Um conto - Uma vida

Um conto erótico de SSJ2016
Categoria: Homossexual
Contém 1297 palavras
Data: 06/02/2017 16:41:44
Assuntos: conto, Gay, Homossexual, Tesão

Era mais um dia cansativo chegando ao fim. Cheguei em casa às 20h após um trânsito infernal. Aos 23 anos já tenho um cargo exaustivo em um escritório, o que não me dá tempo para ter uma vida social. Me olho no espelho. Sou bonito e sei disso, mas não consigo me apegar às pessoas. Embora ainda more com meu pai, mal nos falamos.

Jogo a pasta em cima da mesa e tomo um banho rápido. Não posso me demorar.

Depois da morte de minha mãe as coisas ficaram piores. Depressão é o quadro em que me encontro. Um comprimido por dia. Sorrisos a esmo e todos vão acreditar que já estou melhorando. Talvez eu mesmo me convença da mesma coisa.

Caminho nu até meu quarto. Meu pai não está em casa. Olho meus cabelos loiros caidos sobre os olhos no espelho do guarda-roupas. Talvez devesse cortar. Mas sei lá, esses cachos ondulados me dão uma aparência mais inocente. E é o que preciso para fechar bons acordos no trabalho.

Passo os olhos por meu corpo, verifico se está tudo bem depilado. Nem um pelo remanescente. A fixação com a aparência jovem é um dos traços da minha atual situação. Preciso ganhar 2 quilos para chegar à minha meta. Visto uma cueca boxer branca tamanho P, o que aperta bem a minha bunda carnuda e me dá vontade de ser outra pessoa só pra poder sentir aquelas nádegas contra meu pau.

Sorrio. Quem vê pensa que teria coragem. 23 anos e ainda virgem. Masturbação duas vezes por noite. Não sei onde isso vai me levar. Mas não tenho coragem de dar vazão aos meus instintos sexuais. Tampouco coragem de deitar com uma mulher. Exato. Gay. Demorou um pouco até que eu mesmo pudesse aceitar essa condição. Mas fiz um pacto comigo mesmo e me prometi que não vou ceder.

Pra onde mesmo? 21h e ainda estou sentado. Meias, tênis, calção e camiseta. Jaqueta por cima. Minhas luvas. Academia.

Todos os dias. 1 hora e meia com meus fones e muito peso. Peito. Costas. Pernas. Talhando passo a passo. Músculo a músculo um corpo escultural que ninguém pode tocar.

Terça, Quarta e quinta passam voando. Todos os dias poderiam ser o mesmo dia se repetindo de novo e de novo. A não ser pela academia. Dia de peito. Dia de costas. Dia de perna. Todo o resto igual. Chegar exausto. xvídeos. 2 punhetas. dormir. E recomeçar.

Até aquele dia. Era uma sexta feira. Tinha dispensado o convite para uma balada com o pessoal do trabalho. Poderia apostar e ganhar que se tratava de uma tentativa de me juntar com alguém. Eles sempre tentavam. Já estava ficando difícil manter a história de evangélico que escolheu esperar. Me arrumei como sempre. Era dia de avaliação na academia. Sabe? A treinadora iria me medir, ver o que mudei e o que precisava modificar no treino para continuar avançando.

Cheguei às 20:30. Longo corredor. Homens gemendo em seus aparelhos, mulheres agachando pra todo lado. Bati á porta da Juliana, a avaliadora. Não estava.

- Procurando a juliana? - fala uma voz grossa às minhas costas. Viro. meus olhos percorrem os montes de músculos que se apertam sob uma justa e fina camiseta azul da academia. Engulo em seco.

- É... ela tá na recepção? Dia de avaliação... - Respondo fingindo indiferença.

Ele sorri um sorriso matreiro... aperta meu ombro e me faz sentir tonto. Toques. Não são meu forte. Dou um passo atras.

- A juliana não está mais conosco. Eu sou o Daniel. Vou fazer as avaliações de agora em diante. - Seu corpo moreno, queimado do sol. Seus olhos negros intensos e seu volume corporal bem apertado na roupa de malhar me fizeram começar a suar. - ok?

- ok.

- Entra aí. - ele passou por mim, esbarrando seu braço no meu. Pele quente. arrepio.

Entro, fecho a porta, sento, olho para o chão e então para ele. Seu ar misterioso de repente se modifica, como se ele percebesse minha inquietação e quisesse brincar com isso.

- Tira a camisa. - pede.

-oi? - me sento mais ereto.

- A camisa... Roberto? Certo?... - Ele lê meu nome e meus dados no laptop sobre a mesa. - mesmo objetivo? Fica em pé ali.

Tiro a camiseta. Não estava preparado pra isso. Meu corpo se arrepia. Ele olha diretamente para meus olhos, tento manter o olhar mas desvio. minha promessa. preciso me manter controlado.

Sinto seus olhos esquadrinhando meu peito nu. Meus braços. Ele levanta, caminha até mim e apalpa meu bíceps esquerdo.

- Bom... - ele diz. eu finjo estar tudo normal. Penso em mil outras coisas - Ele pega uma fita métrica e começa a medir meu corpo. Cintura, quadril, panturrilha. Ajoelha e Sobe as mãos pela minha perna levantando meu short até a virilha. Meu pau instantaneamente começa a endurecer. eu seguro o short levantando para que talvez ele não perceba minha ereção.

Ele mede minha coxa.

- Boas medidas. Vc tem uma taxa de gordura muito baixa. Eu diria quase de um atleta em tempo de competição. Está se alimentando bem? - Ele levanta, ignorando o volume que agora é obvio em minhas calças. - Pode se sentar.

Sento na cadeira rapidamente, quero ir embora dali. O clima é muito perigoso para a minha estabilidade.

Ele senta anota os resultados.

- Minha nova série vai ficar pronta amanhã? - pergunto vestindo a camisa.

- Não veste ainda. - Ele me encara sorrindo torto. Paro de vestir. Ele vai até a porta e vira a chave. Fica em pé ali perto da parede, acho que vc tem uma leve escoliose. Não podemos deixar de anotar esses detalhes. Meu pau já voltou ao normal. Levanto tenso e vou até lá. Fico de frente para um espelho onde vejo todo meu corpo. Ele vem e se posiciona atrás de mim.

- A... a juliana não anotava essas coisas... acho que não é... não é necessári

Ele toca minha lombar com a palma da mão direita. respiro. a outra mão ele coloca em minha cintura. Sua mão sobe pela minha coluna. Pele lisa contra uma mão forte.

Ele força minhas costas pra frente. Dá um passo e eu sinto uma parte de seu corpo roliça e quase rígida. Seu membro na minha bunda. Encostado por sobre leve. Roçando para um lado e lentamente para o outro.

- Tá sentindo? - ele pergunta me olhando pelo espelho.

Respiro, estou assustado mas não respondo. Quro ir embora. Alguém pode descobrir. Ele pode contar. O medo me domina. Ele repete;

Ele me aperta um pouco mais perto e pergunta no meu ouvido - Tá sentindo como é meio torto? - Seu pau pulsa Eu sinto o movimento. Ele está solto balançando como se ele não usasse cueca. O membro é grande e grosso. Poderia rasgar meu cu. Meu coração dispara.

- Tô - respondo.

Ele me encoxa mais intensamente. Meu pau está todo babado dentro da cueca. Ele se afasta. Eu o vejo caminhar de volta pra sua mesa. O pau armado e pronto para a guerra. Mas ele sorri malicioso. Pega um cartão e me entrega.

- Esse é o meu zap. Tem uma outra aluna pra fazer avaliação agora. Me manda mensagem. Vamos... marcar de... treinar qualquer dia. - ele olha pra mim e morde o lábio enquanto pego o cartão e depois visto a camisa rápido tentando disfarçar minhas cuecas ensopadas.

Eu respiro forte, abro a porta, olho pra trás ele ainda está me olhando com olhar de quem me devoraria ali mesmo. Apalpando um volume assustador no meio das pernas.

Fecho a porta e saio.

Sábado e domingo me masturbo mais que o normal, introduzo dois dedos no cu e gozo fartamente pensando em como seria se ligasse ou mandasse mensagem para ele. Mais um comprimido. Me prometi. Mais um dia.

Segundo começo numa nova academia. Longe de Daniel. O cartão no lixo antes que eu decorasse o número.

Só mais um dia.

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