[ GLUE ] 29 ' Final'

Um conto erótico de JR
Categoria:
Contém 1641 palavras
Data: 15/01/2017 21:35:31
Assuntos:

[GLUE] 29

Eu já estava ensopado pelo sangue minha boca estava amarga, agora o que restava era só meus pensamentos. – É aqui que eu vou morrer? Perguntei a mim mesmo; desse jeito sem ao menos me despedir da minha mãe. Não tinha forças nem para chorar. Ouvi alguém me chamando sua voz era conhecida atravessa meu pensamento, no meio daquele inferno todo que eu estava ali essa voz me acalmava. Quando abri os olhos estava em uma sala bem diferente da que eu estava, as paredes eram brancas como neve o lugar todo era iluminado por uma luz que eu não sabia de onde vinha, olhei em minhas mãos estavam limpas passei a mão sobre meu rosto o sangue e os cortes haviam sumido. – Se eu morri, com certeza não estou no inferno pensei comigo mesmo. – Sempre fazendo piadas não é Júlio, foi uma voz me dizendo. Eu conhecia aquela voz quando olhei para o lado lá estava ele meu pai. Continuei imóvel – Não vai me dizer nada meu garoto o disse. Dessa vez as lagrimas jorraram eu o abracei – Calma meu filho vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem. Fiquei ali por um momento enquanto sua mão passava por meu cabelo. – No que você foi se meter meu garoto, e agora o que vamos fazer? O disse. Eu olhei em seus olhos – Eu estou morto pai? Eu morri? Perguntei. Ele sorriu. – Ainda não, e nem deve é muito cedo para você ir, você tem tanto o que viver tanto o que aprender tantas pessoas para conhecer. – Mas esse é o fim pai respondi, estou sangrando muito com isso o sangue voltou a jorrar do meu rosto seguindo pelo meu peito e escorrendo por minhas mãos.

Ele passou a mão no meu rosto suas mão ficou vermelhas de sangue – Eu não tive mais escolha Júlio, não tive escolhe de viver, tentei ser forte mas acabei deixando me vencer, seja mais corajoso que eu lute mais um pouco só mais um pouco é só o que eu te peço, com isso ele colocou a outra mão sobre meu rosto olhos dentro dos meu olhos e disse – Lute. Com isso seus olhos começaram a ficar avermelhados suas mas foram mudando de coloração quando vi ele estava em chamas, me afastei dele enquanto o via queimar. – Pai? – Pai?!!! Oque está acontecendo? - Júlio lute o dizia, Lute!! Com isso abri os olhos estava de volta a sala com o Marcelo chamando meu nome. – Júlio Graças a Deus nos tem que sair daqui. Quando olhei em direção a porta vi o vermelho das chamas tomando conta de tudo, o como estava quase todo coberto pela fumaça. – Júlio temos que sair daqui se não vamos morrer, você me entende vamos morrer.

Ele começou a se debater até que caio do sofá atingindo o chão. Eu ficava olhando a cena toda e não sabia o que fazer, o cômodo já estava todo tomado de fumaça e sentia meus pulmões se fechando – Júlio! Me escuta foi dizendo Marcelo se balance da cadeira, vai Júlio faz o que estou te falando, eu só o encarava lutando para sobreviver. Com isso ele feio se arrastando e bate com os pés com força contra minha cadeira, o tombo foi inevitável atingi o chão com toda a força do meu peso. – Me desculpa Júlio mas eu vou te tira daqui o disse. Ele veio se arrastando em minha direção, as chamas já começavam a invadir a sala que estávamos, ele se pôs em minha frente de joelhos eu continuava imóvel –Me escuta por favor Júlio par nos sair daqui você vai ter que nos ajudar, por favor lute um pouco mais, lute. (Lutar) pensei comigo, ia ser tão mais fácil terminar aqui, deixar toda dor ir embora todo o sofrimento, é uma pena que ele tenha que ir junto, mas quem sabe se encontramos do outro lado. – Lute Júlio foi dizendo ele, eu olhava em seus olhos conseguia ver o tanto que ele queria viver -LUTE!!! Disse novamente com isso seu rosto se transformou no rosto do meu pai, seguido do rosto do Luan, no rosto da minha mãe, da Ana do Gabriel e de todos que eu conhecia.

Senti o ar voltando para dentro de mim. Parecia um choque que percorria todo meu corpo. – Júlio você está me escutando foi dizendo Marcelo, se sim balance pelo menos a cabeça. Balancei a cabeça em um sinal, - Então tente se sentar o disse, com muita força me levante e me sente no chão, com isso ele veio se apoiando em mim, e fez o mesmo só que estava por trás, senti seus dedos sobre a corda que estava em minha mãos – Vamos lá, vamos lá foi ele dizendo. A fumaça já nos cobria, a falta de ar já era quase eminente, senti as cordas da minhas mãos se afrouxarem, - Isso foi dizendo ele, vai Júlio me desamarra foi ele dizendo. Com isso ouvimos uma explosão e vimos o botijão de gás atravessando a porta em chamas. Agora o outro lado da sala estava em chamas – Vamos Júlio vamos. O desamarrei suas mãos, com isso ele desatou a corda que estava em seus pés, eu já estava zonzo no meio daqui tudo, ele terminou de me desamarrar jogou eu sobre seus ombro e foi caminhando em direção a porta. Com uma das mãos ele tentou abri a porta, mas para a nossa desgraça estava fechada, o calor da sala já estava nos afetando, eu o via ficando cada vez mais fraco. Ele olhou nos meus olhos e disse -Me desculpe. Pensei que ali seria o nosso fim até ver ele se afastando comigo em seus ombros, ele me colocou sobre suas costas na forma que eu fiquei em cima dela, ele foi até onde dava para se afastar o máximo da porta, senti o calor nas minhas costas, então ele foi correndo, o máximo que pode e nos jogou contra a porta que arrebentou jogando nos para fora. Eu cai de lado batendo minha cabeça contra o chão, ouvia ele tossir, via o vermelho da casa em chamas então apaguei.

Acordei novamente, me sentia descansado não havia dor, nem sangue abri meus olhos estava novamente no quarto branco mas senti a brisa me atingido no rosto, olhei para o lado vi as cortinas dançando sobre a janela olhei para os lados haviam vários maquinários médicos e o famoso bip. Passei a mão sobre meu rosto e senti as ataduras sobre minhas bochechas, me afastei um pouco na came coloquei meus pês sobre o chão frio, desprendi o soro do meu braço e tiquei o aparelho que estava em minha mão, ouvi o bip seguir continuo, caminhei em direção a janela o vento bateu novamente atingido meu rosto. Me voltei novamente e lá estava minha mãe parada me olhando. – Oi mãe disse eu. Ela veio correndo e me abraçou- Meu Deus do céu, eu rezei tanto para você estar bem como eu rezei a disse. – Mãe vocês não rezam, vocês oram não é. Ela riu em lagrimas. Depois de um tempo eu estava sentado na cama e ela me esclarecendo os fatos.

Fiquei em desacordado por uma semana quase um coma foi ela dizendo, Marcelo já estava na casa dele ele vinha me visitar todo o dia a disse assim como Gabriel e a Ana, O pai do Luan e a Juliana estavam foragidos desde do acontecido. Por um momento o quarto ficou em silencio e o - Luan mãe foi eu dizendo. – Então ele estava aqui antes de você acordar o mandei para casa, todo dia é uma luta para ele sair desse hospital. Eu sorri. – Mas agora você precisa descansar foi ela dizendo. Ouvimos o bater da porta era o médico – Estou vendo que alguém resolveu acordar o disse, vamos fazer alguns exames para ver como está. A enfermeira entrou no quarto com uma cadeira de rodas, e seguimos pelo corredor do hospital até as salas dos exames, depois de um dia sendo refém de experimento. No final da tarde estava no quarto enquanto minha mãe estava na cadeira ao lado lendo um livro – Vou ao banheiro disse. Me levantei enquanto ela me seguia. – Eu consigo mijar sozinho mãe disse eu a ela.

Ela acenou com a cabeça. Entrei no banheiro havia um espelho acima da pia me olhei passei a mão nas ataduras de novo, fui puxando os esparadrapos devagar até remover completamente, os cortes eram quase invisíveis mas conseguia sentir as cicatrizes passando meus dedos sobre elas foi passando cada imagem de tudo que passei naquele dia. Meus pensamentos foram quebrados com minha mãe me chamando. – Meu filho está tudo bem ai a disse. – Sim mãe está. Quando abri a porta para sair lá estava ele parado na porta me esperando, minha mãe continuava sentada. Ele veio correndo e me abraçou ele chorava igual a uma criança. Conseguia ver os olhos da minha mãe marejando. – Vou deixar vocês a sós a disse. Depois de um tempo estávamos deitados na cama do hospital - Você vai acabar me matando sabia o disse. Eu comecei a rir – Eu vou acabar me matando respondi. – Luan eu vi meu pai disse a ele, pode parecer loucura mas eu o vi. – Ele levantou da cama e ficou me olhando, como assim o viu? – Não sei explicar Luan só o vi. Ele se aproximou de mim – Quem sabe se não foi ele que te salvou o disse. Com isso ele se aproximou de mim e disse. – Senti tanto a sua falta, com isso ele me beijou. Ouvimos a porta abrir era Marcelo, - Graças a Deus o disse com isso ele veio em minha direção, Luan o deu espaço e ele me abraçou – Obrigado por me salvar disse a ele. – Obrigado por nos salvar ele respondeu. Com isso Luan abraçou nos dois e ficamos ali como se fossemos crianças novamente.

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