"O Cretino Irresistivél" Parte 6

Um conto erótico de Dany Bennitiz
Categoria: Homossexual
Contém 7338 palavras
Data: 09/04/2017 05:55:00
Última revisão: 09/04/2017 05:57:30

BENNETT

A queimação em meu peito era quase suficiente para me distrair da bagunça em minha mente. Quase. Aumentei a inclinação da esteira e intensifiquei meus movimentos. Pés batendo com força no chão, músculos pegando fogo, isso sempre funcionou. Era assim que eu vivia minha vida. Não havia nada que não pudesse conquistar se eu me esforçasse ao máximo: escola, carreira, família, mulheres. Merda. Homens.

Irritado, balancei a cabeça e aumentei o volume no iPod, esperando que isso me distraísse por tempo suficiente até conseguir alguma paz.

Eu deveria saber que não daria certo. Não importava o quanto eu me dedicasse, ele estaria sempre lá. Fechei os olhos e lembrei de tudo: meu corpo por cima dele, sentido suas pernas me envolvendo, suado, ansioso, querendo parar, mas sem conseguir. Estar dentro dele era a mais perfeita tortura. Saciava a fome que eu sentia no momento, mas, quando acabava, eu, como um viciado, era imediatamente consumido pela necessidade de ter mais. Era amedrontador, pois, naqueles momentos com ele, eu faria tudo que ele pedisse. E esse sentimento estava começando a aparecer em horas como agora, quando eu nem estava perto dele, mas desejava ser tudo o que ele precisasse. Eu sei, é ridículo.

Alguém puxou meu fone de ouvido e eu virei em direção à fonte do aborrecimento.

– O que foi? – eu disse, encarando meu irmão.

– Se continuar correndo desse jeito você vai acabar jogado no chão, Ben – ele respondeu, – O que foi que ele fez dessa vez para te irritar tanto?

– Quem?

Ele revirou os olhos.

– O Dan.

Senti meu estômago embrulhar com o som daquele nome e voltei minha atenção para a esteira.

– Por que você acha que isso tem alguma coisa a ver com ele?

– Porque eu não sou um maldito idiota.

– Nada está me incomodando. E mesmo se alguma coisa estivesse, por que diabos teria qualquer coisa a ver com ele?

Ele riu e balançou a cabeça.

– Nunca conheci alguém que provocasse esse tipo de reação em você. E sabe por que, não é? – ele desligou sua esteira e voltou toda a atenção para mim. Eu estaria mentindo se dissesse que aquilo não era um pouco irritante. Meu irmão era muito observador. Às vezes, observador demais. E, se tinha alguma coisa que eu não queria que ele observasse, era isso.

Mantive os olhos fixos à frente enquanto corria, tentando não encontrar seu olhar.

– Não, não sei, mas estou sentindo que você vai querer me explicar.

– Porque vocês dois são parecidos demais – ele disse, todo presunçoso.

– O quê?!

Várias pessoas olharam para nós ao ouvirem meu grito no meio da academia lotada. Bati no botão que parava a esteira e me virei para ele.

– Como você pode pensar isso? Nós não somos nada parecidos – eu estava suado, sem fôlego e exausto por correr mais de quinze quilômetros. Mas, naquela hora, o aumento na minha pressão sanguínea não tinha nada a ver com o exercício.

Henry tomou um longo gole de sua garrafa de água e continuou sorrindo.

– Quem você acha que está enganando? Nunca encontrei duas pessoas mais parecidas. Em primeiro lugar... – ele parou, limpando a garganta e levantando uma das mãos para contar dramaticamente seus argumentos – vocês dois são inteligentes, determinados, trabalham duro e são leais. E... – ele continuou, apontando para mim – ele é uma cara ousado e atrevido. Na verdade, ele é o primeiro homem em sua vida que consegue te encarar de frente e não fica te seguindo como um cachorrinho perdido. Você odeia saber que precisa disso.

Será que todo mundo estava louco? Claro, ele até poderia ser alguma dessas coisas. Nem mesmo eu posso deixar de admitir que ele era incrivelmente inteligente. E trabalhava duro, eu várias vezes me surpreendi com o quanto ele estava inteirado com nosso trabalho. Era definitivamente determinado, embora eu talvez descrevesse isso mais como teimosia ou obsessão. E, realmente, ninguém podia questionar sua lealdade. Afinal, ele teve milhões de oportunidades para me denunciar desde que começamos nosso joguinho safado.

Fiquei parado olhando para ele enquanto tentava formular uma resposta.

– Bom, sim, mas ele também é uma emissário do capeta desagradável.

Boa. Muito articulado, Bennett.

Descendo da esteira, rapidamente limpei a máquina e cruzei a academia tentando me livrar dele. Ele riu atrás de mim.

– Está vendo? Eu sabia que ele estava tirando você do sério.

– Vá se ferrar, Henry.

Comecei a me preparar para outro exercício quando ele parou ao meu lado, sorrindo como um gato que tinha acabado de pegar um canário.

– Bom, meu trabalho terminou por aqui – ele disse, esfregando as mãos e parecendo muito satisfeito consigo mesmo. – Acho que vou voltar para casa.

– Ótimo. Suma daqui.

Rindo, ele se virou para ir embora.

– Ah, mas antes que eu esqueça, a Mina perguntou se você conseguiu convencer o Dan a aceitar o convite para o jantar.

Assenti enquanto amarrava meu tênis.

– Ele disse que aceita.

– Será que eu sou a única pessoa que acha hilário que a mãe quer apresentar o Joel Cignoli para ele? – aquela sensação em meu peito surgiu novamente. Henry e eu crescemos com Joel. Ele era um cara decente, mas, só de pensar nos dois juntos, eu tinha vontade de socar alguma coisa. – Quer dizer, o Joel é muito legal – ele continuou –, mas o Dan é areia demais para ele, você não acha? – pude sentir Henry me encarando mais do que deveria. – Mas, se ele acha que tem chance, boa sorte, não é?

Comecei a fazer abdominais um pouco mais rápido do que o necessário.

– Vejo você mais tarde, Benny.

– Suma logo daqui – murmurei.

No domingo à noite, deitado na cama, revisei o plano em minha mente. Eu estava pensando demais nele, e de uma forma diferente. Eu tinha de me esforçar e passar uma semana sem tocá-lo. Seria como uma desintoxicação. Sete dias, eu consigo. Sete dias sem tocá-lo e essa coisa seria expulsa do meu sistema. Poderia finalmente seguir com minha vida. Mas havia algumas precauções que eu teria de tomar.

Primeiro, eu não poderia mais cair na tentação de discutir com ele. Por alguma razão, nossas discussões eram como um tipo doentio de preliminar. Segundo: chega de fantasiar sobre ele, nunca mais. Isso significava parar de reviver nossos encontros sexuais e parar de criar fantasias sobre novos encontros – e também parar de pensar nele nu ou em qualquer parte do corpo dele tocando qualquer parte do meu corpo. Chega disso tudo. E, em grande parte, as coisas pareciam estar indo de acordo com o plano. Eu estava em um constante estado de desconforto e a semana parecia se arrastar, mas, com exceção de algumas fantasias sem-vergonha, consegui manter o controle. Fiz o possível para me manter ocupado fora do escritório, mas, durante os momentos que fomos forçados a ficar juntos, eu mantive uma distância constante e, na maior parte do tempo, nós tratamos um ao outro com a mesma aversão educada de antes.

Mas juro que ele estava tentando me provocar. o Daniel parecia ficar mais sexy a cada dia. Algo sobre suas roupas, ou algo que fazia, ou como me olhava sempre jogava minha mente de volta para a sarjeta. Combinei comigo mesmo que não haveria mais “sessões” na hora do almoço. Eu tinha de por um fim nisso, e imaginá-lo enquanto eu me masturbava – inferno, imaginar ele se masturbando – não iria ajudar em nada.

Na terça-feira ela vestiu uma calça jeans preta uma camisa azul claro e os óculos de grau, que me remetiam a uma lembrança que não era coisa boa.

Na quarta-feira ele vestiu um terno risca de giz. Isso foi inesperadamente pior, pois eu não conseguia parar de pensar nele como uma mafioso italiano safado, como seria tirar aquelas calças de suas longas pernas.

Na quinta-feira, ele usou a infernal calça vermelha o terror de toda a minha vida a ruína do meu ser. Em uma reunião nesse dia quando se abaixou para pegar minha caneta, eu tive uma bela visão da sua bunda torneada e bronzeada. Apenas uma dessas vezes foi de propósito. Na sexta-feira, pensei que iria explodir. Não tinha batido uma na semana inteira, e, por causa disso, eu estava andando por aí com o pior caso de saco roxo que a humanidade já presenciou. Enquanto me dirigia para o escritório na sexta-feira de manhã, eu rezava para que ele faltasse no trabalho, por motivos médicos ou algo assim. Mas, por alguma razão, não achava que teria tanta sorte. Eu estava excitado e com um humor particularmente ruim e, quando abri a porta do escritório, quase tive um ataque do coração. Ele estava meio que de quatro trocando o mouse na cpu do computador, usando uma calça cinza escura. Cada curva da sua maravilhosa bunda estava delineada naquela calça, mais uma para meu pesadelo. Alguém lá em cima realmente me odiava.

– Bom dia, sr. Ryan! – ele disse amigavelmente, fazendo eu parar quando passei ao seu lado. Alguma coisa estava diferente. Ele nunca falava comigo com aquela doçura toda, Olhei com desconfiança.

– Bom dia, sr. Bennitiz, Você parece estar com um humor excepcionalmente cordial hoje. Por acaso alguém morreu?

O canto de sua boca mostrou um sorrisinho diabólico.

– Ah, não. Estou apenas animado para o jantar de amanhã e para conhecer seu amigo Joel. Henry me contou tudo sobre ele. Acho que podemos ter muita coisa em comum.

Filho da puta.

– Ah, certo. O jantar. Tinha esquecido completamente. Sim, você e o Joel... Bom, já que ele é um filhinho de mamãe e você é um ser demoníaco insuportável, vocês dois podem encontrar uma conexão amorosa realmente espetacular. Mudando de assunto, eu adoraria uma xícara de café se você estiver indo para a cafeteria – virei e entrei na minha sala.

De repente pensei que talvez não fosse prudente pedir um café. Um dia desses ele poderia colocar alguma coisa nele. Arsênico, por exemplo.

Antes mesmo que eu pudesse sentar, ele bateu na porta.

– Entre.

Ele colocou o café com tanta força que até espirrou um pouco na mesa, que, como ele sabia perfeitamente, era caríssima. Então, me encarou.

– Vamos fazer a reunião da agenda da semana? – ele estava de pé na frente da minha mesa, debaixo de um raio de sol. Sombras caíam sobre seu corpo, e mostrando um volume na frente e acentuando a curva perfeita da sua bunda. Merda, eu queria foder ele ali mesmo, no chão da minha sala sobre aquele raio de sol.

Eu tinha de sair dali.

– Não. Esqueci que tenho uma reunião no centro da cidade hoje à tarde. Então, vou sair daqui a dez minutos e não vou voltar. Envie os detalhes da agenda para mim por e-mail – respondi rapidamente, dirigindo-me para a segurança da minha cadeira.

– Não estou sabendo de nenhuma reunião fora da empresa hoje – ele disse com ceticismo.

– Não, claro que não – eu disse. – É uma coisa pessoal.

Quando ele não respondeu, eu dei uma olhada em seu rosto e vi uma expressão estranha. O que era aquilo? Ele obviamente parecia irritado, mas havia algo mais. Será que estava... com ciúme?

– Ah – ele respondeu, mordendo o lábio inferior. – É com alguém que eu conheço? – ele nunca perguntava esse tipo de detalhe. – Quer dizer, apenas no caso de seu pai ou seu irmão precisarem te encontrar.

– Bom... – fiz uma pausa, tentando torturá-lo por um instante. – Nos dias de hoje, se alguém precisar falar comigo, eles podem ligar no meu celular. Você deseja mais alguma coisa, sr. Bennitiz?

Ele hesitou por um momento antes de levantar o queixo e endireitar os ombros.

– Já que você não vai estar aqui, eu gostaria de começar meu fim de semana mais cedo. Talvez fazer umas compras para amanhã à noite.

– Sem problema. Vejo você amanhã – nossos olhos se encontraram, e a eletricidade no ar era tão palpável que pude sentir meu coração acelerar.

– Tenha uma boa reunião – ele disse com os dentes cerrados, antes de sair e fechar a porta. Fiquei aliviado quando ouvi o Daniel ir embora, quinze minutos mais tarde. Quando decidi que era seguro, juntei minhas coisas e saí. Fui interrompido por um homem carregando um grande arranjo de flores, uma caixa pequena.

– Posso ajudar? – perguntei.

Olhando em seus papéis, ele olhou ao redor e disse:

– Eu tenho uma entrega para o sr. Daniel Bennitiz.

Mas que...? Quem diabos mandaria flores para ele? Será que ele tava saindo com alguém enquanto nós...? Eu nem conseguia terminar esse pensamento.

– O sr. Bennitiz saiu para almoçar. Ele voltará em cerca de uma hora – menti. Eu tinha de olhar o cartão – Pode deixar que eu assino o recebimento e entrego pra ele – ele colocou as flores em cima da mesa.

Assinando rapidamente o recibo, dei uma gorjeta e ele foi embora. Por três longos minutos fiquei de pé observando as flores, tentando me convencer a deixar de ser uma mocinha e a definitivamente não olhar o cartão. Rosas. Ele odiava rosas. Tive de rir, pois, seja lá quem enviou, não sabia nada sobre ele. Até eu sabia que ele não gostava de rosas. Uma vez a ouvi conversar com o Samuel sobre alergia ou coisa assim e também não gostava do perfume forte. No fim, minha curiosidade venceu e eu tirei o cartão do arranjo.

Estou animado para o nosso jantar, por isso tomei a liberdade de mandar Rosas e chocolates,

Joel Cignoli

Aquela sensação estranha voltou a se espalhar lentamente pelo meu peito enquanto eu amassava o cartão. Tirando as flores de sua mesa, andei até a porta, tranquei a fechadura e me dirigi para o elevador. Assim que as portas se abriram, passei ao lado de uma grande lata de lixo cromada e, sem pensar duas vezes, joguei fora o arranjo e tudo mais.

Eu não sabia que diabos estava acontecendo comigo. Mas sabia com toda certeza que aqueles dois não podiam sair juntos de jeito nenhum.

Passei a maior parte do sábado correndo perto do lago, tentando tomar um pouco de ar, manter uma distância e clarear meus pensamentos. Mesmo assim, a viagem de uma hora de carro até a casa dos meus pais proporcionou tempo suficiente para o emaranhado de frustração voltar a se instalar na minha mente: o Daniel, o quanto eu a odiava, o quanto eu a desejava, as flores que Joel enviou. Esticando-me no banco do carro, tentei deixar que o som do motor me acalmasse. Não estava funcionando.

Então, o fato era o seguinte: eu me sentia possessivo em relação a ele. Não de um jeito romântico, mas de um jeito troglodita do tipo “golpeie-o na cabeça, arraste-a pelo cabelo até a caverna e foda ele de todas as formas”. Como se ele fosse meu brinquedo e eu tivesse que manter os outros meninos do parquinho longe dele. Isso não é doentio? Se o Daniel me ouvisse admitir isso, ele cortaria meu saco e me daria para comer, ainda lembro do murro que me deu no rosto naquele dia. Agora, a questão era como proceder. Obviamente, Joel estava interessado. Como poderia não estar? Tudo que ele tinha eram as informações que a minha família passava, e eles obviamente gostavam dele e tenho certeza que mostraram pelo menos uma fotografia. Se eu só tivesse essas informações, também me interessaria. Mas não havia como ele conversar com ele de verdade sem perceber o demônio que ele é. A não ser que ele quisesse apenas trepar com ele...

O som do couro no volante do carro sendo apertado pela minha mão me disse que era melhor não pensar muito nisso.

Ele não teria concordado em encontrá-lo na casa dos meus pais se tudo que quisesse fosse sexo, não é? Pensei sobre isso. Talvez ele realmente quisesse apenas conhecê-lo melhor. Inferno, até eu tenho de admitir que fiquei um pouco intrigado antes de nos encontrarmos cara a cara. É claro, isso não durou muito, e ele acabou se revelando a pessoa mais irritante que eu já tinha conhecido.

Infelizmente para mim, ele também era a melhor transa que eu já tive.

Merda, era melhor que ele não fosse tão longe com ele. Eu não saberia como esconder um corpo nessas redondezas.

Ainda lembro da primeira vez em que o vi. Meus pais foram me visitar no Natal quando eu morava no exterior, e um dos meus presentes foi um porta-retratos digital. Enquanto olhava as fotos com minha mãe, parei a sequência em uma foto dos meus pais com uma lindo garoto dos cabelos acobreados..

– Quem é esse com você e o pai? – perguntei. Minha mãe contou que seu nome era Daniel Bennitiz e que trabalhava como assistente do meu pai, e que era maravilhoso e tal. Ele devia ter apenas vinte anos na foto, mas sua beleza natural era arrebatadora.

Com o passar dos anos, seu rosto frequentemente aparecia nas fotos que minha mãe me enviava; em reuniões na empresa, festas de Natal e até festas na casa dos meus pais. Seu nome ocasionalmente surgia quando minha família relatava os acontecimentos do trabalho e da vida em geral.

Então, quando foi decidida a minha volta para a empresa, meu pai explicou que o Daniel estava cursando a Northwestern e que sua bolsa requeria experiência prática. Disse também que meu cargo seria um objeto de estudos perfeito para o MBA dele. Minha família o amava e confiava nele, e o fato de meu pai e irmão não terem qualquer reserva sobre sua habilidade de lidar com o trabalho ajudou a me convencer. Concordei imediatamente. Fiquei um pouco preocupado que minha apreciação por sua beleza pudesse interferir na habilidade de ser seu chefe, mas rapidamente me tranquilizei, pensando que o mundo está cheio de homens bonitos e que eu conseguiria separar as coisas com facilidade.

Como fui idiota.

E agora eu conseguia enxergar todos os erros que cometi nos últimos meses. Mesmo naquele primeiro dia, tudo estava se encaminhando para isto.

Para piorar as coisas, parecia que ultimamente eu não conseguia transar com mais ninguém sem pensar nele. Eu estremecia só de lembrar da última vez em que tinha tentado.

Aconteceu alguns dias antes do Incidente da Janela – era assim que eu chamava nossa primeira transa. Eu precisava participar de um evento de caridade. No escritório, fiquei admirado ao ver o Daniel com um terno preto e gravata borboleta incrivelmente sexy que eu nunca tinha visto antes. No instante em que o encontrei, desejei jogá-lo na mesa e foder sem piedade.

Passei toda aquela noite com um lindo rapaz loiro ao meu lado, mas estava totalmente distraído. Eu sentia que estava chegando ao meu limite e que eventualmente iria explodir. Mal sabia eu que aquilo não iria demorar. Tentei provar a mim mesmo que o Daniel não estava influenciando minha mente e fui para casa com rapaz. Entrando em seu apartamento, nós nos beijamos e tiramos rapidamente a roupa, mas tudo parecia estranho. Não é que ele não fosse gostoso e interessante, mas, quando o deitei na cama, o que visualizei foram cabelos acobreados nos travesseiros. Quando beijei seu peito, eu queria sentir seu cheiro amadeirado – e não cítrico como o dele. E, mesmo quando coloquei a camisinha e me posicionei em cima dele, eu sabia que o rapaz loiro era apenas um corpo sem rosto que eu estava usando para minhas necessidades egoístas. Tentei manter Daniel longe dos meus pensamentos, mas fui incapaz de evitar a imagem proibida de como seria tê-lo debaixo de mim. Foi apenas por pensar nessa imagem que eu consegui gozar com força, rapidamente saindo de cima do cara loiro, odiando a mim mesmo. Agora, relembrando o incidente, eu estava ainda mais enojado do que no momento em que aconteceu, pois percebia que, naquele momento, eu permitira que ele entrasse na minha mente e permanecesse lá.

Se eu conseguisse passar por esta noite, as coisas poderiam ficar mais fáceis. Estacionei o carro e comecei a dizer em minha mente: Você consegue. Você consegue.

– Mãe? – chamei, olhando em cada cômodo por que passava.

– Estou aqui, Bennett – ouvi sua resposta vindo do quintal dos fundos.

Abri as portas francesas e fui recebido com o sorriso da minha mãe enquanto ela colocava os toques finais na mesa que ficava lá fora.

Abaixei para que ela pudesse me dar um beijo.

– Por que vamos comer aqui fora?

– A noite está tão linda, pensei que poderia deixar as pessoas mais confortáveis aqui do que sentadas naquela sala de jantar. Você acha que alguém vai se importar?

– É claro que não – eu disse. – É lindo aqui fora. Não se preocupe.

E estava mesmo lindo. O jardim possuía uma grande pérgola branca cujas vigas estavam cobertas de vegetação. No centro havia uma grande mesa para oito pessoas, coberta por uma delicada toalha de renda branca, sobre a qual estava a louça favorita de minha mãe. Velas e flores azuis descansavam sobre pequenos suportes de prata, e um candelabro de aço brilhava acima de tudo.

– Você sabe que nem mesmo eu consigo evitar que a Sofia rasgue essas coisas da mesa, não é? – coloquei uma uva na boca.

– Ah, ela vai ficar com os pais da Mina hoje. Melhor assim – ela disse. – Se a Sofia viesse hoje, ela acabaria roubando toda a atenção.

Merda. Com a Sofia fazendo caretas na minha frente, eu teria algo para me distrair do Joel.

– Hoje a noite é toda para o Dan. E estou realmente esperançosa que ele e Joel gostem um do outro – minha mãe continuou arrumando o jardim, acendendo velas e fazendo ajustes de última hora, completamente alheia à minha angústia.

Eu estava ferrado. Enquanto considerava sair correndo de lá, ouvi Henry chegar – com pontualidade, desta vez.

– Onde está todo mundo? – ele gritou, com sua voz grave ecoando pela casa vazia. Abri a porta para minha mãe, nós entramos e encontramos meu irmão na cozinha.

– E então, Ben – ele começou, apoiando seu grande corpo no balcão –, está animado para o jantar?

Esperei até nossa mãe sair novamente para o jardim e o encarei com um olhar cético.

– Acho que sim – respondi, todo casual. – Acho que a mãe fez torta de limão. Minha favorita.

– Você é tão metido. Quero só ver quando o Joel começar a flertar com o Dan na frente de todo mundo. Isso pode tornar a noite muito interessante, você não acha?

Ele estava arrancando um pedaço de pão de uma das grandes tigelas do balcão da cozinha, quando sua esposa, Mina, entrou e deu um tapa em sua mão.

– Você quer deixar sua mãe maluca estragando seu apetite para o jantar que ela planejou tanto? Comporte-se, Henry. E nada de provocar ou fazer piadinhas com o Dani. Você sabe que ele deve estar uma pilha de nervos. Deus sabe que ele já tem de aguentar o bastante com esse ai – ela disse, apontando para mim.

– Do que você está falando? – eu já estava cansando desse fã clube do Daniel Bennitiz. – Eu nunca fiz nada pra ele.

– Bennett – meu pai apareceu na porta, gesticulando para mim. Eu o segui para fora da cozinha e entramos em seu escritório. – Por favor, comporte-se no jantar. Eu sei que você e o Daniel não se dão bem, mas estamos em casa, não no seu trabalho, e eu espero que você o trate com respeito.

Apertei meu queixo com força e concordei balançando a cabeça, pensando em todas as maneiras como eu tinha faltado com respeito nas últimas semanas.

Enquanto eu estava no lavabo, Joel chegou, trazendo uma garrafa de vinho e algumas variações de seus cumprimentos exagerados: um “Você está linda” para minha mãe, um “Como vai o bebê?” para Mina e uma sólida combinação de aperto-de-mão-e-abraço-másculo para Henry e o meu pai.

Esperei um tempo no corredor, mentalmente me preparando para o resto da noite. Tínhamos uma boa amizade com Joel quando éramos crianças e durante a escola. Eu ainda não o tinha encontrado desde que voltei de Paris, mas ele não tinha mudado muito. Joel era um pouco mais baixo do que eu, com um corpo esguio, cabelo preto e olhos azuis. Ele era um cara bonito, não tanto quanto eu, claro.

– Bennett! – aperto de mão, abraço másculo. – Cara, há quanto tempo não nos vemos?

– É verdade, Joel. Acho que desde o colegial – respondi, apertando sua mão com firmeza – Como você está?

– Estou ótimo. As coisas estão indo muito bem. E você? Vi sua foto em várias revistas, então acho que também está indo muito bem, não é? – ele deu tapinhas em minhas costas.

Que babaca.

Assenti ligeiramente e forcei um sorriso. Decidi que precisava de mais um tempo para pensar, então pedi licença e subi as escadas até meu antigo quarto.

Simplesmente entrar pela porta já fez com que eu me sentisse mais calmo. O quarto pouco mudou desde os meus dezoito anos. Mesmo quando eu estava fora do país, meus pais o mantiveram praticamente do mesmo jeito que estava quando entrei na faculdade. Sentado na minha antiga cama, pensei em como me sentiria se o Daniel realmente se envolvesse com o Joel. Ele era sim um cara legal e, apesar de odiar admitir, definitivamente havia uma chance de eles se darem bem. Mas o pensamento de outro homem tocando a pele dele fazia cada músculo em meu corpo se contrair. Lembrei daquele momento no carro quando eu disse a ele que não conseguia parar. Mesmo agora, com toda minha pose de durão, não sei se conseguiria.

Ouvi uma nova rodada de cumprimentos e a voz de Joel no andar de baixo, então decidi que era hora de descer e encarar a realidade.

Quando pisei no último degrau, eu o vi. Ele estava de costas para mim... e o ar sumiu dos meus pulmões.

Deus o senhor me odeia?

Era uma calça jeans preta skyner super justa (como todas as outras), uma camisa gola V branca um tênis Adidas branco, os cabelos estavam revoltos , mais a cereja do boleto era uma corrente de prata bem fininha que pendia no seu maravilhoso pescoço e terminava com um crucifixo no meio do peito e os óculos de grau que dava uma ar de intelectual-bady boy sexy...resumindo uma tentação, olhei para o Idiota do Joel ele estava babando, fechei meu punho com tanta força que seria capaz de quebrar uma pedra.

Nossos olhos se encontraram e ele sorriu de uma maneira tão genuína e feliz que, por um segundo, eu até acreditei.

– Olá, sr. Ryan.

Meus lábios tremeram com a diversão de vê-lo fingir que não havia nada de peculiar naquele encontro com minha família.

– Olá, Sr. Bennitiz – respondi com um aceno de cabeça. Nossos olhares não se separaram, mesmo quando minha mãe chamou todos ao jardim para as bebidas antes do jantar.

Quando o Daniel passou por mim, virei a cabeça e falei numa voz baixa o bastante para que apenas ele ouvisse:

– Teve uma boa tarde de compras ontem?

Seus olhos encontraram os meus, com aquele mesmo sorriso angelical de antes.

– Você adoraria saber, não é? – ele passou por mim e eu senti meu corpo inteiro enrijecer. – E, por falar nisso, uma nova linha de cuecas chegou ontem – ele sussurrou antes de seguir os outros para o jardim. Parei e meu queixo caiu enquanto eu me lembrava da nossa escapadinha no provador da Armani. Na minha frente, Joel se inclinou para perto dele.

– Espero que você não tenha se incomodado com as flores é os chocolates que enviei para seu escritório ontem. Admito que foi um pouco demais, mas eu estava mesmo animado para te conhecer – senti um nó na barriga quando as palavras do Joel me arrancaram daquele meu devaneio safado.

Ele virou para trás e me olhou.

– Flores? Eu recebi flores?

Dei de ombros e balancei a cabeça.

– Eu saí mais cedo, lembra? – comecei a caminhar para o jardim e fui preparar um drinque, um gimlet com vodca Belvedere.

Ao longo da noite, eu não pude evitar seguir cada movimento do Daniel com o canto dos olhos. Quando o jantar finalmente chegou, estava aparente que as coisas iam relativamente bem entre os dois. Ele até estava flertando com ele.

– Então, Daniel, o senhor e a senhora Ryan me contaram que você nasceu em Dakota do Norte? – a voz de Joel interrompeu outra de minhas fantasias (que desta vez era do meu punho acertando a cara dele). Olhei e o vi sorrindo para ele.

– É isso mesmo. Meu pai foi fuzileiro naval e teve toda uma carreira militar lá em Bismarck. Nunca fui um garoto de cidade grande. Até mesmo a cidade de Fargo parecia gigante para mim – uma pequena risada abafada escapou da minha boca, e os olhos dele dispararam em minha direção. – Achou isso engraçado, sr. Ryan?

Sorri com o canto dos lábios enquanto tomava um gole do meu drinque, observando-a por cima da taça.

– Desculpe, sr. Bennitiz Só acho fascinante você não gostar de cidade grande, mas mesmo assim escolher a terceira maior cidade dos Estados Unidos para cursar a faculdade e... fazer tudo o mais.

A expressão em seus olhos dizia que, se a circunstância fosse outra, eu agora estaria pelado em cima dele – ou deitado em uma poça do meu próprio sangue.

– Na verdade, sr. Ryan – ele começou, voltando a mostrar um sorriso –, meu pai se casou novamente e, já que minha mãe nasceu aqui, decidi morar em Chicago para passar mais tempo com ela. Isso foi antes dela falecer – o Daniel me encarou por um momento e admito que senti uma pontada de culpa em meu peito. Mas essa pontada sumiu rapidamente quando ele voltou a olhar para Joel, mordendo o lábio de um jeito inocente que apenas ele conseguia fazer parecer tão sexy.

Pare de flertar com ele agora!!.

Apertei os punhos enquanto eles continuavam conversando. Mas, alguns minutos mais tarde, eu congelei. Será que eu senti...? Soltei um sorriso enquanto tomava um gole do meu drinque. Sim, definitivamente o que eu estava sentindo era o pé dele subindo pela minha perna debaixo da mesa. Maldito garoto atrevido, se insinuando para mim enquanto conversava com um cara que, nós dois sabíamos, não conseguiria satisfazê-lo. Observei seus lábios enquanto se abriam para receber o garfo e meu pau endureceu quando vi sua língua lentamente lamber o resto de molho deixado pelo peixe.

– Uau, entre os primeiros da sua classe na Northwestern? Impressionante – disse Joel, que então se virou e olhou para mim. – Aposto que você está contente em ter uma pessoa tão maravilhosa trabalhando duro para te satisfazer, não é?

Ele engasgou, levantando o guardanapo para cobrir a boca. Eu sorri e olhei ligeiramente para ele e depois de volta para Joel.

– Sim, é absolutamente incrível ter o sr.Bennitiz trabalhando duro para mim. Ele sempre faz um ótimo trabalho em todas as posições.

– Ah, Bennett. Isso é gentileza sua – interveio minha mãe, e fiquei assistindo o rosto do Daniel se tornar vermelho. Meu sorriso se desfez quando senti seu pé se aproximar do meio das minhas pernas. Então, com delicadeza, ele pressionou minha ereção. Caralho. Foi minha vez de engasgar com meu drinque.

– Você está bem, sr. Ryan? – ele perguntou com uma preocupação fingida e eu assenti, olhando com raiva em sua direção. Ele deu de ombros e então voltou a olhar para Joel. – Então, e quanto a você? Sempre morou em Chicago?

Com a ponta do sapato, ele continuou esfregando gentilmente o meu pau e eu tentei manter a respiração controlada e a expressão neutra. Quando Joel começou a contar sobre sua infância e nosso período na escola, para depois finalmente contar sua história de sucesso na profissão, eu fiquei observando a expressão dele mudar de um interesse falso para uma curiosidade genuína.

Ah, não, nem pensar.

Estiquei minha mão esquerda debaixo da toalha de mesa e encontrei a pele de seu calcanhar. Observei o pequeno sobressalto que ele teve quando o toquei. Movi os dedos em pequenos círculos, corri o polegar ao longo da sua perna, sentindo-me mais presunçoso a cada vez que ele precisava pedir que Joel repetisse o que tinha dito. Mas então ele mencionou que gostaria de almoçar com ele em algum dia da semana. Minha mão cobriu o pé inteiro e pressionei ainda mais firme contra meu pau.

Ele sorriu com o canto da boca.

– Você pode me emprestar ele para um almoço, não é Bennett? – perguntou Joel com um sorriso alegre. Seu braço estava pousado atrás da cadeira dele. Tive de me controlar muito para não pular em cima da mesa e arrancar aquele braço dele.

– Ah, e por falar em almoços, Bennett – interrompeu Mina, batendo em meu braço com sua mão –, você se lembra do irmão da minha amiga, o Toddy? Você a conheceu no mês passado na minha casa. Vinte poucos anos, com a minha altura, loiro, olhos azuis. Enfim, ele pediu seu telefone. Você está interessado?

Olhei rapidamente para o Daniel quando senti o tendão de seu pé ficar tenso, e vi que ele praticamente parou de respirar esperando a resposta.

– É claro. Você sabe que prefiro as loiros. Pode ser uma boa mudança de ares para mim.

Tive de abafar um grito quando ele apertou o ponta do sapato contra minhas bolas. Continuou a apertar por um momento enquanto levava o guardanapo até a boca e passava no canto dos lábios.

– Com licença, preciso ir ao banheiro – ele disse.

Assim que ele entrou na casa, minha família inteira se voltou contra mim.

– Bennett – meu pai disse secamente –, já conversamos sobre isso.

Peguei meu drinque e levei até a boca.

– Não sei do que você está falando.

– Bennett – acrescentou minha mãe –, eu acho que você deveria ir se desculpar.

– Pelo quê? – perguntei, colocando o drinque na mesa com um pouco de força demais.

– Ben! – meu pai disse com firmeza, deixando claro que aquilo era uma ordem. Joguei o guardanapo na mesa e me levantei. Andei com passos duros pela casa, procurando pelos banheiros, até finalmente chegar ao terceiro andar, onde a porta do banheiro estava fechada. De pé do lado de fora, com minha mão pousada na maçaneta, comecei um debate em minha mente. Se entrasse lá, o que aconteceria? Havia apenas uma coisa na qual eu estava interessado, e com certeza não era pedir desculpas. Pensei em bater na porta, mas tinha certeza que ele não iria me convidar para entrar. Tentei ouvir os sons lá dentro, procurando por qualquer sinal de movimento. Nada. Finalmente, virei a maçaneta, e me surpreendi por não estar trancada.

Eu entrei naquele banheiro poucas vezes desde que minha mãe o reformou. Era um espaço moderno muito bonito, com um balcão de mármore feito sob medida e um grande espelho que cobria uma parede. Acima de uma mesinha, ficava uma pequena janela que dava para o jardim lá embaixo. Ele estava sentado no banco em frente à mesa, olhando para o céu.

– Veio para continuar sendo um idiota? – ele perguntou. Então tirou os óculos e limpou as lentes na própria camisa mostrando um pouco da sua barriga lisa.

– Eles me enviaram para ver como estão os seus tão delicados sentimentos bestiais– estiquei o braço para trás e tranquei a porta. O clique ecoou no silêncio do banheiro.

Ele riu e olhou em meus olhos pelo espelho. Ele parecia completamente calmo, mas eu podia enxergar o subir e descer de seu peito; ele na verdade estava tão nervoso quanto eu.

– Posso garantir que estou muito bem – colocou novamente os óculos. Então levantou e começou a andar até a porta. – Estou acostumado com você agindo como um imbecil. Mas o Joel parece legal. É melhor eu descer.

Coloquei a mão na porta e me inclinei, aproximando-me de seu rosto.

– Eu acho que não – meus lábios rasparam levemente em sua orelha, e ele estremeceu com o contato. – Veja bem, ele quer uma coisa que é minha, e ele não pode ter isso.

Ele me encarou.

– Por acaso estamos no século passado? eu sou alguma propriedade sua ?Me deixe passar. Eu não sou seu.

– Você pode até pensar assim – sussurrei, com meus lábios pairando sobre a base de seu pescoço –, mas seu corpo – eu disse, passando minhas mãos no meio das pernas dele e sentindo o seu pau endurecer no mesmo instante – pensa de outro jeito.

Seus olhos se fecharam e ele soltou um gemido quando minha mão segurou com força.

– Vá se foder.

– É só você pedir – eu disse em seu pescoço.

Ele soltou uma risada trêmula, e eu a empurrei contra a porta do banheiro. Agarrando suas duas mãos, eu as levantei sobre sua cabeça, segurando-as firmemente e me inclinando para beijar sua boca. Senti sua resistência e balancei a cabeça, apertando ainda mais.

– Vamos, é só pedir – eu repeti, pressionando meu pau duro em sua barriga.

– Oh, Deus...Bennett – ele disse quando baixou a cabeça para o lado, permitindo acesso a seu pescoço. – Não podemos fazer isso aqui.

Corri meus lábios por seu pescoço. Segurando seus dois pulsos com uma mão, levantei meu outro braço e lentamente desabotoei sua calça puxando a mesma pra baixo deixando ele de camisa e cueca. Merda. Será que esse cara não tinha nenhuma peça de roupa que não me fizesse quase gozar nas calças imediatamente? Passei a boca pelo seus ombros mordendo, chupando seu cheiro me enlouquecia eu ficava literalmente fora de mim.Quando eu enfiei a mão dentro da cueca e apertei forte suas bolas ele quase perde o equilíbrio.

– Shhh... – sussurrei contra sua pele.

– Mais – ele disse. – De novo.

Eu o virei contra a porta e acertei um tapa na sua bunda por cima da cueca ele empinou mais a bunda pra mim. juntando nossos corpos com mais firmeza. Levantei e prendi novamente suas mãos em cima da cabeça, eu queria urgentemente me enterrar fundo nele e o manter preso na parede até todos irem embora, principalmente o idiota do Joel.

O som de risadas subiu até o banheiro através da janela e pude sentir sua tensão. Um longo momento passou antes que seus olhos se encontrassem com os meus.

– Nós não deveríamos estar fazendo isso – ele disse finalmente, balançando a cabeça. – Ele está esperando por mim – ele tentou me afastar sem muito esforço, mas eu o mantive preso.

– Você realmente quer ele? – perguntei, sentindo uma onda de possessividade ferver dentro de mim. Ele continuou me encarando pelo espelho, mas não disse nada.

Eu o tirei da porta e levei para próximo da janela fiquei exatamente atrás dele. De onde estávamos, tínhamos vista privilegiada do jardim e das pessoas jantando.

Puxei suas costas até meu peito e levei minha boca até sua orelha.

– Você consegue ver ele? – perguntei, com minhas mãos deslizando em sua bunda. – Olhe para ele – desci as mãos até sua barriga, passando pelo umbigo até chegar no seu pau. – Ele consegue fazer você se sentir assim? – meus dedos se fecharam no seu pau com força. Um suspiro grave escapou da minha boca quando senti o quanto de pré-gozo estava saindo dele. – Ele consegue te deixar excitado desse jeito?

Ela gemeu e pressionou a bunda no meu pau.

– Não...

– Diga o que você quer – sussurrei em seu ombro.

– Eu... eu não sei,

– Você sabe o que quer.

– Quero sentir você dentro de mim – ele não precisava pedir duas vezes. Eu rapidamente abri e abaixei minhas calças, raspando meu corpo em sua bunda antes de agarrar sua cueca.

– Rasgue – ele sussurrou.

Eu nunca fora capaz de ser tão selvagem e rude com ninguém antes, e com ele isso parecia tão certo. Puxei e a cueca não ofereceu resistência nenhuma, rasgou com facilidade. Joguei a peça no chão, passando minhas mãos em sua pele nua e deslizando meus dedos desde seus braços até as mãos, que agarrei e pressionei contra a mesa em frente. Ele era uma visão fenomenal: as costas arqueadas, a bunda arrebitada em plena exibição. Nós dois gememos quando me alinhei e enterrei fundo. Curvando-me, beijei seu ombro e soltei outro

“shhh” em suas costas.

Mais risadas vieram lá de fora. Joel estava lá embaixo. Joel, que era um cara legal, mas que queria tirar ele de mim. A imagem era suficiente para me fazer estocar com mais intensidade.

Seus gemidos abafados me fizeram sorrir, e eu o recompensei aumentando o ritmo. Uma parte doentia de de mim sentia satisfação por deixar Daniel sem voz.

Ele estava sem ar, os dedos procurando apoio, e meu pau duro dentro dele, penetrando mais forte sempre que ele tentava produzir um som, mas não conseguia.

Falando gentilmente em seu ouvido, perguntei se ele queria ser fodido. Perguntei se ele gostava que eu falasse palavrões, se gostava de me ver safado daquele jeito, enfiando forte até deixá-lo machucado. Ele balbuciou um sim e, quando eu mexi mais rápido e mais forte, ele implorou por mais. Os frascos de perfume em cima da mesa estavam tremendo e derramando com a força de nossos movimentos, mas eu não conseguia achar forças para me importar. Agarrando seu cabelo, puxei-a para cima até suas costas se alinharem com meu peito.

– Você acha que ele pode fazer você se sentir assim?

Continuei entrando e saindo, forçando-a a olhar pela janela.

Eu sabia que estava me perdendo. As paredes que eu erguia para me proteger estavam desabando ao meu redor, mas eu não me importava. Eu precisava que ele lembrasse de mim quando fosse dormir. Queria que ele sentisse meu corpo quando fechasse os olhos e se punhetasse, que pensasse na maneira como eu o fodia. Minha mão livre subiu ao lado da sua cintura e chegou ao seu mamilo, apertei com bastante força.

– Não – ele gemeu. – Desse jeito não – deslizando minha mão novamente, segurei sua bunda com força abrindo-o ainda mais e permitindo que eu entrasse mais fundo.

– Você consegue sentir como se encaixa perfeitamente em mim? – grunhi em seu pescoço. – Você gosta tanto disso. Quando voltar lá pra baixo, quero que lembre disso. Lembre do que faz comigo.

A sensação estava ficando insustentável e eu sabia que eu estava quase lá. Estava mais do que desesperado. Eu o desejava como se fosse uma droga, e a sensação consumia todos os meus pensamentos. Tomando sua mão, entrelacei nossos dedos e os movi para seu pau duro, com ambas as mãos mexendo e provocando. Gemi ao sentir meu pau indo e vindo.

– Você está sentindo isso? – sussurrei em seu ouvido, esticando nossos dedos para que caíssem nos dois lados de mim.

Ele soltou um grito abafado, possivelmente o som do meu nome, quando seu corpo ficou tenso e apertou meu pau com força.

Depois que seus olhos se fecharam e os lábios relaxaram num suspiro de satisfação, comecei a tomar aquilo de que precisava: mais rápido agora, observando pelo espelho a maneira como a bunda dele balançava com as minhas estocadas.

O orgasmo começou a rasgar através do meu corpo. Eu mordi seu ombro para abafar o grito que seria seu nome – fechei os olhos e deixei que a onda me tomasse. Minhas últimas estocadas foram profundas e fortes, e eu me derramei dentro dele.

Abri os olhos e beijei sua mão antes de soltar, deitei minha testa em seu ombro. As vozes lá embaixo, que não suspeitavam de nada, continuavam chegando até nós. Ele se deitou em mim e ficamos lá em silêncio por alguns instantes.

Lentamente, ele começou a se afastar, e eu não gostei da separação. Observei enquanto ele ajeitava a calça. Quando me abaixei para subir as calças, peguei a cueca rasgada e guardei no bolso. Ele ainda estava tendo dificuldade com o zíper da calça, suas mão estavam quentes e tremulas fastei sua mão e fechei seu zíper sem que nossos olhos se encontrassem.

De repente o banheiro se tornou muito pequeno, e olhamos um para o outro num silêncio constrangedor. Estiquei a mão até a maçaneta querendo dizer alguma coisa, qualquer coisa, para consertar a situação. Como eu poderia pedir que ele transasse só comigo, apenas comigo, e esperar que nada mais mudasse? Até mesmo eu sabia que pedir isso seria um provável convite para ele acertar outro murro na minha cara. Mas as palavras para aquilo que senti quando eu o vi com Joel não estavam se cristalizando com a velocidade necessária. Havia um branco em minha mente. Frustrado, abri a porta. E nós dois paramos imediatamente.

Ali, de pé no corredor, nos encarando com os braços cruzados e uma acusadora sobrancelha erguida, estava Mina.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive figuinho a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Pelo amor de Deus. Posta logo o próximo capítulo. Estou adorando todo o conto.

0 0
Foto de perfil genérica

Aiiiiii arrasou .. agora a Mina TM certeza é ela vai perturba oBennett até ele assumi que ama o Daniel .. viciado

0 0
Foto de perfil genérica

Concordo com o Geomateus, o Henry e a Mina já desconfiavam, agoram eles vão ter certeza!

0 0
Foto de perfil genérica

agora fudeus tudo que escândalo kkkkkk

0 0
Foto de perfil genérica

Uauuuuuuuuuu,olha esse capítulo valeu apena, os dois estão com a corda no pescoço, mas se assumirem logo um relacionamento vai ser mais fácil, eu acho.

0 0
Foto de perfil genérica

Debaixo do meu pé esquerdo eu te prendo (S.C.S).Eu te amarro (S.C.S ).Eu te mantenho pelo poder das 13 almas benditas e que não repouses enquanto estiveres longe de mim. São Cipriano traga (S.C.S.)para mim, faça com que meu amor (S.C.S.)volte urgente pra mim (V.C.A.F. )arrependida do que fez, que ela não tenha forças pra me fazer mal, que tenha forças só pra me amar, respeitar, ser sincera, ser fiel,companheira e amante, que cuide de me tratar como uma rainha,proteja-me pra sempre,que ela volte amorosa, carinhosa,zelosa,que seja uma pessoa dedicada, e cuide de mim, e queira sempre estar ao meu lado, seja decidida e determinada em me amar a ficar só comigo (S.C.S.) Que só tenha olhos pra mim,faça com que ela fique doida pelo meu sexo. Que seja submissa, que se rasteje aos meus pés e implore pelo meu perdão e pelo meu amor, que os meus desejos sejam para ela uma ordem, que (S.C.S.)dedique a sua vida em prol de me fazer feliz e das minha vontades,e que quando (S.C.S.)longe de mim estiver apenas veja a minha imagem(V.C.A.F.)em seus pensamentos e que ao respirar sinta meu perfume. Sofra demais por minha falta, só pense em mim, sentirá amor só por mim, que eu (V.C.A.F.)seja mais importante do que tudo na sua vida, que ela me ame de modo como ela jamais amou alguém na vida e de modo que alguém jamais me amou, nos dias que ela não esteja comigo não falara com mais ninguém Se sinta deprimida e tenha dificuldade em dormir, que ela venha mansa como cordeiro, suave como a seda, doce como o mel, que queira ficar só comigo, só sinta paz ao meu lado, acredite só em mim(V.C.A.F.) em mais nada! Longe de mim ela(S.C.S.) sofrerá muito até confessar que me ama e que quer ficar comigo.. Obrigue-a a pensar em MIM direto. Que seu corpo queira só o meu corpo, que ela se entregue por completo a mim, que comigo ela sinta um prazer indescritível, um prazer que ela nunca tenha sentido antes, que ela expresse os seus sentimentos sempre, preocupe-se só comigo desesperadamente , tenha vontade de chorar até que ela confesse o seu amor imensamente por mim, faça com que ela (S.C.S) permaneça,que pense em mim desde esse momento 24 horas por dia, que seu corpo queime de desejo por mim (S.C.S.) que ela despreze e ignore completamente (Todas as pessoa.) E todas as outras pretendentes, que se alguma amiga de (S.C.S.) se declarar a ela, q ela (S.C.S.) rompa com a amizade e nunca mais olhe na cara dela, que ela não tenha nenhuma amizade com pessoas que eu não goste e que eu não queira que ela tenha, que volte e assuma seu amor por mim (S.C.S.) que ela me ligue, me procure, (S.C.S.) não repouse enquanto estiver longe de mim e enquanto não assumir o seu amor por mim e E ME peça em namoro, que tenha olhos e desejos somente por mim e somente pelo meu corpo, que ela fique cego para outras mulheres, principalmente para (S.C.S) que me permita tocá-la cada vez mais e me queira loucamente, esquecendo de todas as outras mulheres que passaram, principalmente (S.C.S.) pois terá olhos somente para mim (V.C.A.F.) que o tesão de (S.C.S.) seja só por mim, assim como a sua excitação e o seu amor. Que ela se recuse a viajar ou participar de festas e reuniões de família onde eu não esteja convidada. Que não consiga ter relação sexual com nenhuma outra mulher, principalmente(S.C.S.) que não consiga ter desejo algum por outra pessoa, que seja romântica e que me ligue a todo momento. Que me ame loucamente, que não sinta nada por outra, que me ame loucamente, que sinta um tesão incontrolável por mim, que fique excitada cada vez que ouvir a minha voz e ao me ver fique extremamente excitada e louca de desejo, para que eu a possua,que diga a todo mundo que eu sou a pessoa ideal e o grande amor da sua vida. (S.C.S.) aqui te prendo pelos poderes de São Cipriano.

0 0
Foto de perfil genérica

Assuma que o ama e que quer fazê-lo feliz...Assuma o controle de sua vida paz.

0 0