Paixão Irlandesa - EP06

Um conto erótico de Menino do Rio
Categoria: Homossexual
Contém 1656 palavras
Data: 11/03/2017 22:06:16

O que os olhos veem o coração sente...

Sentimos algo ou alguém se aproximar pelo corredor e nos separamos rapidamente despertando do transe em que estávamos, tão logo dona Kyara entrou pela porta do quarto de David com uma montanha de cobertores.

- Querido trouxe mais cobertores para você, lembro que li uma vez que o Brasil é muito quente então estou com medo de você sentir frio. - disse Kyara com tom maternal.

- Capaz que ele morra sufocado com tanto cobertor - disse David diante o exagero maternal de Kyara.

Todos rimos, quando Kyara nos deixou tudo o clima esfriou e ficamos meio perdidos, ainda conversamos sobre amenidades e acabamos dormindo. Na manhã seguinte ainda com meu fuso horário biológico bagunçado acabei acordando antes do David, tive uma visão privilegiada, David dormia com um samba-canção fino, fiquei sentado em minha cama observando aquele homem maravilhoso sua pele branca lisa suas pernas e bunda eram proporcionalmente lindas e bem torneadas como se esculpidas a mão. Ele se mexeu e deitei rápido fingindo que estava dormindo, ele não acordou e eu voltei a observá-lo, agora deitado de barriga para cima tive mais uma visão dos céus, seu abdômen e peitoral liso e definido, não bombado como supunha em meus pensamentos iniciais e sim definido como se esculpido a mão. Outra coisa que não pude deixar de notar foi seu notório volume entre as pernas, nada nele era pequeno, tudo em seu corpo era proporcional.

- Tá tudo bem ? - perguntou David com a voz de sono.

- Sim, tudo. - respondi completamente sem jeito por ser pego em flagrante.

Descemos para tomar café logo que acabamos nossa higiene matinal, Sr. Tony nos aguardava com um largo sorriso.

- Buongiorno bambinos!!! - falou animado Sr Tony.

- Buongiorno!!! - respondi ensaiando uma tarantela desengonçada.

Sr Tony era muito animado e por alguns momentos jurava notar certa estranheza de Kyara e David diante essa sua animação. Após o café me despedi dos simpáticos país de David que me fizeram jurar que voltaria lá mais vezes antes de ir embora. No caminho de volta para Dublin não pude deixar de comentar a felicidade é a alegria de Sr Tony.

- Como seus pais são incríveis! Sr Tony então é a alegria em pessoa! - comentei com o sorriso no rosto.

- Preciso te agradecer isso, a anos meu pai não sorria como hoje. - disse David em tom pensativo.

- Mas porquê? - indaguei confuso.

- Desde que ele veio pequeno para cá perdeu o contato com a família dele da Itália, a uns anos atrás através de um programa do governo italiano ele reencontrou um primo que tinha a mesma idade que ele mas a alegria durou pouco pois o Tio Giácomo estava com um câncer terminal e logo que se reencontraram ele faleceu. Desde então meu pai não esboçava um sorriso tão espontâneo como vimos ontem e hoje. Obrigado de verdade. - David disse isso com a mão em minha coxa enquanto a outra guiava o volante.

Não me contive e pus minha mão sobre a dele que em resposta segurou a minha com firmeza, fomos assim até a casa em que estava hospedado. Na porta ao me despedir dei-lhe um abraço rápido e tímido, da sacada pouco acima de nossas cabeças Ângelo nos observava com um olhar de quem não gostará do que havia visto. Ao subir para meu quarto fui parado por Ângelo assim que me aproximei da porta.

- Que lindo os pombinhos! - disse Ângelo com sorriso sarcástico.

- Tá falando do que Ângelo? - perguntei nervoso.

- Desde o inicio notei que você não curtia mulheres, principalmente pela sua cara ao conhecer a menina que estava com o teu cara. - sentenciou Ângelo.

- Olha não temos tanta intimidade para falarmos disso, melhor encerrar o papo por aqui. - disse me direcionando a porta do meu quarto a fim de evitar um maior conflito.

Antes mesmo de me virar Ângelo me puxou pelo braço e com seu corpo másculo e viril me jogou na parede colando seu corpo ao meu e sem a menor cerimônia me deu um beijo forte e selvagem. Nos primeiros momentos não tive reação à aquela atitude repentina, porém logo não resisti e cedi a aquele moleque com pegada de homem. A língua de Ângelo invadia minha boca enquanto suas mãos percorriam o caminho entre minha nuca e minha bunda, não tinha como não enlouquecer com aquela pegada latina, forte e sensual. Aos poucos fomos nos encaminhando para meu quarto, tranquei a porta e Ângelo já estava nu exibindo com orgulho seu mastro rijo que parecia ter vida própria, o corpo de Ângelo era esguio porém definido, tinha duas belas tatuagens uma na barriga próxima à cintura e outra no peito, observando por alguns segundos me dei conta não havia dado a Ângelo a devida atenção que ele merecia e me entreguei a um sexo selvagem que deixou marcas. Ângelo era um exímio caçador sabia como deixar sua presa atiçada a aceitar o perigo.

Acordei já era por volta das 4 da tarde havia perdido um dia de atividades pré planejadas e Ângelo tinha que ir trabalhar. Ao sair Ângelo me deu um beijo demorado e ardente o que deu a entender que não seria apenas sexo as intenções dele para comigo, mesmo sem saber interpretar bem o que estava acontecendo me entreguei e retribui. Estava decidido a sair e conhecer mais a cidade, me arrumei e sai conforme o planejado para dar uma volta pela cidade.

Próximo ao Temple Bar caminhava em meio a muitos turistas quando ao longe em um café avistei David e Mary, inicialmente fiquei feliz ao encontra-lo de maneira tão repentina e caminhei em sua direção, estando a poucos metros deles fui expectador de um beijo digno de cinema, fiquei paralisado com aquilo, minha primeira reação foi sair imediatamente para não ser visto pelos dois, na minha cabeça se passavam mil coisas em meio às lembranças da noite anterior, rapidamente cheguei em casa e liguei para Júlia, ela era a única sensata que poderia me dar os sacodes que precisava naquele momento. Depois de relatar toda a situação veio as tapas na cara que precisava, Júlia fez uma pausa longa prosseguida de um profundo suspiro:

- O que você foi fazer aí na Irlanda? Procurar um príncipe encantado ou conhecer a porcaria do país que desde criança você sonha em conhecer? Já reparou que todas as vezes que nos falamos foi sobre esse cara? Você ainda não me contou absolutamente nada sobre o que viu aí! Tudo que você fala gira em torno desse cara, para com isso já está virando doença! O que eu te falei antes de você sair daqui ? Lembra? Você não sabe nada dele, a família pode ser legal mas e ele? O que você realmente sabe dele? Acorda! Você está perdendo a viagem dos sonhos por nada. - disse Júlia em tom imperativo que em alguns momentos lembrou minha mãe me dando bronca.

- Você tem toda razão Júlia, estou me deixando levar pelas emoções. Vou seguir seus conselhos e vou esquecer isso tudo. - rapidamente mudei de assunto é contei sobre Ângelo - Tenho que te contar, o Ângelo um dos caras que dividem a casa aqui me deu uns pegas fortes ontemnão contei com tantos detalhes minhas aventuras com Ângelo porém ela ficou bem animada em ver que meu mundo não girava apenas ao redor de David.

Me despedi de Júlia e fiquei um tempo pensando em tudo que ela havia me falado e se tinha um ponto que ela havia toda razão em que eu não estava aproveitando a minha viagem que tanto planejei desde de criança, logo não fazia o menor sentido ficar ali naquela cama tendo uma cidade inteira por conhecer. Tomei um bom banho, me arrumei e as, na porta ao abrir dei de cara com David e Mary

- Oi tá de saída? Vim te chamar para beber quer ir ?

Por alguns instantes permaneci parado a porta pensando pensando em tudo que Júlia havia me falado e o real sentido de estar naquele lugar, não havia nenhum motivo real para negar o convite e acabei aceitando. Quando nos aproximamos da esquina de casa encontramos Ângelo que visivelmente fuzilou David com os olhos e de forma autoritária me perguntou:

- Pra onde você vai com ele?

- Estamos indo beber no Temple Bar, quer ir com a gente? - perguntei tentando aliviar as tensões.

- Só passar em casa e já encontro vocês lá. - respondeu Ângelo.

Chegamos em nosso destino é escolhemos uma mesa próxima a janela, logo pedimos uma Guinness que sem querer fazer propaganda é uma das cervejas mais deliciosas que provei em toda a minha vida, era estranho ver David e Mary juntos mas insistia em ordenar meus pensamentos e não por esse amor platônico na frente das outras coisas boas que poderiam me acontecer durante essa viagem. Falando em coisas boas em pouco tempo Ângelo chegou e se juntou a nós, ele havia tirado a barba rala e deixado apenas um bigodinho fino que ao mesmo tempo que me causava um riso ainda que discreto, me despertava fantasias. Outro detalhe que me alucinava era o cheiro do Ângelo, ele tinha um perfidamente cítrico que junto com seu cheiro forte de homem latino me deixava em estado de cio.

Ao chegar a nossa mesa Ângelo deu um breve boa noite e logo me deu um beijo longo e calmo, o qual nem eu nem nenhum dos presentes esperavam. Após o ‘beijo surpresa’ vi os olhos de David ficarem vermelhos e de uma forma até meio violenta ele puxou Mary para um beijo que visivelmente para ela estava desconfortável e sufocante. Ângelo numa atitude sarcástica esticou a mão a David para um cumprimento e um sorriso sarcástico como se tivesse ganho uma batalha, David visivelmente furioso levantou e aceitou o cumprimento de Ângelo ambos se olhando de maneira violenta, era eminente a briga desses dois e seríamos expulsos do bar, aflitos eu Mary nos entre olhamos sem ter o que fazer.

Continua...

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Comentários

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Curtindo a saga. or favor, não demora a postar a continuação. Um abraço carinhoso,

Plutão

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Adorando a história, linda espero q continue,parabéns

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