Água doce, água do mar... - Um relato sobre pai e filha: capítulo 05

Um conto erótico de Débora Mz
Categoria: Heterossexual
Contém 2657 palavras
Data: 10/03/2017 01:37:16

Capítulo V

Eu continuava em férias escolares, mas meus pais retomaram sua rotina normal de trabalho. Como previsto, as coisas voltaram mais ao menos à normalidade, afinal ninguém ficava com trajes de banho desfilando em casa. Digo “mais ou menos” porque era inevitável meu pai e eu trocarmos uns olhares curiosos de vez em quando, tentando adivinhar o que se passava na cabeça um do outro. Foi só no domingo quando fomos à igreja pela primeira vez desde aquele episódio no litoral que as coisas ficaram complicadas. A ficha caía pela segunda vez; a consciência de ambos expondo a conduta pecaminosa. Vi meu pai chorar de cabeça baixa, algo que só tinha presenciado em público umas duas vezes na vida. Eu também não me contive e me debulhei em lágrimas. Quando retornamos para casa eu examinei meus atos e realmente fiquei mal, pois percebia que era pior que todas as pessoas que eu julgava por serem hipócritas. Lembrava das meninas que eu criticava por se vestirem com roupas indecentes e tal, mas duvido que alguma delas tenha se oferecido ao próprio pai como eu fiz, porque essa era a realidade nua e crua. Eu ofereci meu corpo a ele! Eu era pior que a mais baixa das vadias que existia. Se ele não fosse um homem íntegro não teria resistido a ultrapassar ainda mais os limites e faria o que bem quisesse comigo, porque eu estava fácil feito uma prostitua numa esquina qualquer...

Os dias que se seguiram foram horríveis, pois eu ficava em casa sozinha e não consegui tirar esses pensamentos da mente. Não havia lugar no mundo para me esconder e deixava a culpa e o remorso fermentarem cada vez mais dentro de mim, pois jamais teria coragem de desabafar com Inês ou qualquer outra pessoa. Busquei ajuda na única fonte possível: a internet. Websites cristãos, de comportamento jovem, de autoajuda, blogs... Qualquer coisa que retornava na barra de buscas que tivesse conteúdo aproveitável, pois quando se pesquisa atração-pai-filha na rede 90% dos resultados são de pornografia. Li uma reportagem sobre mãe e filho serem processados por incesto nos Estados Unidos, atentando ao detalhe de que no início do relacionamento eles não sabiam que eram consangüíneos porque ela tinha entregado-o para ser criado por outra família, nunca mais tendo contato com ele. Encontraram-se anos mais tarde por um desses caprichos da vida e só depois de estarem apaixonados descobriram que eram mãe e filho, e no texto havia um comentário sobre essa atração ter uma possível explicação científica. Fui clicando nos links e lendo sobre essa teoria que se enveredava pelo campo da genética, biologia e tal, depois achei mais alguns artigos que abordavam o assunto pelo prisma da psicologia. Noutro dia achei em um blog cristão uma análise sobre os casos de incesto mais famosos na bíblia, em especial o episódio no qual as filhas de Ló embriagaram o próprio pai e tiveram relações com ele, com a justificativa de deixarem herdeiros e evitar que a linhagem dele se extinguisse, já que era velho e elas não tinham maridos. A essa altura o assunto tomava grande parte do meu tempo livre, passando horas e depois dias a fio olhando para a tela do computador. Aos poucos fui me odiando menos pelo que ocorrera porque percebia que coisas assim acontecem com mais freqüência do que se imagina. Não era o “fim do mundo”; pessoas erram e eu era humana como todos os outros, apesar da minha estupidez em achar que era melhor que os demais, inabalável em meu caráter. Todos temos nossas fraquezas, e a minha, por mais chocante que fosse, era essa: a lascívia.

Também encontrei várias páginas em inglês, pois costumava usar a internet para me aperfeiçoar no idioma, e foi então que tive meu primeiro contato com a abordagem erótica do assunto, algo que mudaria drasticamente o rumo da minha (nossa) história…

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Quanto a meu pai, creio que travava sua própria luta interna da mesma maneira que eu; sinceramente deixei de prestar atenção nele enquanto vivia absorta em minhas “pesquisas científicas” sobre nossas intimidades. Veio o segundo final de semana do novo ano e no sábado à tarde meu pai disse que gostaria de ir ao interior visitar os parentes dele, e minha mãe logo começou a arranjar desculpas para não ir. Eu entendia suas razões, pois também não curtia a viagem até lá, já que ficava muito longe; quando chovia a estrada rural virava um atoleiro, com o tempo bom a poeira ficava impregnada no cabelo e nas roupas, mas fazia tempo que não via meus avós paternos e sentia saudades deles. Então fomos apenas nós, saindo logo pela manhã no domingo, a primeira vez que ficávamos a sós desde aquele dia mais assanhado na praia. Apesar do calor, eu vestia calça jeans e uma blusinha de mangas longas, pois também precisava me proteger dos mosquitos e outros insetos que costumavam fazer a festa em minha pele branquinha. A viagem transcorreu sem nada que nos remetesse aos eventos das férias; não havia olhares diferentes nem nada, dando a entender que tínhamos aprendido a lição. Chegando ao sítio fomos recebidos pela minha vó que toda animada foi logo servindo bolo de fubá e café fresquinho. Ela me mimava como qualquer avó costuma fazer, mas soube que quando meus pais se casaram ela não aceitou bem, porque é uma católica muito devota e não consentia com o fato do filho virar “crente” por causa de um rabo-de-saia. Meu avô uma vez deixou escapar que ela ficou meses sem falar com meu pai e que quando nasci ela demorou a ir à nossa casa me ver. Até hoje ela e minha mãe se tratam de modo mais formal que o comum entre sogra e nora…

Fazia muito calor e ela percebendo minha transpiração indagou porque tinha vindo com essas roupas pesadas. Falei das picadas de inseto, e então sugeriu que provasse umas roupas que minha prima Sílvia tinha deixado lá para tomar banho de rio. Trouxe-me um short de lycra e um top vermelho, que logo de cara julguei que ficariam pequenos demais em mim, mas acabei trocando pelas minhas roupas, pois já estava ficando agoniada. Pouco tempo depois meu pai reapareceu após as andanças pela propriedade com meu avô e minha vó disse:

–Irineu, leva a menina pra se refrescar um pouco lá no riacho. Pega tu também um calção do teu irmão no armário que eu vou demorar um pouco pra terminar o almoço.

–Quer ir, Débora? – ouvi meu pai.

–A senhora não precisa de ajuda com o almoço, vó?

–Não se preocupe não, filha! Vá lá passear um pouco. Tá toda suada aí dentro do rancho…

–Vamos então… – respondi enquanto meu pai ia procurar um calção para ele.

Saímos por um dos caminhos que havia atrás da casa rumo a um córrego que ficava um pouco distante da propriedade, onde já tinha me banhado inúmeras vezes com meus primos. Eu evitava andar pelo sítio sozinha desde o dia que um bicho correu atrás de mim; acho que era um porco-do-mato que por aqui chamam de “tateto”. Depois de uma boa caminhada chegamos ao local, a curva de um riacho de águas escuras e não muito profundas, que dava mais ou menos na linha da minha cintura. Havia um gramadinho na borda do barranco onde podia se estender a toalha e tomar banho de sol, e em volta havia muitos arbustos e algumas árvores mais altas, fazendo alguma sombra dependendo da hora do dia. Chegamos lavados de suor e doidos para entrar logo no rio, meu pai retirando a camisa e ajeitando em um cantinho sobre seus chinelos. Eu já estava estudando a melhor forma de descer pelo barranco quando me dei conta que não poderia entrar n’água assim, pois ainda usava minha lingerie sob as roupas de minha prima. Meu pai percebeu minha cara de indecisa e perguntou qual era o problema, e expliquei que teria de voltar pra casa sem sutiã e calcinha caso eu os molhasse.

–E agora?

–Vou tirar e ficar só de shorts e top.

Retirar o sutiã mesmo usando outra peça de roupa por cima é fácil para qualquer mulher, então bastou puxar as alças pelos lados e soltar o ganchinho de arame por detrás das costas. Com a calcinha as coisas seriam mais complicadas.

–Vou ali perto daquela moita, já volto – e me afastei indo me esconder atrás de uns arbustos, logo desistindo da idéia, pois o mato era muito alto.

–Que rápido! – ele disse enquanto eu voltava.

–Tá muito sujo de galhos lá, vou trocar aqui no gramadinho mesmo. Vira pra lá um pouquinho, tá bom?

–OK.

–Não vale olhar, viu? – brinquei.

–Fique tranqüila! Mas cuidado com o filhote de tateto! – disse rindo.

–Boboca!

Enquanto olhava ao nosso redor para garantir que não havia ninguém mais, baixei rapidamente os shorts trazendo a calcinha junto, pois era muito justo em meu corpo. Em seguida separei uma peça da outra e vesti novamente o shortinho de lycra, vendo que meu pai permanecia de costas para mim.

–Pronto, já estou descendo – falei enquanto dobrava minha lingerie e colocava junto às roupas dele. Ajustei o top e puxei um pouco mais o short para cima, deixando-o coladinho em meu corpo, para então notar que meu pai acompanhava tudo mais ao longe. Entramos na água que estava gelada e gritamos “ai, como tá fria! ” de forma sincronizada, arrancando gargalhadas de ambos. Sentamo-nos no leito arenoso enquanto os corpos se aclimatavam à temperatura da água, até que a sensação ficava mais gostosa. Estávamos mais uma vez a sós nos banhando, e era impossível não recordar de nossas férias, pelo menos pra mim. Logo percebi que para ele não era diferente, pois notei seus olhos começarem a percorrer meu corpo, que desta vez não ficava tão exposto como quando usei biquíni. Também não dava pra ficar mergulhando, então não tinha o que ficar ajeitando em minha roupa, mas ele dava aquelas olhadelas que tanto mexeram comigo há poucas semanas. Protetor solar então estava a quilômetros dali, em nossa casa…

Para mim, o mais importante era saber que ele não tinha ficado com receio de ficar próximo a mim, não tentaria me evitar como se eu fosse uma “coisa” da qual ele tinha que fugir. Não demorou muito para que eu desejasse sair da água e me esquentar um pouco sob o sol, e ele me ajudou subindo o barranco primeiro e depois estendendo as mãos para me auxiliar. Trouxemos uma toalha e estendemos na relva, mas só havia espaço para uma pessoa, então ele ficou sentado ao meu lado enquanto eu me deitava de bruços, conversando assuntos variados com ele. Depois de mais um tempo retornamos para a água e então tornamos a subir para o gramado para tomar mais um pouco de sol, desta vez já considerando voltar para o rancho, pois o almoço deveria estar quase pronto. Por ter passado tempo de mais no rio sentia meu corpo tremer de frio, chamando a atenção de meu pai.

–Filha, teus lábios estão roxos! Fica aqui onde não bate sombra – apontou para um local na relva.

–Pois é, tô tremendo toda! – disse enquanto tentava me aquecer esfregando os braços com as mãos.

–Vem mais perto, deixa eu te ajudar… – veio ele se aproximando e me envolveu em seus braços, eu me aninhando junto ao seu peito. Senti suas mãos esfregando minhas costas para ajudar a me aquecer, e logo o efeito foi surgindo, ficando eu mais corada. Depois de algum tempo permanecíamos assim, abraçados, sendo que eu estava meio de lado. Aos poucos fui rotacionando meu corpo para uma posição mais confortável, ficando de costas para ele enquanto sentia suas mãos deslizarem pelas laterais de meu tórax, repousando-as em meu ventre ao mesmo tempo em que me abraçava pela cintura, exatamente como na noite de réveillon. Assim como naquele dia envolvi suas mãos com as minhas e reclinei meu corpo descansando em seu peito, desta vez inclinando a cabeça para o lado e ajeitando meus cabelos para descobrir minha nuca e pescoço, a fim de sentir melhor sua respiração. Ele, por sua vez, repetiu o gesto daquela noite e pressionou meu ventre trazendo-me pra mais perto dele, fazendo com que nossos corpos se tocassem. Desta vez eu sentia minhas nádegas finalmente tocarem sua pelve, o coração batendo acelerado e o frio que sentira agora se tornava um calor intenso. Meu pai colocou seu rosto junto ao meu, em seguida deslizou-o um pouco mais para baixo e para trás, percorrendo meu pescoço até tocar minha nuca com os lábios, eu sentindo sua respiração ofegante enquanto ele inspirava o aroma que exalava de meus cabelos. Seus lábios beijaram meu pescoço de modo quase imperceptível tamanha a delicadeza de seu toque, enquanto eu fechava os olhos e mordia o lábio inferior, pois sentia sua ereção começando a pressionar minha bunda. Eu me derretia toda em seus braços; começava a me faltar forças para me sustentar em pé, ele agora acariciando meu umbigo com uma das mãos... Nesse momento ouvi sua voz:

–Filha... a gente não pode…

“Ah, não, agora não! ”, pensei comigo enquanto o encanto se quebrava logo no ápice de minha excitação. Acabou, e agora viria a crise moral…

–Filha... a gente não pode...demorar muito. O almoço deve estar quase pronto e alguém pode vir procurar... – ele terminou a frase ao mesmo tempo que diminuía a força de seu abraço e se descolava de minhas nádegas. Eu ainda sentindo meu sangue fervilhar acabei esboçando um sorriso aliviado. Meu pai não tinha se refreado por causa da culpa, mas estava apenas receoso de ser flagrado por algum parente enquanto encoxava a filha no meio do mato! Se não fosse por isso, ele iria querer ficar mais, concluí satisfeita.

–Tá certo – falei enquanto dava um passo à frente e me virava para encará-lo. Vi um sorriso em seus lábios e os olhos baixarem para admirar meu busto e depois o resto do meu corpo, eu me espantando com o tamanho do volume em seu calção. Ele apanhou nossos pertences do chão e me devolveu o par de sandálias juntamente com minha lingerie. Calcei os chinelos e comecei a caminhar na frente dele, deixando minha calcinha e sutiã em suas mãos para ele trazer de volta para o rancho. Olhei novamente para trás e vi sua cara de confuso, até que se abaixou juntando sua camiseta e a toalha e começou a me acompanhar. Eu me divertia com a surpresa em seu semblante ao notar que deixara minha roupa íntima aos seus cuidados, enquanto eu desfilava em sua frente, rebolando um pouco e puxando o shortinho para cima, cavando-o bem em minha bunda. Quando chegamos eu entrei pela porta dos fundos evitando ser vista pelos meus avós e depois de trocar-me fui lavar as roupas que usáramos, pois tinha certeza que meu short estava todo melado. Almoçamos bem e depois me deitei na rede da varanda, pernas abertas enquanto ainda sentia meu sexo úmido pela nova experiência com meu pai. Quando nos preparávamos para voltar para a cidade, tive a idéia de me livrar do meu sutiã antes de entrar no carro, deixando meus seios livres sob o tecido da blusinha. Logo que tomamos a estrada disse que estava cansada e reclinei o banco, deitando-me um pouco e elevando os joelhos, deixando minhas pernas ligeiramente afastadas. Não havia nada para mostrar por causa dessas roupas, mas se ele estivesse atento daria para perceber que eu não usava sutiã, pois as mamas ficavam balançando ao sabor dos buracos da estrada e os bicos estavam bem salientes. Quando chegamos e entramos em casa, notando que minha mãe estava no banho, virei-me para meu pai e abracei-o com força, fazendo sentir bem o volume dos meus seios contra ele.

–Obrigada pelo dia!

–Eu que agradeço sua companhia!

Sorri e dei um beijo em seu rosto, mas bem no cantinho de sua boca, nossos lábios se tocando levemente.

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Comentários

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Lindo a sua história, continue por favor..............

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Corrigindo: Sensacional, não vejo a hora de ler os próximos capítulos

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Sensacional, não vejo a hor os próximos capítulosra de le

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parabéns pelo conto. Nota 10.Continue rápido.

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É sempre um imenso prazer encontrar um conto assim por aqui, não são muitos! Você está de parabéns, o conto está muito bem escrito, bem estruturado e tem tudo para crescer mais ainda. Nota-se que você gosta de escrever. Muito bom mesmo.

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