Moleca

Um conto erótico de Preta88
Categoria: Homossexual
Contém 2368 palavras
Data: 06/03/2017 21:20:47

Olá, meu nome é Marina e sou de Salvador. Freqüento a CDC há um tempinho. Curtia algumas autoras daqui que não escrevem mais, como a: Daniê, a Malu, Carol e Duda. Enfim, hoje resolvi escrever algumas experiências minhas, mas por timidez irei misturá-las a ficção. Espero que se divirtam!

Moro num condomínio no bairro do Imbuí. Vivo numa correria louca e mal conheço meus vizinhos e meu jeito quieto também não ajuda muito. Só conheço os que encontro na garagem ou no elevador. Nunca pus meus pés na piscina no prédio, por exemplo. Um dia cheguei com as compras e fui a caminho do elevador da garagem. Um saco caiu e quando fui pegar uma menina pegou. Agradeci e ela respondeu:

- De nada, Marina! – E sorriu sapeca passando em minha frente e segurando a porta do elevador. Fiz cara de confusa e entrei no elevador. Fui apertar o numero do meu andar, mas a menina apertou primeiro e depois apertou o dela. Olhou pra mim e sorriu sapeca de novo. Olhei pra ela sem entender. Fiquei na minha.

- Te saco faz tempo. Você foi uma das coisas que me fez gostar desse prédio. Tchau, boa noite! – Me deu uma piscadela e saiu com o mesmo sorriso sapeca. Fiquei no elevador tentando processar aquela moleca. – Eu hein?! Só rindo...

Cheguei em casa, deixei as compras no balcão e fui fazer o jantar. Antes da metade do preparo a Roberta chegou. Namoramos há quase dois anos, mas nos últimos tempos estamos passando por sérias dificuldades. A verdade é que não a amo mais. Tenho um carinho enorme, ainda tenho tesão, mas não sinto mais vontade de continuar nessa relação. Mas ta difícil terminar. Ela já percebeu e já fez alguns escândalos. Sutilmente ameaçou se matar caso não ficássemos juntas. Tô levando como posso. Ela é linda. Tem minha altura (1,70 e alguma coisa), tem um corpão cheio de curvas, não sei se gosto mais dos lábios, dos peitos ou da bunda. Fora que tem o cabelo mais cheiroso que conheço. Ele é cacheado/crespo, na altura dos ombros e com as pontas loiras. Ela é realmente linda. Porém, insegura na mesma proporção. É extremamente ciumenta. A causa dos nossos problemas. Ela é possessiva demais. Enfim...

Passou uns dias eu estava voltando da academia (treino jiu-jtsu) e fui entrando no elevador, a porta foi fechando e eu tirando a jaqueta do kimono ficando de top e a calça. Antes que a porta fechasse uma mão segurou a porta. Quem entra? A moleca do dia das compras. Entrou com aquele sorriso sapeca, deu boa noite me olhando de cima a baixo, concentrou o olhar na minha barriga e fez uma cara de aprovação, com um sorriso safado de canto e se virou ficando a minha frente. Novamente, fiquei sem ação. Balancei a cabeça e deixei escapar um riso de quem não acredita no que ta vendo. Ela se virou olhando pra mim, jogando pra trás aquele cabelo preto até o meio das costas, fazendo subir o seu perfume,

- Falou comigo? - Perguntou me olhando desafiadoramente. Ri de novo.

- Oi?! Não, não mesmo... – Falei divertida e voltei a procurar as chaves de casa na sacola. Estava com a cabeça baixa, mas consegui por entre minha franja - que insiste em ficar no meio da minha cara - que ela estava me olhando emburradinha. Levantei a cabeça tirando a franja da cara e perguntei:

- Posso te ajudar em alguma coisa? – Falei tentando conter o riso. Ela se assustou com a minha pergunta e fez uma cara de confusa e se virou nervosa pra frente. Soltei um riso e voltei a minha missão de achar as chaves. O andar dela chegou, olhei de canto e a vi saindo rebolativa do elevador. Dei risada e pensei em como essa gurizada é sem noção.

Um dia a Roberta resolveu sair no sábado a noite. Eu não queria, estava cheia de trabalho, mas ela quando coloca uma coisa na cabeça não há quem tire. Então eu fui. Fomos a uma boate chamada San Sebastian. Ela é bem bacana. É LGBT. Nada contra o problema é que eu não gosto de boate. As luzes, o som alto e as pessoas bêbadas me dão um pouco de agonia. Chegamos e de cara encontramos os viados amigos da Roberta. Menos de 1h depois ela estava elétrica e eu louca pra ir embora. Os meninos são ótimos, mas é que eu sou bicho do mato mesmo.

- Vou fumar. – Falei no ouvido da Roberta. – Tá, mas não demora. – respondeu possessiva.

- Vou dá um tempinho lá, to com dor de cabeça.

- Puta que pariu, Marina, você parece uma velha! Nunca faz o que eu gosto! Que saco! – Disparou ela num de seus rompantes. Os meninos olharam pra minha cara e se voltaram contra ela. Falando que ela vacila quando fala assim comigo e tal. Na real, nem liguei. Só dei as costas e fui pro terraço, fumar um em paz. Passei um monte de gente e várias pessoas me pegando e eu dispensando. Cheguei no terraço e achei um puff bem no canto, sem ninguém por perto. Ideal. Puxei meu baseado e comecei a queimar de boa. Peguei meus fones e fiquei ouvindo o álbum Gal a Todo Vapor. Quando estava curtindo o meu barato sinto alguém puxando meu fone. Na hora achei que fosse a Roberta, mas não. Era a moleca do elevador. Olhei pra ela sem entender.

- Oi, Marina! – Falou com o sorriso de sempre. – Oi, menina... – Respondi meio sem jeito e/ou vontade.

- Você é sempre antissocial assim ou só comigo? – Perguntou, mas sem o sorriso. Olhei meio desconfiada. – Não sou antissocial. Sou quieta. Sempre. – E voltei a dar um trago olhando pro céu. Ela me olhou por alguns segundos e se voltou para onde eu estava olhando. Pegou o fone que tirou do meu ouvido e colocou no dela. A presença dela era para ter me incomodado, mas por algum motivo eu me senti bem. O perfume dela era gostoso. Um floral misturado a shampoo de cabelo. Gostei do cheiro. Dei outro trago e ela me pediu um.

- Não. – Respondi e voltei a olhar pra frente. – Oxe, por que não? Eu gosto! – Respondeu inconformada.

- Não vou dar maconha pra uma adolescente. Na real nem sei o que você ta fazendo aqui. Não tem nem idade para sair sem seus pais, que dirás para tá numa boate como essa. – Ela me olhou incrédula. A cara foi ficando vermelha, a pupila dilatou e tive a sensação dos olhos dela ficarem mais escuros. – Puta que pariu, você é um pedaço de cavalo quando abre a boca, garota! Clássica mulher que só é gostosa de boca fechada! – Jogou o fone em mim e saiu. Por algum motivo achei aquela cena divertida. Fiquei reparando nela saindo do terraço. Ela era mais baixa que eu, magra do corpo gostoso. Bunda redondinha, coxas compatíveis com a bunda. Os seios... Os seios é que são lindos. Lindos mesmo. Ela é mais pra magrinha, mas os seios são volumosos, redondinhos e empinados. Ela estava com um vestido branco justo ao corpo, mas sem ser vulgar. O decote era em V e as costas eram nuas. Muito lindo. E estava de all star. Dei risada quando vi. Gostei. Mas tratei de tirar logo ela da cabeça por dois motivos muito simples: 1) menor de idade. Não tinha nem 17, aposto! 2) a Roberta estava vindo na minha direção e pela cara ela já estava bêbada.

- Porra, Marina, vai ficar aqui a noite toda? Toda vez é isso agora, me larga sozinha, caga pra mim! Porra, assim ta foda! – Gritava ela parada na minha frente. Respirei fundo, dei mais uma tragada e olhei pra cara dela. Fiquei olhando para aquela figura suada, já meio descabelada, tentando ficar parada em pé. O rosto dela foi suavizando e os olhos enchendo de água. – Poxa, Mah... não tô agüentando mais isso. Por favor... – Falou já soluçando. Estendi a mão e puxei ela pro meu colo. Ela puxou o vestido e sentou de frente pra mim. Me abraçou pelo pescoço, inclinou a cabeça e começou um choro sincero. Apenas a abracei com um braço pela cintura e a outra mão eu fazia um cafuné. O perfume dela era marcante, bem como sua personalidade. J’Adore. Ela chorou, chorou de soluçar. Foi se acalmando, a respiração foi desacelerando, foi voltando a si. Beijou meu pescoço e falou no meu ouvido: “te amo”. Respirei fundo e senti uma dor profunda em não poder responder o mesmo. Apesar dos problemas que ela tinha, eu gostava muito dela. Ela foi a primeira mulher que dividir um lar. Jamais me esquecerei dela, mas o fato é que eu não a amava mais. Afastei sua cabeça e a olhei nos olhos. Seus braços descansavam pesados sobre suas coxas, próximos a minha cintura. Limpei com os dedos o lápis derretido dos seus olhos e dei um beijo em cada um deles. Limpei a sua boca borrada. Aquela boca que me hipnotizava. Ajeitei seu cabelo. Segurei sua cabeça entre minhas mãos e a beijei. Dei um selinho e chupei de leve e demoradamente seu lábio inferior. Me afastei e olhei para seu rosto ela sorria de leve com os olhos fechados. Voltei a beijá-la. Minha língua invadia aquela boca com propriedade, como quem conhece por onde está indo. Nos beijamos com intensidade, quente, sem pressa. Total cumplicidade. Nossas línguas sem envolveram com sintonia. Chupei sua língua até a ponta e mordi seu lábio inferior. Ela apertou minha cintura e colou seu corpo no meu. Nossos peitos se amassaram um contra o outro. Corri uma mão por entre seus cabelos parando na nuca. Enchi a mão e subi pela nuca repuxando de leve seus cabelos no mesmo instante em que apertei o braço envolta da sua cintura diminuindo qualquer espaço que houvesse entre nós. Aprofundei o beijo circulando a língua em torno da sua chupando e passando a ponta da língua na sua. Ela soltou um gemido abafado e cravou as unhas nas minhas costelas, suas mãos já por debaixo da minha blusa. Ela empinou a bunda sentada no meu colo indo pra frente e pra trás até que encostou a pélvis na minha barriga e rebolou. Desci a mão da cintura até a sua bunda e a puxei ainda mais para perto de mim, roubando o seu segundo gemido abafado. O calor que emanava de nós duas era infernal. Fiquei encharcada, minha buceta latejando tanto que sentia descargas elétricas culminando nela. Meu corpo tremia a cada nova descarga. Roberta estava totalmente entregue. Deslizei minha mão da sua bunda passando as unhas pela sua coxa serpenteando por cima e por trás da sua coxa. Ela estava toda arrepiada e um novo gemido veio. Percorri até atrás do seu joelho, onde unhei mais forte e apertei. Subi por cima da sua coxa com as costas da mão unhando de leve, sem parar de beijá-la. Minha outra mão a segurava firme pela nuca cadenciando o beijo do meu jeito. Passando as unhas pela parte interna da coxa cheguei a sua virilha. O corpo dela tremeu e ela gemeu de novo. Alisei sua buceta de baixo pra cima passando a ponta do meu dedo no seu clitóris. Chupei sua língua, seu lábio e me afastei. Olhos fechados, boca entre aberta. Seu rosto era puro tesão. Me aproximei e falei no seu ouvido:

- Vou te fazer gozar muito gostoso e sei que vou gozar junto só de te ver... – Gemeu no meu ouvido, puxando meu cabelo pela nuca e rebolando gostoso – Aiiin... Mah... quero você...

- Você tem... – chupei a ponta da sua orelha e mordi. – quero que você goze olhando pra mim – pressionei seu clitóris. – Seja minha puta agora, você faz isso por mim, preta? – chupei seu pescoço e mordi. Ela gemeu muito gostoso e balançou a cabeça que sim. Apertei sua buceta e com a palma da mão pressionava seu clitóris. Ela rebolava gostoso, enquanto eu a provocava com a boca em seu pescoço. Senti que ela ia gozar e falei no seu ouvido: “calma, preta, ainda nem comecei. Abre os olhos, olha pra mim”. Afastei e olhei pra cara dela, puxei sua calcinha lado e enfiei dois dedos na sua buceta. Seus olhos eram pura brasa. Abriu a boca, arfou segurando um gemido e mordeu o lábio. Suas mãos na minha nuca. Passei o braço pela sua cintura e enfiei mais fundo meus dedos. Fiquei num vai e vem. “rebola, minha puta, rebola”. Ela rebolava muito gostoso. Sua buceta estava encharcada, pingando. Ela falou que ia gozar e quis colocar o rosto no meu pescoço. Puxei pela nuca:

- Não, não... preta. Olha pra mim. Quero seu gozo pra mim. Goza pra mim, vai. Me leva com você.—pincei o dedo médio pressionando seu ponto G e com o polegar pressionava seu clítoris. Ela tremeu todo o corpo. O suor escorria pelo seu corpo. Foi delicioso ver o seu sofrimento em ter que gozar em silêncio. Seus olhos era pura luxuria. Ela não agüentou e escondeu o rosto no meu pescoço. Gemendo abafado. Gozei junto. Meus dedos foram inundados pelo seu gozo. Um delicia.

Tirei meus dedos da sua buceta e chupei um por um. Ela estava abraçada envolta do meu pescoço e ao ouvir que eu chupava meus dedos ela riu. Seu corpo tinha pequenos espasmos. Ela estava quente. Totalmente relaxada em meu colo. Olhei em volta e tudo parecia normal. Estávamos num canto escuro, perto de umas palmeiras decorativas. Acredito que fomos discretas. Ficamos uns minutos abraçadas. Não queria sair de lá por nada. Enfiei o rosto no seu cabelo e fiquei inalando aquele cheiro que me hipnotizava. Ela foi se afastando lentamente, preguiçosamente voltando a dominar seu corpo. Tinha um sorriso lindo no rosto. Ficamos nos olhando e acabei sorrindo junto.

- Você é a coisa mais linda que eu já vi. – Falou ela. Seu tom era de lamentação. Não entendi o porquê. Tínhamos acabado de gozar num ato de plena cumplicidade. Por que aquela sombra no olhar, na voz?

Por favor, comentem! Para as meninas que gostam de trocar ideias sobre feminismo, lesbianismo, mulher negra ou qualquer outra temática que envolva a condição da mulher de forma geral meu email é AFRONISTALES@GMAIL.COM.

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