O Menino da Casa Abandonada: Cap.1

Um conto erótico de Menininho dos Contos
Categoria: Homossexual
Contém 2163 palavras
Data: 13/02/2017 20:41:22

Cheguei!

Olá mores, espero que gostem, e que me desculpem a demora, deu um temporal e minha internet estava um merda. Bem, espero realmente que gostem, comentem e votem por favor. Não vou fazer mais encher o saco de vocês.

Pois é gente, até foi bom isso de respostar, por que eu relendo o conto vi cada cagada que eu fiz na história que Meu Deus, nomes trocados, idades. Para arrumar isso irei me guiar nos nomes e idades dos últimos capítulos que já estão prontos. Vamos ao conto:

*Narração Pedro Henrique.

Olá, meu nome é Pedro Henrique, tenho 16 anos, faço 17 daqui a poucos dias. Sou alto 1,80 e 64 quilos, não tenho um corpo definido, porém não sou magro de mais. Tenho cabelo curto e meio loiro, parece até que fiz luzes, mas na verdade são naturais. Eu apenas estudo, moro quase que sozinho por que minha mãe trabalha em outra cidade e fica semanas e as vezes meses sem vir me ver, e meu pai... Meu pai morreu há alguns anos em um acidente de carro me deixando com minha mãe que ainda trabalhava em uma empresa aqui na cidade, mas há dois anos ela recebeu uma proposta que segundo ela era irrecusável, no entanto só tinha espaço para uma mulher sem filhos ou que tivesse com quem deixa-lo, desde então estou aqui me virando sozinho com o dinheiro que ela me manda, e me viro muito bem e obrigado, às vezes agradeço por ela trabalhar longe, graças a isso sei fazer tudo sozinho, cozinhar, lavar e etc. Pronto para casar né?

Minha rotina é sempre a mesma, acordo bem cedo, 5:30 da manhã, levanto, escovo os dentes, tomo um delicioso banho bem demorado, e depois que saio do banho, coloco uma roupa qualquer, já que não sou de me arrumar muito. Vou para a cozinha preparar um café, sou apaixonado por café, e então vou bem lentamente para a escola já que sempre saio com tempo o bastante para isso, mas foi em uma dessas manhãs em que sai cedo para a escola, que aconteceu o que eu não esperava. De uma hora para a outra me pegando completamente desprevenido, ou seja, concentrado nos meus fones, que desaba uma tempestade, mas uma tempestade, meu Deus, era relâmpago para todo o lado e é logico, um aguaceiro desgraçado. Sai correndo como um louco em busca de algum lugar para me abrigar até a chuva passar, foi aí que vi uma enorme casa que visivelmente estava abandonada, logico que corri para dentro daquele lugar para não ficar mais ensopado ainda e fiquei perto da porta para ver quando a chuva acalmasse, mas quem disse que tinha intenção de acalmar? Então decidi encarnar a Patrulha Salvadora do Carrossel e explorar aquele lugar que estava imundo, com um cheiro forte de xixi e outras coisas mais que já estavam me deixando enjoado, continuei andando pela casa que tinha vários andares e vários quartos, até que em um canto desses tinha um menino deitado no chão, todo cheio de hematomas pelo corpo. Fui me aproximando lentamente, e toquei nele tentando acordá-lo.

-Ei, ei, garoto, acorda!

-Está tudo bem?

Ele foi acordando lentamente tomando um susto quando me viu, e rapidamente pegou um tipo de bolsa que ele fazia como travesseiro e tentou sair correndo, mas por algum motivo eu o agarrei pelo braço não deixando ele sair dali.

-Ei, ei. Calma, não vou te fazer mal, só quero tentar te ajudar... Já sei, você deve de estar com fome.

Falei pegando na minha mochila o lanche que eu tinha feito para a escola e o entreguei.

-Pega vai, você tem que se alimentar, ou acabará ficando fraco.

Ele então aceitou os sanduiches e rapidamente os comeu tomando um pouco do suco que eu também havia lhe entregado.

-Eai, estava bom?

-...

-Menino, você não fala?

-...

-Olha menino, eu até entendo que não quer falar comigo, mas você já viu que não quero te fazer mal, apenas te ajudar... (Pausa) Ok, tenho que ir agora, pelo jeito não está mais chovendo, se eu me apressar pego o terceiro período na escola. Se cuida, se você estiver aqui amanhã, te trago mais um pouco de comida. E assim foi, no outro dia enquanto ia para a escola, passei por aquela casa de novo, e lá estava ele, no mesmo canto que eu havia o encontrado ontem e assim foi pelo resto da semana.

Como esperado o menino não me respondeu e nem quis apertar a minha mão, então fui para a escola que infelizmente não me deixaram entrar fora do horário, assim me obrigando a ir para casa cedo.

No outro dia fui para a escola normalmente as aulas passaram rapidamente, graças a Deus, na saída passei em uma padaria e comprei algumas coisas, cachorro quente, pasteis, enroladinhos e um refrigerante de cola e fui até a Casa Abandonada para ver se o menino ainda estava lá. A casa não era longe da escola então cheguei rapidinho e comecei a procurar o menino por aquele lugar enorme, até que o encontrei, no mesmo lugar de antes e parecia dormir profundamente.

-Ele fica tão lindo assim, dormindo, mesmo estando todo machucado e sujo, ele continua lindo.

Não quis acordar, então deixei as sacolas com os itens que eu havia comprado no seu lado com um papelzinho escrito.

“Olá, não quis te acordar então apenas deixei essas sacolas com algumas coisas da padaria para você se alimentar, coma tudinho para ficar forte. Hahaha... Como não sei o seu nome vou te chamar de O Menino da Casa Abandonada, ah, o meu é Pedro Henrique. Se cuida, beijos. <3”

Então decidi ir para casa, coloquei meus fones, coloquei uma música de k-pop calma (para quem não sabe, k-pop e música Pop da Coreia) do BIGBANG - LET'S NOT FALL IN LOVE. (https://www.youtube.com/watch?v=9jTo6hTZmiQ), e acabei me perdendo em meus pensamentos.

“O que está havendo comigo? Por que aquele menino deixa minha cabeça assim, tão confusa? Que sentimento é esse? Nunca senti nada parecido, muito menos por um menino, se bem que não tem como não o achar lindo, com aqueles olhos brilhantes, aquela boca pequena, sem falar nos seus cabelos que mesmo sujos parecem ser lindos. O que é isso eu estou gostando de um menino?

Tirei os fones dando um tapa forte na minha cara.

“Melhor eu apressar o passo para casa e parar de pensar nessas coisas”

*Alguns minutos depois já em casa.

Entrei em casa e fui direto para o meu quarto, onde tomei um banho bem quente para ver se meus pensamentos se acalmavam, como o lanche da escola foi bom por milagre, nem almocei, só queria descansar a cabeça e assim fiz, me deitei e apaguei acordando já era quase 17h com a minha mãe, que por milagre estava em casa, me chamando.

-Estava tão bom o meu soninho.

Disse esfregando os olhos.

-Só queria te dizer que amanhã cedo vou ter que voltar para o trabalho, me ligaram e precisam de mim urgente, desculpa.

Fala minha mãe com um tom calmo na voz, como estivesse dizendo que ia no supermercado e voltaria logo.

-...

Eu que já estava com a cabeça cheia, acabei perdendo o controle e brigando feio com minha mãe, e põe feio nisso, aqueles vasos de flor que ela gostava, estavam todos despedaçados no chão, após se chocarem acidentalmente com a parede. Sinceramente até hoje não sei como fiz aquilo, mas o prejuízo foi enorme.

-Você prometeu pelo menos dessa vez, passar o meu aniversario comigo, mas é claro o seu trabalho é mais importante que o próprio filho.

Gritei, e gritei bem alto, queria ter a certeza que todos naquele prédio me escutassem.

-Não grita comigo garoto. Esse e o trabalho que te sustenta nesse apartamento.

Disse minha mãe, brava.

-Apartamento esse que meu pai deixou para mim, apartamento esse que a Senhora nunca conseguira vender como tanto quer, meu pai foi inteligente em fazer um testamente lhe deixando com quase nada.

Sai daquele apartamento que nem um louco correndo pela rua, queria ir o mais longe possível da minha mãe se não eu iria cometer uma loucura. Ah, era nessas horas que queria ter um amigo para confiar, um amigo que eu pudesse abraçar e simplesmente chorar em seu ombro, mas não havia ninguém, então continuei caminhando sem rumo até me dar conta que eu estava quase em frente à casa abandonada, resolvi entrar.

Já dentro de casa, passei a caminhar e entrar nos quartos. Aos poucos já estava mais calmo, porém me bateu uma tristeza e comecei a lembrar de tudo, da morte do meu pai, quando minha mãe começou a trabalhar longe, estava tão triste que apenas me encostei em uma parede qualquer e fui deslizando até me sentar no chão com a cabeça entre as pernas, e me entreguei ao choro, ali eu não estava com raiva, mas com uma profunda tristeza e saudade, tristeza de não ter uma mãe carinhosa e que se importasse comigo, e saudades do meu pai, que infelizmente não está mais aqui.

-Por que minha mãe não se importa comigo? Por que ela prefere o trabalho do que a mim?

Continuei ali chorando e resmungando por um bom tempo, até que sinto alguém me cutucar, era aquele menino, e ele continuava lindo, parecia um pouco mais alegre, mais fortinho e estava me oferecendo uma garrafinha de suco.

-Obrigado.

Falei agradecendo, no entanto ele nada falou, penas sentou-se no chão ao meu lado.

-Me desculpa, eu não quero te incomodar, e sei que não gosta que eu venha aqui, melhor eu ir embora.

Falei me levantando e indo em direção a porta, mas ele me agarra pelo braço não deixando eu sair, fiquei imóvel, sem saber o que fazer, foi então que ele ficou na minha frente e me abraçou, um abraço apertado, me senti seguro ali, no entanto me assustei quando percebi que ele também chorava baixinho no meu ombro, apenas o abracei mais forte.

-Eu tenho que voltar para casa, eu tenho que seguir te ajudando e se eu ficar aqui não vou poder.

Disse saindo do abraço, e lhe dando um beijo na testa, e completei:

-Eu não sei o que está havendo comigo, meu coração bate mais forte perto de você, e eu mal te conheço, no entanto sinto que tenho que te ajudar.

Completei já saindo da Casa Abandonada e voltando para o meu apartamento. Eu estava indo em direção ao elevador quando o porteiro me chama.

-Ah, oi Senhor João.

-Olá Pedro, sua mãe pediu para lhe entregar a chave do apartamento, e pediu para que lhe dissesse que ela teve que sair mais cedo, o motivo não falou.

Falou o porteiro me entregando a chave.

-Tudo bem, obrigado!

Falei entrando no elevador e logo depois entrando no Ap.

-Já era de se pensar, nem me esperou para saber se eu estava bem. Foda-se, vou tomar um banho bem quentinho, vou aproveitar que minha mãe não está e vou tomar um banho de banheira no quarto dela.

Alguns minutos depois já de molho naquela banheira:

-Como e bom dar uma relaxada nessa banheira e com essa agua fervendo, adoro.

Ali fiquei, e fiquei por um longo tempo pensando naquele menino lindo e no sentimento que ele me causou quando me abraçou.

-Eu acho que não seria uma má ideia trazer aquele garoto aqui em casa, nem que seja para tomar um banho... Já fico imaginando, como ele de ser lindo por de baixo de todo aquela sujeira.

Depois daquele banho maravilhoso de banheira, fui direto para a cozinha preparar algo para comer, pois minha barriga estava vazia desde o café da manhã, então procurei na geladeira uma lasanha daquelas congeladas e pus no micro-ondas, enquanto aquecia o arroz e o feijão. Adoro lazanha de presunto e queijo misturada com arroz e feijão. Aqueci rapidinho e nessa mesma velocidade comi tudo, Hehehe, e fui para sala ver um pouco de tv, mas quem disse que os meus pensamentos deixavam eu prestar atenção no que estava passando. Aquele menino vinha sempre na minha cabeça, o seu abraço, juro que ainda sentia aqueles braços em volta do meu corpo. Ali dormi, pensando no Menino da Casa Abandonada, e sonhando, sonhando com aqueles olhos, aquela boca, aquele abraço.

Texto:

“Ás vezes me sinto sozinho, principalmente de noite, quando vou dormir nessa enorme cama. Todos os dias, antes dos remédios fazer efeito, fico pensando, em como queria que fosse minha vida, o quanto queria amigos que realente me amassem, o quanto queria um companheiro para beijos apaixonados.

Todos os dias de noite, antes dos remédios fazerem efeito, também me lembro de coisas ruins dessa vida. A falta de um abraço aconchegante, das risadas, do ombro amigo para chorar, de um companheiro para ocupar o vazio dessa enorme cama.

Escrevo isso, como um enorme aperto no coração, mas logo passa, os remédios estão fazendo efeito.”

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 6 estrelas.
Incentive MeninoAbandonado a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

VOCÊ ESCREVE MUITO BEM. PARABÉNS. NÃO FIQUE TRISTE, AMIGO. AS SURPRESAS BOAS DA VIDA TE AGUARDAM.

0 0
Foto de perfil genérica

Muito bom amigo. Adorei. Ficou excelente a escrita. bjos

0 0

Listas em que este conto está presente