá grandes e confortáveis, televisão de 52 polegadas e uma linda varanda com a vista linda da cidade. O apartamento tem quatro quartos e todos vêm com suítes. Eu sei que somos três, mas queríamos com quatro quartos em caso de alguém querer passar uns tempos com a gente.

– Gente do céu... Estou sonhando... - diz Vick, maravilhada com o apartamento.

– Vida nova, apartamento novo, faculdade novas, pessoas novas, enfim... Tudo novo – diz Sofia comemorando.

– Com certeza meninas, isso é um início de uma nova era – digo.

– Vamos trazer muitos bofes aqui – diz Sofia.

Acabamos rindo disso.

– Sossega essa periquita garota – diz Vick rindo.

– Vamos parar de graça, temos muita coisa pra fazer – digo.

– Fala sério Leandro, deixa de ser chato. Vamos trazer muitos bofes sim – diz Sofia. A Sofia é doida, mas com um coração enorme. Mas se mexer com as pessoas com quem ela se importa, ela vira uma “onça”.

– Ta bom Sofia, agora vamos ajudar que amanhã temos que ir à empresa resolver as nossas coisas – digo.

Eu e as meninas trabalhávamos na mesma empresa. Era uma empresa de injeções plásticas. Éramos inspetores de qualidade. Mas depois que fomos aprovados na UFAM tivemos que pegar a conta pelo fato de nossos cursos serem de tempo integral.

– Verdade – diz Vick depois de por os retratos na mesinha perto do corredor do apartamento.

*****

Arrumamos tudo o que tinha pra arrumar. Fomos conhecer nossos quartos, cada um mais bonito que o outro. Depois de conhecer os quartos, vou para o meu quarto. Vou para o banheiro da suíte e tomo um banho demorado. O que esperar nessa nova fase da minha vida? Sinceramente, eu não sei. Termino de tomar banho e volto para o quarto. Coloco um short e uma blusa com mangas. Pego o meu celular e vejo que tem mensagens da minha melhor amiga da Unip, Alessandra.

Alessandra: Amigo você já está na casa nova?

Eu: Sim amiga, por quê?

Alessandra: Por curiosidade meu amigo. E como é? É bonito?

Eu: Muito lindo amiga. Você poderia até nos visitar, não é?

Alessandra: Sim amigo, eu vou visitar você e as meninas. Estou com saudades de vocês.

Eu: Nós também estamos com saudades.

Alessandra: Pena que não consegui entrar na faculdade de Medicina esse ano.

Eu: Não fique triste, oportunidades não vão faltar.

Alessandra: Verdade é melhor eu ir. Vou sair com o Ricardo. Beijos.

Eu: Ok. Beijos.

Eu e Alessandra nos conhecemos no primeiro período de faculdade, fomos virar amigos duas semanas depois que começamos a estudar, já que eu era muito tímido. Depois que começamos a amizade, ela conheceu as meninas e formamos um quarteto. Considero a Alessandra como a nossa quinta irmã pra nós. Durante o primeiro período conhecemos o Ricardo que se tornou nosso amigo e com isso se apaixonou pela Alessandra. Então, até hoje os dois namoram.

Vou para a cozinha e vejo que a janta está. Lasanha. Isso só pode ser obra da Vick, já que ela é a única que sabe fazer lasanha.

– Falei com a Alessandra agora – digo.

– Sério? Como ela está? Não falo com ela há séculos – diz Sofia.

– Ela disse que está bem. Ela disse que qualquer dia ela vem nos visitar – digo.

– Que bom, estou com saudades dela. Ela conseguiu entrar pra Medicina? – pergunta Vick.

– Não, ela não conseguiu – digo comendo a lasanha.

– Que pena – diz Vick decepcionada – Mas sei que ela vai conseguir.

– Bem, mudando de assunto, amanhã temos muita coisa pra fazer. Vamos para a empresa resolver as nossas contas e depois pro shopping comprar nossos materiais pra faculdade.

– Verdade. Mas eu ainda a faculdade é longe de onde moramos, não acha? – pergunta Vick.

– Por isso que temos carro, não é Vick – digo.

Vick apenas riu. O jantar foi maravilhoso e depois disso, fomos aos nossos quartos. Deito em minha cama, pego o meu celular e ligo pra mamãe. Minha mãe pergunta como é o apartamento, ela começa a contar às novidades que aconteceu enquanto eu estava arrumando minhas coisas na casa nova. Depois de falar com a mamãe, penso em tudo o que aconteceu na minha primeira faculdade. Os momentos. As amizades. Os desafios. E principalmente, a minha desilusão no amor.

Eu já me apaixonei muitas vezes, mas foi a partir do meu terceiro período que eu me apaixonei pra valer. Mas acabei me machucando. E a culpa foi toda minha. Por isso que eu tenho medo de me apaixonar de novo. Tenho medo de errar com a pessoa de novo assim como eu errei antes. Eu não deveria ter perguntado isso a ele. Eu deveria ter ficado na minha e deixar acontecer naturalmente. Mas por outro lado, eu precisava saber disso. Era melhor eu ter sofrido neste dia do que sofrer futuramente de uma forma ruim.

E com esses pensamentos que eu acabo apagando no sono.

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Comentários

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Eu já vi um capítulo muito parecido com esse, quase idêntico a esse...

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muito interessante. É veridico? suas irmas sabem que vc ta escrevendo esse conto? Continua viu.

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